Gramado lembra cinema, já que todo ano em agosto a cidade hospeda o Festival de Cinema, já na sua 38ª edição. Também é destino manjado para casais em lua-de-mel e para viagens românticas. Parques lindos, paisagens incríveis, hotéis e restaurantes charmosos, além do que dá para dar uma esticadinha em Bento Gonçalves e visitar as vinícolas do Vale dos Vinhedos e fazer o Caminho das Pedras dos imigrantes italianos, roteiro bem interessante.

Mas nem todo mundo imagina como Gramado e Canela são legais para levar as crianças! Em novembro e dezembro, especialmente, a cidade promove o Natal-Luz, com desfiles e apresentações diárias de peças e musicais que remetem ao Natal. No resto do ano, mesmo sem o Natal-Luz, ainda tem muita coisa bacana para as crianças fazerem nestas duas cidades. Para quem tem filhos pequenos, vale a pena!

Parque natural

O melhor para as crianças é o Parque do Caracol, onde fica a Cascata do Caracol, queda livre de 131 metros, linda mesmo. Além das trilhas e de um elevador panorâmico para ver a cascata de outro ângulo, há um trenzinho que leva as crianças até uma mini-aldeia dos imigrantes italianos e alemães. As crianças também se divertiram catando pinhões na mata. A 500 metros dali tem o Teleférico de Canela, um passeio de 20 minutos que permite ver a Cascata do Caracol e a Cascata do Vale da Lageana. Dá para passar a manhã entre os dois programas. O único senão é que só dá para fazer este passeio em dias de sol mesmo.


Parques temáticos

Aldeia do Papai Noel

As principais atrações são a Casa do Papai Noel e a Fábrica de Brinquedos. Além delas há outras atrações menores, como a Árvores dos Desejos, a Casinha dos Três Porquinhos, a Capela e até um alojamento para hospedagem de Papais Noéis do Brasil todo. Também é possível ver renas de verdade. A Casa do Papai Noel, uma casa em estilo bávaro construída em 1940, toda montada como se Papai Noel morasse lá, é lindinha mesmo. E Papai Noel está lá de chinelos para receber as crianças. A fábrica também tem detalhes interessantes para olhar. Dá para dar uma volta no jardim, andar de trenzinho e ver as demais atrações do parque em uma manhã ou tarde, no máximo. Passeio recomendado para dias de sol.

Mini Mundo

O Mini Mundo promete ‘miniaturas do mundo todo’, mas na verdade concentra-se mesmo em miniaturas de construções alemãs. Tem um pouco do Sul do Brasil, de Minas Gerais e até o Aeroporto de Bariloche, mas o forte mesmo é Alemanha, tudo 24 vezes menor do que o tamanho real. Não deixa de ser bonitinho e curioso. São milhares de pequenos detalhes, como a noiva saindo da igreja no colo do noivo, uma festa de aniversário num jardim, as filmagens de Rapunzel no castelo. Pegue o jornalzinho e acompanhe as ‘notícias,’ procurando os protagonistas delas nas miniaturas. O parque é pequeno e dá para ver tudo em duas horas no máximo. Como tudo é descoberto, é melhor fazer o passeio em dias de sol.

Parque de diversões

Alpen Park

O Alpen Park é programa para um dia inteiro. E escolha um dia de tempo bom, do contrário perde-se muito da graça do local. Algumas atrações têm filas, como o trenó; e outras têm horários rígidos, como o passeio de quadriciclo. Assim, o ideal é chegar relativamente cedo e se organizar para poder aproveitar. Dói no bolso, mas vale a pena. As atrações radicais mais legais são o trenó, o quadriciclo e a tirolesa, que aliam a aventura às paisagens lindas do local. Fora isto há cavalgada, cinema 4D, o Mistério da Monga e outras pequenas atrações.


Museus infantis

Mundo a Vapor

Surpreendente, foi ótimo programa para um dia de chuva. A maior parte do museu é dedicada a espaços com usinas e fábricas em miniatura, que mostram os diversos tipos de energias – a vapor, humana, animal, hidráulica, eólica, etc. Uma mini fábrica de papel produz papel na hora, que as crianças levam de lembrança para casa. Monitores explicam os processos. Há diversas máquinas a vapor montadas no local. Do outro lado, uma sala e uma oficina dos imigrantes alemães, montadas com cenários, fotos e até algumas peças originais. Passeio para algumas horas, ótimo para dias de chuva.

Museu de cera Dreamland

Tudo bem que as figuras de cera são bem ‘meia-boca’, algumas ruins e outras mais ou menos. Mas os cenários são bem legais e compensam as figuras. Tem um saloon, um barco pirata e até uma sala do terror. A última figura de cera é um momento de mau-gosto: Lady Di no banco de trás de um ‘carrão’… 🙂 Ainda assim, é diversão na certa para as crianças, principalmente em dias de chuva. Em duas horas no máximo dá para ver todo o museu.

Hollywood Dream Cars

Um museu de automóveis clássicos antigos, principalmente da década de 50, todos conservados e funcionando. Ao lado, serviço de aluguel de um superesportivo – entre eles carros Ferrari, Porsche, Corvette ou Mustang, para dirigir ou passear de carona, por preços nada convidativos. O museu é pequeno, dá para ver tudo em menos de uma hora, a não ser que as crianças estejam acompanhadas de um adulto ficcionado pelo assunto!

