Viewing entries in the category viagens para crianças

Muito já se falou sobre Inhotim. Assim, quem quiser relatos detalhados das alternativas de transporte e de opções para se hospedar durante este passeio, sugiro dar uma lida neste post do Viaje na Viagem. Aqui vou dar minhas dicas de como aproveitar melhor o passeio com estes viajantes curiosos, incansáveis e que vivem em busca de aventuras: os filhos adolescentes.

Quando ir?

Inhotim é um museu ao ar livre, logo a gente se locomove a pé por todo o parque, mesmo aproveitando o transporte nos ‘carrinhos de golf’ em alguns trechos. Claro que no verão fica mais difícil e sofrido caminhar no calor. O ideal é ir entre os meses de março e outubro.

Quanto tempo ficar?

Como já disse neste post, acho que um dia de Inhotim com adolescentes é suficiente. Eles têm energia para andar e ver tudo, não param quietos, passam rapidamente por aquilo que não chama sua atenção e ficam mais tempo em algumas obras somente. Não querem parar para fazer um lauto almoço e preferem mesmo um cachorro-quente ou uma pizza. Também não fazem o tipo contemplativo de jardins e pássaros 😀 Assim, por mais que eles gostem, a novidade se esgota em um dia mesmo.

Onde ficar?

Até porque optamos por ficar um dia apenas em Inhotim, achamos melhor nos hospedarmos em Belo Horizonte. Em BH há uma oferta muito  maior de hotéis com bom custo-benefício. A hospedagem perto do parque é mais cara e mais precária. Vale a pena mesmo para quem está fazendo um passeio mais preguiçoso, curtindo o campo. Ou pra quem está vindo de outra cidade, como por exemplo de Tiradentes,  e vai fazer uma parada no caminho em Inhotim antes de seguir para Belo Horizonte. Os meus adolescentes curtiram muito ficar em BH e visitar o Mineirão, os museus, o Mercado Central. Não nos arrependemos da decisão.

Como ir?

Com mais gente (éramos quatro) acaba valendo a pena alugar um carro para ir a Inhotim. De carro são 60 km e levamos cerca de uma hora para ir e uma hora para voltar. No site do Instituto Inhotim há um mapa explicando como chegar e suas instruções funcionam direitinho. O caminho pela BR381 é o mais rápido e a estrada é boa. Mesmo o trecho sem asfalto já perto do parque não oferece grandes complicações. No local há um amplo estacionamento.

O que vestir e o que levar?

É fundamental usar um sapato confortável. A gente anda o dia inteiro, mesmo! É bom levar um chapéu ou boné, óculos escuros, muito filtro solar e, para os mais sensíveis, repelente de insetos.  E roupa de banho e toalha! Não vou dizer porque, é surpresa 🙂 O ideal é ter apenas uma mochila para o mais forte carregar nas costas os pertences de todos, incluindo chave do carro, documentos, carteira, filtro solar, repelente, garrafinha de água, máquina fotográfica, toalha, etc. Se tiver previsão de chuva é bom levar capa de chuva para os adolescentes e guarda-chuva portátil e levinho para os adultos. Mas se a previsão não falar em chuva não se preocupe, porque em Inhotim há guarda-chuvas para empréstimo em todas as galerias, que servem muito bem para uma emergência.

O que e onde comer?

Há restaurantes muito gostosos em Inhotim, porém, seguindo a vontade dos meninos e com a agenda apertada, optamos por um almoço rápido de pizza no meio do caminho. A pizza e o cachorro-quente são gostosos e os locais com mesinhas simples são agradáveis. Lembrem-se que optar por um dos restaurantes significa voltar, às vezes de longe, usando o carrinho ou caminhando, o que pode atrasar bastante o passeio de apenas um dia.

Como visitar o parque?

