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Neste post  contei como surgiu a ideia da viagem pela África do Sul do meu filho Bruno com os avós, quando estava com 10 anos de idade, em julho de 2008.

Neste post está a primeira parte da viagem, que conta do safári em uma reserva no Kruger National Park.

Aqui, para vocês, os passeios em Cape Town, em Victoria Falls na Zâmbia/Zimbabue e em Johannesburg.

As fotos e textos (literais) são do próprio Bruno.

 

CIDADE DO CABO

12 de julho

“Acordei 7 h e 30 min e com sono desci para o café da manhã. Me espantei de tanta coisa que vi. Tinha: frutas, pães doces e salgados, cereais, todo tipo de sucos, leite, iogurte e geleia. Só que também tinham coisas estranhas como: salmão, frutas em conserva, sushi, feijão e até carnes. Depois de muito tempo nosso guia veio nos buscar. Seus pais eram portugueses, nasceu na Angola, foi criado no Brasil e mora em Cape Town. Primeiro levou a gente para um centrinho de vendas, depois fomos de barco até a ilha das focas. Achei que não tinha graça, pois não havia visto foca nenhuma, mas de repente apareceram mais de 100 focas m cima de uma pedra. Fiquei impressionado! Na volta fiquei na parte de baixo do barco, dava para ver dentro dágua. Chegamos logo na marina. Seguimos para o Cabo da Boa Esperança onde vimos lindas paisagens. Subimos de bondinho elétrico até a parte de cima. Lá vimos um grande farol já desligado e a ponta do cabo. Comemos em um restaurante horrível.”

13 de julho

Fomos para a Table Mountain e quando estávamos entrando na fila o homem disse: – A montanha está fechada. Foi uma pena que não entramos, mas fomos para o aquário. Lá eu vi: caranguejos, lagostas, estrelas do mar, moréias gigantes, pexes microscopicos, água-vivas, tubarões e até pinguins! Comemos de jantar carne de avestruz e voltamos para o hotel.”

ZÂMBIA/ZIMBABUE

14 de julho

“Acordei ás 4 horas da manhã, já me arrumei e sai para o aeroporto de Capetown sem tomar café. Peguei um avião para Johanesburg de uma companhia que não conhecia. Um vôo ótimo, chegamos lá às 7 horas. Uma moça nos guiou para a área dos vôos internacionais. O vôo partiu às 10 h e 20 min, demorou 2 h. Chegamos em Livingstone, fomos para o hotel e partimos para as cataratas Victoria Falls. Foi uma alegria só, as cataratas eram magníficas e tinham um arco-íris fixo. Voltamos para o hotel e fomos jantar em um restaurante ótimo. Chegamos mortos de sono e fomos dormir rapidinho.”

15 de julho

“Acordei 5 horas da manhã e fui para a recepsão. O café da manhã todo embalado e nós esperando o Guideon chegar. Ele chegou na hora certinha, 6 h. Tomamos café da manhã dentro do carro e fomos para a alfândega, pois íamos passar da Zâmbia para o Zimbábue para fazer um passeio de elefantes! Veio outro homem nos levar para a fazenda, porque o Guideon tinha outras coisas para fazer. Logo os elefantes chegaram e eu fui correndo para a plataforma para ser o primeiro. Montei no mesmo elefante que minha avó e meu avô foi sozinho. Depois que nós voltamos peguei um pouco de comida e dei para o elefante! Voltamos para a Zâmbia. No hotel almoçamos no bufet. Fomos para o centro de atividades pegar um ônibus para o passeio de barco. Vimos vários hipopótamos, jacaré e dois elefantes na água. O barco era super confortável e fiquei brincando de corrida de barco com o que estava do nosso lado. Jantei no hotel e fui direto para a cama.”

16 de julho

“Bem tarde acordamos e ficamos no quarto um tempão, comi pouco no café da manhã. Depois de escovar os dentes e se arrumar dessemos  para pegar o DVD dos elefantes. Na recepsão tinha um bando de pessoas tocando tambores e dançando. Ficamos sabendo que o vice-presidente ia estar lá, junto com um monte de ministros. Depois de todos os ministros terem chegado passaram muitos policias e por fim o vice-presidente chegou. Foi um tumulto só, os fotógrafos se matando para tirar fotos dele e os guardas não deixavam ninguém chegar perto dele. Fomos para o aeroporto junto com outras pessoas. Passamos pela policia esperamos e voamos para Johanesburg.”