Outras atrações

Maria Fumacinha

Não é um trem, mas uma jardineira, aquele ônibus/bonde sem vidros nas janelas. A Maria Fumacinha sai de meia em meia hora do centro de Gramado, bem na frente do relógio com termômetro, ao lado da Catedral. Paga-se ao entrar. A Maria Fumacinha faz um passeio de uma hora e meia mais ou menos, passado pelos bairros mais bonitos da cidade e parando no Lago Negro, onde há pedalinhos para as crianças brincarem.


Comilanças e guloseimas

Gramado também tem gastronomia para as crianças!

Primeiro, elas vão adorar as fábricas de chocolate espalhadas pela cidade. A maioria delas tem degustações e alguns brinquedos para as crianças. A melhor delas, a Caracol, tem um tour que mostra o maior coelho de chocolate do mundo e a fabricação das ‘ramas’ ao vivo, bem como cenários contando a história do chocolate e até algumas pequenas esculturas deste material. No fim, gasta-se o ‘ingresso’ na enorme loja de chocolates da fábrica.

As galeterias são ideais para almoçar. Todas têm praticamente o mesmo cardápio, no qual reina o galeto, que é divino mesmo. A Giuseppe (Rua Garibaldi, 23 – tel. (54) 30360007) é uma das mais tradicionais. A refeição começa com o capeletti in brodo, em seguida são servidos o galeto e outras carnes como lingüiça e costela, tudo acompanhado de salada verde, salada de batatas e polenta frita. Se quiser, há a opção de pedir uma massa com molho. Agrada crianças e adultos também.

O café colonial é outra opção que enche os olhos das crianças. Os adultos já não acham tanta graça naquela ‘montoeira’ de comidas, mais quantidade do que qualidade mesmo. Mas os pequenos adoram ‘almoçar’ salgadinhos, pães, frios, bolos e doces. No fim, ainda tem um buffet com mais de 20 tipos de sobremesas – entre bolos, tortas, doces e sorvetes. Se tiver coragem de encarar a comilança, uma boa opção é o Café Colonial Gramado.

Mas o programa gastronômico mais legal foi mesmo a sequência de fondues. Vários restaurantes em Gramado oferecem esta refeição de três fondues, começando pelo de queijo, passando pelo de carne e finalmente chegando no de chocolate. O de queijo, bem tradicional, tem pãozinho e batatinhas para mergulhar no queijo cremoso. O de carne é o mais legal: é colocada na mesa uma chapa de pedra, com o fogo embaixo, e as crianças mesmo escolhem seus pedaços de carne e colocam na chapa para assar. Com crianças pequenas, é recomendável pedir ao restaurante que retire a carne de porco e deixe apenas a de vaca e frango. Assim elas podem se esbaldar em preparar as receitas, já que as carnes vêm acompanhadas de mais de 15 potinhos de molhos, os mais variados. No fim, um fondue de chocolate com frutas variadas fecha supimpamente a refeição. Uma delícia mesmo! Gostamos muito do La Gruyère (rua João Petry, 74 – tel. (54) 32867272). Outro lugar legal é o Gasthof Edelweiss (rua da Carriere, 1119 – tel. (54) 32861861).

Boa viagem 🙂

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Em julho passamos alguns dias no Sul do Brasil. Primeiro na serra catarinense do rio do Rastro, o lugar mais frio do país, com paisagens de canyons de tirar o fôlego, incríveis mesmo. Lá visitamos a Villa Francioni, uma das vinícolas brasileiras mais modernas e charmosas. Em seguida fomos a Gramado, no Rio Grande do Sul, ótima pedida para as crianças pequenas. Mas falarei sobre a Villa Francioni e Gramado mais para frente, pois hoje é dia de doce 🙂

No Sul era comum no café da manhã ter cuca, bolo típico desta região. Fruto da colonização alemã, é aquele bolo com massa mais densa e coberto com uma farofinha doce. Delícia e perfeito para acompanhar um café preto.

Fiquei com vontade de fazer cuca em casa, mas queria uma receita diferente. E achei esta do João Roberto, chef e ex-proprietário do restaurante La Pyramide de Ribeirão Preto, receita que foi publicada recentemente na revista Revide. A receita original do João é feita com framboesas congeladas misturadas à massa, resultando em um doce para se comer de colher. Adaptei a receita para o meu gosto, usando metade da quantidade de framboesas e apenas colocando as frutas sobre a massa crua antes de levá-la para assar.

Achei a massa da cuca bem densa, tanto antes como depois de assada, mas amigos tuiteiros disseram que é assim mesmo. A cuca não é um bolo fofinho, mas um bolo-pão, ‘primo’ do banana bread americano. As framboesas azedinhas fizeram um belo contraste com o doce. Eu achei um pouco doce demais, como sempre, mas fui voto vencido pois em casa todos acharam doce na medida certa. O açúcar demerara, que eu nunca tinha usado, deu um toque especial à farofinha da cobertura.