O parque é para ser visitado a pé, mas como o local é bem amplo e há um trecho de subida, há a possibilidade de pagar para usar o transporte em ‘carrinhos de golf’ (carros elétricos abertos) em alguns trechos apenas. Pelos caminhos estão galerias fechadas que contêm uma ou mais salas/obras e também obras ao ar livre. Há lindos jardins, sempre com bancos ou mesas com cadeiras para descanso. O ideal é pegar o mapa do local e seguir as trilhas uma de cada vez, curtindo o que há pelo caminho. Há banheiros e lanchonetes por todo o parque.

Para otimizar nossa visita compramos os ingressos pela internet, já com o transporte nos ‘carrinhos de golf’ incluído. Chegamos ao parque na hora da abertura, às 9h30, e saímos às 17h, meia hora antes do fechamento. Para quem vai ficar só um dia no parque, é fundamental: a) chegar cedo e b) comprar o direito de usar o transporte do parque para chegar mais rapidamente nas obras mais afastadas.

Afinal, o que ver em Inhotim?

Quando resolvemos ir a Inhotim, seguimos o conselho de familiares e amigos e não pesquisamos nada sobre o acervo do parque. No máximo alguma coisa sobre a criação de Inhotim, a origem do nome, etc.  E valeu a pena! Acredito que as surpresas são essenciais para dar um colorido à visita ao parque, especialmente com adolescentes curiosos e que buscam experiências surpreendentes 🙂  Se quiser mesmo saber mais, os blogs ViaggiandoVambora! e Turomaquia dão informações detalhadas sobre as obras que compõem o acervo.

Mesmo sendo a favor das surpresas, é interessante destacar por alto aquilo que  agradou mais e o que agradou menos os adolescentes. Na opinião dos meninos, não dá para perder as galerias do Doug Aitken, da Mata (eles adoraram a última sala de vidro e o filme que mostra as línguas já extintas ou em extinção), a  Cildo Meirelles, a Valeska Soares, a galeria da Praça e a preferida de todas, a Cosmococa. Também curtiram muito o jardim e a piscina de alfabeto da Marilá Dardot e o telescópio da Dominique Gonzalez-Foerster. A área do lago atrás da Recepção foi deixada por último e considerada pelos meninos o trecho mais sem graça. A galeria do Miguel Rio Branco, é sempre bom lembrar, é imprópria para crianças.

Mais não digo porque as experiências dos adolescentes,  assim como dos adultos e até das crianças, varia muito. Melhor não estragar as surpresas. Vá sem preconceito, explore tudo e aproveite muito 😀

 

 

Share

Bolar uma viagem com crianças é relativamente fácil, já que os pequenos em último caso acabam fazendo o que os pais querem. Com adolescentes a coisa muda de figura. Primeiro porque eles pesquisam sobre os locais e têm vontade própria, que precisa ser respeitada. E segundo porque nesta idade (lembram?) os amigos são tudo na vida. Ou seja, bolar uma viagem em família – sem os amigos! – para adolescentes requer mais desafios. Mas com um pouco de planejamento em conjunto é possível fazer viagens bacanas, que acabam sendo oportunidades incríveis para os pais de adolescentes curtirem seus filhos. A gente passeia junto, almoça e janta junto, sempre pensando no interesse de todos. E no fim damos boas risadas e eles curtem muito os passeios 🙂

Em 2012 fizemos esta viagem à Espanha, na qual pela primeira vez os meninos puderam exercer sua independência e se virar nos passeios, além de palpitarem nos roteiros. Foi uma viagem muito boa.

E fazia tempo que não saíamos todos juntos, por uma série de motivos, principalmente por conta da mudança para São Paulo no final do ano. Enfim, resolvemos pegar o feriado da Páscoa e embarcar para Belo Horizonte, onde aproveitamos para fazer um pit stop em Inhotim.

