Nova York é uma cidade muito legal não só para adultos como para crianças também. Fiquei impressionada com a disposição dos meus filhos de andar a pé, de querer descobrir novidades, de se encantar com a diversidade de pessoas e coisas nas ruas. Programa perfeito para todas as idades! Aqui, assim como neste post sobre Londres, procuro mostrar os programas infantis mais compatíveis com o frio, já que visitar uma cidade do Hemisfério Norte no verão ou no inverno são experiências totalmente diferentes. Boa viagem 🙂

Statue of Liberty/Wall Street Bull

A Estátua da Liberdade é aquele típico monumento que é mais bonito visto de longe do que de perto rsrs… Além disto, a fila para pegar o barco para a Liberty Island é grande e no frio e no vento fica ainda mais desconfortável. Se você fizer mesmo questão de ir até lá, recomendo comprar o ingresso com antecedência online.

Bem perto do local onde se pega o barco para a Estátua da Liberdade fica o Charging Bull (ou Wall Street Bull) no Bowling Park. Dizem que dá sorte esfregar os chifres do touro 🙂 De qualquer jeito, tirar fotos na frente e atrás do touro foi uma diversão para as crianças.

Empire State/vitrines da Lord & Taylor/Bryant Park

Subir no Empire State é um programa vintage que mesmo para as crianças é legal. Principalmente para mostrar a elas os principais pontos da cidade, vistos de cima. É conveniente comprar os ingressos online com antecedência para evitar as filas. Depois de descer do Empire State, vire à esquerda na Quinta Avenida e ande seis quarteirões (curtinhos!) até o Bryant Park, para uma sessão de patinação no gelo no Citi Pond. Neste local normalmente não tem fila para patinar e os pais podem ficar dentro de um lugar fechado, quentinhos, assistindo as crianças por uma parede de vidro que dá direto na pista. Ao lado, uma feirinha de presentes e comidas. No lado que dá para a Sexta Avenida, uma curiosidade: a estátua de José Bonifácio de Andrada e Silva.

No caminho entre o Empire State e o Bryant Park, as vitrines de Natal da loja Lord & Taylor batem muitas outras vitrines famosas do pedaço mais badalado do Midtown.


American Museum of Natural History/Hayden Planetarium/Central Park/Metropolitan Museum

O Museu de História Natural é sem dúvida o museu que mais vai agradar as crianças – em especial o hall dos mamíferos, o dos fósseis de dinossauros e o da cultura, que mostra a vida humana no tempo e no espaço. Vale a pena também assistir a uma exibição no Hayden Planetarium, no mesmo complexo.

Este museu fica ‘grudado’ no lado oeste do Central Park entre as ruas 77 e 81 e, se o tempo ajudar, é legal dar uma volta no parque para conhecê-lo. No lado sudeste do parque, entre as ruas 62 e 63, tem o Wollman Rink, pista de patinação no gelo que é bem popular. Perto tem outras duas atrações legais para crianças, o Central Park Zoo e o Carrossel.

O Metropolitan é outro museu ‘grudado’ no Central Park, do lado leste, entre as ruas 80 e 84. Também é um bom programa para um dia de frio. As crianças gostam de ver as exposições do Egito Antigo e as armaduras medievais, entre outras.

Se estiver frio demais, o jeito é ir ao Loeb Boathouse, restaurante dentro do parque, que tem uma vista linda para o lago. Infelizmente, o aluguel de bicicletas no parque não funciona durante o inverno.

Intrepid Sea, Air & Space Museum

Uma das atrações que meus filhos mais gostaram, o Intrepid é um antigo porta-aviões da Segunda Guerra Mundial que foi transformado em museu. As crianças vão adorar ver um navio deste porte por dentro, entrar no Concorde e em um submarino nuclear. Com atrações interativas, agrada bastante.

Madame Tussauds Museum

Assim como o museu de Londres, o Madame Tussauds de Nova York faz muito sucesso com as crianças. Para os pais, o melhor negócio é respirar fundo e enfrentar com paciência a ‘muvuca’ e a lotação desde museu. Imprescindível comprar os ingressos com antecedência.

Children’s Museum

Mais propriamente um grande e sofisticado playground, o Children’s Museum é um museu muito legal para crianças pequenas, verdadeiro coringa em um dia de muito frio ou de chuva. Porém, é nestes dias que ele fica mais lotado. Não vale a pena levar seus filhos se eles tiverem mais de seis anos de idade.

Times Square/Rockfeller Center

Na Times Square e no Rockfeller Center ficam algumas das lojas mais legais para as crianças. Na Sétima Avenida com a rua 45 fica a Toys R Us, atualmente a loja de brinquedos mais completa de Manhattan. Alguns quarteirões para cima, na Broadway com a rua 48, ficam as duas lojas dos chocolates mais populares dos EUA: a M&M Store e a Hershey’s Store. Andando um quarteirão até a Sexta Avenida, chega-se ao Rockfeller Center, onde ficam as lojas da Nintendo World e Lego Store, também muito bacanas para as crianças. A pista de patinação no gelo do Rockfeller Center é muito charmosa mas fica absolutamente lotada, impossível até mesmo de andar perto dela. Também no Rockfeller Center fica o Top of the Rock Observation Deck, de onde é possível ver a cidade de cima. Se você não foi ao Empire State e ainda quer uma experiência do tipo, compre online os ingressos e aproveite a vista.

