Quem tem filhos em idade escolar sabe como esta época de férias escolares transforma a rotina da casa.

Ou seja, podia dizer para vocês que resolvi assar um bolo porque estamos de férias.

Podia, também, falar que um bolinho é uma ótima desculpa para a pausa da arrumação anual da casa, aquela de jogar coisas fora, separar roupas e brinquedos para doação, tirar remédios vencidos.

Podia, ainda, dar a desculpa do frio ~ e da preguiça ~ para assar um bolo e comê-lo quentinho com chá ou café.

Mas a verdade é que fiz este bolo porque… estava morrendo de vontade de comer um bolo de goiabada 🙂 (igual àquela piada antiga do Papa, mas isto a gente deixa para lá).

Andei dando uma olhada em várias receitas de bolos de goiabada por aí. Com  medo de fazer um bolo muito pesado, preferi adaptar uma receita de um bolo ‘chiffon’ de goiabada, uma espécie de pão-de-ló. No início, achei que o bolo não havia ficado muito ‘goiabudo’, que poderia ter colocado mais goiabada na massa. Mas depois achei que ficou perfeito assim. Fofinho, úmido, não muito doce, com leve sabor de goiabada e com a textura dos pedacinhos de goiabada cascão pelo meio (imprescindíveis!). Bolo simples, bem do jeito que eu gosto.

Esqueci o bolo no forno por uns 8-10 minutos a mais do que necessário 🙂 O de vocês deverá ficasr um pouco mais clarinho que este.

Bolo de goiabada

5 ovos
1 xíc (chá) de açúcar
1 e ½ xíc (chá) de farinha de trigo
2 col  (sopa) de fermento
½ xíc (chá) de óleo
1 xíc (chá) de goiabada mole ou derretida
½ xíc (chá) de cubinhos (de ½ cm quadrado) de goiabada cascão

Pré-aquecer o forno a 180º C.  Bater as claras em neve com uma pitada de sal.  Separar.  Bater as gemas com o açúcar até ficar fofinho e esbranquiçado. Juntar aos poucos o óleo, a farinha de trigo previamente misturada com o fermento em pó,  e em seguida a goiabada derretida. Misturar bem. Juntar delicadamente as claras em neve e por fim os cubinhos de goiabada.  Colocar a massa em uma forma de buraco no meio de tamanho médio, untada e enfarinhada,  e levar o bolo ao forno por 45-50 minutos.

 

Share

Neste post  contei como surgiu a ideia da viagem pela África do Sul do meu filho Bruno com os avós, quando estava com 10 anos de idade, em julho de 2008.

Neste post está a primeira parte da viagem, que conta do safári em uma reserva no Kruger National Park.

Aqui, para vocês, os passeios em Cape Town, em Victoria Falls na Zâmbia/Zimbabue e em Johannesburg.

As fotos e textos (literais) são do próprio Bruno.

 

CIDADE DO CABO

12 de julho

“Acordei 7 h e 30 min e com sono desci para o café da manhã. Me espantei de tanta coisa que vi. Tinha: frutas, pães doces e salgados, cereais, todo tipo de sucos, leite, iogurte e geleia. Só que também tinham coisas estranhas como: salmão, frutas em conserva, sushi, feijão e até carnes. Depois de muito tempo nosso guia veio nos buscar. Seus pais eram portugueses, nasceu na Angola, foi criado no Brasil e mora em Cape Town. Primeiro levou a gente para um centrinho de vendas, depois fomos de barco até a ilha das focas. Achei que não tinha graça, pois não havia visto foca nenhuma, mas de repente apareceram mais de 100 focas m cima de uma pedra. Fiquei impressionado! Na volta fiquei na parte de baixo do barco, dava para ver dentro dágua. Chegamos logo na marina. Seguimos para o Cabo da Boa Esperança onde vimos lindas paisagens. Subimos de bondinho elétrico até a parte de cima. Lá vimos um grande farol já desligado e a ponta do cabo. Comemos em um restaurante horrível.”

13 de julho

Fomos para a Table Mountain e quando estávamos entrando na fila o homem disse: – A montanha está fechada. Foi uma pena que não entramos, mas fomos para o aquário. Lá eu vi: caranguejos, lagostas, estrelas do mar, moréias gigantes, pexes microscopicos, água-vivas, tubarões e até pinguins! Comemos de jantar carne de avestruz e voltamos para o hotel.”

ZÂMBIA/ZIMBABUE

14 de julho

“Acordei ás 4 horas da manhã, já me arrumei e sai para o aeroporto de Capetown sem tomar café. Peguei um avião para Johanesburg de uma companhia que não conhecia. Um vôo ótimo, chegamos lá às 7 horas. Uma moça nos guiou para a área dos vôos internacionais. O vôo partiu às 10 h e 20 min, demorou 2 h. Chegamos em Livingstone, fomos para o hotel e partimos para as cataratas Victoria Falls. Foi uma alegria só, as cataratas eram magníficas e tinham um arco-íris fixo. Voltamos para o hotel e fomos jantar em um restaurante ótimo. Chegamos mortos de sono e fomos dormir rapidinho.”