Em Belo Horizonte

Belo Horizonte foi uma boa surpresa. Aproveitamos muito o Mercado Central, que ficava a uma distância curta do hotel,  e os meninos adoraram provar as comidas, ver os bichos e sapear pelas lojas de artesanato no piso superior do Mercado. Além dos doces, cafés, pimentas e queijos, até com um berrante nós voltamos na mala 😛

Na Praça da Liberdade fizemos dois passeios muito interessantes, uma dobradinha de museus, o Memorial Minas Vale e o Museu das Minas e do Metal. Cada um a sua maneira, os dois museus valeram muito.

Fechamos BH com um passeio que não pode faltar na família: uma visita ao estádio do Mineirão, que foi recentemente reformado.

O Memorial Minas Vale

Eles curtiram muito o Memorial, onde cada sala aborda de forma diferente uma temática da história e da cultura de Minas Gerais. Esta forma de exposição é ótima para manter o interesse deles. Assim, há desde uma sala que conta em vídeos a trajetória da construção das estradas no estado de Minas Gerais até uma caverna, passando por uma maquete de uma vila mineira, pelos bonecos do Giramundo e por uma réplica da Casa da Ópera de Vila Rica. É muito gostoso ver que cada filho se empolga com algo diferente, de acordo com a idade, o momento de vida e a personalidade deles. Surpreendi-me com o interesse do meu filho de 14 anos pela história do escritor Guimarães Rosa, contada em vídeo pela filha dele, na sala A Família Mineira.  Eu também adorei este depoimento, de emocionar. O filho menor gostou do filme na sala das Vilas Mineiras e da Minas Rupestre, onde dá para brincar com as luzes dentro de uma caverna.

Se você quiser conhecer o Memorial em mais detalhes, a Camila do Viaggiando fez um post bem completo sobre ele, aqui.

O Museu das Minas e do Metal

Em seguida fomos ao Museu das Minas e do Metal. Muito bem cuidado, este museu tem tanto exposições como atividades interativas.  Eles adoraram o jogo de trading de commodities agrícolas, no qual era possível comprar e vender boi, algodão, açúcar, feijão, milho e outros, viajando pelos anos deste século e do século passado, de modo a comprar barato e vender caro e assim ganhar mais moedas de ouro. O Bruno está estudando os elementos químicos na escola e adorou o jogo da Tabela Periódica, no qual era possível  ‘arrastar’ elementos para observar aqueles que reagiam entre si, formando compostos químicos. O Theo se encantou com o Chão de Estrelas, um ‘telescópio ao contrário’ que mostra as pedras do chão ampliadas, bem como a coleção de pedras do geólogo Djalma Guimarães.

Espaço TIM de Conhecimento

Outro lugar bacana para crianças e adolescentes, que fica próximo ao Memorial Minas Vale e ao Museu das Minas e do Metal é o Espaço TIM de Conhecimento. Não tivemos tempo de ir, mas caso alguém se interesse em visitar, o Viaggiando conta a respeito dele aqui.

O Mineirão

O Mineirão, ou melhor dizendo o Estádio Governador Magalhães Pinto, foi o último passeio de Belo Horizonte. Nele há um pequeno museu do futebol –  desapontador para quem conhece o Museu do Futebol em São Paulo –  mas que vale se acompanhado da visita ao estádio do Mineirão, onde dá para bater uma bolinha rápida na sala de aquecimento, ver os vestiários e banheiros recém-reformados e sentar na tribuna e nos camarotes para ver o gramado. Mas, atenção: a visita guiada aos finais de semana vai só até às 13 horas e os ingressos se esgotam rapidamente. É bom chegar cedo para evitar filas e não perder o passeio. No feriado da Páscoa enfrentamos uma fila enorme e uma muvuca no local, mas os funcionários garantiram que a confusão era provisória, por conta da reforma das bilheterias que estava para terminar. Mas é bom se garantir.