JOANESBURGO

17 de julho

“5 h e 30 min já estava acordado, mas meus avós não. Só desci 7 horas para tomar café da manhã. Nossa guia a sra. Maria nos levou para a mina de ouro. Vimos ela parte por parte, o filme, as casas, a mina, os brinquedos e como o ouro é feito. Voltamos para o hotel e almoçamos e passeamos no shopping. Comprei um conjunto de rolhas do Big 5 para os meus pais. Jantamos depois no restaurante do hotel onde pedi um hamburger. Cheguei ao quarto e já fui dormir.”

“Este foi meu primeiro diário de viagens, espero fazer outros!”

BRUNO

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Neste post na semana passada contei como surgiu a ideia da viagem pela África do Sul do meu filho Bruno com os avós, quando estava com 10 anos de idade, em julho de 2008. Aqui, trechos do seu diário de viagem sobre o safári fotográfico em uma reserva no Kruger National Park.

As fotos e textos (literais) são do próprio Bruno.

GAME RESERVE NO KRUGER PARK

7 de julho de 2008

“Nosso desafio era encontrar os Big Five. Já tínhamos achado três: o rinoceronte primeiro, depois o búfalo e por último o leopardo. Fomos lanchar. Uma comida boa! Continuamos a explorar e encontramos vários tipos de animais como lebre, hipopótamos, macaquinhos, lagartos, impalas e kudus. Voltamos super felizes. Até a próxima.”

8 de julho de 2008

“Acordei com uma batida na porta. TOC! TOC. Fomos para o café da manhã, escovamos os dentes e saímos às 8h. Vimos alguns bovídeos e achamos uma girafa, ela se escondeu no meio de uma árvore. Só deu para ver o pescoço. Bem depois demos de cara com um leopardo. Observamos bem, mas depois de pouco tempo o veículo quebrou. Não vimos o leopardo, mas bem atrás de nós, estava um leão esperando uma presa. Tivemos que entrar em outro carro e só depois vimos. Ficamos espantados! Na volta estávamos passando do lado do rio quando de repente apareceram três elefantes do lado do rio. Completamos os Big Five. A noite chegou e estávamos em busca de um búfalo, no meio do caminho apareceu uma hiena e enquanto tirava as fotos o búfalo apareceu, foi fantástico. Voltamos, jantamos no Boma e agora vou dormir. Adeus.”

 

9 de julho de 2008

“A voz do meu avô me acordou, dizendo que estava na hora de levantar. Quando saí para o game queria ver o elefante, coisa que não foi fácil de achar. Vimos o búfalo, o leopardo, o leão e o rinoceronte. Amei todos! Novamente faltando o elefante. Procuramos e encontramos. Antes achava ele o mássimo, mas quando vi de perto não achei tão legal. Chegou a hora do almoço, tudo normal, só pedi um chá que não gostei. A tarde chegaram mais 2 integrantes. Danx, o pai e Ariela, a filha. Vieram a Inglaterra e são muito simpáticos. Já que eles eram novos, paramos para ver animais mais simples como impalas e kudus. Mais tarde vimos um grupo de girafas e depois do lanche da tarde um de elefantes. Na volta vimos um carro parado olhando alguma coisa e ficamos curiosos para saber o que era. Vimos um grupo de leões com filhotes, foi facinante. Jantamos no Boma e filmamos as dançarinas.”

10 de julho de 2008

“Acordei muito sonolento, mas mesmo assim fui para o passeio. Logo no começo, vi três mães leoas cuidando dos filhotes, foi imprecionante, na hora do almoço, fiz um prato que um vegetariano não iria gostar. Vimos grandes bichos à tarde. Grandes mesmo! E a noite vimos animais pequenos como esquilos ou castores. Jantamos no Boma, comemos carne de kudu e carneiro, quiche de queijo, sopa de cogumelo e legumes. Dormi rapidinho, pois estava com muito sono.”

11 de julho de 2008

“Subi para tomar café da manhã e saímos. No passeio vimos: girafas com filhotes, uma manada gigantesca de búfalos, zebras com filhotes e quatro hienas comendo ossos de uma girafa que um leão tinha matado. Foi uma manhã ótima e se despedir do Mala Mala não foi fácil, tinha gostado tanto. Voamos do Mala Mala para Johanesburg e de lá para Cape Town.”