Fifth Avenue

Na Quinta Avenida a atração para os pequenos também fica por conta das lojas. Comece pela American Girl, na esquina com a rua 49. Por uma pequena fortuna, mãe e filha podem passar uma tarde na loja, com refeição, sessão de fotos, vale para gastar nos produtos da loja e souvenirs incluídos. Entre as ruas 49 e 50, as vitrines de Natal da Saks são bonitinhas. Na NBA Store, na esquina com a rua 52, é a vez dos meninos se divertirem com as cestas de basquete. No caminho, as lojas da Hollister, da Abercrombie e a Nike Town atraem os adolescentes. Na esquina com a rua 59, as duas mais transadas: a de brinquedos FAO Schwarz e a Apple Store.

Musicais

Por fim, não dá para perder os shows da Broadway e “Off-Broadway”. O ideal é escolher o que for mais compatível com a idade dos seus filhos, respeitando-se também o domínio da língua inglesa. Levamos os nossos ao Blue Man Group, Off-Broadway dos mais tradicionais, e eles adoraram. Os musicais Mary Poppins, The Adams Family, Spider Man e The Lion King estão atualmente entre os mais populares para as crianças. Mas o ideal é consultar o site e comprar os ingressos com antecedência.

 

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Estou chovendo no molhado publicando este bolo aqui no Rosmarino. É que além dele ter sido inicialmente publicado no Serious Eats, também foi postado pela @MariaRe no blog Fogão Azul, um dos meus preferidos (dêem uma olhadinha neste molho assado de tomates e neste calzone para ter uma ideia das gostosuras da Maria Rê).

Mas é que este bolo é tão, tão gostoso – e tão, tão diferente – que não podia deixar de mostrá-lo de novo – para quem ainda não viu 🙂

Os brasileiros não têm muito o hábito de comer grão-de-bico, mas incluí-lo na alimentação vale a pena pelas propriedades deste grão. Rico em nutrientes e fibras, combate a depressão e, assim como a lentilha e o espinafre, é uma excelente fonte de ácido fólico para as grávidas 🙂 Façam, façam, façam!

Ah… fiz mudanças mínimas na receita: dobrei a quantidade de fermento em pó e usei açúcar demerara. Um detalhe: o meu ficou com pequeninos pedaços de grão-de-bico na massa. Dá para ju-rar que é castanha. Bem interessante.

Bolo de grão-de-bico com chocolate

2 xíc (chá) de grão-de-bico cozido
140 g de chocolate meio amargo
4 ovos
½ col (chá) de essência de baunilha
½ xíc (chá) de açúcar demerara (pode ser açúcar cristal)
1 col (chá) de fermento em pó
½ col (chá) de sal

Pré-aquecer o forno a 180°C. Untar e enfarinhar uma forma de bolo inglês (na receita original polvilha-se com cacau em pó ao invés de farinha de trigo). Cortar o chocolate em pedaços pequenos e derreter no microondas. Bater no processador o grão-de-bico, os ovos e a baunilha, até formar um purê (cerca de 1 minuto). Adicionar o açúcar, o fermento e o sal e bater mais um pouco (cerca de 20 segundos). Juntar o chocolate derretido e misturar bem até homogeneizar. Despejar essa mistura na forma untada e colocar no forno pré-aquecido por cerca de 50 minutos ao até o palito sair limpo.

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Nunca imaginei que pepino e gorgonzola ‘ornassem’ tanto rsrs… Comi uma salada que juntava estes dois ingredientes, em um restaurante em São Paulo na véspera do Natal. Estava tão boa que decidi fazer uma versão dela para o Reveillon. Todo mundo gostou e o ‘pratão’ de salada acabou em um minuto, sinal de que agradou mesmo. Os sabores do pepino e do queijo gorgonzola vão muitíssimo bem juntos. E, seguindo os conselhos da @Faby_Zanelati de incluir um ‘crocantezinho’ na salada, escolhi as lascas de amêndoas torradas. Ficou uma delícia. Refrescante, cremosa e crocante ao mesmo tempo, uma salada ótima para qualquer hora 🙂

 

Salada de alface, pepino, gorgonzola e lascas de amêndoas torradas

1/2 maço de alface
3 pepinos japoneses
80 g de queijo gorgonzola
4 a 6 col (sopa) de amêndoas em lascas
sal, azeite e limão

Pré-aquecer o forno a 180º C. Lavar, rasgar a alface e forrar o fundo da saladeira com as folhas. Lavar e cortar o pepino em cubinhos, com casca e tudo. Temperar com azeite, limão e sal e deixar escorrer um pouco. Enquanto isto, colocar as amêndoas em lascas em uma assadeira e levar ao forno alto, por cerca de 10 minutos. Sacudir a assadeira na metade do tempo. Amassar o queijo gorgonzola com um garfo. Montar a salada: sobre as folhas, jogar os cubinhos de pepino. Por cima colocar o queijo esmigalhado e por fim polvilhar com as lascas de amêndoas.

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Pragas modernas como o ‘politicamente correto’ e o ‘verde e ecológico’, entre outras, criam polêmicas diárias que são transformadas em discussões intermináveis via Twitter, Facebook e outras redes sociais e comunicações virtuais. Como definiu meu amigo Pedro Barbosa, as armas de destruição em massa da atualidade são o celular com câmera + Twitter.

Não quero aqui fazer uma crítica aos dois exemplos de atitudes que chamei apenas para descontrair e dar um gancho inicial ao texto, de ‘pragas modernas’. Sou politicamente correta, tolerante e respeitosa com crenças, religiões e ideias das quais não comungo. Também procuro viver em linha com o respeito ao meio-ambiente e com a noção óbvia, da qual muitos se esquecem, de que vivemos no mesmo barco e que, se ele naufragar, vamos para o fundo todos juntos. Em casa separamos e reciclamos o lixo, toda a água que usamos é aquecida com energia solar, uso sacolas reutilizáveis nas compras. E procuro comprar, na medida do possível, alimentos frescos, orgânicos e saudáveis.