O passeio em Inhotim

Nós passamos um dia em Inhotim, fazendo um bate e volta de Belo Horizonte. De carro, a viagem dura uma hora. Diria que para adolescentes um dia de passeio é a conta certa. Eles têm energia para andar o parque todo, não cansam, não querem sentar para almoçar por horas e não fazem o tipo contemplativo de jardins 🙂 Nós chegamos no parque na hora da abertura, por volta das 9h30, já com ingressos e transporte comprados pela internet. Usamos o carrinho de golfe para ir aos locais mais distantes e o restante fizemos a pé. Deu pra ver tudo. É claro que Inhotim está cada vez maior, ouvi lá que eles pretendem abrir uma galeria nova a cada dois meses, mas o atual número de galerias e obras está de bom tamanho para um dia de passeio com pré-adolescentes e adolescentes.

Aqui também é muito gostoso ver como cada um curtiu da sua maneira. O Bruno adorou a galeira Mata, onde o Theo ficou vários minutos sentado (não queria ir embora!) escutando as línguas extintas ou em risco de extinção. Os dois gostaram bastante da Cosmococa, eu adorei as instalações “sonoras”, enfim, é uma delícia passear e trocar estas experiências com eles 🙂

 

Nas próximas semanas contarei mais do Mercado Central e  de Inhotim, dando mais detalhes de como fazer uma visita mais produtiva a estes locais. Até lá 😀

 OBS. As fotos foram tiradas sem flash por imposição dos locais visitados, razão da nitidez prejudicada.

 

Share

Hoje inauguramos uma nova seção no Rosmarino e Outros Temperos, os Guias Úteis, que vão ajudar os leitores a enfrentar menos perrengues em suas viagens 🙂  Começamos pelos remédios. Para  falar sobre isto, convidei uma profissional que entende muito do assunto, a enfermeira obstetriz especialista em saúde da família e saúde mental, Fernanda Papa de Campos. Com vocês, a palavra da Fernanda:

Chegou a hora da diversão, vamos viajar!

Entre os cuidados que devemos ter antes de embarcar está o preparo de uma boa necessaire de medicamentos que podem ser úteis durante nosso lazer, pois não são todos os lugares que vendem remédios sem receita médica ou que encontraremos uma farmácia por perto.

Primeira regra que gosto de lembrar sempre: não esqueça dos remédios que você faz uso contínuo, ou seja, aquele que você toma todos os dias e não pode ficar sem. Seja ele para a tireoide, pressão alta, depressão, diurético, artrite, enfim… seu organismo está “acostumado” e não pode de uma hora para outra ficar sem os chamados medicamentos de uso diário.

Vale uma observação importante: leve sempre junto aos medicamentos controlados, principalmente os de tarja preta, a cópia da receita médica (pode ser em português) e se for ficar muito tempo fora e tiver que levar uma quantidade maior, distribua entre as malas, tire das embalagens e leve receita médica compatível com o número de comprimidos que você está levando para que não vire uma dor de cabeça na sua viagem.

Antes da listinha básica gostaria de chamar atenção para algumas outras medidas preventivas antes de sair em férias:

  • vacine-se contra gripe, pois você estará  protegido em até 70% contra as principais gripes existentes mundo a fora. Lembre-se que deve ser vacinado um mês antes do embarque!
  • procure saber se para o destino que você irá é obrigatório alguma outra vacina como por exemplo a da febre amarela, se for vacine-se 15 dias antes e leve o comprovante com você. (O FAQ da Anvisa esclarece as dúvidas e dá mais orientações sobre como proceder no caso da exigência da vacina de febre amarela)
  • se você vai para uma região com muitos mosquitos, veja com seu médico se é indicado tomar vitamina B antes de embarcar, pois ajuda muito a não ser picada, é um excelente repelente!

Agora vamos a uma listinha básica de medicamentos que não podem faltar na sua necessaire, vou colocar por classe de medicamentos e não nomes comerciais, ok?