Cuca de framboesas

massa
3 ovos
250 g de açúcar demerara
100 g de manteiga derretida
200 g de amêndoas moídas
200 g de farinha de trigo
1 col (chá) de fermento em pó
1 col (chá) de essência de baunilha
250 g de framboesas congeladas

farofa para cobertura
6 col (sopa) de açúcar demerara
6 col (sopa) de amêndoas moídas
2 col (sopa) de manteiga gelada em cubinhos

Pré-aqueça o forno a 180º. Bata um pouco os ovos. Junte o açúcar, a manteiga derretida, as amêndoas moídas, a farinha de trigo, o fermento e a baunilha. Coloque a massa em uma forma retangular pequena, untada e enfarinhada. Por cima da massa espalhe as framboesas. Leve ao forno por 30 a 35 minutos (não deixe assar muito pois a massa voltará ao forno com a cobertura). Enquanto assa, faça a cobertura: misture o açúcar e as amêndoas moídas, junte a manteiga gelada em cubinhos e forme uma farofinha, sem mexer muito para não virar uma massa compacta. Retire o bolo do forno, cubra com a farofinha e volte ao forno por 10 a 15 minutos.

Bom apetite 🙂
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Há meses minha amiga Carmo me emprestou um livro muito bacana de receitas de crème brulée: Elegantly Easy Crème Brulée & Other Custurd Desserts, da Debbie Puente. Tem receitas incríveis, técnicas, dicas; é bem legal. Recomendo para quem gosta muito desta sobremesa, como eu. Depois de curtir o livro emprestado, tratei de arrumar um só meu, entregue pela Santa Amazon 😉

Foi dele que tirei a receita para inaugurar o maçarico novo, depois de uns percalços para carregá-lo com o gás da forma correta, ajudada no Twitter pelo @cozinhapequena e pelo @rhigam. Até hoje só tinha feito crème brulée com o equipamento ‘vintage’ da minha mãe, uma chapa redonda de metal que é aquecida e pressionada sobre aqueles potes redondos, mais rasos e largos. Mas achei o maçarico portátil bem fácil de usar.

A @dadivosa, o @BergamoM e a @LenaGasparetto me deram a ideia de colocar o crème brulée nestas miniabóboras que estão pelos supermercados por aí. Ficou lindo! Dá tranquilamente para levar as abóboras cruas ao forno, pois o crème brulée é assado em temperatura muito baixa e as miniabóboras continuam firmes depois de assadas.

Crème brulée de abóbora com especiarias
(ligeiramente adaptada daqui)

 

1 xíc (chá) de abóbora cabocha cozida e amassada (bem apertada na xícara)
2 xíc (chá) de creme de leite fresco
1/3 xíc (chá) de açúcar
8 gemas
2 col (café) de essência de baunilha
1/2 a 1 col (chá) rasa de especiarias (gosto mais forte, coloquei uma colher e usei canela, gengibre em pó e pimenta-da-jamaica em partes iguais e meia parte de noz moscada)
açúcar para caramelizar

Pré-aqueça o forno a 150º C. Em uma vasilha grande, coloque todos os ingredientes menos o açúcar para caramelizar. Misture bem com um batedor. Coloque a mistura nos potinhos e leve ao forno em banho-maria por 30 minutos. O certo é o creme assar, mas não dourar. Espere esfriar por duas horas ou até dois dias antes de caramelizar. Polvilhe cerca de uma col (chá) de açucar sobre cada potinho e caramelize com o maçarico.

Obs. O creme nas miniabóboras ficou com a textura mais líquida do que o creme nos potinhos de cerâmica, assados na mesma temperatura e no mesmo tempo. Assim, se você optar por fazer o creme nas miniabóboras, o ideal seria tampá-las com a ‘tampinha’ da abóbora mesmo e deixar mais uns 15 a 20 minutos no forno.

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Dia dos Namorados já passou, mas este post é kind of romantic viu?;-) E como não gosto das datas marcadas, acho que o legal é comemorar e contar a respeito na hora que dá vontade mesmo.

Este penne al salmone foi o primeiro prato que eu fiz para o meu marido, na época meu namorado. Ele gostou tanto que até hoje diz que é seu prato predileto. Foi este prato que ele escolheu para o seu jantar de 40 anos, que eu quis preparar sozinha. No menu, uma entrada de crostini ai funghi e de sobremesa um bolo cremoso de chocolate, já que para o aniversariante sobremesa sem chocolate não é sobremesa 🙂 Tudo acompanhado de um bom vinho tinto. Mas isto é outra história, ficou no ano passado…

Resolvi repetir o penne esta semana para os filhos também provarem. Uma massa fácil, gostosa e rápida. Como faço a receita de olho, desta vez tomei o cuidado de medir os ingredientes para que vocês também possam fazê-la. E o meu marido disse para os meninos: “Sabe, só casei com a sua mãe porque ela fez este prato para mim” 🙂

Penne al Salmone
(para 4 pessoas)

400 g de penne
2 pacotes (200 g) de salmão defumado congelado
2 cebolas médias picadas
50 g de manteiga com sal
1 taça (100 ml) de sherry ou conhaque
1 col (sopa) de catchup
2 col (sopa) de extrato de tomate
1 col (sopa) de molho inglês
100 ml de creme de leite fresco
sal a gosto (não coloco sal)

Colocar o macarrão para cozinhar. Enquanto isto, numa panela grande refogar a cebola na manteiga até a cebola amolecer. Juntar o salmão cortado em tiras ainda congelado, mexer só para misturar, jogar o sherry e deixar cozinhando no fogo baixo por uns 5 minutos até evaporar o álcool. Colocar o catchup, o extrato de tomate e o molho inglês, misturar levemente e deixar apurar o molho por alguns minutos. Desligar o fogo. Juntar o creme de leite, misturar e acertar o sal. Escorrer o macarrão e jogar sobre o molho, misturar e servir. Atenção: o segredo é não mexer muito para não desmanchar as tiras de salmão!