Mas o que me incomoda mesmo é a falta de bom senso. E a capacidade do ser humano de ouvir uma coisa, não usar o cérebro para processar a informação e apenas deixá-la fluir de um ouvido ao outro – e daí boca afora. Vamos a alguns exemplos.

O mais recente é a polêmica do filtro solar criada pela declaração da modelo Gisele Bündchen de que não usa protetores solares industrializados, pois possuem ‘venenos para a pele’. Gisele diz que não se expõe ao sol e vai à praia entre 5h30 e 8h da manhã! E que, quando necessário, passa zinco para proteger-se do sol, ‘aquela coisa branca e feia.’ Fico cá comigo imaginando eu e meus filhos tentando chegar à praia às 5h30 da manhã. A que horas teremos que ir dormir? E as conversas regadas a uma cerveja gelada, à noite, na varanda com amigos, depois que escurece e fica mais fresco? E as brincadeiras e jogos da criançada depois do jantar? Imagino-me também tentando convencer meu filho adolescente (sim, um dia vocês terão um e me entenderão) de que ele deve passar zinco no rosto e no corpo para ir à praia… aliás, alguém sabe onde vende zinco??

Coincidentemente, Gisele está lançando uma linha de cosméticos ‘naturais’, que certamente terá um filtro solar sem venenos para a pele. Admiro Gisele, mulher inteligentíssima e com senso de timing perfeito.

Outro assunto que desperta emoções é o ‘verde e orgânico’. Pois bem, nem preciso falar sobre a dificuldade de achar produtos orgânicos variados no Brasil, fora dos grandes centros urbanos. Mas vou. Há uma falsa ideia de que é mais fácil achar orgânicos no interior! Agricultura é um negócio como outro qualquer, há muita competição e commoditites têm margem de lucro baixa, ganha-se na escala e na distribuição. Nos grandes centros chegam mais produtos, há mais variedade e preços mais competitivos. Achar orgânicos no interior é trabalho de formiguinha, mesmo. Em Ribeirão Preto, onde moro, há uma produtora certificada de orgânicos que entrega produtos a domicílio. Mas são poucas opções, mais folhas verdes mesmo. Compro o que posso no Pão de Açúcar. Mais uma vez, pouca variedade e quase sempre produtos que estão ‘velhos’, sem frescor. Acrescente-se a isto um filho que come mal e coincidentemente gosta de muitos legumes e frutas que raramente estão disponíveis na forma orgânica. E os preços dos orgânicos então?

O que diz o bom senso? Como a Cecília Meirelles na poesia, bom senso para mim é ‘isto ou aquilo’. É melhor escolher apenas verduras, legumes e frutas orgânicas e ver seu filho ficar sem legumes e frutas na alimentação diária; ou vê-lo comer duas ou três variedades de legumes e frutas não orgânicos por dia? É melhor não passar ‘veneno’ na pele e ficar exposto aos raios solares nocivos ou não usar filtro solar industrializado e sofrer os efeitos do sol? (Olha que ao contrário da imensa maioria dos brasileiros. nós vamos à praia das 9h ao meio-dia viu gente?)


cena do filme “Mulheres Perfeitas” (2004)

Da minha parte, dou verdadeiros e sinceros parabéns às mães de mais de um filho pequeno que compram só produtos orgânicos, que nunca dão doces industrializados aos filhos, que não usam caldo de cubinho no dia-a-dia, que vão à praia de madrugada e passam zinco no corpo dos filhos. E que sozinhas cozinham e faxinam a casa e não têm babá. E que trabalham fora. E que ainda vivem para ler livros, ver filmes, sair com os amigos e conviver com a família. E ainda estão em forma. Eu, infelizmente, sou muito imperfeita.

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E eu tirei férias… e o blog também 🙂 Para uma quase obssessiva-compulsiva, não foi fácil tomar a decisão de deixar o Rosmarino à deriva por algumas semanas, mais exatamente o período do meu inferno astral, entre o Natal e o final de janeiro. Coincidências à parte 😉 foi bom para recarregar as baterias e ter ânimo para escrever de novo. Entre o vai-e-volta de Ribeirão Preto para São Paulo, teve ainda a viagem para Washington e Nova York (sobre a qual postarei futuramente aqui), uma ou duas receitas novas que não ficaram dignas de nota e o resto das comidinhas de festas foi repeteco de outros carnavais mesmo.

Voltei com mais uma sopa fria, das quais sou muito, muito fã. Esta receita é ligeiramente adaptada de uma do David Tanis que está no livro A Platter of Figs and Other Recipes. Bati os olhos nela e fiquei com vontade de fazê-la, não só por gostar de beterrabas, mas também porque a sopa é rosa e linda né? 🙂 Além de ser um prato nutritivo e pouco calórico, o que casa muitíssimo bem nesta época pós-festas de final de ano.

Ah! Servi minha sopa rosa em copinhos reciclados, aqueles de Nutella. Ideia ecológica e super charmosa.