Procurem sempre orientação médica, pois SOMENTE o médico é capacitado para prescrever qualquer remédio!

Faça uso de medicamentos que você já tenha feito antes, não deixe para experimentar novos medicamentos em viagem, pois pode ser perigoso!

Vamos da cabeça aos pés!

  • Analgésico para dor de cabeça;
  • antitérmico para febre;
  • colírio para uso após banho de piscina e mar;
  • colírio para conjuntivite ( este precisa de receita médica, pois contém antibiótico);
  • gotas para o ouvido (este precisa de receita médica, pois contém antibiótico);
  • descongestionante nasal tópico;
  • remédio para afta se você tem propensão para ter, pois fora do Brasil não são vendidos sem prescrição médica;
  • antitussígeno (pode ser xarope ou gotas, as gotas são mais fáceis de carregar);
  • antibiótico (este precisa de receita médica), se for passar mais de 15 dias fora leve dois tipos, costumamos orientar a levar um que seja mais específico para doenças da cintura para cima ( problemas respiratórios) e outro da cintura para baixo (infecção urinária). Faça os cálculos para não faltar remédio e peça orientação ao seu médico de quais você deve levar;
  • antialérgico;
  • antiemético (contra enjôo);
  • relaxante muscular;
  • antiespasmódico ( para cólica intestinal e de estômago), fundamental em viagem, pois a alimentação é totalmente alterada;
  • antiácido e/ou remédio para dor de estômago;
  • antidiarreico se seu médico recomendar;
  • caixinha de Band Aid.

Devo levar pomadas? Lembre-se que pomadas podem abrir e melecar toda a mala, logo se tiver alguma de uso específico tudo bem, caso contrário você estará coberta com o arsenal acima.

Muitos acharão um exagero, mas antes prevenir do que atrapalhar uma viagem ou se desesperar em plenas férias!

Se precisar de algum outro medicamento fora desta imensa lista é porque a coisa ficou mais séria, logo lembrem-se de fazer seguro viagem… você pode precisar dar um pulinho no pronto socorro.

Como última lembrança: se for fazer uma necessaire para os filhos jovens não esqueça de colocar preservativos e se sua filha usa anticoncepcional, coloque uma cartela extra na necessaire.

Boa viagem a todos!

Enjoy!

Fernanda Papa de Campos, enfermeira obstetriz, especialista em saúde da família e saúde mental.

Proprietária da NANTU Ensino e Saúde (empresa de prevenção e promoção da saúde)

Tel para contato: (11) 9 9992.8500

email: nantuconsultoria@gmail.com

https://www.facebook.com/groups/nantuconsultoria/

 

Share

Na semana passada, o Theo contou da parte da sua viagem com os avós a Veneza. Hoje, ele conta sobre Firenze, Pisa e Lucca 🙂

 

7/7/12 – 5º dia e primeiro em Firenze

“Saímos com uma lancha para a piazzale Roma e pegamos um trem para Firenze. Chegamos e fomos para o hotel. Do hotel nós fomos ao mercado e fui embora para a ponte Vechio onde vimos várias casas vendendo bugigangas e aí vimos a réplica do Davi de Michelangelo. Voltamos para o hotel jantamos e dormimos”.

8/7/12 – 6º dia

“Neste dia fomos ao museu Academia onde se encontra o verdadeiro Davi de Michelangelo. Vimos a parte musical do museu onde tinha os primeiros pianos e tinha também três Estradivarius e etc. O Davi era perfeito em sua mão havia os músculos, veias, cartilagens e etc. Era magnífico. No resto da tarde voltei ao hotel e: ZZZZ e acabei o meu livro”.

9/7/12 – 7º dia

“Hoje fomos a Pisa e Lucca. Primeiro em Pisa fomos a famosa torre para olhala de perto então em seguida fomos ao batisterio que tem uma acustica perfeita. Logo andamos mais um pouco e fomos subir a torre de Pisa (mas só eu e minha avó). Quando chegamos ao topo vovó ficou meio tonta e sentou, então eu dei uma volta pelo topo da torre… isso. Em Lucca almoçamos e fomos andar de bicicleta na muralha que foi muito legal. E minha avó caiu quando estava descendo a muralha de bicicleta. E é isso”.

10/7/12 – 8º dia

“Hoje nós fomos passear no palazzo Pitti, foi legal e tudo mais. A tarde descansei e saímos para passear rapidinho. Fomos jantar no restaurante Buca Mario onde comi um macarrão com tartufo tão bom que foi a coisa que mais gostei de comer na minha vida… tão bom que parecia um presente dos deuses. Até logo e tchau”.

 

Share

Neste post expliquei como surgiu a ideia dos diários de viagens dos meus filhos.

Nestes posts, meu filho Bruno conta como foi sua viagem para a África do Sul, Zâmbia e Zimbábue.

Agora chegou a vez do Theo, que em julho passado foi para a Itália com os avós, contar um pouco de como foi sua viagem. Todos os textos – literais – são do próprio Theo e as fotos em que ele não aparece também. Esperamos que gostem 🙂

 

Diário de viagem do Theo – Itália

 03/07/12 – 1º dia 

“Hoje nós chegamos em Frankfurt (Alemanha) e pegamos a conexão para Veneza. Chegamos aqui as 6:00. Pegamos um taxi e depois pegamos um barco para o hotel. Nos arrumamos e fomos jantar no Café Florian.  No café que jantamos tinha música: violino, flauta, piano, violão selo e sanfona. Era muito legal, principalmente a sobremesa… petit gateou.”

 04/07/12 – 2º dia 

“ Hoje acordei cansado mas logo ja me recuperei. Logo depois do café fui passear de gôndola… estava um calor que nem aproveitei direito. Depois do passeio fui almoçar, comi um ravioli muito bom. Depois de almoçar fomos andando entrando em lojas e coisa e tal passamos pela ponte de Rialto e quando estávamos voltando passamos na Piazza de San Marco onde tinha a igreja e o palazzo Ducalle e o leão de San Marco. Resolvemos tomar um café eu pedi um suco de limão. Só que esse suco era limão espremido puro e não deu para beber. Voltamos para o hotel saímos pra jantar e é isso”.

 

05/07/12 – 3º dia 

“Hoje nós fomos a Murano. Chegamos e já começamos a ver vidro, e vimos como o vidro é fabricado e tudo isso… mas nesse passeio você tem que gostar bastante de vidro pois no museu do vidro só se vê vidro, vidro vidro vidro… vidro… vidro. E lojinhas com vidro. E mais lojinhas com vidro. Foi legal mas na verdade não sou tão fã de vidro, mas gostei”.

 06/07/12 – 4º dia e último em Veneza

“Este é o meu último dia em Veneza. Fizemos um tour pelo palácio Ducalle. Passeamos pela ponte dos Suspiros foi muito legal tomamos um bom gelato e ai voltamos para o hotel fazendo nosso último passeio de gôndola. Fomos jantar no Hard Rock mas estava lotado jantamos num lugarzinho e depois voltamos ao Café Florian para tomar sobremesa e ouvir a orquestra foi legal e triste ao mesmo tempo adeus Veneza adeus gôndola adeus tudo de bom e legal que vi aqui espero voltar um dia”.

 Semana que vem tem mais 🙂

 

Share

Neste post  contei como surgiu a ideia da viagem pela África do Sul do meu filho Bruno com os avós, quando estava com 10 anos de idade, em julho de 2008.

Neste post está a primeira parte da viagem, que conta do safári em uma reserva no Kruger National Park.

Aqui, para vocês, os passeios em Cape Town, em Victoria Falls na Zâmbia/Zimbabue e em Johannesburg.

As fotos e textos (literais) são do próprio Bruno.

 

CIDADE DO CABO

12 de julho

“Acordei 7 h e 30 min e com sono desci para o café da manhã. Me espantei de tanta coisa que vi. Tinha: frutas, pães doces e salgados, cereais, todo tipo de sucos, leite, iogurte e geleia. Só que também tinham coisas estranhas como: salmão, frutas em conserva, sushi, feijão e até carnes. Depois de muito tempo nosso guia veio nos buscar. Seus pais eram portugueses, nasceu na Angola, foi criado no Brasil e mora em Cape Town. Primeiro levou a gente para um centrinho de vendas, depois fomos de barco até a ilha das focas. Achei que não tinha graça, pois não havia visto foca nenhuma, mas de repente apareceram mais de 100 focas m cima de uma pedra. Fiquei impressionado! Na volta fiquei na parte de baixo do barco, dava para ver dentro dágua. Chegamos logo na marina. Seguimos para o Cabo da Boa Esperança onde vimos lindas paisagens. Subimos de bondinho elétrico até a parte de cima. Lá vimos um grande farol já desligado e a ponta do cabo. Comemos em um restaurante horrível.”

13 de julho

Fomos para a Table Mountain e quando estávamos entrando na fila o homem disse: – A montanha está fechada. Foi uma pena que não entramos, mas fomos para o aquário. Lá eu vi: caranguejos, lagostas, estrelas do mar, moréias gigantes, pexes microscopicos, água-vivas, tubarões e até pinguins! Comemos de jantar carne de avestruz e voltamos para o hotel.”

ZÂMBIA/ZIMBABUE

14 de julho

“Acordei ás 4 horas da manhã, já me arrumei e sai para o aeroporto de Capetown sem tomar café. Peguei um avião para Johanesburg de uma companhia que não conhecia. Um vôo ótimo, chegamos lá às 7 horas. Uma moça nos guiou para a área dos vôos internacionais. O vôo partiu às 10 h e 20 min, demorou 2 h. Chegamos em Livingstone, fomos para o hotel e partimos para as cataratas Victoria Falls. Foi uma alegria só, as cataratas eram magníficas e tinham um arco-íris fixo. Voltamos para o hotel e fomos jantar em um restaurante ótimo. Chegamos mortos de sono e fomos dormir rapidinho.”

15 de julho

“Acordei 5 horas da manhã e fui para a recepsão. O café da manhã todo embalado e nós esperando o Guideon chegar. Ele chegou na hora certinha, 6 h. Tomamos café da manhã dentro do carro e fomos para a alfândega, pois íamos passar da Zâmbia para o Zimbábue para fazer um passeio de elefantes! Veio outro homem nos levar para a fazenda, porque o Guideon tinha outras coisas para fazer. Logo os elefantes chegaram e eu fui correndo para a plataforma para ser o primeiro. Montei no mesmo elefante que minha avó e meu avô foi sozinho. Depois que nós voltamos peguei um pouco de comida e dei para o elefante! Voltamos para a Zâmbia. No hotel almoçamos no bufet. Fomos para o centro de atividades pegar um ônibus para o passeio de barco. Vimos vários hipopótamos, jacaré e dois elefantes na água. O barco era super confortável e fiquei brincando de corrida de barco com o que estava do nosso lado. Jantei no hotel e fui direto para a cama.”

16 de julho

“Bem tarde acordamos e ficamos no quarto um tempão, comi pouco no café da manhã. Depois de escovar os dentes e se arrumar dessemos  para pegar o DVD dos elefantes. Na recepsão tinha um bando de pessoas tocando tambores e dançando. Ficamos sabendo que o vice-presidente ia estar lá, junto com um monte de ministros. Depois de todos os ministros terem chegado passaram muitos policias e por fim o vice-presidente chegou. Foi um tumulto só, os fotógrafos se matando para tirar fotos dele e os guardas não deixavam ninguém chegar perto dele. