Viewing entries in the category comida italiana

Os melhores restaurantes

  • Antica Trattoria La Toppa (San Donato in Poggio)
  • Albergaccio di Castellina (Castellina in Chianti)
  • La Taverna Castello Banfi (Montalcino)
  • Trattoria dei Quattro Leoni (Firenze)
  • La Buca di Sant’Antonio (Lucca)
  • Trattoria Za Za (Firenze)
As melhores refeições rápidas
  • Pizza di prosciutto crudo, rucola e grana – Pizzeria Tre Porte
  • Accoglienza – Dario+
Os melhores antipastos
  • Tartara di vitellone allo zenzero, Parmigiano i carciofi – Albergaccio di Castellina
  • Torre di melanzane – Trattoria dei Quattro Leoni
  • Burrata – Pizzeria Il Pomodorino
Os melhores primeiros pratos
  • Ravioli di spinaci e ricotta con burro e salvia – Antica Trattoria La Toppa
  • Fiocchetti alle pere con salsa di taleggio i asparagi – Trattoria dei Quattro Leoni
  • Spaghetti alla carbonara – Osteria Cipolla Rossa (Firenze)

 

Os melhores segundos pratos

  • Maiale in umido – Antica Trattoria La Toppa
  • Arista di maiale com patate al rosmarino – La Taverna Castello Banfi
  • Costolette dal’agnello con funghi fritte – La Buca di Sant’Antonio

 

 As melhores sobremesas

  • Pinolata Senese con salsa al FloruS – La Taverna Castello Banfi
  • Crema bruciata profumata alla vaniglia naturale con insalata di fragole flambate – Albergaccio di Castellina
  • Crostata fichi e noci – Café Nannini (Siena)

 

Os melhores sorvetes

  • Gelateria di Piazza – San Gimignano
  • GROM – Siena
  • Cremi – Arezzo
  • Vivoli – Firenze

 

Os melhores vinhos
    • Schidione Oro 1997 III Millennio – Castello di Montepó
    • Syrah Banditone 2005 – Ferenc Maté
    • Soldera Brunello di Montalcino Riserva 2002 – Case Basse
    • Brunello de Montalcino 1998 Riserva Biondi-Santi – Tenuta Greppo
  • Sassoalloro 2006 – Castello di Montepó
  • Chianti Clássico Riserva La Forra 2003 – Tenuta di Nozzole
  • Chianti Clássico Riserva Castellare di Castellina 2007 – Domini Castellare di Castellina
  • Bianco Avignonesi Toscana 2010 – Avignonesi
  • Centine Bianco 2010 – Castello Banfi

E um agradecimento especial a @RomaineCarelli, ao @bronza e ao @umlitrodeletras que forneceram dicas excelentes da Toscana.

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Quando planejávamos a viagem para a Toscana surgiu a ideia de fazermos uma aula de culinária lá. Mais da metade do grupo topou e começamos a procurar um entre alguns cursos e aulas que são oferecidos na região. Optamos pela Tenuta Casanova, no Chianti, bem perto do nosso hotel. Valeu a pena, tanto para os que não costumam ir para a cozinha como para os que já estão mais familiarizados. Foi divertidíssimo e acho que rimos mais do que cozinhamos 🙂

A Tenuta Casanova é uma propriedade familiar, tocada principalmente pelo Silvano e pela Rita, que trabalham muito! Na chácara eles criam porcos e galinhas e cultivam parreiras, oliveiras e alecrim. Produzem vinho, vinagre balsâmico, azeite e mel para vender e fornecem alecrim para diversos mercados na região. Cultivam ainda uma horta com uma grande variedade de verduras e legumes. Toda a produção da tenuta é orgânica. Na aula, cerca de 80% dos ingredientes utilizados eram de procedência própria.

A aula durou uma tarde e no início da noite jantamos juntos os pratos por nós preparados. A professora, Rita, é auxiliada pelo marido Silvano na tradução para o inglês, se necessário. Todos os participantes ganham seu avental e põem a mão na massa. Durante toda a aula e depois no jantar, são servidos os vinhos produzidos pela Tenuta Casanova. Cozinhar com booze é muito mais legal não? 😉

Começamos pelas sobremesas, torta di mele (torta de maçã) e tiramisù. Em seguida, preparamos antipasto di peperoni (antepasto de pimentão), pomodori ripieni di riso (tomates recheados com arroz temperado com um ‘pesto’) e vários ciaccini, uma espécie de focaccia típica da região. Finalizamos com o gnocchi di patate al sugo di gorgonzola (nhoque com molho de gorgonzola).

No final, enquanto a Rita e a equipe da cozinha terminavam os preparativos para o jantar, o Silvano nos levou para conhecer a cantina e nos mostrou os vinhos que produz. Em seguida nos levou a balsameria e explicou em detalhes como é produzido e envelhecido o vinagre balsâmico.

Para mim, o mais interessante foi mexer com a massa do ciaccino/focaccia e aprender a fazer a focaccia recheada, com a massa bem fininha. Também gostei das dicas do nhoque e de ver como é feito o verdadeiro tiramisù italiano. A melhor surpresa para o paladar foi o ciaccino com sálvia frita no azeite e salpicado de açúcar: um sabor incrível, que vou repetir logo em casa.

Para quem vai viajar em grupo e gosta de cozinha, um super programa legal.

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Comemos muito bem na Toscana. Pratos simples ou sofisticados, quase sempre deliciosos. Mas alguns restaurantes se destacaram na viagem. Uns pela comida, outros pelo ambiente e outros ainda pelas inovações e criatividade. E é sobre eles que vou contar.

O sofisticado: Albergaccio di Castellina (em Castellina in Chianti)

Fomos ao Albergaccio di Castellina atraídos pela sua ‘uma estrela’ no guia Michelin e porque ele coincidentemente ficava na cidade do nosso hotel. E valeu a pena, embora o preço tenha sido meio salgado pela dita estrela.

>Um lugar lindo, charmoso, tranquilo, agradável sem ser luxuoso, com serviço impecável. Almoçamos na varanda do restaurante um menu da estação, que foi uma pausa merecida no roteiro do vendaval das vinícolas. O Albergaccio é um restaurante de comida típica toscana, que aproveita os ingredientes da estação e valoriza os produtos locais. Seus menus mudam sempre e são compostos por variedades de pratos tradicionais com o toque especial dos donos, Sonia e Francesco.

Nosso menu, que tinha o poético nome de “Sapori, colori e profumi della Primavera”, tinha quatro pratos: para começar um tartar de vitela Chianina, perfumado com gengibre, parmesão e alcachofras. Como primeiro prato um spaghetti com aspargos selvagens sobre um fondue de queijo parmesão com um toque de açafrão. Como segundo prato, uma caçarola de coelho ao vinho, alho e alecrim, com alcachofras grelhadas e seu fígado ao Vin Santo. Por fim, um creme brulée com morangos flambados. Pães da casa e um mini minestrone no couvert, mini docinhos com o café.

O tradicional: Antica Trattoria La Toppa (em San Donato in Poggio)

A Antica Trattoria La Toppa está aqui por ter representado um dos melhores momentos ‘emotivos-gastronômicos’ da viagem. Uma noite em que estávamos super cansados por mais de três horas de viagem e passeios em vinícolas, fomos mesmo porque o restaurante tinha sido muito recomendado por um casal de franceses gourmets amigos do Jacques e principalmente porque havia sido reservado com antecedência. E foi a melhor coisa que fizemos.

Engraçado que o salão do restaurante estava completamente vazio. Em compensação, as mesas na rua (sim, porque não há calçadas em San Donato in Poggio, mas ruas estreitas onde os poucos carros dividem o espaço com os pedestres e as lambretas) estavam lotadas. Fomos agraciados com um clima muito ameno numa noite linda, com a atmosfera perfeita da iluminação do La Toppa sobre as pedras e as construções antigas da cidade.

Fomos recebidos muito calorosamente pelo dono do restaurante e por seu filho, que descreveu os pratos que a mãe preparou naquele dia. E não que a comida era deliciosa? Começamos com uma variedade de massas, entre as quais o típico pici al cinghiale, um pappardelle con funghi e o me-lhor ravióli de espinafre e ricota que já comi na vida, regado a um simples molho de manteiga e sálvia. Como prato principal, porco assado com batatas ao alecrim e espinafre refogado. Também um dos melhores pratos da viagem. Foi uma noite impecável, perfeita e que deixou saudades, em todos os sentidos. Quem passar pela região do Chianti, não deixe de ir ao La Toppa.

O completo: Taverna Banfi (em Montalcino)

SelecionamosLa Taverna do Castello Banfi para o almoço na volta da vinícola Biondi Santi Tenuta Greppo. E foi uma escolha super acertada. Além dos dois restaurantes (Il Ristorante, ‘estrelado’ e mais sofisticado e La Taverna, mais despojada), Banfi tem um castelo histórico restaurado que fica em um jardim bonito, uma vinícola, uma adega e uma balsameria (onde ficam armazenados os vinagres balsâmicos), um museu de objetos de vidro antigos e uma boa enoteca com guloseimas e vinhos a bons preços.

Ambos os restaurantes em Banfi são muito procurados e tivemos que reservar – e pagar uma parte – antes de irmos para a Itália. A Taverna envia opções de menus de três, quatro ou cinco pratos para escolha antecipada.

>Depois de um aperitivo na enoteca fomos para o restaurante, onde foi servido o menu de quatro pratos, acompanhados dos vinhos Banfi. De entrada um flan de ricota e abobrinha ao molho de queijo pecorino, um prato de textura delicada e muito sabor, delicioso mesmo. Acompanhou um vinho muito gostoso, o Centine Bianco 2010. Como primeiro prato, um fusilli caseiro com aspargos e lingüiças, acompanhado de um Rosso di Montalcino 2009. Em seguida, porco assado com batatas ao alecrim que rivalizou com o prato do La Toppa, com o Brunelo di Montacino do Castello. De sobremesa, a que foi eleita a melhor da viagem, uma Pinolata Senese, torta recheada com creme de baunilha e coberta com pinoli, acompanhada do FloruS Moscadello di Montalcino 2008. Refeição memorável. A vinícola é bastante turística, mas vale a pena considerar o Castello Banfi em um roteiro de viagem a Toscana.

O diferente: Antica Macelleria Cecchini (em Panzano in Chianti)

A refeição mais curiosa, mas não menos deliciosa da viagem, foi no Dario+, restaurante que abre para o almoço no segundo andar de um dos açougues mais badalados do mundo gastronômico, a Antica Macelleria Cecchini do açougueiro Dario Cecchini.

A Macelleria Cecchini é hoje um ponto turístico: sábado pela manhã e Dario está lá, recebendo os clientes – e as dezenas de turistas – no seu açougue na cidadezinha de Panzano in Chianti. Difícil ver alguém com tanta paixão pelo que faz. Alegre, bem humorado, carismático. Dario recebe as pessoas com música italiana e chamando-as para dentro do açougue, cumprimentando todos e servindo nacos de porchetta que ele vai fatiando na hora, junto com pão, azeitonas, salame, pasta de lardo e um copo de vinho Chianti. Quando o açougue esvazia um pouco, Dario conversa e responde às dúvidas dos clientes/turistas.

Dario herdou o negócio do seu pai Tullio, que herdou do seu avô também Dario e este do bisavô, Luigi. Mas o Dario neto explica que embora tenha herdado o negócio da família e venha de uma geração de antigos açougueiros, ele é ‘um açougueiro dos tempos de hoje’. Daí surgiu a ideia dos restaurantes. É através deles que Dario melhor conceitua seu trabalho. Nas palavras dele: “Não sou um chef ou um cozinheiro, mas um açougueiro que cozinha. Desta forma, explico melhor e com mais resultado o meu trabalho”.

Ele tem três propostas diferentes no seu restaurante, que funciona no segundo andar do açougue e cujo caminho para chegar a ele passa por dentro do açougue propriamente dito. Durante o dia, funciona o Dario+, que serve dois menus de almoço. À noite, funciona no mesmo local, em dias e horários alternados, a Officina della Bistecca, quando Dario serve a famosa bistecca Fiorentina e outros pratos peso-pesados de carne e o Sollo Ciccia, quando é servido um menu de comida caseira da cozinha ‘da família’. À noite, convém reservar lugar no restaurante. No almoço já é mais tranqüilo, chegamos cedo e não tivemos problemas para sentar imediatamente.

A ideia do Dario+ é oferecer comida boa a preço justo. O primeiro menu brinca com a ideia de um ‘fast food bom’ e o segundo procura mostrar as especialidades do açougue. No menu Dario + ele serve um hambúrguer suculento de 250 g, acompanhado de batatas ao forno com sálvia e alho, uma salada e um pão crocante e fresquíssimo. No menu Accoglienza, quatro variedades de carnes: o sushi di Chianti, um tartar; o tonno Del Chianti que é uma carne de porco desfiada e bem temperada que supostamente ‘lembra’ atum, a porchetta em cubos e o cosimino, almôndegas em cubos com um molhinho picante. Tudo muito saboroso!

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Normalmente os textos para os posts fluem facilmente. Mas desta vez foi difícil começar a escrever. Talvez pelo excesso de informações novas ou de emoções compartilhadas, demorei para decidir o que falar, como falar. Então resolvi começar pelo começo mesmo 🙂 E, portanto, contando para vocês da nossa confraria de vinho, a Turma do Vinho Nelson Barbieri, assim denominada ‘oficialmente’ no ano passado.

Em 2005, um casal de amigos que se reunia sempre e gostava de tomar vinho resolveu fazer uma ‘degustação oficial’ e convidou mais dois casais para participar. A este encontro seguiram-se outros e a confraria do vinho foi tomando forma. Sempre de maneira informal, sem frescuras, a ideia era nos reunirmos para experimentar vinhos diferentes, bater papo, trocar experiências e dar muita risada. Com o passar dos anos e das garrafas, fomos criando verdadeiros laços de amizade. Nós mudamos para Ribeirão Preto, outros dois casais foram para Florianópolis e Valinhos, os demais continuam em Araraquara, mas não perdemos o contato. Nosso grupo tem pessoas de idades, nacionalidades e personalidades diferentes, mas o conjunto funciona muito bem. Já fizemos algumas viagens pequenas pelo Brasil, mas esta foi a nossa primeira viagem internacional. Planejada com muito cuidado, desde setembro do ano passado, tomou forma agora no final de maio.

Toscana, aí vamos nós! O Jacques, como nosso maior gourmet e enólogo de verdade, fez o roteiro das vinícolas e sugeriu a hospedagem em um hotel no campo, na região do Chianti. Passamos então uma semana visitando vinícolas e rodando por pequenas cidades da Toscana. Na semana seguinte, eu e o Mike encerramos a Toscana com chave de ouro entre Siena e Firenze, com direito a um dia em Pisa e Lucca. É desta viagem que falarei nos próximos posts. As visitas às vinícolas, as cidades, nossa aula de culinária na Tenuta Casanova, os melhores restaurantes e os melhores vinhos que tomamos. Foi uma viagem muito especial, não somente pelas delícias dos lugares por onde passamos mas principalmente pelas companhias. Um grupo de pessoas bem-humoradas, divertidas, que topam tudo – é um privilégio fazer parte desta turma de amigos.

Espero que os leitores do blog gostem da nossa ‘experiência toscana’. Semana que vem tem mais! 🙂

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ENTRE OS MUROS DE BERGAMO

Enquanto Milão foi agitado e o Lago di Como foi romântico, Bergamo foi a chave de ouro da viagem: charmoso.

Bergamo se divide em duas: a Città Bassa, que é a metrópole urbana moderna, e a Città Alta, que é a cidade velha, no alto do morro, cercada por muralhas e bem medieval. Ao redor das ruazinhas de paralelepípedos ficam restaurantes, lojas que vendem queijos e frios, confeitarias com vitrines de encher os olhos, lojas e alguns poucos hotéis – sem falar nas construções antigas lindas, como a Piazza Vecchia, o Duomo, a igreja de Santa Maria Maggiore e a Biblioteca de Bergamo. É o máximo passear por esta cidade e ficar imaginando como ela funcionava há séculos.

Para ir da Cidade Baixa para a Cidade Alta usa-se o bondinho, ou funicular.

Comemos e bebemos muítissimo bem em Bergamo. E a culinária bergamasca é super interessante nas suas particularidades. Vamos lá.

A massa típica bergamasca é o casoncelli (ou casoncèi). Assim como a nossa feijoada, sua origem é humilde, pois era feito com pedaços de massa que eram recheados com restos de carne bovina e suína. Os casoncelli são raviolis bem rústicos, enrolados a mão mesmo. O mais tradicional é o casoncelli bergamaschi con pancetta burro e salvia (com manteiga, sálvia e pancetta). É uma delícia.

Além das tortas feitas com nozes, amêndoas e frutas secas e dos doces folhados e recheados, o doce mais típico da culinária bergamasca chama-se curiosamente Polenta e Osei – que quer dizer “polenta e andorinhas” 🙂 Mas o nome se deve unicamente ao aspecto do doce! É um bolo aromatizado com limão e baunilha, recheado com uma pasta amanteigada de chocolate e coberto com marzipã amarelo e com pequenos passarinhos também feitos de marzipã. Toda vitrine de confeitaria tem sua versão da Polenta e Osei, nos mais variados tamanhos, de um bolinho individual (como eu comi) até um bolo de 3 kg ou mais.

Este gnocchi di patate fatti in casa con funghi porcini, finferli e pinoli tostati mostra bem o traço da culinária piemontesa a base de creme de leite e manteiga e com dois tipos de funghi, mas com o toque do charme bergamasco, o cacau em pó.

Outro primo piatto bem gostoso e diferente. No menu chamava-se Creme Bruleé di Zucca e Gorgonzola, mas estava mais para um suflê mesmo 🙂


A sobremesa mais gostosa que comemos em Bergamo foi certamente este Tiramisù: o melhor que comi na vida, deixou saudades.

Um capítulo à parte para a Pizzeria Il Fornaio. Lotada o dia inteiro, sempre com pizzas diferentes na vitrine (a gente passava em frente só para ver o que tinha de novo), vendiam-se as pizzas aos pedaços que eram cortados pela atendente com uma tesoura (!). Os pedaços voltavam ao forno para uma tostada final e eram pesados e entregues sobre um guardanapo de papel. Até pizza de batata-frita apareceu uma vez… sim, na Itália 🙂

Vejam como são lindas as vitrines de Bergamo.

Em Bergamo também tomamos o vinho mais gostoso da viagem.

Bom, por ora é só! Espero que tenham curtido conosco a viagem 🙂

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AO REDOR DO LAGO DE COMO O Lago di Como é mesmo candidato a um dos lugares mais românticos do mundo. Cada cantinho uma surpresa – uma paisagem linda, um jardim florido, um lugarzinho pitoresco para tomar um café, uma casa colorida… tudo regado por aquele céu azul com o lago e as montanhas nevadas ao fundo. Estivemos em Tremezzo, onde visitamos a Villa Carlota, e depois atravessamos de barco para Bellagio. Um almoço leve – panini (sanduíches) feitos com piadina (pão achatado e frito) recheados com folhas, crudo (como eles chamam o presunto cru) e grana (que é o queijo grana padano). Uma pausa para o café, sempre presente em nossos passeios. Vitela com espinafre e risoto, bem típico do local. Reparem nas folhas de sálvia fritas na manteiga… ficam divinas!! Um prato com polenta – a polenta é muito saborosa, feita com a sêmola mais grossa do que vemos normalmente por aqui. Os limões sicilianos da Villa Carlota. Arriverdeci… Nós vemos em Bergamo! 🙂

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fonte da imagem: http://www.simonde.com.br/SimondeWeb/Materias/frmMateria.aspx?m=15

Viajamos uma semana pela Lombardia, no norte da Itália. Junto com a vizinha região do Piemonte, a Lombardia é conhecida pelas massas frescas, polentas e risotos. A região é inclusive a principal produtora de arroz do país. Por conta também da produção de pecuária bovina nas encostas das montanhas, é a terra da vitela e conhecida por usar mais a manteiga do que o azeite em seus pratos. Lá, é mais fácil achar massas frescas com molhos à base de creme de leite e manteiga do que molhos de tomate. As sobremesas típicas também seguem a mesma linha do uso da manteiga e do creme de leite: tanto o tiramisù como a panna cotta têm sua origem no noroeste da Itália. Alem destes dois doces, muitos outros são feitos com frutas secas e nozes, em especial as avelãs.

Viram que região mais LIGHT? Não é à toa que eu e o meu marido juntos engordamos 4 kg na viagem 🙂

Levarei vocês conosco nesta aventura gastronômica, passando pelas ruas movimentadas de Milão, pelas encostas do Lago di Como e pelas ruas tortuosas de Bergamo. Aproveitem!

PELAS RUAS DE MILAO

Milão, início de nossa viagem pela Lombardia. É claro que não podíamos deixar de comer os dois pratos mais típicos da culinária milanesa – o risotto alla milanese e a cotoletta alla milanese. Muito simples, mas deliciosos. O risotto é aquele bem básico feito com manteiga, cebola, vinho branco, brodo e queijo parmesão – mas com o toque especial do açafrão e do tutano de boi. A cotoletta é uma boa fatia de lombo de vitela com o osso, empanada e frita na manteiga. Tenho que dizer que é diferente e muito mais gostoso do que o nosso bife, pois a carne é macia e suculenta sem ser muito gordurosa, e a cobertura é bem crocante. Todo restaurante de Milão tem sua versão destes pratos.


Os aspargos, junto com o espinafre e as alcachofras, foram os vegetais mais presentes nos menus milaneses. Comemos também uma piccata di vitello ai asparagi que deixou boas lembranças na Trattoria Bagutta (Pizza San Babila, centro de Milão), restaurante bem antigo e tradicional.


Por recomendação da Adriana Haddad, fomos à Premiata Pizzeria, lugar gostoso e aconchegante e também tradicional em Milão. A pizza escolhida, a Capricciosa, tinha molho de tomates, mussarela, alcachofra, funghi, alcaparras e azeitonas. Combinação deliciosa!


Almoços sempre mais leves para agüentar a comilança do jantar… Este foi “prato de resistência”, comemos mais de uma vez um carpaccio di bresaola, rucola e Parma. Esta rúcula italiana com folhas bem pequenas é simplesmente deliciosa, concentra o gostinho da rúcula sem ser muito picante.


Outro prato de resistência, a famosa salada caprese 🙂


O que mais em Milão? Passamos um final de semana delicioso andando pelas ruas do centro e aproveitando tudo o que havia para ver. Fomos ao Duomo, à Pinacoteca de Brera, ao Castello Sforzesco e à galeria Vittorio Emanuele II, onde comprei um livro bem legal de receitas de risotos na livraria Rizzoli.

Vitrines de dar água na boca no caminho.


Sou viciada nestas castanhas portuguesas assadas que a gente compra nas ruas e que são servidas em um cone de papel de embrulho. Mas as ‘fontes’ de fatias de coco fresco para vender são o toque tropical que achamos em Milão 🙂

Em seguida, rumo ao Lago di Como. Aguardem mais histórias. Olhem só que paisagem “feia” pelo caminho!

PS. Post originalmente publicado no blog Rosmarino e Prezzemolo.

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