Sopa fria de beterraba (Cold Pink Borscht)

700 g de beterrabas
8 xíc (chá) de água
2 dentes de alho fatiados
2 cebolas fatiadas
1 folha de louro
½ col (chá) de coentro em pó
3 cravos
¼ col (chá) de pimenta de Caiena
1 col (sopa) de açúcar
2 col (chá) de vinagre de Jerez
1 col (sopa) de azeite
1 col (chá) de sal
1 pote de iogurte integral (200 g)
para finalizar o tempero, mais 1 col (chá) de sal, ¼ col (chá) de pimenta de Caiena e 1 col (chá) de vinagre de Jerez (fica a seu gosto)

Descascar e fatiar as beterrabas, levar ao fogo numa panela grande com a água, o alho, as cebolas, o louro, o coentro, os cravos, a pimenta de Caiena, o açúcar, o vinagre, o azeite e o sal. Assim que ferver, reduzir o fogo e cozinhar por 15 minutos ou até as beterrabas ficarem macias. Esperar esfriar um pouco e bater no liquidificador. Adicionar o iogurte. Misturar para incorporar. A textura deve ser de um milk shake ralo. Corrigir os temperos a seu gosto. Eu coloquei mais 1 colher (chá) de sal, ¼ colher (chá) de pimenta de Caiena e 1 colher (chá) de vinagre de Jerez. Servir em pequenos copinhos.

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Londres é, provavelmente, a melhor capital europeia para levar os filhos. Mesmo no inverno, no frio, há uma infinidade de coisas divertidas e interessantes para fazer. Para aqueles que querem sair do circuito Disney e começar a dar um sabor de ‘viagem de gente grande’ para os filhos, Londres é ótima porta de entrada.

Duas boas dicas antes de partir para as atrações. É tentador comprar um tour tipo ‘hop on hop off’, aquele em que se sobe e desce em vários pontos da cidade nos ônibus turísticos de dois andares. Caímos na tentação e não achamos uma boa experiência. Os ônibus levam horas para chegar nos pontos, as crianças ficam impacientes, além da gente passar frio e ficar sob a chuva em diversos locais. E perde-se tempo. Vale mais a pena pegar um ônibus de linha entre alguns pontos turísticos para as crianças curtirem o segundo andar de um double deck bus e de resto locomover-se pela cidade de metrô ou táxi.

Em vários lugares oferecem-se ‘tickets casados’ ou pacotes com entradas para várias atrações da cidade, que valem por 24 ou 48 horas ou até mais. Achamos que também não compensa. É uma papelada para guardar e eventualmente perder. E crianças são imprevisíveis. Podem ficar cansadas, com sono ou com fome e pausas inesperadas vão atrapalhar uma programação muito rígida. Fora outros imprevistos, como a criança desistir de um passeio por medo, como aconteceu conosco nas London Dungeons.

Museus

Madame Tussauds Wax Museum


O grande problema deste museu é que é absolutamente LOTADO. Ou seja, o lance é comprar os ingressos previamente pela internet ou pelo telefone 44 (0) 871 894 3000 e ‘pular’ boa parte da fila. E, mesmo assim, preparar-se para a multidão lá dentro. Quanto mais cedo, melhor. É cheio, é de gosto duvidoso, mas as crianças adoram. E o que a gente não faz por elas? O museu abre às 9h30 durante a semana e às 9h nos finais de semana e nos feriados escolares britânicos. Crianças menores de 4anos não pagam, entre 4 e 16 anos pagam £24 e adultos £28.

Natural History Museum

Muito bacana para levar as crianças. Elas amam especialmente os animais empalhados e os esqueletos de dinossauros. O museu é grande, assim o ideal é pegar o folheto das exibições permanentes e preparar um roteiro que passe pelas atrações que mais despertam interesse nas crianças, já que depois de duas ou três horas elas começam a ficar cansadas. A entrada é gratuita e o museu abre todos os dias a partir das 10h. Nos finais de semana há filas para entrar.

British Museum

Também muito legal para levar as crianças. O museu é grande, assim o ideal é pegar o folheto das exibições permanentes e preparar um roteiro que passe pelas atrações que mais agradam as crianças, como as múmias (imperdíveis) e as grandes estátuas gregas, egípcias e assírias. O folheto do museu também indica os objetos de maior interesse, como por exemplo a Pedra da Rosetta, e sua exata localização no museu. Vale a pena aqui perder um tempinho para programar a visita. A entrada é gratuita e o museu abre todos os dias a partir das 10h.

Imperial War Museum, HMS Belfast e Churchill War Rooms

Este museu não faz parte do circuito tradicional turístico londrino, mas é interessante para as crianças, especialmente meninos, que gostam de ver armas e objetos de guerra. Os pequenos amam ver os grandes tanques e aviões de guerra e entrar numa trincheira ‘de verdade’. Os maiores vão se impressionar com as galerias dedicadas à Primeira Guerra Mundial, à Segunda Guerra Mundial e ao Holocausto. O Imperial War Museum tem entrada franca e abre todos os dias a partir das 10h. Se sobrar tempo, o HMS Belfast e os Churchill War Rooms também são instalações que fazem parte do museu, mas estão em locais separados. O HMS Belfast é um antigo navio de guerra e os War Rooms são o abrigo subterrâneo de onde Churchill trabalhou no final da Segunda Guerra Mundial. Ambos atrativos para crianças e adultos também.

Outros museus interessantes, se sobrar tempo

Science Museum

London Aquarium

Passeios

London Eye

Imperdível para as crianças. A volta completa na roda gigante mais charmosa do mundo leva 30 minutos e lá de cima a vista é linda e dá para identificar vários pontos da cidade. A fila é bem grande e o ideal é comprar as entradas previamente pela internet. Crianças de 4 anos não pagam, entre 4 e 15 anos pagam £8.55 e adultos £16.15. Há uma opção mais cara que ‘pula’ parte da fila, normalmente de 30 minutos para quem compra online. Abre diariamente a partir das 10h.