15 de julho

“Acordei 5 horas da manhã e fui para a recepsão. O café da manhã todo embalado e nós esperando o Guideon chegar. Ele chegou na hora certinha, 6 h. Tomamos café da manhã dentro do carro e fomos para a alfândega, pois íamos passar da Zâmbia para o Zimbábue para fazer um passeio de elefantes! Veio outro homem nos levar para a fazenda, porque o Guideon tinha outras coisas para fazer. Logo os elefantes chegaram e eu fui correndo para a plataforma para ser o primeiro. Montei no mesmo elefante que minha avó e meu avô foi sozinho. Depois que nós voltamos peguei um pouco de comida e dei para o elefante! Voltamos para a Zâmbia. No hotel almoçamos no bufet. Fomos para o centro de atividades pegar um ônibus para o passeio de barco. Vimos vários hipopótamos, jacaré e dois elefantes na água. O barco era super confortável e fiquei brincando de corrida de barco com o que estava do nosso lado. Jantei no hotel e fui direto para a cama.”

16 de julho

“Bem tarde acordamos e ficamos no quarto um tempão, comi pouco no café da manhã. Depois de escovar os dentes e se arrumar dessemos  para pegar o DVD dos elefantes. Na recepsão tinha um bando de pessoas tocando tambores e dançando. Ficamos sabendo que o vice-presidente ia estar lá, junto com um monte de ministros. Depois de todos os ministros terem chegado passaram muitos policias e por fim o vice-presidente chegou. Foi um tumulto só, os fotógrafos se matando para tirar fotos dele e os guardas não deixavam ninguém chegar perto dele. Fomos para o aeroporto junto com outras pessoas. Passamos pela policia esperamos e voamos para Johanesburg.”

JOANESBURGO

17 de julho

“5 h e 30 min já estava acordado, mas meus avós não. Só desci 7 horas para tomar café da manhã. Nossa guia a sra. Maria nos levou para a mina de ouro. Vimos ela parte por parte, o filme, as casas, a mina, os brinquedos e como o ouro é feito. Voltamos para o hotel e almoçamos e passeamos no shopping. Comprei um conjunto de rolhas do Big 5 para os meus pais. Jantamos depois no restaurante do hotel onde pedi um hamburger. Cheguei ao quarto e já fui dormir.”

“Este foi meu primeiro diário de viagens, espero fazer outros!”

BRUNO

Share

Neste post na semana passada contei como surgiu a ideia da viagem pela África do Sul do meu filho Bruno com os avós, quando estava com 10 anos de idade, em julho de 2008. Aqui, trechos do seu diário de viagem sobre o safári fotográfico em uma reserva no Kruger National Park.

As fotos e textos (literais) são do próprio Bruno.

GAME RESERVE NO KRUGER PARK

7 de julho de 2008

“Nosso desafio era encontrar os Big Five. Já tínhamos achado três: o rinoceronte primeiro, depois o búfalo e por último o leopardo. Fomos lanchar. Uma comida boa! Continuamos a explorar e encontramos vários tipos de animais como lebre, hipopótamos, macaquinhos, lagartos, impalas e kudus. Voltamos super felizes. Até a próxima.”

8 de julho de 2008

“Acordei com uma batida na porta. TOC! TOC. Fomos para o café da manhã, escovamos os dentes e saímos às 8h. Vimos alguns bovídeos e achamos uma girafa, ela se escondeu no meio de uma árvore. Só deu para ver o pescoço. Bem depois demos de cara com um leopardo. Observamos bem, mas depois de pouco tempo o veículo quebrou. Não vimos o leopardo, mas bem atrás de nós, estava um leão esperando uma presa. Tivemos que entrar em outro carro e só depois vimos. Ficamos espantados! Na volta estávamos passando do lado do rio quando de repente apareceram três elefantes do lado do rio. Completamos os Big Five. A noite chegou e estávamos em busca de um búfalo, no meio do caminho apareceu uma hiena e enquanto tirava as fotos o búfalo apareceu, foi fantástico. Voltamos, jantamos no Boma e agora vou dormir. Adeus.”

 

9 de julho de 2008

“A voz do meu avô me acordou, dizendo que estava na hora de levantar. Quando saí para o game queria ver o elefante, coisa que não foi fácil de achar. Vimos o búfalo, o leopardo, o leão e o rinoceronte. Amei todos! Novamente faltando o elefante. Procuramos e encontramos. Antes achava ele o mássimo, mas quando vi de perto não achei tão legal. Chegou a hora do almoço, tudo normal, só pedi um chá que não gostei. A tarde chegaram mais 2 integrantes. Danx, o pai e Ariela, a filha. Vieram a Inglaterra e são muito simpáticos. Já que eles eram novos, paramos para ver animais mais simples como impalas e kudus. Mais tarde vimos um grupo de girafas e depois do lanche da tarde um de elefantes. Na volta vimos um carro parado olhando alguma coisa e ficamos curiosos para saber o que era. Vimos um grupo de leões com filhotes, foi facinante. Jantamos no Boma e filmamos as dançarinas.”

10 de julho de 2008

“Acordei muito sonolento, mas mesmo assim fui para o passeio. Logo no começo, vi três mães leoas cuidando dos filhotes, foi imprecionante, na hora do almoço, fiz um prato que um vegetariano não iria gostar. Vimos grandes bichos à tarde. Grandes mesmo! E a noite vimos animais pequenos como esquilos ou castores. Jantamos no Boma, comemos carne de kudu e carneiro, quiche de queijo, sopa de cogumelo e legumes. Dormi rapidinho, pois estava com muito sono.”