Semana que vem tem mais 🙂

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E tudo começou quando os avós, viajantes de carteirinha, tiveram uma ideia muito bacana. Combinaram que cada neto, assim que completasse 10 anos de idade, escolheria um destino no mundo para onde quisesse ir e os avós o levariam nesta viagem 🙂

O primeiro neto, o Bruno, viajou em julho de 2008. O destino escolhido por ele foi a África do Sul. Na viagem, um safári fotográfico em uma reserva no Kruger National Park, passeios em Cape Town e até uma ida a Victoria Falls, na fronteira entre a Zâmbia e o Zimbabwe, com direito a passeio de elefante e tudo.

Nós pais demos de presente ao Bruno, antes dele viajar, um caderno onde pudesse anotar suas impressões. Um diário de viagens. E todos os dias, depois dos passeios, o Bruno escrevia no seu diário. Nele também colou cartões postais, fotos e até folhas de árvores e penas. O diário ficou muito legal, foi lido e relido e guardado com o maior carinho.

Lembrei do diário de viagens do Bruno agora por conta de outra viagem. Em julho de 2012 é a vez do Theo. E como ele já esteve na África do Sul conosco, resolveu escolher um destino diferente para viajar com os avós. Puxamos a sardinha para Paris, pois achávamos que seria um local com atrações turísticas mais lúdicas, como os parques da EuroDisney e o Parc Astérix, as múmias no Louvre e a torre Eiffel. Mas ele bateu o pé e ficou firme no destino escolhido: Veneza 🙂 Assim, em breve, o Theo e seus avós embarcam para sua viagem por Veneza, incrementada por uns dias em Firenze, com direito a conhecer a torre de Pisa e passear de bicicleta em Lucca. E é claro que o Theo também ganhou de presente seu diário de viagens.

Pois foi a viagem do Theo que me deu a ideia de repartir com vocês um pouco destas viagens, aos olhos dos meninos.  Começando pela viagem do Bruno. Conversei com ele, que hoje tem quase 14 anos, e ele topou.

Assim, nas próximas duas semanas, um pouco do passeio pela África do Sul/Victoria Falls pelo Bruno, para vocês 🙂

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A seguir, detalhes dos passeios com duração de uma manhã ou uma tarde em Cape Town e arredores.

Robben Island

O passeio à Robben Island, prisão onde ficou Nelson Mandela, é muito disputado e convém comprar os ingressos com certa antecedência. No inverno dá para comprar um ou dois dias antes, no verão é melhor comprar pela internet antes de viajar. Dá para fazer este passeio em uma manhã ou uma tarde. O local da saída é no próprio Waterfront e fomos a pé do hotel até lá.

É impressionante o conhecimento e o comprometimento dos guias neste passeio. Quem não fala inglês infelizmente perde muito. Com crianças, o ideal é que um adulto fique ao lado para traduzir algumas das explicações fornecidas pelos guias. Primeiro o barco leva todos à ilha. Lá o grupo é dividido em alguns ônibus, cada um com um guia. Nosso guia, de origem indiana, era um excelente orador, um homem culto e comprometido com trabalhos sociais e representação em organismos internacionais de proteção às liberdades e direitos humanos. O ônibus chega à prisão propriamente dita e lá um ex-prisioneiro explica articuladamente e em detalhes a vida cotidiana naquela prisão. Visitamos as celas, o pátio e voltamos para pegar o barco para voltar à costa. Há um museu para visitar no local da saída do barco. Almoçamos no Waterfront e pegamos um táxi para a Table Mountain.

Table Mountain

Fizemos este passeio em uma tarde. Fomos e voltamos de táxi e compramos os ingressos no local na hora. Este esquema funcionou bem e saiu mais em conta do que contratar um tour guiado. A única preocupação aqui é que no inverno, em dias de muito vento, o bondinho fecha. Assim, convém pedir ao pessoal do hotel para ligar e checar se naquele dia há passeio antes de sair. E tente planejar sua ida a Table Mountain seguindo a previsão do tempo, geralmente funciona.