Tower of London

Passeio interessante no qual se pode ver como era a vida ‘medieval’ em Londres. Há salas de armas, armaduras e escudos com atrações interativas, sala medieval mobiliada, a masmorra, a sala com as jóias da Coroa. Um Beefeater acompanha os turistas e conta as histórias ‘horripilantes’ da época medieval. O passeio perde parte da graça para quem não fala inglês, mas mesmo assim vale a visita. Abre de sexta a sábado às 9h e de domingo a segunda às 10h. Dá para comprar tickets online mas normalmente não há filas. Crianças de menos de 5 anos não pagam, de 5 a 16 anos pagam £10.45 e adultos pagam £18.70.

London Bridge e London Dungeons

Com um mix de atrações estilo parque de diversões e rides que misturam museu de horrores com casa mal-assombrada, tanto a London Bridge como a London Dungeons têm experiências interativas assustadoras que servem mais para crianças maiores. Se seus filhos tiverem menos de 8 anos, nem vale a pena perder tempo nestes passeios. Para crianças maiores é um prato cheio! Abre diariamente a partir das 10h e também é recomendável comprar tickets online, que têm 50% de desconto. Na porta, adultos pagam £23 e crianças até 15 anos £17.

Outros

Loja de brinquedos
A Hamleys é a loja de brinquedos mais legal de Londres, com três andares de brinquedos de todos os tipos, vale a visita!

Musicais
Há musicais muito legais para crianças em Londres e o site oficial dos teatros londrinos tem uma página dedicada aqueles que são próprios para os pequenos.

Saint Paul’s Cathedral
Um passeio diferente que vale a pena para quebrar a rotina dos demais programas. A igreja é tão grande e imponente que impressiona. Dá para subir no domo e também andar pelas whispering galeries, onde há pequenos buracos na parede que dizem poder transmitir a voz das pessoas.

PS. Se for levar as crianças para Londres no verão, não dá para perder algumas outras atrações. Em especial o London Zoo, um das zoológicos mais legais que visitei. Também vale o Kew Gardens e o Hampton Court Palace. Ah! Um pouco mais longe, mas vale a visita pros pequenos, a Legoland em Windsor.

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Um dos lugares mais gostosos onde comi na última viagem ao Rio de Janeiro foi o Celeiro. Além das saladas super diferentes e saborosas, provei quiches e pãezinhos frescos e crocantes, umas massas levinhas, tudo muito bom mesmo. Neste restaurante praticamente todas as verduras e legumes são orgânicos. Os grãos, quase sempre integrais. E tudo com muita bossa e ênfase nos temperinhos. Não resisti, passei numa livraria no Leblon e trouxe para casa o livro “Saladas” do Celeiro. Veio mesmo a calhar, pois tenho tentado fazer saladas nutritivas e criativas todas às noites para o jantar.

Uma das saladas que fiz recentemente foi a de ‘carne seca com abóbora assada ao molho balsâmico’. A minha versão dela tem pequenas mudanças nas quantidades, mas a mistura de sabores continua perfeita. Também optei por usar azeite em vez de óleo de girassol/milho e a abóbora cabotcha no lugar da abóbora vermelha (baiana) indicada na receita. Adoro a cabotcha porque ela é bastante substanciosa, cheia de fibras e bem pouco calórica.

Salada de rúcula, carne seca e abóbora assada
(adaptada do livro “Saladas” do Celeiro)

½ kg de carne seca
1 ½ kg de abóbora cabotcha
½ xic (chá) de cebola bem picadinha
2 col (sopa) de azeite
1 maço de rúcula

molho
¼ xíc (chá) de vinagre balsâmico< 2 col (sopa) de azeite extravirgem ½ col (sopa) de sal 1/3 xíc (chá) de manjericão picado 1/3 xíc (chá) de cebolinha picada Corte a carne seca em cubos, lave-a e deixe-a de molho por uma hora para tirar um pouco do sal. Coloque-a para cozinhar em panela de pressão, com água suficiente para cobri-la, por 30 minutos ou até ficar macia. Escorra e deixe esfriar. Desfie a carne retirando as gorduras. Refogue a cebola em uma col (sopa) de azeite até dourar. Junte a carne seca à cebola e refogue mais um pouco. Reserve. Você pode fazer esta parte um dia ou algumas horas antes de preparar a salada. Pré-aqueça o forno a 180ºC. Descasque e corte a cabotcha em cubos. Coloque os cubos de abóbora numa assadeira misturados com uma col (sopa) de azeite e leve ao forno por 30 minutos ou até dourar. Cuidado para não deixar a abóbora ficar muito cozida e mole, senão ela vai desmanchar na hora de misturar a salada. Enquanto isso, prepare o molho: numa vasilha grande misture o vinagre balsâmico, o azeite, o sal, o manjericão e a cebolinha. Misture a abóbora e a carne seca ao molho. A rúcula pode ser rasgada e misturada à salada ou então colocada feito uma ‘cama de folhas’ na vasilha de servir, com a salada por cima. Fica a seu critério. Eu fiz das duas formas já.

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Sou daquelas aquarianas típicas que desde pequena quer salvar a Humanidade e fazer justiça. Que tenta viver ecológica e organicamente. E que dificilmente se deixa seduzir por grifes e modas. Prefiro gastar meus petrodólares viajando, comendo e bebendo 😉

Mas se tem uma coisa que desperta meus surtos consumistas são os badulaques de cozinha… shame on me, eu sei. Enfim, adoro uma forma de bolo nova, cortadores de biscoito diferentes e ‘inutilidades’ como um termômetro para doces, uma faca de cerâmica, etc. Entre os badulaques mais legais que comprei na última viagem está a forma de bundt cake. Para quem não conhece, é esta forma de bolo cheia de ‘gominhos’ da foto acima. Aquela forma da minha cena predileta do filme Casamento Grego, na qual a mãe americana leva para a mãe grega um bolo que ela chama de bundt e que a outra não entende o que é de jeito nenhum. Depois de muitos agradecimentos, o bolo volta para a mesa como ‘cachepot’, com um vaso de flores enfiado no ‘buraco’ do meio. Não me perguntem porque, mas eu ri histericamente desta cena. Humor gastronômico…