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Mais uma receita com pinhão para fechar com chave de ouro o último repeteco. Semana que vem tem novidades nas panelas, prometo 😀 Este post foi publicado em julho do ano passado no Rosmarino e Prezzemolo. O legal deste post, além da receita em si (facílima por sinal), é mostrar como é bacana a interação entre as blogueiras de culinária/gastronomia. E olha que na época nem Twitter eu tinha ainda!

Queria aproveitar os pinhões (muitos) que sobraram da ida a Campos de Jordão. Cozinhei-os, descasquei-os e fui pesquisar receitas salgadas com eles, para variar do bolo que já tinha feito. Foi aí que, conversando com a Verena do blog Mangia che te fa bene, ouvi falar desta paçoca de pinhão. A receita vem da mãe da Verena. Seus pais moram em Santa Catarina, no Sul do Brasil, onde tem bastante pinhão.

A Verena ensinou a receita assim:“Cozinhe o pinhão (com casca) até ficar mole, abra um e veja se já está bom, dependendo da quantidade vai demorar mais ou menos tempo. Abra os pinhões e passe no processador ou no moedor, vai ficar igual farinha mais grossa, se tiver pilão e quiser experimentar pode ser também, mas dá mais trabalho. Reserve. Para o mesmo peso do pinhão já moído/processado/pilado use carne de porco/frango ou bovina mesmo. Corte em tirinhas muito finas e num refogado bem reforçado de alho, cebola e azeite doure bem a carne, até que fique bem moreninha. Salgue um pouco. Nessa panela onde está a carne já dourada coloque a farinha grossa do pinhão, misture bem e salgue a gosto. Se quiser pode acrescentar cheiro verde picado.* Se quiser fazer só de pinhão também pode, depois de processado o pinhão faça o refogado e jogue a farinha grossa de pinhão na panela, salgue a gosto.* Pensei até em fazer com carne de sol…deve ficar deliciosa! Não use água, o refogado da carne deve estar com azeite ou manteiga para incorporar o pinhão sem ficar aquela coisa seca. Sirva com arroz! Espero que goste, essa é a receita que a minha mãe faz!”

Fiz a receita da mãe da Verena no domingo passado e foi sucesso total. Minha receita foi a seguinte: cozinhei o pinhão com água cobrindo na panela de pressão por cerca de uma hora. Abri-os e passei no processador, sem deixar virar uma farofa, mas sim com alguns pedacinhos de pinhão. Cortei meio quilo de filé mignon em tiras bem finas. Refoguei uma cebola picada e dois dentes de alho amassados em uma colher (sopa) de azeite. Juntei a carne e deixei cozinhar. Quando a carne começou a ficar morena e o caldo reduziu juntei o pinhão moído e temperei com uma colher e meia (chá) de sal. Misturei bem e desliguei o fogo. Aí juntei 3 colheres (sopa) de salsinha.Quem ainda tiver pinhão por aí pode fazer pois fica delicioso mesmo!

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Férias escolares estourando por aí. Para quem não vai viajar, época de inventar moda para distrair as crianças em casa. Já falamos bastante sobre cozinhar com as crianças no Twitter. A @samegui fez um post bacana sobre isto no blog Mãe com Filhos; a @MariaRe me enviou este texto legal da Rosely Sayão. De fato não tem coisa mais gostosa do que ter eles nos ajudando na cozinha. É uma maneira divertida e carinhosa de interagir com os filhos. E a gente deixa para pensar na bagunça depois… rsrsrs! Esta receita de cupcake cones eu aprendi com a Cris do From Our Home to Yours. A ideia é muito original: o bolinho é assado dentro de uma casquinha de sorvete. Esta receita foi publicada originalmente em outubro de 2009 no Rosmarino e Prezzemolo.

Chocolate chip cupcake cones

Não, gente, não queima! Eu não tinha uma grelha ou grade pequena que coubesse dentro do forno, então forrei a própria grelha da prateleira de baixo do forno com três camadas de papel alumínio, em seguida fiz pequenos furos com uma faca e fui encaixando as casquinhas nestes furos para assar. Tome cuidado para não se queimar quando for colocar as casquinhas no forno, pois como o forno é pré-aquecido, fica tudo bem quente para mexer. Melhor usar uma luva. Claro que você precisa ficar de olho para evitar acidentes. Se ficarem tempo demais no forno, as pontinhas das casquinhas ficam meio chamuscadas. Se você não escolher bem as casquinhas e usar alguma furada, o recheio de bolo cru vai escorrer por baixo e sujar beeem o seu forno. Mas se tiver mínimos cuidados sai lindo. E, como diz a Cris, use casquinhas de boa qualidade que o resultado sai muito melhor. E as crianças simplesmente amam ajudar a fazer 😉