Passeio lindíssimo. Assim como no Pão de Açúcar no Rio de Janeiro, há um bondinho suspenso que leva ao alto do morro. O bondinho aqui é redondo e vai girando durante a subida para que as pessoas dentro dele possam ver todas as paisagens que se descortinam abaixo. O grande lance em cima da montanha é que seu topo é achatado (o ‘tampo’ da Mesa) e dá para andar bastante a pé, efetivamente fazer trilhas entre as pedras, caminhos e a vegetação da montanha. Em cada curva um ângulo diferente da paisagem, é uma experiência incrível. As crianças adoraram ficar pulando nas pedras e simulando escaladas, foi uma diversão à parte. Aproveite e tente achar um dassie, animalzinho que vive em cima da montanha e embora seja pequeno, seu parente mais próximo é o elefante 🙂

Two Ocean Aquarium

O Two Ocean Aquarium fica no Waterfront e dá para visitá-lo a qualquer hora. O passeio geralmente dura entre uma e duas horas. Embalamos a visita ao aquário com o passeio pelo Waterfront. Logo ao lado do aquário, uma vista linda da Table Mountain e a Nobel Square com as estátuas dos quatro sul-africanos que ganharam o Prêmio Nobel na sua luta pela paz e pela democracia: Albert Lithuli (1960), Desmond Tutu (1984), FW de Klerk (1993) e Nelson Mandela (1993). Mais a frente, lojinhas de badulaques e demais atrações distraem as crianças depois do passeio. Há cantores, dançarinos, engolidores de fogo, palhaços, etc. Uma televisão gigante mostra jogos de futebol, rugby e hóquei. Dá para comer alguma coisa, tomar um sorvete, comprar cartões postais (os meus filhos adoram!) e ainda dar um pulo no shopping center.

Hermanus Whale Watching

Ficamos inicialmente na dúvida se faríamos o passeio para ver as baleias em Hermanus ou o passeio para mergulhar com os tubarões, White Shark Diving. O passeio para ver os tubarões fica a duas horas de Cape Town, apenas maiores de 10 anos podem mergulhar dentro das jaulas para ver os tubarões de perto e, mesmo com a roupa apropriada, a água é congelante. Mas se a vontade de mergulhar com os tubarões for muito grande, vá assim mesmo pois as crianças vão gostar de passear de barco para ver as focas, os pingüins e até golfinhos e baleias se estiver na temporada (entre maio e setembro). Aqui há uma lista de perguntas freqüentes muito útil para quem pensa em fazer o passeio para mergulhar com os tubarões brancos.

Nós optamos pelas baleias por ser um passeio mais apropriado para crianças pequenas. A cidade fica a uma hora e meia de Cape Town. No local, há uma breve explicação sobre as baleias e o passeio de barco, que contorna a costa na busca pelos animais. As baleias não se aproximam muito do barco e ficam com o corpo todo imerso. O que se vê são jatos de água e os rabos quando saltam. Mais uma vez, assim como no safári, observar animais na Natureza não é como ir a um parque de diversões e isto deve ficar bem claro para as crianças. Podem aparecer muitas ou poucas baleias. Um passeio muito tranquilo pode desapontar e cansar as crianças muito pequenas. E lembre-se que a temporada das baleias é entre maio e setembro, ou seja, não acredite num tour que ofereça este passeio fora desta temporada.

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A seguir, um pouco dos dois passeios de dia inteiro que fizemos nos arredores da Cidade do Cabo e as nossas impressões a respeito.

Cape Peninsula Tour

Um dos passeios mais legais em Cape Town. Sai por volta das 9h da manhã e retorna à cidade no final da tarde. É possível alugar um carro e fazer o mesmo trajeto, mas preferimos contratar um tour guiado pela facilidade logística (caminhos, locais de estacionamento e de compra de ingressos), pelas explicações do guia sobre os lugares e para não nos preocuparmos com a ‘mão inglesa’ na direção do carro. Éramos 8 pessoas, assim compensou pegar um tour só para o nosso grupo, em uma van. Diversas operadoras fazem o passeio. Fizemos com a African Eagle e achamos muito bom.

O passeio contorna a costa e as paisagens são lindas. Há paradas estratégicas pelo caminho que agradam bastante às crianças. A primeira delas é em Hout Bay, onde é possível fazer um passeio de barco à ‘ilha das focas’. Depois, uma parada em uma fazenda de avestruzes onde dá para alimentar as aves e ver ainda vários babuínos. Em seguida Cape Point, onde há um bondinho em trilhos para subir à montanha. Lá, vistas lindas e a descida a pé na volta. Neste local é o almoço (que é bem fraquinho por sinal). Seguindo, o passeio chega ao propriamente dito Cabo da Boa Esperança. O caminho da volta é pelo Jardim Botânico Kirstenbosch e depois por Simon’s Town, onde fica a colônia de pinguins em Boulders Beach. Fique atento pois a maioria dos ingressos de passeios de barco, bondinho e o almoço não estão incluídos no valor cobrado pela operadora do tour.