11 de julho de 2008

“Subi para tomar café da manhã e saímos. No passeio vimos: girafas com filhotes, uma manada gigantesca de búfalos, zebras com filhotes e quatro hienas comendo ossos de uma girafa que um leão tinha matado. Foi uma manhã ótima e se despedir do Mala Mala não foi fácil, tinha gostado tanto. Voamos do Mala Mala para Johanesburg e de lá para Cape Town.”

Semana que vem tem mais 🙂

Share

E tudo começou quando os avós, viajantes de carteirinha, tiveram uma ideia muito bacana. Combinaram que cada neto, assim que completasse 10 anos de idade, escolheria um destino no mundo para onde quisesse ir e os avós o levariam nesta viagem 🙂

O primeiro neto, o Bruno, viajou em julho de 2008. O destino escolhido por ele foi a África do Sul. Na viagem, um safári fotográfico em uma reserva no Kruger National Park, passeios em Cape Town e até uma ida a Victoria Falls, na fronteira entre a Zâmbia e o Zimbabwe, com direito a passeio de elefante e tudo.

Nós pais demos de presente ao Bruno, antes dele viajar, um caderno onde pudesse anotar suas impressões. Um diário de viagens. E todos os dias, depois dos passeios, o Bruno escrevia no seu diário. Nele também colou cartões postais, fotos e até folhas de árvores e penas. O diário ficou muito legal, foi lido e relido e guardado com o maior carinho.

Lembrei do diário de viagens do Bruno agora por conta de outra viagem. Em julho de 2012 é a vez do Theo. E como ele já esteve na África do Sul conosco, resolveu escolher um destino diferente para viajar com os avós. Puxamos a sardinha para Paris, pois achávamos que seria um local com atrações turísticas mais lúdicas, como os parques da EuroDisney e o Parc Astérix, as múmias no Louvre e a torre Eiffel. Mas ele bateu o pé e ficou firme no destino escolhido: Veneza 🙂 Assim, em breve, o Theo e seus avós embarcam para sua viagem por Veneza, incrementada por uns dias em Firenze, com direito a conhecer a torre de Pisa e passear de bicicleta em Lucca. E é claro que o Theo também ganhou de presente seu diário de viagens.

Pois foi a viagem do Theo que me deu a ideia de repartir com vocês um pouco destas viagens, aos olhos dos meninos.  Começando pela viagem do Bruno. Conversei com ele, que hoje tem quase 14 anos, e ele topou.

Assim, nas próximas duas semanas, um pouco do passeio pela África do Sul/Victoria Falls pelo Bruno, para vocês 🙂

Share

A palavra focaccia vem de panis focacius, ou seja, pão assado no fogo. E de fato a focaccia tem uma textura parecida com a de uma pizza bem fofa. É um dos meus pães prediletos, super saboroso para fazer sanduíches.

Um dos segredos (e parte fundamental, na minha opinião) de uma focaccia perfeita  é apertar a massa crua com as costas de uma colher ou com os dedos a fim de formar sulcos. Em seguida, preencher estes sulcos com azeite, criando pequenas “poças” na massa.  Esta é a melhor maneira de preservar a umidade deste pão e deixá-lo crocante por cima. A cobertura da focaccia fica a gosto de cada um: pode ser apenas alecrim fresco e sal grosso, a mais tradicional. Ou então variações como de tomatinhos-cereja e azeitonas pretas, sal grosso e alecrim.

Focaccia

475 g de farinha de trigo
1 col (chá) de açúcar
1 col (chá) de sal
1 ½ col (chá) de fermento biológico
3 col (sopa) de azeite
275 ml de água
azeite, alecrim e sal grosso a gosto

MODO DE PREPARO COM MÁQUINA DE FAZER PÃO

Se você tiver uma máquina de fazer pão (excelente aquisição, diga-se de passagem…), basta colocar os ingredientes da massa (farinha de trigo, açúcar, sal, fermento, azeite e água) na máquina, nesta ordem. Colocar no ciclo “massa”. Assim que terminar, tirar a massa da máquina e abri-la numa superfície polvilhada com farinha. Colocar a massa em uma assadeira untada com azeite e fazer as “pocinhas” na massa com a ajuda de uma colher de pau ou com o dedão mesmo. Salpicar  a massa com alecrim e sal grosso. Levar ao forno (200º) por 15 a 30 minutos, ou até dourar.

MODO DE PREPARO SEM MÁQUINA DE FAZER PÃO

Se você não tem uma máquina de pão (considere comprar uma!), faça o seguinte: coloque a farinha, o açúcar, o sal e o fermento em uma vasilha larga. Vá adicionando gradualmente o azeite e em seguida a água (amornada) até fazer uma massa macia. Em uma superfície dura, sove a massa por pelo menos 5 minutos para que fique macia e elástica. Devolva a massa à vasilha, pincele sua superfície com azeite e cubra com filme plástico. Deixe descansar por 1 hora ou até dobrar de tamanho. Colocar a massa em uma assadeira untada com azeite e fazer as “pocinhas” na massa com a ajuda de uma colher de pau ou com o dedão mesmo. Salpicar  a massa com alecrim e sal grosso. Levar ao forno (200º) por 15 a 30 minutos, ou até dourar.

