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Na opinião da família, inclusive dos adolescentes gourmets :-P, o Mercado Central foi o melhor passeio em Belo Horizonte. Seguimos a dica da @atiepolo e ficamos em um hotel pertinho do Mercado, pelo que pudemos aproveita-lo bastante.

Pulamos o café do hotel e fomos todos os dias tomar o café da manhã dos campeões no Mercado, sempre firmes no tour-degustação-do-pão-de-queijo-e-do-bolo-de-fubá-com-cafezinho 😛 Almoçamos um dia no Casa Cheia, sobre o qual já falei neste post. Fartei-me nas banquinhas de utilidades domésticas, aquelas banquinhas ‘de feira’ que vendem de tudo um pouco do que a gente precisa. Também aproveitamos o segundo andar do Mercado onde ficam as banquinhas de artesanato e os famigerados souvenirs.  E fizemos ótimas compras de comidinhas no Mercado. Foi o medo do excesso de bagagem no voo da volta que nos segurou um pouco. Da próxima vez vamos de carro, com o porta-malas cheio de isopores, certeza 😉

A seguir, um apanhado das dicas do Rosmarino e da Ane Tiepolo para vocês.

Tomamos café da manhã no Dona Diva e gostamos bastante.  Mas nada superou o Comercial Sabiá, com seu pão de queijo fresquíssimo e puxa-puxa, seu bolo de fubá com queijo macio e saboroso e seu bolo de tangerina leve e perfumado. O café, um blend de dois tipos que eles mesmo comercializam, foi o mais gostoso da viagem. Não dá para perder. E vale a pena levar estes cafés para casa.

Almoçamos no Casa Cheia, sobre o qual já contei aqui. Imperdível. Se a casa estiver realmente muito cheia (perdão pelo trocadilho), ao menos petisque no Bar da Lora, corredor apertado e cheio mas que oferece uma cerveja geladíssima e pratos como o Não Acredito, composto de carne de sol, linguiça defumada, mandioca e requeijão, servidos com molho de seriguela, melaço de rapadura e farinha de pequi. Para quem gosta, a porção de fígado acebolado com jiló é um clássico do Mercado. A Ane foi e aprovou.

Difícil dizer onde estão as melhores lojas de doces e de farinhas, pois são várias espalhadas pelo Mercado. Vale a pena trazer fubá, farinha de milho e farinha de mandioca, da melhor qualidade. Nós trouxemos queijo da canastra e mistura de farinhas já pronta para fazer pão de queijo. E goiabada Zélia e doce de leite Viçosa. Trouxe também outros doces como de figo, de abóbora e de coco, tudo produção artesanal mesmo. O Ponto das Bebidas e a Cachaçaria Barroca têm boas marcas de cachaças, como a Anísio Santiago e a Canarinha, entre outras boas. Dica da Ane também.

A Ane encontrou as melhores panelas de ferro na Crisbele. Vários modelos e tamanhos e as melhores grelhas. Há uma oferta grande de panos de prato, produtos de palha e de couro, principalmente no segundo andar do Mercado. Meus filhos se deliciaram com uma loja bem na frente do Casa Cheia, onde vendiam-se chapéus de cowboy e cintos com medalhão. Até com um berrante nos voltamos para casa 😀

Vai um cafezinho com pão de queijo aí? 😛

foto Alexandre Costa

Fomos proibidos de fotografar dentro do Mercado Central de Belo Horizonte. Acredito que é uma regra recente, já que outros blogs têm muitas fotos do local, feitas de forma legítima. Porém, o Alexandre Costa,  que gentilmente cedeu a imagem acima do café com pão de queijo, tem este post muito bacana do Mercado Central de BH, onde dá as suas dicas de local e posta fotos belíssimas do lugar. Não percam!

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Infelizmente este post não tem aquelas fotos babantes de comidas 🙂 No Mercado Central de Belo Horizonte é proibido fotografar. Respeitamos a regra. Nos outros locais, curtimos tanto a noite que pouco pensei em tirar boas fotografias. Shame on me blogueira!  Mas às vezes não tenho mesmo vontade de fotografar com grandes produções durante a refeição, quero é curtir os sabores. É por isto que este blog é amador, né gente? 😉
Mas vamos ao que interessa.

Ir a Belo Horizonte e não botecar é pecado mortal. Afinal, a cidade é conhecida como a “capital nacional do boteco” e tem mais de 12.000 estabelecimentos do tipo. Os botecos da cidade são uma verdadeira instituição gastronômica e cultural e não é à toa que o festival Comida di Buteco nasceu em BH, no ano de 2000. Desde então os botecos de BH se esmeram em criar pratos e tira-gostos diferentes e saborosos a cada ano.

É claro que com pouco tempo disponível e com adolescentes não dá para fazer o circuito completo de botecos bacanas da cidade. Mas pelo menos um gostinho deu pra ter. Escolhemos dois botecos da lista super apetitosa que a @atiepolo me passou. Valeu a pena. Almoçamos um dia no Casa Cheia no Mercado Central e pegamos um final de tarde para ir ao Bar do Careca. O Bar do Zezé, o outro próximo da lista, infelizmente ficou de fora.

No último dia, já sentindo vontade de dar uma pausa no regabofe de comida mineira (nos fartamos dela!) e vendo que os meninos estavam cansados e sem vontade de sair do hotel, resolvemos curtir a noite a dois e mudar um pouco. Saímos da cerveja para o vinho e fomos beliscar no Oak Restaurante e Wine Bar. E BH foi assim, do roots ao glamour, de pé no chão e de salto alto, abrindo e fechando com chave de ouro.

Casa Cheia

O nome Casa Cheia não é à toa. Chegamos para almoçar às 12h em ponto e o lugar já estava lotado. Fomos os primeiros da fila de espera. Quando saímos, a fila estava gigantesca. O Casa Cheia fica espremido num canto do segundo andar do Mercado Central e é cheio, apertado e sem muito capricho. Mas o lugar é cheiroso, a comida é divina, o atendimento  eficiente e os preços excelentes. A cozinha fica à vista e é bacana olhar seu movimento. É a melhor opção para almoçar no Mercado. Infelizmente faltou coragem na galera para provar o famoso tira-gosto do Mercado, o fígado acebolado com jiló, mas provamos três pratos, dos quais dois já tinham sido premiados em edições anteriores do festival Comida di Buteco. O Mexidoido Chapado, um mexido de arroz e feijão com picanha, lombo defumado, linguiça caseira, bacon, legumes e um ovo de codorna frito coroado por uma pimenta biquinho estava uma delícia. Outro prato que adoramos foi um cozido de cordeiro, no qual o cordeiro é marinado com vinho e temperos e cozido junto com costelinha suína, linguiça e legumes, servido com arroz com brócolis e batatas-fritas. Tudo delicioso, dos pratos à cerveja bem geladinha.

Bar do Careca

Pé-sujo cheio de charme, com suas paredes descascadas, chão rachado, mesinhas com toalha de plástico, mas com a comida mais cheirosa e com o dono de coração mais quente da cidade. O Careca veio à mesa conversar e contar seus causos. Está sempre lá e é ele que praticamente  faz toda a comida do lugar. Acorda cedíssimo e começa a preparar o mis-en-place, coloca as carnes para assar, os peixes para grelhar, os ensopados para ferver. Sua comida é uma delícia mesmo. Feijão tropeiro temperadinho, carne de panela untuosa, um lombinho com jiló que até os filhos provaram. Com direito a um bolinho de bacalhau sequinho e perfumado de entrada e uma cerveja Original para acompanhar. O Careca, com toda sua simpatia, nos deu a receita da sua geleia de pimenta que casava maravilhosamente bem com o lombinho com jiló. E ainda de lambuja nos presenteou com um pouco do seu tempero especial, preparado por ele todos os dias e que leva cebola, alho, gengibre e ervas. Uma noite gostosa na qual acalentamos o estômago e a alma com a hospitalidade mineira.

 Oak Restaurante e Wine Bar

Continuamos brindados pela simpatia e hospitalidade mineira neste wine bar/restaurante. Lugar muito gostoso, com mesas na varanda de frente pra a rua, decoração moderna e aconchegante, música e iluminação na medida certa. O sommelier, muito atencioso, veio nos recomendar suas escolhas de vinho branco e vinho tinto. Tomamos o primeiro com um trio de canapezinhos de salmão defumado e salmão tartar. O tinto foi acompanhado de canapés de carpaccio, saborosos e delicados. Por fim, uma amostra de cinco sabores de brigadeiros de colher, numa apresentação bonita e gostosa. Foi o suficiente para fechar a noite depois de um lauto almoço de comida mineira de raiz 🙂

 

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Bolar uma viagem com crianças é relativamente fácil, já que os pequenos em último caso acabam fazendo o que os pais querem. Com adolescentes a coisa muda de figura. Primeiro porque eles pesquisam sobre os locais e têm vontade própria, que precisa ser respeitada. E segundo porque nesta idade (lembram?) os amigos são tudo na vida. Ou seja, bolar uma viagem em família – sem os amigos! – para adolescentes requer mais desafios. Mas com um pouco de planejamento em conjunto é possível fazer viagens bacanas, que acabam sendo oportunidades incríveis para os pais de adolescentes curtirem seus filhos. A gente passeia junto, almoça e janta junto, sempre pensando no interesse de todos. E no fim damos boas risadas e eles curtem muito os passeios 🙂

Em 2012 fizemos esta viagem à Espanha, na qual pela primeira vez os meninos puderam exercer sua independência e se virar nos passeios, além de palpitarem nos roteiros. Foi uma viagem muito boa.

E fazia tempo que não saíamos todos juntos, por uma série de motivos, principalmente por conta da mudança para São Paulo no final do ano. Enfim, resolvemos pegar o feriado da Páscoa e embarcar para Belo Horizonte, onde aproveitamos para fazer um pit stop em Inhotim.