Wine Tour

Outro passeio de dia inteiro, também fizemos com a operadora African Eagle e gostamos bastante. Para quem curte vinhos e tem receio de fazer este passeio por não ser do interesse das crianças, pode considerá-lo. Há atrações para crianças no caminho e elas não ficam entediadas.

O tour passa por três regiões vinícolas vizinhas, Stellenbosch, Paarl e Franschoek. Logo no início do passeio, no Spier Wine Estate, há um parque de guepardos, Cheetah Outreach, onde dá para ver os guepardos de perto e segurar um filhotinho no colo. Ao lado, no Eagle Encounters, é possível ver aves de grande porte, assistir apresentações com elas e segurar uma coruja nas mãos. Em Stellenbosch há um passeio pelo centro histórico, uma degustação de vinhos e queijos e um museu de brinquedos e miniaturas que é uma graça. Perto dali, entre Stellenbosch e Paarl, tem o Butterfly World, um borboletário e museu de insetos. Depois, mais uma degustação de vinhos em Paarl e em Franschoek, que também é um centro histórico. Se o tempo ajudar, as crianças vão curtir um piquenique no almoço.

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Tenho que dizer que gostei bastante de Cape Town. Com todos os senões de ser uma cidade um tanto insegura, que não pode ser explorada livremente ao cair do dia e à noite, ainda assim é uma cidade gostosa, cheia de atrações e muito, muito bonita. De certa forma, uma Rio de Janeiro sul-africana com passeios, paisagens lindas e praias e montanhas vizinhas para visitar.

Para o meu marido que adora o mar, sair de barco, pescar, ver animais, fazer trilhas e estar em contato com a Natureza, foi um prato cheio. Fora que Cape Town está a poucos quilômetros de uma região vinícola interessante, tornando-se uma cidade quase perfeita para ele, que disse que volta um dia para ficar um mês e aproveitar para pescar e beber muito vinho 🙂

Finalmente, para as crianças, Cape Town tem passeios bacanas. Destaco principalmente o passeio de dia inteiro ao Cabo da Boa Esperança, o passeio de dia inteiro às vinícolas (sim, as crianças gostam porque tem atrações para elas no caminho), um dia para ir à Robben Island de manhã e à Table Mountain à tarde, e um dia para ver as baleias em Hermanus de manhã e curtir o Two Ocean Aquarium e o Waterfront à tarde. Foi o que fizemos.

Mas tem também o passeio Shark Cage Diving para mergulhar e ver os tubarões (bastante radical e indicado para maiores), o tour pelo centro da cidade com visita a Green Market Square e ao Castle of Good Hope. E se você for no verão e tiver tempo dá ainda para curtir uma praia (de águas congelantes no lado do Atlântico), sair para pescar, andar à cavalo na praia, fazer trilhas a pé.

Hospedagem

O melhor local para ficar com as crianças em Cape Town é no Waterfront. Lá há uma variedade grande de restaurantes básicos e mais sofisticados, tem sorveteria e fast food, lojinhas de badulaques e atrações na rua, além dos shopping centers. Assim, fica mais fácil para levar as crianças para dar uma volta ou para tomar um sorvete ou um lanche rápido. O problema é que os hotéis no Waterfront são bem mais caros, como o excelente Table Bay, por exemplo, que fica ‘grudado’ no shopping center.

Para quem não quer pagar tão caro, como foi o nosso caso, a melhor opção é ficar em um hotel perto do Waterfront, onde dá para ir a pé durante o dia e pegar um táxi rápido à noite. O Protea North Wharf, onde ficamos, é ótimo para famílias já que tem apartamentos com dois quartos separados e cozinha e sala de jantar/estar. Outra boa opção é o Southern Sun, que tem shuttle gratuito para o Waterfront.

Restaurantes

Em Cape Town os restaurantes são bons e muito mais baratos do que no Brasil. Há carnes muito bem feitas, pratos africanos e indianos variados e muitos frutos do mar, além de boas cartas de vinhos sul-africanos. Destaco especialmente o Belthazar, que fica no próprio Waterfront e tem carnes grelhadas ótimas e uma boa carta de vinhos by the glass. Outro restaurante gostoso é o belga Den Anker que também fica no Waterfront. Nosso preferido, no entanto, foi o Beluga, lugar super charmoso com uma variedade incrível de pratos com peixes e frutos do mar. Em todos dá para ir com as crianças. A pizzaria/restaurante italiano Col Cacchio, que fica em frente ao hotel Protea North Wharf (e inclusive entrega no hotel), é despojada mas gostosa e bem apropriada para o gosto infantil.

Semana que vem, detalhes dos passeios que fizemos em Cape Town.

 

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O safári era para ser o ponto alto da viagem, e foi mesmo. Uma experiência incrível, diferente, emocionante. E bacana para crianças de qualquer idade 🙂

Quando fomos

Com crianças, a escolha é quase sempre por um ou outro período de férias escolares, ou seja, entre verão e inverno. Escolhemos o inverno por ser a época da seca na região do Kruger Park. Nesta época, a vegetação é mais rala e fica mais fácil ver os animais. E há menos água, pelo que os animais acabam concentrando-se ao redor dos rios e lagos. A desvantagem é o frio. Durante o dia com o sol é agradável, mas as temperaturas caem bastante de manhã cedo e no final da tarde. Sem contar que no jipe aberto venta bastante. Mas mesmo assim achamos que foi a escolha certa. E dá-lhe casaco, luva, gorro e cachecol.

Um pouco sobre os parques e safáris

Há diferentes regiões na África do Sul que oferecem passeios e safáris em parques. Vizinho a Sun City há Pilanesberg, onde é possível fazer um safári montado nas costas de um elefante e até passeios de balão. Na região do Eastern Cape há parques que são malaria free, como o Shamwari Game Reserve, recomendado por amigos viajantes.

Mas a escolha mais comum é mesmo por um safári no complexo do Kruger Park, o maior, mais variado e mais famoso parque nacional da África do Sul. O Kruger é uma tira comprida de terra de aproximadamente 60 km de largura que se estende por 380 km ao longo da fronteira com Moçambique. Do lado sul-africano, diversas reservas particulares fazem fronteira com o parque e fazem parte do complexo Kruger, já que desde 1993 não há cercas entre o Kruger e estas reservas, e nem entre elas. Os animais circulam livremente por toda a área e as reservas seguem uma rígida política de proteção aos animais e de não-interferência na Natureza, controlada firmemente pela administração do parque.

Dentro do complexo do Kruger Park há diversas modalidades de safáris, opções para todos os bolsos e experiências que podem durar de algumas horas a vários dias. Dá para passar apenas um dia no parque, circulando com seu próprio veículo ou no ônibus do parque (que funciona em algumas épocas do ano só), pelas estradas sinalizadas. Ou é possível fazer passeios em jipes abertos e com guias especializados. Neste caso, é necessário passar uma noite em algum camp ou lodge do parque, pois os passeios normalmente saem muito cedo ou se prolongam até depois do anoitecer. É possível ainda fazer trilhas a pé pela mata (longe dos bichos é claro!).

A Simone do blog Flashes de Viagem fez um post interessante onde compara o passeio no próprio veículo com o tour guiado no Kruger Park.

Onde fomos

A ultimate experience no complexo do Kruger Park é passar uma ou mais noites em um lodge ou reserva privada e aproveitar para fazer os safáris em um jipe aberto só com o seu grupo, acompanhado de dois guias e com a possibilidade de aliar passeios mais individualizados com a experiência de dormir no meio da selva africana.

Escolhemos um parque ao norte do Kruger, o Motswari, e gostamos muito. A escolha foi baseada em avaliações muito positivas do Trip Advisor e no bolso mesmo, já que neste parque crianças menores de 12 anos pagavam apenas 50% e aproveitamos ainda uma promoção que dava uma diária de graça para quem comprasse outras duas.

Mas há outras opções bacanas. A Simone do Flashes de Viagem ficou no Satara Camp no Kruger e postou sobre ele aqui. Outras reservas indicadas por viajantes brasileiros: Mala Mala, Kapama, Londolozi e King’s Camp.

Como funciona o game reserve

Não é à toa que a maioria dos game reserves não é chamada de hotel, mas sim de camp. Isto porque o esquema é só para os fortes mesmo rsrs… 🙂 No camp, pelo fato de estarmos literalmente no meio da selva africana, tem que haver todo um cuidado, principalmente à noite, para andar de um ponto ao outro. Além disto, é preciso aproveitar os horários mais favoráveis para a observação dos animais, pelo que o ideal é ‘obedecer’ ao esquema de horários colocado pela equipe da reserva. É claro que às vezes o cansaço vence, principalmente com crianças pequenas, mas é bom tentar entrar no esquema para aproveitar o máximo possível.