Usei a receita de bolo que a própria Cris usou nas casquinhas dela. A cobertura é uma receita já bem testada aqui em casa de cupcake frosting de chocolate que eu peguei no blog das Rainhas. Coloquei gotas de chocolate na massa e bolinhas de chocolate preto e branco para enfeitar.

bolinho10 a 12 casquinhas de sorvete de boa qualidade
1 ½ xíc (chá) de farinha de trigo
1 col (chá) de fermento em pó
1 pitada de sal
3 ovos
¾ xíc (chá) de açúcar
1 col (chá) de extrato de baunilha (usei essência de baunilha mesmo)
½ xíc (chá) de leite morno
3 col (sopa) de manteiga
½ xíc (chá) de gotas de chocolate (opcional)

Pré-aqueça o forno a 180 °C. Forre uma grelha com papel alumínio. Dê duas ou três voltas com a folha de alumínio na grelha, coloque-a sobre uma assadeira funda e faça furos com uma faca para conter as casquinhas, mantenha distância entre elas. Peneire a farinha de trigo, o fermento e o sal em uma tigela. Bata as claras em neve, use velocidade alta. Quando as claras estiverem no ponto, vá adicionando lentamente as gemas, o açúcar e a baunilha. Continue batendo. Enquanto as claras são batidas, aqueça o leite com a manteiga, o suficiente para derreter a manteiga. Abaixe a velocidade da batedeira, e comece a acrescentar os ingredientes secos que peneirou na tigela, intercalando com o leite morno. Misture delicadamente as gotas de chocolate. Encha as casquinhas de sorvete deixando 1 cm de folga na borda. Asse por 20 a 30 minutos ou até dourar.

cobertura
½ xíc (chá) de manteiga bem mole (mas sem chegar a derreter)
1 ½ xíc (chá) de açúcar de confeiteiro
¼ xíc (chá) de leite
1/3 xíc (chá) de cacau em pó

Bater a manteiga na batedeira até ficar cremosa, adicionar o açúcar aos poucos e no final colocar o leite e o cacau. Bater mais um pouco e pronto. Usei um saco de confeiteiro para decorar os cupcakes.

Boas férias para vocês! 😀

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Continuo com ajuda doméstica desfalcada e assim ‘zero’ de vontade de meter a mão na massa e fazer qualquer uma das novas receitas que estão aqui ‘na fila’. Semana que vem começam as férias escolares e aí a culinária criativa desanda de vez. Tirarei férias da cozinha para curtir praia no inverno (que eu adoro) e depois a Serra do Rio do Rastro em Santa Catarina e Gramado no Rio Grande do Sul. Assim, até que venha agosto, e a não ser que me anime antes, vocês precisam me perdoar por republicar algumas histórias e receitas queridas do meu blog antigo. Espero que gostem. E me aguardem mais poderosa nas panelas no semestre que vem, prometo :-DEsta é a história da minha primeira pasta fresca. Quando eu ainda não tinha a famigerada máquina de macarrão. E quando eu nunca, nunca tinha feito pasta em casa. Foi uma experiência e tanto. Esta receita foi publicada originalmente em setembro de 2009 no Rosmarino e Prezzemolo.

 

 

A IDEIA

Claro que eu não queria apenas fazer pasta caseira, mas INOVAR… rsrsrs! Já que estava tendo o trabalho, queria uma massa que eu não encontrasse igual por aí. Uma massa com a minha assinatura. Ô, pretensão… 🙂 Como adoro pesto, porque não colocar NA MASSA os ingredientes dele?

 

A PRODUÇÃO

Fui ao You Tube procurar videos de produção de massa caseira. Baixei diversos vídeos do tipo pasta fatto a mano, mia mamma fa la pasta e outros semelhantes. Parecia tããão fácil…!

Comecei como manda o figurino: coloquei lá o ‘vulcãozinho’ de farinha e abri os ovos no meio. Mas os ovos ‘fugiram’ da cova de farinha e quase fiz um desastre no chão da cozinha. Pus 2 ovos para 250 g de farinha e foi pouco. Coloquei uma colher de azeite. Não ficou bom ainda. Mais um ovo… virou uma meleca! Mais 50 gramas de farinha… aí deu o ponto! No fim, foram 3 ovos e 1 col (sobremesa) de azeite para 300 gramas de farinha. Meu Deus, que massa DURA para amassar! Tô mais acostumada com as massas de pão, tão levinhas… Deixei descansar por 40 minutos. Depois misturei 2 col (sopa) de pinolis triturados e 2 col (sopa) de folhas de manjericão picadas. Abri a massa com o rolo e depois fiz como nos vídeos: enrolei a massa em rocambole e cortei fatias, como a gente faz para fatiar couve. Deu certo, apesar das fatias ficarem com a espessura mais grossa do que na máquina.

A FINALIZAÇÃO

Cozinhou muito rápido. Depois fiz o molho: ½ xícara (chá) de azeite, 2 dentes de alho fatiados bem fino, o restante dos pinolis (comprei 50 gramas). Mexer um pouco, desligar e jogar sobre o macarrão. Mexer e por fim colocar folhas de manjericão e lascas de queijo grana padano. Ficou DIVINO! Eu matei uma ‘pratada’ dele às 5 horas da tarde… que vergonha… Depois fui caminhar para tirar o peso (da consciência, claro).

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Outro dia no Twitter alguém falou em bolo de pinhão. Perfeito para esta época do ano, mesmo. Resolvi então republicar o post do blog antigo com uma receita bem boa deste bolo. Espero que gostem! Este post foi publicado originalmente no dia 19 de junho de 2009 no Rosmarino e Prezzemolo.

No feriado de Corpus Christi fomos a Campos de Jordão a convite do Luiz e da Nádia, amigos muito queridos. Estava bão demais, gente… Uma casa de madeira super charmosa, no meio do verde e das montanhas, uma paisagem linda, uma lareira quentinha, sossego e agito na medida certa. Caminhadas a pé, fondue, muito vinho, muito papo, tricô (de verdade) e baralho, alternados com passeios na cidade para umas comprinhas, tomar um cappuccino e jantar fora no Dia dos Namorados. As crianças andaram a cavalo, jogaram muito e se dedicaram intensamente à atividade de catar pinhões no bosquezinho ao lado da casa. O que me levou a este post de hoje!

Com tanto pinhão, estou aqui bolando pratos para aproveitar esta delícia. O primeiro é este bolo de pinhão, do meu caderno de recortes de receitas, uma receita que há muito tempo está na fila para ser feita. Ficou gostoso. Porém, mesmo usando-o em grande quantidade, o gosto do pinhão não fica acentuado, o que para mim foi um pouco decepcionante. Mas quem comeu disse que “com pinhão é assim mesmo!” e que “estava com gosto de pinhão sim!” 🙂 Já a minha mãe comeu o bolo dois dias depois e achou o máximo, o gosto ficou mais acentuado, ela achou até parecido com bolo de castanhas portuguesas… :)Eu moí o pinhão de forma a não ficar uma farofa total, mas sim com alguns pedacinhos. Isto fica ao gosto do freguês.

Bolo de pinhão

1 kg de pinhão cozido com casca (650 g de pinhão cozido sem casca)
1 ½ xíc (chá) de açúcar
1/2 xíc (chá) de manteiga em temp. ambiente
6 ovos
1 xíc (chá) de farinha de rosca
½ col (sopa) de fermento em pó
1 col (chá) de baunilha

Ligue o forno a 180º. Moa no processador os pinhões cozidos e descascados. Reserve. Bata as claras em neve. Reserve também. Bata o açúcar com a manteiga até formar um creme fofo. Junte as gemas, uma a uma, batendo bem. À parte, misture o pinhão moído com a farinha de rosca e o fermento em pó. Junte a mistura de pinhão ao creme de manteiga, acrescente a baunilha e bata mais um pouco. Pare de bater e junte delicadamente as claras em neve. Coloque em uma forma grande de buraco no meio, untada e enfarinhada, e leve para assar por aproximadamente 45 minutos.

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Uma das coisas mais legais de viajar são as surpresas que surgem pelo caminho, como uma paisagem quase quadro de Monet, que encontramos na saída da vinícola Herdade do Esporão em Portugal. Ou um restaurante charmoso com uma comida deliciosa e um atendimento caloroso, que ninguém indicou, mas que você achou apenas virando uma esquina. Os exemplos são muitos. Quem viaja, seja perto de casa, pelo Brasil ou pelo mundo, certamente tem suas histórias para contar.

Uma das pequenas surpresas da recente viagem a Portugal foi a feira da cidade de Estremoz, onde paramos para almoçar no caminho entre Évora e Óbidos. Descobrimos naquela manhã que, aos sábados, Estremoz hospeda uma feira super legal, que junta alimentos, produtos agrícolas e objetos usados e antigos, tudo no mesmo local. Um dos programas simpáticos para fazer no Alentejo.

E feira em Portugal tem o quê?

  • Tem animais vivos, frutas, verduras, legumes e… antiguidades. Tudo junto.
  • Tem senhores e velhinhos vestidos quase todos com a mesma roupa: calça de tecido, camisa de botões e de manga comprida e boina.
  • Tem cabeça de bacalhau.
  • Tem promoção de $1,99 nas barraquinhas de antiguidades.
  • Tem disco do Robertão para vender.

Produtores rurais trazem para a praça principal da cidade, a Rossio Marquês de Pombal, sua produção de queijos frescos e vinhos; mais verduras, legumes e frutas; galos, galinhas, patos e coelhos…

Atentem para o ‘uniforme’ de quase todos os senhores que frequentavam a feira 🙂

Foi a primeira vez que vi cabeças de bacalhau.

Que lindos e delicados os aspargos bravos, deu vontade de trazer para o Brasil.

Móveis e badulaques, tinha até promoção de 1,99 (ou um pouco mais, em euro!)

E até o Robertão estava a venda lá 😀

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Mesmo não sendo super fã de chocolate e de doces feitos com ele, sou voto vencidíssimo em casa. Pelo que esta receita do livro Cozinhando para amigos da Heloísa Bacellar fez o esperado sucesso, servida como sobremesa de um churrasco. Nestes potinhos o creme de chocolate é cozido e não assado como nos famosos chocohotpots da Nigella. A textura fica mais cremosa. E a mistura dos dois chocolates dá um gostinho especial.