Esta receita de bolo veio no livrinho da fabricante da forma de bundt cake. Fazia tempo que eu estava procurando uma receita de bolo bem macio com cobertura de caramelo. Esta foi a receita mais legal que eu fiz. Vamos lembrar que americano é exagerado e tive que reduzir o açúcar (sim, tinha mais 1/2 xícara de chá na receita!) e a manteiga (a receita original pedia 200 g!), mas mesmo assim o bolo ficou maravilhoso. Fofinho, macio, com gostinho amanteigado e de baunilha. Combinou imensamente com a cobertura de butterscotch– que eu traduziria livremente para cobertura de ‘bala de caramelo’. Combinação dos deuses.

Bolo amanteigado com cobertura de butterscotch

150 g de manteiga em temperatura ambiente
1 xíc (chá) de açúcar refinado
1 xíc (chá) de açúcar de confeiteiro
6 ovos
3 xíc (chá) de farinha de trigo
1 xíc (chá) de creme de leite
1 col (chá) de essência de baunilha
1 col (sobremesa) de fermento em pó

Pré-aqueça o forno a 180ºC. Unte e enfarinhe a forma. Na batedeira, junte a manteiga com os açúcares e bata até a mistura ficar fofa e clarear. Adicione os ovos, um a um, batendo sempre. Adicione alternadamente o creme de leite e a farinha de trigo previamente misturada com o fermento. Bata na velocidade baixa só para misturar. Coloque a baunilha, misture e coloque a massa na forma. Leve ao forno por 45 minutos ou até o palito sair limpo.


cobertura de butterscotch

1 xíc (chá) de açúcar refinado<
1/3 xíc (chá) de manteiga
1 xíc (chá) de creme de leite
1/2 xíc (chá) de glucose de milho
1/2 col (chá) de essência de baunilha

Levar todos os ingredientes ao fogo alto até ferver. Abaixar o fogo e cozinhar mexendo sempre até a mistura reduzir e escurecer um pouco. Leva cerca de 20 minutos.

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Mas por que diferentes? Bem, primeiro porque são de fato fazendas que foram transformadas em hotéis e não vice-versa, como a gente vê muito por aí. Segundo, porque têm história e personalidade; terceiro, porque se localizam numa região muito bonita do Estado, na Serra de Brotas. E quarto, mas não menos importante, porque são hotéis-fazenda geridos pelos próprios donos, que moram por lá mesmo e estão sempre presentes, dando uma atenção e um carinho especiais aos hóspedes. Mais ainda, são hotéis-fazenda relativamente pequenos, onde não tem ‘muvuca’ na hora das refeições, na piscina e nos passeios. Se você quer descansar, curtir a Natureza e ainda mostrar aos filhos como é a vida numa fazenda, vem pra cá 🙂

Primavera da Serra

A Primavera da Serra é o resultado do sonho e do trabalho do Ataliba e da Alice, dois paulistanos que resolveram mudar de vida e transformaram um pedaço de terra de uma ex-fazenda de cana de açúcar num paraíso. Os dois, que são simpaticíssimos e super alto astral, contam como chegaram lá há anos e com o tempo foram restaurando prédios antigos, refazendo a mata e trazendo os bichos de volta. O Ataliba é jipeiro e construiu na fazenda uma trilha e uma pista de testes para jipes e o passeio de jipe com ele é um das atrações imperdíveis do hotel. Faça!

As crianças pequenas adoram o antigo terreiro de café cheio de bicicletas, bem de frente ao restaurante onde os pais podem comer sossegados. De manhã cedo, o programa é ir ao estábulo tirar leite da vaca e tomá-lo com café, achocolatado, mel ou canela. Depois do café, uma caminhada até a cachoeira cai bem. À tarde, as crianças vão pescar no laguinho da fazenda, onde fazem um piquenique. A piscina, o parquinho com uma mini-tirolesa e a brinquedoteca também distraem os pequenos. Não há recreação formal, mas o tio Ratinho leva a criançada nos passeios e na pescaria, dando aos pais uma oportunidade de descansar um pouco.

A comida é caseira, variada e gostosa. Os horários das refeições são bem adequados às crianças, tudo cedo. Há quartos no prédio principal do hotel e também chalés um pouco mais distantes, com ótima acomodação para famílias, já que são antigas casas de colonos e têm dois ou até três quartos, uma salinha, um banheiro espaçoso, chuveiro com boiler, quintal com varal para roupas molhadas e uma varanda agradável para colocar uma rede. O caminho a pé dos chalés à sede da fazenda leva 5 minutos e passa pela vista do vale, pelo túnel de trepadeiras e flores e pela ponte sobre a cachoeira, onde de manhã aparecem os macacos-pregos. Lindo!

Bom para quem gosta de cavalos e para crianças maiores: Fazenda Bela Vista

A Bela Vista é a fazenda do Pedroca, uma figura ímpar, que fez história cavalgando pelo Brasil e que vale a pena conhecer. Citado no Guiness Book como o recordista mundial de Cavalgada de Longa Distância e um dos 130 maiores viajantes a cavalo do mundo, o Pedroca é um gentleman, cheio de histórias para contar. E mesmo hoje aos 78 anos de idade ainda sai a cavalo com os hóspedes quase que diariamente. Tanto o Pedroca como seus familiares estão sempre na fazenda recebendo os hóspedes como se fossem visitas queridas. É uma delícia conversar com eles e ouvir as histórias da fazenda e da região.

A Bela Vista é um programão para quem gosta de cavalgar. Na fazenda há um plantel de excelentes cavalos manga-larga e são feitos passeios diários e longos a cavalo, por trilhas, rios e cachoeiras que cortam a mata nativa da região, que é muito bonita. À tarde, a criançada joga bola e pingue-pongue e aproveita a piscina. Não há recreação formal, mas as crianças maiores brincam muito bem. Há muitos bichos e é uma atração à parte ver os macacos-prego e os quatis vindo buscar comida perto da sede. Na Bela Vista a vida é bem tranqüila e é possível tomar café da manhã tarde, almoçar tarde e jantar tarde. A comida é caseira e muito gostosa.

Os chalés são simples, mas ainda assim amplos e acomodam bem as famílias com dois ou três quartos, banheiro, sala e cozinha. Mas há chalés reformados e outros mais antigos, com banheiros que deixam a desejar. Não há TV nos quartos. A ideia é criar mesmo um clima de fazenda. Muitos estrangeiros hospedam-se na Bela Vista e a maioria dos hóspedes é muito fiel e frequenta o local há mais de 10 anos.

Passeios perto dos hotéis-fazenda, para quem vai ficar mais do que um final de semana ou feriado

Turismo de aventura em Brotas

Brotas é um lugar muito legal para adultos e crianças e oferece muitas aventuras ‘radicais’. Vale uma visita! Há rafting e mini-rafting para as crianças pequenas, tirolesa para todas as idades, arvorismo, rapel, passeios em cachoeiras, entre outros. Uma das boas agências na cidade que oferece os melhores passeios é a Eco&Ação. Tudo com seriedade e segurança. Em breve post sobre Brotas e o turismo de aventura.

Fábrica de Laticínios Búfalo Dourado

O Laticínio Búfalo Dourado, um dos pioneiros na fabricação de laticínios de búfalo no Brasil, localiza-se na Fazenda Santa Eliza, vizinha da cidade de Dourado, na região de Brotas. Ambos hotéis podem agendar visitas às instalações da Búfalo Dourado. De manhã é interessante observar a produção por janelas da fábrica, bem como degustar as muzzarellas produzidas. À tarde, dá para acompanhar a ordenha das búfalas.

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O fio da meada desta torta de ricota foi puxado no Twitter pelo @marvila e pela @penelophy, saudosistas de um cheesecake que tinham comido com a @Marcie14 no restaurante Pepolino em Nova York. Falaram tanto do tal cheesecake que eu armazenei os dados na minha ‘memória gastronômica’ 😉 E também fiquei babando no cheesecake do Pepolino que eles publicaram aqui no Cozinheiros de Primeira Viagem.

Depois, já em Nova York, minha irmã um dia volta de um jantar com as amigas falando maravilhas de um cheesecake que ela tinha comido… por acaso o do Pepolino 🙂 Claro que foi lá que marquei meu almoço com a @Marcie14. De sobremesa, ELE. Apesar de ser um cheesecake, ou uma torta de queijo como diríamos no Brasil, não é feita com cream cheese e sim com ricota. Receita italiana, não americana. Confesso que sou uma apaixonada por cheesecakes, mas esta torta de ricota me ganhou. Massa deliciosa, recheio leve, não muito doce, saborosa, desmancha na boca. A textura dela é totalmente diferente do cheesecake típico, muito mais levinha e aerada, menos densa, mas ainda cremosa. Só fazendo e provando mesmo.

Obs. A receita original rende duas tortas. Assim, fiz meia receita. Também adaptei as medidas para as nossas. E diminui um tiquinho a manteiga da massa. Por fim, mexi no tempo de forno. Meu forno é muito quente e a temperatura mínima dele ainda é forte. Fique de olho, pois é fácil deixar a torta queimar.

Ricotta tart (do Pepolino)

massa
½ xíc (chá) de açúcar
150 g de manteiga em temperatura ambiente
1 gema de ovo
2 xíc (chá) de farinha de trigo

recheio
500 g de ricota
1/2 xíc (chá) de açúcar
2 ovos grandes
½ col (chá) de essência de baunilha
1 xíc (chá) de creme de leite fresco
açúcar de confeiteiro para polvilhar

Faça a massa primeiro. Na vasilha da batedeira junte o açúcar, a manteiga e a gema de ovo. Bata até ficar ‘branquinho’. Adicione a farinha, uma xícara de cada vez, e bata devagar só para misturar. Ou misture delicadamente com as mãos mesmo. A massa fica macia. Forme uma bola com a massa, achate-a e embrulhe-a em filme plástico. Leve à geladeira por 40 minutos antes de usar. Após este tempo, ligue o forno a 250ºC. Retire a massa da geladeira e abra-a com o rolo entre duas ‘folhas’ de filme plástico (achei a massa quebradiça e difícil de manusear, mas aí vai da competência de cada um rsrsrs!). Forre o fundo e os lados de uma forma redonda de fundo desmontável de 23 cm de diâmetro. Deixe ‘um dedo’ sobrando na altura da forma. Faça o recheio: leve à batedeira a ricota, o açúcar, os ovos, a essência de baunilha e o creme de leite fresco. Bata só até misturar. Jogue o recheio na massa e leve para assar. Atenção: asse na temperatura alta (250ºC) por 10 minutos e em seguida diminua para 150ºC. A minha levou mais 40 minutos para assar, mas a receita original mandava ficar no forno por 1 hora e 10 minutos. Cuidado para não queimar! A torta está boa quando palito sair seco e não quando o recheio endurecer. Espere esfriar, desenforme e polvilhe açúcar de confeiteiro na hora de servir.