Na nossa reserva os bangalôs eram espalhados e havia ainda locais diferentes para brunch, almoço, jantar, descanso/biblioteca, piscina e recepção. Durante o dia, apenas macacos aparecem por perto, mas à noite há elefantes rondando a reserva, búfalos mais velhos que procuram proteção junto à piscina e a eventual visita de outros animais selvagens.

A rotina no nosso hotel era a seguinte: acordar às 5h30 da manhã, com uma batidinha na porta (quem não quiser ser acordado para este safári da manhã, pode por uma placa do lado de fora da porta com os dizeres “zzz”). Às 6h, um café ou chá com bolinhos para iniciar o dia. Às 6h30 subimos no jipe e começamos o passeio. No jipe vai só o seu grupo de pessoas, pelo que há liberdade de parar em alguns momentos para ver os bichos ou para tirar uma foto específica. Quem guia o jipe é o ranger, normalmente alguém que conhece muito sobre os bichos, a vegetação e os costumes da selva. Na frente do jipe vai o tracker, sujeito que sabe identificar pegadas, rastros e até os cocôs dos animais para orientar a busca pelos bichos. O passeio da manhã sai antes do nascer do sol e volta às 10h, com uma parada no caminho para tomar uma bebida quente. Às 10h30, um brunch delicioso nos espera na reserva com pães, queijos, cereais, frutas, omelete, mingau, quiches e outras delícias. Depois do brunch é hora do descanso. Nós íamos dormir mesmo! Às 14h30, um almoço leve, com saladas variadas e pratos frios.

Às 15h30 sai o segundo safári do dia, que volta para a reserva às 18h30, com uma parada no pôr-do-sol para um vinho no meio da selva. Nesta hora já está escuro e andar pela reserva só acompanhado do pessoal do hotel. Nosso guia nos leva até o quarto e marca um horário para vir nos buscar para o jantar. O jantar, que começa às 20h, tem um menu de sopa, duas ou três carnes e/ou peixes, legumes ou arroz e uma sobremesa doce muito caprichada. O local do jantar é sempre no Boma, uma área rodeada de bambus com a entrada em espiral para confundir os animais. No meio, uma fogueira onde as crianças assavam marshmellows todo dia. É o momento de descansar, tomar um vinho e conversar sobre as aventuras do dia. Em alguns dias, há um show de música e dança.

O serviço era incrível. Todos os funcionários da reserva, sem exceção, eram extremamente atenciosos e treinados para deixar os hóspedes os mais satisfeitos possíveis. Que tal uma bolsa com água quente para aquecer as pernas no jipe de manhã cedo?

Andar por aquela paisagem tão inóspita (no norte, onde ficava a nossa reserva, a vegetação não é a savana, mas o bushveld, um campo com árvores e arbustos retorcidos), com árvores derrubadas pelos elefantes, pássaros, rios e lagos, um silêncio só quebrado pelos sons da Natureza e lindos amanheceres e pores-do-sol, e em especial ficar a metros de distância de animais é uma experiência única na vida!

O único porém que destaco é que, em se tratando de uma viagem com crianças, é preciso gerenciar bem suas expectativas. É bom deixar claro que o safári na selva africana não é um parque de diversões. Explicamos às nossas crianças que era como uma pescaria (algo que eles já tinham feito e sabiam a dinâmica), ou seja, às vezes o jipe pode andar horas e não ver determinados bichos e de repente ter a sorte de topar com algo incrível. Ou seja, é preciso paciência! No fim, nosso saldo foi positivo, pois vimos os chamados Big Five: leão, leopardo, búfalo, elefante e rinoceronte.

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Nossa viagem para a África do Sul não incluía inicialmente Joanesburgo. Planejávamos fazer o safári fotográfico em uma reserva particular vizinha ao Kruger Park e em seguida passar uns dias em Cape Town, pulando também um destino que muitos brasileiros incluem numa viagem para aquele país: Sun City. Não é a nossa praia, não fomos, mas quem tem filhos pequenos deve considerar uns dois ou três dias nesse hotel “seis estrelas” e aproveitar para dar um pulo em Pilanesberg para o safári nas costas do elefante ou o passeio de balão. Quem foi, curtiu; portanto considere.

Vôo

O vôo mais barato do Brasil para a África do Sul era da South African Airways e fazia a rota São Paulo-Joanesburgo-São Paulo. Este vôo sai do Brasil às 18h, leva 8 horas para chegar e é difícil dormir pelo horário. Chega em Joanesburgo no meio da manhã. Como este fuso horário castiga muito, resolvemos dormir um dia em Joanesburgo e voar descansados para a reserva no dia seguinte. Na volta, como nosso vôo para o Brasil era diurno e saía cedo, voamos para Joanesburgo um dia antes e aproveitamos mais uma tarde lá.