Em Belo Horizonte

Belo Horizonte foi uma boa surpresa. Aproveitamos muito o Mercado Central, que ficava a uma distância curta do hotel,  e os meninos adoraram provar as comidas, ver os bichos e sapear pelas lojas de artesanato no piso superior do Mercado. Além dos doces, cafés, pimentas e queijos, até com um berrante nós voltamos na mala 😛

Na Praça da Liberdade fizemos dois passeios muito interessantes, uma dobradinha de museus, o Memorial Minas Vale e o Museu das Minas e do Metal. Cada um a sua maneira, os dois museus valeram muito.

Fechamos BH com um passeio que não pode faltar na família: uma visita ao estádio do Mineirão, que foi recentemente reformado.

O Memorial Minas Vale

Eles curtiram muito o Memorial, onde cada sala aborda de forma diferente uma temática da história e da cultura de Minas Gerais. Esta forma de exposição é ótima para manter o interesse deles. Assim, há desde uma sala que conta em vídeos a trajetória da construção das estradas no estado de Minas Gerais até uma caverna, passando por uma maquete de uma vila mineira, pelos bonecos do Giramundo e por uma réplica da Casa da Ópera de Vila Rica. É muito gostoso ver que cada filho se empolga com algo diferente, de acordo com a idade, o momento de vida e a personalidade deles. Surpreendi-me com o interesse do meu filho de 14 anos pela história do escritor Guimarães Rosa, contada em vídeo pela filha dele, na sala A Família Mineira.  Eu também adorei este depoimento, de emocionar. O filho menor gostou do filme na sala das Vilas Mineiras e da Minas Rupestre, onde dá para brincar com as luzes dentro de uma caverna.

Se você quiser conhecer o Memorial em mais detalhes, a Camila do Viaggiando fez um post bem completo sobre ele, aqui.

O Museu das Minas e do Metal

Em seguida fomos ao Museu das Minas e do Metal. Muito bem cuidado, este museu tem tanto exposições como atividades interativas.  Eles adoraram o jogo de trading de commodities agrícolas, no qual era possível comprar e vender boi, algodão, açúcar, feijão, milho e outros, viajando pelos anos deste século e do século passado, de modo a comprar barato e vender caro e assim ganhar mais moedas de ouro. O Bruno está estudando os elementos químicos na escola e adorou o jogo da Tabela Periódica, no qual era possível  ‘arrastar’ elementos para observar aqueles que reagiam entre si, formando compostos químicos. O Theo se encantou com o Chão de Estrelas, um ‘telescópio ao contrário’ que mostra as pedras do chão ampliadas, bem como a coleção de pedras do geólogo Djalma Guimarães.

Espaço TIM de Conhecimento

Outro lugar bacana para crianças e adolescentes, que fica próximo ao Memorial Minas Vale e ao Museu das Minas e do Metal é o Espaço TIM de Conhecimento. Não tivemos tempo de ir, mas caso alguém se interesse em visitar, o Viaggiando conta a respeito dele aqui.

O Mineirão

O Mineirão, ou melhor dizendo o Estádio Governador Magalhães Pinto, foi o último passeio de Belo Horizonte. Nele há um pequeno museu do futebol –  desapontador para quem conhece o Museu do Futebol em São Paulo –  mas que vale se acompanhado da visita ao estádio do Mineirão, onde dá para bater uma bolinha rápida na sala de aquecimento, ver os vestiários e banheiros recém-reformados e sentar na tribuna e nos camarotes para ver o gramado. Mas, atenção: a visita guiada aos finais de semana vai só até às 13 horas e os ingressos se esgotam rapidamente. É bom chegar cedo para evitar filas e não perder o passeio. No feriado da Páscoa enfrentamos uma fila enorme e uma muvuca no local, mas os funcionários garantiram que a confusão era provisória, por conta da reforma das bilheterias que estava para terminar. Mas é bom se garantir.

O passeio em Inhotim

Nós passamos um dia em Inhotim, fazendo um bate e volta de Belo Horizonte. De carro, a viagem dura uma hora. Diria que para adolescentes um dia de passeio é a conta certa. Eles têm energia para andar o parque todo, não cansam, não querem sentar para almoçar por horas e não fazem o tipo contemplativo de jardins 🙂 Nós chegamos no parque na hora da abertura, por volta das 9h30, já com ingressos e transporte comprados pela internet. Usamos o carrinho de golfe para ir aos locais mais distantes e o restante fizemos a pé. Deu pra ver tudo. É claro que Inhotim está cada vez maior, ouvi lá que eles pretendem abrir uma galeria nova a cada dois meses, mas o atual número de galerias e obras está de bom tamanho para um dia de passeio com pré-adolescentes e adolescentes.

Aqui também é muito gostoso ver como cada um curtiu da sua maneira. O Bruno adorou a galeira Mata, onde o Theo ficou vários minutos sentado (não queria ir embora!) escutando as línguas extintas ou em risco de extinção. Os dois gostaram bastante da Cosmococa, eu adorei as instalações “sonoras”, enfim, é uma delícia passear e trocar estas experiências com eles 🙂

 

Nas próximas semanas contarei mais do Mercado Central e  de Inhotim, dando mais detalhes de como fazer uma visita mais produtiva a estes locais. Até lá 😀

 OBS. As fotos foram tiradas sem flash por imposição dos locais visitados, razão da nitidez prejudicada.

 

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