Share

Poucas coisas são tão gostosas como aperitivo de boteco. E mais do que  as comidinhas e uma boa cerveja gelada ou um bom vinho, também faz parte do ritual sentar num lugar gostoso, jogar conversa fora com os amigos, dar risada à toa, sem hora para ir embora.

Hoje em dia estes petiscos ganharam um ar de glamour antes nem imaginado. Dos bons e velhos tremoço, linguicinha frita no álcool, ovos cozidos coloridos, torresminho e singelas azeitonas, passamos pelos bolinhos de mandioca recheados de carne-seca e o filé mignon no palito, até chegar aos dadinhos de tapioca e à carne-de-sol na chapa acompanhada de alho assado, pimenta biquinho e chips de mandioca do reverenciado chef Rodrigo Oliveira do Mocotó, em São Paulo.

Isto sem falar nos concursos e degustações cada vez mais elaborados. O melhor exemplo é o Comida di Buteco, que começou em Belo Horizonte há mais de 10 anos e hoje elege o melhor tira-gosto de boteco em 16 cidades brasileiras. E os nomes então? No Comida di Buteco deste  ano em Belo Horizonte estava concorrendo ao título o petisco Boi na porteira de Minas 🙂 Lembro-me que em 2009 o  vencedor em BH foi o Karacol de Pernil (“tradicional pernil servido em forma de caracol, regado com molho picante de abacaxi, acompanhado de hortaliças, fios de couve e pão árabe”). Elaboradíssima a coisa 😀

Pois desde que eu fiz as azeitonas em crosta da Moira, do Tertúlia de Sabores, elas viraram o meu petisco de boteco favorito. São viciantes! Lembre-se que quanto melhor a qualidade das azeitonas, mais gostoso fica o petisco, claro.

Azeitonas em crosta

1 vidro pequeno (330 g) de azeitonas verdes descaroçadas (usei recheadas com pimentão)
120 g de farinha
60 g de manteiga
60 gr de queijo parmesão ralado fino

Misture bem a farinha com a manteiga e o queijo ralado até virar uma massa homogênea. Faça uma bola com a massa e leve à geladeira embrulhada em filme plástico por meia hora. Enquanto isto, drene as azeitonas e seque-as bem com papel-toalha. Retire a massa da geladeira e abra-a em uma superfície fria. Colocar cada azeitona sobre um pedacinho de massa e fechá-la numa bolinha. Proceda desta forma até esgotar a massa ou as azeitonas. Levar as bolinhas já na assadeira à geladeira por cerca de 2 horas. Pré-aquecer o forno a 180º C e levar as bolinhas ao forno por cerca de 15 minutos ou até estarem douradinhas.

OBS. Esta receita foi publicada originalmente no blog Rosmarino e Prezzemolo.

Share

Quem não se lembra daquela cena do filme Uma Linda Mulher em que o Richard Gere oferece a Julia Roberts morangos frescos com champanhe?

Apesar da fama de combinação afrodisíaca, quem entende de vinhos diz que esta dupla não vai muito bem junta, já que ambos fruto e bebida são ácidos e assim os sabores não se harmonizariam.

Em harmonia ou não, a gelatina de morangos com champanhe ficou linda e super saborosa. Uma ideia criativa e fácil até para quem não domina as artes da culinária, mas quer fazer figura no Dia dos Namorados. Tenta e depois me conta 🙂

Gelatina de champanhe com morangos

1 litro de champanhe (usei um champanhe demi-sec)
2 col (sopa) de gelatina em pó incolor sem sabor
250 g de açúcar
2 caixas de morangos

Lave bem os morangos, corte os cabinhos e reserve-os. Coloque meio litro de champanhe em uma vasilha e polvilhe por cima a gelatina para umedecê-la. Não precisa mexer. Reserve. Leve ao fogo o restante do champanhe com o açúcar e mexa em fogo baixo até o açúcar dissolver completamente. Tire do fogo, junte à mistura de gelatina com champanhe e mexa até dissolver. Coloque a champanhe nos potinhos e acrescente os morangos. Vale o que você quiser: potinhos para desenformar, taças de champagne, taças de sobremesa, morangos inteiros (fica mais bonito!) ou picados, o que a sua imaginação mandar.

OBS. Esta receita foi publicada originalmente no blog Rosmarino e Prezzemolo.

Share

Sim, eu sei que ir a San Telmo  domingo de manhã em Buenos Aires ganha estrelinha dourada de ‘programa turisboca’, além de uns três ou quatro cocares na classificação ‘programa de índio’. Mas a verdade é que eu adoro este rolê 🙂

Primeiro por conta da Feria de San Telmo propriamente dita, que é um mix de feirinha do Bixiga e da Benedito Calixto deles.  Com barracas de antiguidades e também de bugigangas, montadas em um espaço ao ar livre, a feira é uma delícia para quem gosta de olhar e garimpar objetos antigos/retrô/vintage.  E é por aqui que começo meu passeio.