Observação importante: a África do Sul exige a vacina da febre amarela. Ela deve ser tomada pelo menos 10 dias antes do embarque. É preciso a) ir ao posto de saúde para ser vacinado, sem esquecer de explicar por que motivo está tomando a vacina (há uma série de dados que terão que ser inseridos na caderneta para os casos de viagem ao exterior); b) entrar no site da ANVISA e cadastrar-se, obtendo um login e senha; c) ir até um posto da ANVISA para validar a vacina e obter a carteira internacional de vacinação. Nós validamos a vacina no posto da ANVISA no próprio Aeroporto de Guarulhos, um pouco antes do check in. Porém, fique atento aos horários de funcionamento do posto! Ele não abre aos domingos, por exemplo.

Hotel

Outro lance importante da África do Sul é escolher bem o hotel, seja em Joanesburgo ou em Cape Town. Isto porque naquele país não é aconselhável andar a pé à noite. Assim, nossa escolha em Joanesburgo foi o Holiday Inn Rosebank Hotel, um hotel relativamente perto do aeroporto, padrão internacional, e que ficava ao lado de um shopping center e de vários restaurantes, facilitando bastante o trânsito com as crianças.

Passeios

Tínhamos planejado ir ao Museu do Apartheid e ao Lion Park. Chegando em Joanesburgo descobrimos que o Museu não permite a entrada de crianças menores de 11 anos, pelo que desistimos deste programa. No lugar dele, fomos ao parque de diversões Gold Reef City. E na volta ao Lion Park. Aqui, um pouco de cada um destes passeios para vocês.

Observação: o Tiago do blog Esvaziando a Mochila tem um post legal sobre o Mueseu do Apartheid, para quem quiser saber mais a respeito. Algumas pessoas também optam pelo passeio no bairro do Soweto, mas acredito que é mais interessante para adultos do que para crianças. Por fim, o outro passeio que pode agradar em Joanesburgo é o estádio Soccer City, que foi reformado e ampliado para a Copa do Mundo 2010.

Gold Reef City

O Gold Reef City é um complexo que engloba cassino, teatro, hotel, restaurantes e um parque de diversões. Sim, o lugar é cafona. Principalmente a entrada do cassino, uma imitação tosca de Las Vegas. E no cassino as crianças não entram, portanto vá mesmo direto para o parque. Se você tem tempo e vai passar o dia todo lá, aproveite para dar uma volta na roda gigante com cabines em formato de bola de futebol, construída para a última Copa do Mundo. Ou então aproveite as demais atrações do parque.

Se você tem apenas uma tarde livre, vá direto para a atração mais interessante, o Gold Mine Tour. Como o Gold Reef City é um parque que cresceu em volta de uma mina de ouro desativada, hoje é possível fazer um tour descendo até o nível 5 desta antiga mina. Todos ganham capacetes e lanternas e descem em um elevador apertado até a mina, onde um guia explica o processo de produção e curiosidades do local. Atenção: permitido apenas para crianças acima de 5 anos.

Além do tour pela mina propriamente dita, é possível fazer um tour completo (ou então fazer esta parte do passeio sozinhos mesmo) que passa pelo Museu dos Mineiros, por casas históricas mobiliadas típicas da época, além de ver uma apresentação de como o ouro é derretido para fazer as barras.

Observação: se quiser contrate um tour para fazer o passeio. Nós fomos de táxi mesmo, contratado diretamente no hotel.

Lion Park

O Lion Park é uma mistura de zoológico com ‘Simba Safári’. O parque é dividido em duas áreas. Na primeira estão grandes espaços cercados onde os animais – cervos, zebras, avestruzes, hienas, leões, guepardos e leopardos – vivem separados por espécies e podem circular a vontade. Os visitantes transitam por dentro destes espaços com seu próprio carro, com um táxi ou em um microônibus do parque. O mais interessante aqui é poder ver os leões de perto. Atenção: os leões só são alimentados aos domingos ao meio-dia, portanto evite ir neste dia e hora para não enfrentar filas enormes de carros dos próprios moradores locais.

A segunda área do parque é um zoológico com filhotes de alguns animais africanos – hienas, suricatos e em especial leões, de idades diferentes. A grande curtição é entrar no espaço onde vivem os leões de menos de um ano de idade e poder brincar com eles. Meus filhos adoraram!

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