Já fiz esta sobremesa para uma festa de finger foods, servindo o creme em xícaras de café, meio a meio. Mas para o churrasco fiz em potinhos um pouco maiores e com desenhos mais improvisados. Como diz a Heloísa, estes potinhos “são gostosos e lindos e permitem desenhos variados com o chocolate branco e o escuro”. Ficam lindos de qualquer jeito.

Outra coisa legal desta receita é que, como o creme é cozido e os potinhos não são levados ao forno, você pode usar potinhos de vidro, plásticos ou até descartáveis. Receita prática 🙂


Dá para fazer meia receita se você não quiser muitos potinhos, pois esta receita é para festa mesmo, rende bastante! Se não tiver a fava de baunilha, substitua por uma col (chá) de essência de baunilha.

Potinhos cremosos de dois chocolates

600 g de chocolate meio-amargo em cubinhos
400 g de chocolate branco em cubinhos
24 gemas
2 col (sopa) de mel
1 fava de baunilha
2 litros de creme de leite fresco

Separe 24 potinhos, taças ou xícaras não muito grandes de chá ou mesmo de café. Coloque cada um dos chocolates numa tigela grande e em outra coloque as gemas passadas por uma peneira fina e o mel. (Não pule a etapa de passar as gemas pela peneira, é o que impede o doce de ficar com aquele ‘gosto de ovo’) Corte a fava ao meio no sentido do comprimento, raspe as sementinhas, coloque a fava e as sementes numa panela com o creme de leite e aqueça. Quando ferver, despeje uma pequena parte sobre a gema, misture, volte para a panela e leve ao fogo, sem parar de mexer, até surgirem bolhinhas nas laterais, sumir a espuma da superfície, o creme encorpar e cobrir o dorso da colher, mas sem ferver. Despeje metade do creme sobre o chocolate branco e metade sobre o escuro, mexa até derreter e aguarde 5 minutos para esfriar um pouco. Calcule ¼ de xícara de cada creme por potinho e preencha como quiser: alterne camadas de branco e escuro para fazer listas, despeje os cremes lado a lado ao mesmo tempo ou coloque um creme por baixo e por cima espalhe bolotas do outro. Cubra os potinhos com filme plástico e leve à geladeira por pelo menos duas horas ou por até dois dias).

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Dois leigos, mas apaixonados por vinhos, começando uma viagem a Portugal pela região do Alentejo, provavelmente a segunda região vinícola mais importante do país depois do Douro. Resultado: entre os passeios, vamos às vinícolas!

Pesquisamos muito e ficamos com Adega da Cartuxa e com a Herdade do Esporão. A Cartuxa foi escolhida por ser uma vinícola antiga e tradicional, do grupo Fundação Eugénio de Almeida (FEA), que engarrafa o famoso Pêra Manca, um dos vinhos portugueses mais conhecidos e admirados. A Herdade do Esporão foi escolhida pelo contraste, já que se trata talvez da maior vinícola da região, além de ser dona dos vinhos Esporão, também muito conceituados no mercado.

Para quem tiver tempo, outras vinícolas interessantes no Alentejo que ficaram na vontade: as tradicionais Herdade do Mouchão e Herdade Perdigão, a moderna João Portugal Ramos e a artesanal Quinta do Mouro.

Adega da Cartuxa

Visitamos o prédio histórico da Adega Cartuxa–Quinta do Valbom, vizinha ao Convento dos Cartuxos, e que fica no local do antigo refeitório dos jesuítas que lecionavam na Universidade de Évora nos séculos XVI e XVII. É nesta sede antiga que descansam os grandes vinhos da FEA, como o Cartuxa e o Pêra Manca, tanto nos barris de carvalho como nas garrafas. Lá também é feita a visita e a degustação de vinhos e azeites.

Curioso que os vinhos nos barris descansam escutando canto gregoriano… Depois, no silêncio das caves, estes mesmos vinhos descansam nas garrafas. A arquitetura de paredes grossas e corredores laterais às grandes salas, faz com que a temperatura dentro do prédio seja praticamente constante, variando por volta dos 21º C.

Também foi legal saber que a produção vinícola da Adega da Cartuxa, assim como os demais negócios agropecuários da FEA, tem seus lucros revertidos para projetos de educação, artes e restauração do patrimônio histórico e arquitetônico da região.

Para fazer a visita na Adega da Cartuxa, escrevemos para a Enoturismo Cartuxa, que nos respondeu indicando os três tipos de visitas oferecidos pela adega:
– Visita Cartuxa – inclui visita à adega e uma prova de 3 vinhos da FEA, preço de 7,5 euros por pessoa;
– Visita São Bruno – inclui visita à adega e uma prova de 3 vinhos escolhidos pelo cliente de toda a gama da FEA, a escolha poderá ser feita a partir do site. Preço de 20 euros por pessoa;
– Visita Sto. Inácio de Loyola – inclui visita à adega e uma prova de 5 vinhos escolhidos pelo cliente de toda a gama da FEA, a escolha poderá ser feita a partir do site. Preço de 30 euros por pessoa.