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Tenho a sorte de ter uma funcionária, a Inês, que cozinha muito bem. Acabamos virando parceiras na cozinha. Ela me ensina muito e eu ensino coisas novas para ela também. A Inês adora os meus bolos. Vai chegando quinta-feira e ela já pergunta qual vai ser o bolo daquela semana. Também introduzi-a no uso da quinoa e do couscous. E ensinei-a fazer risoto, com caldo ‘de verdade’ e tudo. Já eu sou especialmente fã da galinhada (arroz com frango) dela. É um prato que faz o maior sucesso em casa e com qualquer visita. Não sei o que ela põe de especial nesta galinhada, só sei que é a melhor que eu já comi, de longe. Isto tudo para contar que esta semana bolamos um prato juntas e… arrasamos 🙂

Tudo começou com a minha fixação com a pimenta biquinho, atual queridinha do pedaço. Fazia tempo que queria fazer uma receita com ela, que vai imensamente bem com carne de porco e couve ‘assustada’. Risoto? Não, risoto não combina com estes sabores tão brasileiros… Hi, mas tem este negócio de combinar? No meio destas divagações veio a ideia: por que não fazer um arroz mesmo, uma ‘galinhada sem galinha’? E, como a especialista na galinhada é a Inês, pedi a ela para bolar um arroz com costelinha defumada, paio, pimenta biquinho e couve. Como ela achasse melhor. E ela inventou esta receita, que ficou divina. Comemos com feijão, farofinha e mais um pouco de couve refogada. Mas só o arroz, puro, já bastava para deixar qualquer um feliz.

Arroz com costelinha, paio, couve e pimenta biquinho

600 g de costelinha defumada
400 g de paio
1 cebola grande bem picadinha
meio maço de couve
1/2 xíc (chá) de pimenta biquinho escorrida
1 xíc (chá) de arroz
3 dentes de alho
1 col (sopa) de óleo
sal a gosto

Fritar a costelinha e escorrer a gordura. Na mesma panela da costelinha, jogar a cebola e refogar. Colocar um copo de água e deixar cozinhando uns minutos para apurar o molho. Em outra panela, fritar o paio. Jogar sobre o paio a couve e ‘assustar’, ou seja, refogar por alguns segundos só até murchar um pouco. Desligar o fogo e misturar a pimenta biquinho à couve com o paio. Em outra panela, fazer o arroz: refogar o alho no óleo, juntar o arroz, mexer um pouco e colocar água quente até cobrir para cozinhá-lo. Quando o arroz estiver quase cozido, juntar o molho com a costelinha. Deixar terminar o cozimento. No fim, juntar a couve ao arroz.

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Esta receita de pecan pie (ou torta de nozes pecãs, mesmo) é antiga e há anos eu não a preparava. Tinha até me esquecido de como as nozes pecãs são saborosas. O que me fez lembrar dela estes dias foi uma cena do seriado True Blood. Quem me acompanha no Twitter e no Facebook sabe que True Blood virou mania, vício mesmo. Assisti as três temporadas em uma tacada só e não vejo a hora da 4ª temporada chegar, agora só em 2011 mesmo.

(O texto abaixo contém spoilers. Caso não queira ler, vá direto para o próximo parágrafo.)

Num dos primeiros episódios do seriado True Blood, que se passa no Sul dos Estados Unidos, a ‘heroina’ Sookie perde a avó assassinada. O velório acontece na própria casa da falecida. A certa altura, uma das vizinhas abre a geladeira, pega uma torta já ‘começada’ e se prepara para comer um pedaço. A Sookie dá um grito e manda devolverem imediatamente a torta da avó para a geladeira. Ninguém entende o comportamento, mas a explicação vem na cena seguinte. A Sookie, que até então não tinha conseguido chorar pela avó, no outro dia sozinha em casa tira da geladeira a torta, a última que a avó fez para ela – por acaso uma torta de nozes pecãs – e come o resto dela todinha, sozinha, chorando e lembrando-se da avó. Achei linda esta cena. Uma bela homenagem, trabalhando o luto através do carinho da comida. E comida é carinho mesmo!

Voltando à pecan pie 😉 Típica da culinária sulista americana, nela vai tradicionalmente a glucose de milho (corn syrup), mais conhecida no Brasil pela marca comercial Karo. Quem não gosta de usar este ingrediente pode optar por uma alternativa. A @fezoca fez esta torta com agave e funcionou. Provei os dois e achei o agave mais doce que o Karo, portanto optei por manter minha receita tradicional. Se quiser usar mel também funciona, mas o mel deixa um gosto mais acentuado do que a glucose de milho.

Pecan pie (ou torta de nozes pecãs)


massa
2 xíc (chá) de farinha de trigo
¾ xíc (chá) de manteiga gelada em pedacinhos
3 a 4 col (sopa) de água

Numa tigela colocar a farinha de trigo, juntar a manteiga e misturar com as pontas dos dedos até obter uma farofa. Juntar a água aos poucos, não tudo de uma vez, até obter uma massa homogênea. Forrar uma forma de torta desmontável pequena (21-22 cm).

recheio
½ xíc (chá) de açúcar mascavo bem apertado na xícara
1 col (sopa) de farinha de trigo
½ xíc (chá) de glucose de milho (Karo)
1 col (sopa) de manteiga derretida
2 ovos
1 col (chá) de essência de baunilha
1 ½ xíc (chá) de nozes pecãs cortadas ao meio, de comprido
Em uma vasilha junte todos os ingredientes, menos as nozes pecãs, e mexa até misturar. Junte as nozes pecãs e coloque o recheio sobre a massa da torta. Leve ao forno pré-aquecido a 180 º por 35 a 45 minutos ou até dourar a massa e cozinhar o recheio.
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