Um domingo em San Telmo

Chego na esquina da Defensa com a Humberto I por volta das 10h e  a  já está fervilhando de gente. Depois de perambular por algumas barracas da Feria de San Telmo, escolho mais um item para a minha coleção de xícaras de café. Não tem lugar melhor para achar uma xicrinha antiga bacana do que nestas feirinhas. Em seguida, experimento uns chapéus lindos numa loja ao lado da feira.

Tomo um café com alfajor no Havanna e continuo descendo a rua Defensa, aproveitando para curtir os artistas de rua.

Mais à frente, quase chegando na rua Carlos Calvo, paro para visitar o Mercado de San Telmo (que inclusive funciona todos os dias das 10h às 20h e é uma ótima opção para quem não vai ficar em Buenos Aires no domingo de manhã para a feira ao ar livre).  Só o prédio do mercado, construído em 1897, já vale uma visita. Dentro, mais lojinhas de antiguidades, brechós, açougue, floricultura e banca de frutas. Vale a pena dar um pulinho lá.

Na esquina da Defensa com a rua Estados Unidos paro novamente, desta vez para tomar um sorvete de dulce de leche no Freddo.  Seguindo pela Defensa,  a feira de antiguidades vai se transformando numa feira de artesanato. Ao lado e ao redor, lojas de artesanato e de objetos divertidos, galerias de arte, mais lojinhas de antiguidades.

Mais a frente, na esquina da Defensa com a rua Chile, uma surpresa: Mafalda, sentada em um banquinho, espera os turistas para fotos 🙂 Ao lado, o prédio onde viveu seu criador, Quino, e do outro lado da rua a banca de jornais tão presente nas tirinhas desta personagem ultrabacana (fotos gentilmente cedidas pela Lena Maximo).

Fotos: Maria Helena Maximo

Finalmente, hora do almoço. Optamos pela Brasserie Petanque, onde os pratos em geral estavam gostosos. A exceção foi mesmo um risoto meio sem graça. Fique nos pratos de origem francesa que você se dará melhor lá. Outra boa opção, para quem quer se esbaldar numa carne argentina, é a churrascaria La Brigada. Ou senão fique com a comida de rua, ótimas empanadas vendidas em tabuleiros ou um choripán, o cachorro-quente argentino, que vem com chorizo e molho chimichurri.

E foi-se um domingo 😀

Share

Já contei aqui que Palermo Soho virou meu point preferido em Buenos Aires. Uma delícia ficar caminhando à toa e olhar as vitrines  deste bairro, que concentra o tipo de loja que adoro: sem muito status e marca,  mas cheia de charme e criatividade. Tem muita loja de bolsas de couro, de sapatos e de roupas femininas. Também de acessórios como chapéus, bijuterias, xales e echarpes. Entre elas, coisas bonitas e outras um tanto modernas demais para o meu gosto. Mas o bacana mesmo são as lojas de decoração e de objetos, com bastante coisa diferente. A seguir, algumas das lojas de que mais gostei.

Capital

Bacaninha esta loja de objetos divertidos e inusitados, na linha da Pylones, mas com um toque ainda mais irreverente. Difícil sair de lá de mãos vazias 🙂 Na rua Honduras, nº 4958.

Infinitas Sensaciones

Na rua Honduras, nº 4659, fica esta outra loja bem diferente de objetos de decoração, com bastante coisa inspirada em artistas modernos e contemporâneos. Lindos lustres, luminárias, almofadas e pôsters.

Paul

Loja de decoração muito bonita, elegante e cara, mas que vale a pena visitar. A entrada da loja é meio acanhada, mas vá até o fundo para chegar aos vários ambientes, inclusive uma unidade da Tealosophy, com chás diferentes e gostosos. Na rua Gorriti, nº 4865.

Trippin Store

Outra loja de objetos de decoração descolados. Tem roupas, sapatos e bolsas, mas o bacana mesmo são as câmeras fotográficas Lomo, os toys, os cadernos com capas decoradas e os adesivos para colar nos notebooks, entre outros.

Sabater Hermanos

Sou suspeita porque as lojas de sabonetes, assim como as de velas, estão entre as minhas prediletas 🙂 Mas esta é uma delícia de lojinha de uma fábrica herdada por quatro irmãos, que fazem com o maior capricho sabonetes de todas as cores, formatos e aromas. Não dá para resistir às pétalas de sabonetes, aos bonequinhos, trenzinhos, estrelas e corações . Na rua Gurruchaga, nº 1821.

Libros del Pasaje

Tudo bem que Buenos Aires tem a Ateneo, uma das livrarias mais  interessantes que já vi. Mas livraria é o que não falta na cidade e em Palermo tem a Libros del Pasaje, que é bonita, variada e tem um café super simpático nos fundos. Na rua Thames, nº 1762.

Papelera Palermo

A papelaria mais charmosa de Buenos Aires tem hoje dois endereços diferentes. Na rua Honduras, nº 4912, fica a Palermo de Colección, que vende objetos retrôs/vintage/antigos. De brinquedos e jogos a selos, livros e gravuras. Na rua Cabrera, nº 5227, fica a papelaria propriamente dita, onde há lindos papéis, cadernos, blocos, álbuns e artigos de escritório à venda. No mesmo local funcionam cursos de desenho, pintura, encadernação, caligrafia e outros. Vale a pena dar uma passadinha nos dois endereços.

Reina Batata

Loja charmosa de coisas de cozinha, não vivo sem elas 🙂 Na Reina Batata, tudo bonito e de bom gosto. Só o atendimento deixou um pouco a desejar. Na rua Gurruchaga, nº 1859.

Mundo Dinámico

Loja de brinquedos e jogos com brinquedos educativos criativos e diferentes. Uma perdição para as mães e pais de filhos pequenos. Na rua Gurruchaga, nº 1889.

Fraternity

Fantástica esta loja de roupas estampadas  com personagens antigos de quadrinhos e desenhos animados, bem como com bandas e cantores de rock. Eu quase trouxe uma camiseta com a Penélope Charmosa, foi por pouco 🙂 Na rua Armenia, nº 1898.

La Merceria

Na rua Honduras, nº 4799, aquele tipo de loja que a gente adora entrar e xeretar. Um monte de bijuterias, óculos, chapéus, lenços lindos, echarpes, flores para por no cabelo. Além disto tem roupas, bolsas e carteiras, velas perfumadas, quinquilharias em geral. Não deixe de ir no segundo andar da loja, onde ficam as promoções 🙂

Isadora

Loja de bijuterias e acessórios com preço bom, na linha da Accessorize, mas mais baratos. Achei lindas pulseiras de couro trançadas com penduricalhos, por módicos 5 pesos cada 🙂 Se você gosta de acessórios, parada obrigatória. Na rua Armenia, nº 1789. Há outras  lojas Isadora pela cidade.

Calma Chicha

Um monte de tapetes, almofadões e colchas. Objetos de decoração, pastas, carteiras e bolsas.  Muita coisa em couro. Não fez muito minha cabeça, mas como tem seus fãs, veio pra lista também. Na rua Honduras, nº 4909.

OBS. Muitas lojas não permitem fotos no seu interior. Por isto muitas fotos apenas de fachadas.

Share

Foi em Palermo Soho e arredores, nosso point em Buenos Aires, que aproveitamos muito os restaurantes, cafés, confeitarias e afins.

No La Cabrera matamos nossa vontade de uma boa carne argentina. No Crizia, lugar bonito e com ambiente gostoso,  comemos um prato delícia, a Bondiola de cerdo braseada con chutney de mango, nada mais do que o corte de carne de porco que está na moda hoje em São Paulo, a copa lombo. Esta do Crizia, com uma textura de desmanchar na boca, só não era absolutamente perfeita porque carregava um pouquinho demais no “doce” do agridoce. Ainda assim, um prato para repetir outras vezes.

Infelizmente não tivemos tempo de ir a outros restaurantes recomendados no mesmo bairro por amigos brasileiros gourmets, como o Tegui, o Casa Cruz, o Green Bamboo e o Sudestada. E o Mott  e o Bar 6  para um almoço mais caprichado. Se tiver tempo, não deixe de ir.

Mas foram as casas de chá/café e as confeitarias e sorveterias que mais chamaram a atenção. Nossa preferida foi a Nucha, na rua Armenia, nº 1540, um espaço amplo mas aconchegante, com um café bem tirado, blends de chás diferentes e saborosos, tostadas de queso y jamón simples e deliciosas e doces de encher os olhos e o coração. A Nucha, ainda por cima, tem wifi grátis e sem senha 🙂 Se você é fã de chás, não deixe de provar o Deep Africa, um blend com Rooibos e toques cítricos. Na Nucha comi o melhor alfajor caseiro de Buenos Aires.

 Adorei a La Salamandra na rua El Salvador, nº 4761, autodenominada La Salamandra Dulce de Leche & Mozzarella Bar. Pode ser melhor do que isto? Uma delícia os produtos do lugar, que serve de café da manhã, passando por almoço, ao lanche da tarde. Até para quem vai tomar só um café ou um capuccino, uma surpresa: uma colher de doce de leite “de brinde” para degustar 🙂 Foi o café com atendimento mais atencioso de todos. E para ser ainda mais simpático, tem wifi livre. Junto com o Havanna, ótimo lugar para comprar lembrancinhas gourmet de viagem.

 Sim, sei que hoje há unidades do Havanna Café  espalhadas por São Paulo e pelo Sul do Brasil, mas em Buenos Aires está à venda o meu doce predileto deles, os Havannets, que não existem no Brasil. Na loja de Palermo Soho, na rua Armenia, nº 1788, dá para comprar este e outros produtos como os famosos alfajores Havanna e ainda tomar um café bem tirado.

Fiz o teste dos helados de dulce de leche e provei amostras de três famosas sorveterias portenhas: a Freddo, a Un’Altra Volta  e a Persicco. Na rua Honduras, nº 4990, fica a filial da Persicco  de Palermo Soho. Foi o sorvete campeão de sabor, mas o lugar com um dos piores atendimentos da cidade. Se tiver paciência, respire fundo e vá comprar sua ficha no caixa e agüentar a fila. Se quiser comparar com o sorvete do Freddo, também muito bom, ande dois quarteirões até a filial deste da rua Armênia, nº 1618. O Un’ Altra Volta, para mim, ficou na lanterna.

 Na rua Armenia, nº 1810 fica a Muu Lecheria. Fui à Muu por conta de algumas resenhas deste local, mas não vale uma visita mais demorada. Decoração e cardápio (adaptado ao menu portenho) das antigas lanchonetes americanas dos anos 50/60, a Muu de fato é uma graça de lugar. Mas para os paulistanos que têm a Lanchonete da Cidade, entre outras com a mesma proposta, não acrescenta nada. Fique com a Nucha ou com a La Salamandra mesmo.

 Para a Muma’s Cupcakes na rua Malabia, nº 1680, vale o mesmo. Esta lojinha estreita e apertada especializada em cupcakes lembra as similares de Nova York. Aberta em 2009, diz ser a pioneira neste tipo de loja na América Latina. De fato bons, gostosos e bonitos cupcakes, mas o excesso de oferta deste bolinho em São Paulo tira um pouco da graça do local para nós. Vá se você for super fã deles.

 Outro casa de chá/café lindinha é a Pierina Tea House, na rua Gurruchaga, nº 1875. Com cara de casinha de bonecas, tem doces que fazem fama, como o bolo de cenoura estilo americano, a chocotorta e os whoopies de doce de leite, além dos chás caprichados. Serve do café da manhã ao lanche do fim de tarde. A @cozinhadeideias esteve lá e aprovou!

Foi tão pouco tempo em Buenos Aires que acabei deixando escapar e não consegui fazer uma visitinha ao El Último Beso. Mas fica aqui a menção para que vocês não comam esta barriga! Um restaurante/bar/café com decoração inspirada no filme italiano de mesmo nome e com clima super romântico, tem mesas também ao ar livre em um pátio e  uma lojinha de roupas modernetes e objetos de decoração super fofos.

LAST BUT NOT LEAST… 🙂

Palermo que nos perdoe, mas nossa melhor refeição em Buenos Aires não foi lá e sim em San Telmo, no La Vineria de Gualterio Bolivar, onde tivemos um jantar memorável com um menu degustação sensacional. Foram 15 pratos em 4 horas, que passaram voando diante das surpresas de comer e de beber e da companhia da querida @cozinhadeideias e sua mãe.

Em tempo: na Recoleta, um bom lugar para almoçar é o Sottovoce, restaurante de massas, risotos e outros pratos italianos, bem gostoso. Para jantar, o Fervor, com excelentes frutos do mar. Na região de Puerto Madero, o Chila, fora do circuito turístico, foi o campeão de votos.

Share

Como já contei aqui, fazia seis anos que não ia a Buenos Aires. E não sei por que cargas d’água nunca tinha ido a Palermo. Desta vez optamos por ficar em Palermo Soho e este se tornou nosso bairro preferido na cidade. Ideal para quem não é mais turista de primeira viagem na capital argentina.

O bairro na realidade chama-se Palermo Viejo, mas hoje é informalmente dividido em dois “mini-bairros”, separados pela linha do trem: Palermo Soho, onde estão as lojas, hotéis e cafés moderninhos e Palermo Hollywood, onde fica a maior parte dos bares, restaurantes e baladas, chamado assim por ser o bairro preferido dos cineastas portenhos 🙂

No começo achei Palermo Soho uma mistura de Vila Madalena com Baixo Jardins, bairros paulistanos descolados. Mas o bairro também tem um quê de “centrinho de Campos de Jordão”, especialmente por ser plano e cercado de plátanos, aquelas árvores semelhantes (ou iguais?) às maple trees, o que dá um ar de clima temperado ao local.

No quadrilátero formado pelas ruas Jose Antonio Cabrera, Malabia, Costa Rica e Thames estão concentradas as lojas mais bacanas de roupas femininas e masculinas, acessórios, bolsas e sapatos, na grande maioria marcas desconhecidas de designers e artistas modernos. Há também lojas de decoração e objetos de casa e cozinha, papelarias e livrarias. Em quase todas as quadras, docerias e cafés charmosos. Isto sem falar das ruas com suas fachadas estilosas, que vão de casas chiques e modernas a street art dos grafites e vitrines criativas. Dá para se perder por horas em torno destas ruas e dos arredores.

A Plaza Cortázar, na realidade uma rotatória no cruzamento da Honduras com a Serrano, bomba nos finais de semana com barracas que vendem roupas e acessórios moderninhos e barzinhos no seu entorno, onde artistas também mostram seus trabalhos.

Já a Plaza Palermo Viejo, um quadrilátero entre as ruas Malabia, Costa Rica, Armenia e Nicaragua, é um pedaço de verde e tranqüilidade durante a semana e hospeda uma feirinha de artesanato aos sábados pela manhã.

Para se perder e curtir verdadeiramente Palermo Soho, o ideal é ficar nos hotéis-boutiques ou B&Bs pequenos e modernos da região, como o Mine, o Blue Soho, o Own ou ainda o Hotel Querido (sobre o qual o Ricardo Freire e a Mari Campos falam aqui e aqui) e o Boho Rooms (sobre o qual a Lu Malheiros comenta aqui). Ficamos no Mine e gostamos muito. O serviço super atencioso e a decoração charmosa compensaram o quarto um pouco pequeno. Uma dica para quem for se hospedar em Palermo é escolher sempre um quarto com janelas que dêem para os fundos, pois o bairro é naturalmente  barulhento à noite.