Valeu a pena! O atendimento e a organização na Adega Cartuxa foram perfeitos. Provamos os vinhos escolhidos, desarrolhados na nossa frente, junto com uma degustação de três azeites produzidos pela FEA. Foi um dos passeios mais legais da viagem. E ainda deu para comprar alguns dos vinhos degustados no preço especial da vinícola.

Herdade do Esporão

A Herdade do Esporão foi uma experiência totalmente diferente! Lugar enorme, paisagens magníficas, uma sede linda e uma linha de produção de vinhos gigantesca. Quem já viu ou já tomou o Monte Velho ou o Alandra? Pois é, são produzidos lá na Herdade do Esporão.

Fizemos aqui a visita como manda o figurino, desde as plantações de uvas, passando pela fabricação propriamente dita, o descanso em barril, o engarrafamento, o repouso das garrafas nas caves e a rotulagem e embalagem dos vinhos.

Entre curiosidades da Herdade do Esporão está a plantação de tremoço no meio dos parreirais para ajudar no equilíbrio dos nutrientes do solo.

Outra coisa interessante que pouca gente deve saber é que o processo de vinificação dos vinhos Garrafeira – Private Selection, um pequeno volume perto dos outros rótulos produzidos na Herdade do Esporão, é feito separadamente e ainda envolve, hoje, a maceração das uvas pela pisa a pé! Olha a escadinha ao lado destes tanques… é aí mesmo.

Na Herdade do Esporão também é conveniente agendar a visita. Porém, mesmo enviando email duas vezes para o endereço indicado no site, não obtivemos resposta. O jeito foi telefonar (tel. +351 266 509 280) para confirmar a visita. O atendimento ao público na Herdade do Esporão foi correto, mas não caloroso como na Adega Cartuxa.

Há alternativas de visitas a escolher. A visita básica com a degustação de um vinho a escolha da casa não tem custo. Há degustações de rótulos da casa, oferecidas lá mesmo no bar/restaurante da sede da vinícola. São diversas opções, com preços variados, a partir de 15 euros por pessoa.

Na saída, uma surpresa: um quadro de Monet ao vivo. Um olival da Herdade do Esporão, onde as oliveiras repousam em um tapete de flores do campo roxas. Lindo demais!

A propósito, comprar vinhos nas vinícolas é o melhor negócio para conseguir bons preços. Se não for possível, outra boa opção são as ‘garrafeiras’, ou seja, lojas de vinhos, de preferência nas pequenas cidades. A melhor que encontramos foi o Restaurante e Garrafeira A Casa (Praça 25 de abril, 51-52, tel. +351 262 590 120) em Alcobaça. Em Lisboa, além do Club Gourmet do El Corte Inglés, encontramos os melhores preços e o melhor atendimento na Manuel Tavares, Lda. Mercearias Finas (Rua da Betesga 1A e 1B, Rossio, tel. +351 213 424 209).

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Quinoa para mim não foi amor à primeira vista. Achava que o grão tinha um retrogosto que tempero algum tirava. Com o tempo, aprendi que os grãos (sementes) de quinoa têm que ser lavados antes de utilizados, pois são naturalmente revestidos com saponina, substância amarga que os protege do ataque das aves. Em lugares mais carentes nos países andinos a saponina removida da quinua é usada como detergente para lavar roupa. Ou seja, gosto de sabão amargo mesmo 🙂

Hoje eu adoro este cereal. Fácil de cozinhar, super versátil, fica bom simples como acompanhamento e também mais elaborado num prato único. Fora que a quinoa é daqueles alimentos super hiper nutritivos. Ela já chegou a ser comparada ao leite materno em termos nutricionais.

Enfim, me deu vontade de barbarizar e fazer um curry, que eu adoro, com a quinoa. E quando os Andes bolivianos encontraram a Índia, foi um casamento perfeito, delicioso de fato 🙂

Curry de quinoa (adaptado daqui)


1 xíc (chá) de quinoa
2 xíc (chá) de água
2 col (sopa) de óleo
2 col (chá) de curry em pó
1/4 col (chá) de curcuma
1 xíc (chá) de caldo de legumes
1 xíc (chá) de ervilhas frescas ou congeladas
1 couve-flor em buquês pequenos
1 pote de iogurte natural (170 g) (para os veggies, basta não colocar o iogurte)
1 xíc (chá) de castanhas de caju
1 col (chá) de sal
2 col (sopa) de coentro fresco bem picadinho (opcional)

Lave e escorra a quinoa (eu coloco a quinoa numa peneira grande fina e passo na água corrente mesmo). Cozinhe a quinoa na água (a proporção é de um para dois, sempre) por 10 a 15 minutos em fogo baixo (a água ‘some’ e os grãos de quinoa ficam com um ‘anel branquinho’ em volta). Reserve. Em outra panela, aqueça o óleo e depois coloque o curry. Mexa por 15 segundos e coloque o caldo de legumes. Acrescente a curcuma e deixe ferver. Coloque a couve-flor, cozinhe por uns 4 minutos, junte as ervilhas e cozinhe só mais um pouco. Desligue o fogo e junte a quinoa, o iogurte, a castanha de caju e o coentro. Misture delicadamente, acerte o sal e pronto.

OBS. Se quiser um prato mais completo, pode acrescentar peito de frango refogado em cubinhos.

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