Semana que vem, um pouco das lojinhas mais bacanas e das comidinhas mais gostosas de Palermo para vocês 🙂

Share

Difícil falar de Buenos Aires, uma cidade tão querida dos brasileiros que acaba tendo turistas de primeira, de segunda e de enésima viagem, como os chamados Vibanas  🙂   Para cada um deles uma Buenos Aires diferente, que vai dos passeios turísticos mais típicos como Caminito e La Boca até os passeios para PhDs viajantes como a Feria de Mataderos e a milonga em La Glorieta.

Como turistas de quarta viagem, que não iam a Buenos Aires há seis anos, optamos por fazer passeios bem turísticos dos quais ainda não nos cansamos, como a Feria de San Telmo, até passeios #Vibanasvibe como as caminhadas preguiçosas por Palermo Soho, que virou nosso bairro predileto na cidade. É sobre estes passeios que falarei nas próximas semanas.

Por ora, algumas impressões e dicas para quem vai a Buenos Aires, seja pela primeira ou pela enésima vez 🙂

Planeje roteiros a pé e caminhe

Buenos Aires é muito propícia a caminhadas. Vale a pena planejar antes de viajar circuitos a pé pela cidade. Isto porque a cidade é bem plana e bem arborizada, as distâncias no circuito turístico não são grandes e quase sempre há um lugar gostoso e charmoso para dar uma paradinha pelo caminho e tomar um café ou comer uma empanada ou um docinho, ou ainda tomar um sorvete. Os únicos senões são os cocôs de cachorro e o lixo espalhado em alguns locais. Buenos Aires infelizmente tem grau 8,5 na “escala Higienópolis” de armadilhas caninas. Além disto, reflexo da crise ou da falta de políticas de reciclagem, muita gente remexe os sacos e lixeiras para coletar lixo reciclável. Ou seja, o resultado são sacos de lixo rasgados e muita coisa espalhada pelo chão. Fique atento aos obstáculos 🙂

Cuidado com os táxis

Obviamente este é um conselho que vale para muitas, senão todas, cidades turísticas. Mas além das corridas com taxímetros adulterados ou desligados e dos caminhos mais longos do que o necessário, Buenos Aires inova com o golpe da nota falsa de pesos argentinos. Funciona da seguinte maneira: você dá uma nota de 50 pesos para pagar a corrida e o taxista devolve-a dizendo que a nota é falsa. Aconteceu com duas pessoas enquanto estávamos na cidade. Num dos casos a nota tinha sido tirada do caixa eletrônico do Citibank e a chance de ser realmente falsa era muito remota. Provavelmente o taxista trocou-a. No outro caso, a pessoa havia marcado a nota entregue e questionou o taxista. A polícia foi chamada e até boletim de ocorrência foi feito. Ou seja, cuidado. Se for passar uma nota de 50 ou de 100 pesos no táxi, procure marcar a nota, fotografá-la com o celular ou ficar de olho no que o taxista faz.

Está tudo muito caro

Buenos Aires já foi uma cidade barata para os brasileiros. Mas a inflação argentina vem diminuindo esta vantagem. Ou seja, não vá com muita sede ao pote porque está tudo muito caro sim, de corridas de táxi a refeições. Não vale a pena ir a Buenos Aires para fazer compras, como aconteceu em anos passados. Mesmo os vinhos têm que ser bem escolhidos, já que no caso de vinhos argentinos conhecidos e vendidos no Brasil muitas vezes os preços são praticamente os mesmo pagos no free shop brasileiro.

En efectivo sólo

Muitos lugares em Buenos Aires hoje só aceitam pagamento em dinheiro. Mais um reflexo da crise, muitos não querem arcar com a taxa dos cartões de crédito. Nas lojas o cartão  foi aceito sempre, mas nos táxis e em muitos dos bares e restaurantes, só dinheiro vivo mesmo. Assim, vale a pena trocar um pouco mais de dinheiro no próprio aeroporto de Ezeiza.  A melhor taxa que encontramos foi do real para o peso diretamente,  no Banco de La Nación Argentina que fica  à direita depois da saída da área de desembarque.  Na área interna do aeroporto o Real estava cotado a 1,98 pesos argentinos e no Banco de La Nación o câmbio, mais favorável, era de de 2,20 pesos argentinos por R$1,00.

Comer, beber, viver

Ainda é muito bom comer e beber em Buenos Aires. De uma simples empanada ou medialuna, passando pelos sorvetes e alfajores até as famosas carnes, têm muito restaurante bacana e gostoso na cidade, em todas as faixas de preços. Vale a pena pesquisar lugares antes de viajar e planejar suas refeições de acordo com os passeios/locais que serão visitados. O mesmo vale para os vinhos. Quem gosta de beber um bom vinho deve aproveitar e experimentar propostas diferentes que não existem no Brasil, ou grandes vinhos pontuados por um valor menor do que o encontrado aqui.

Vibana ou não, Buenos Aires é um programa legal para os brasileiros. E para nós vai  deixar boas lembranças de passeios e jantares memoráveis 😀

 

Share
< 3 4 5 6 7 8 9 >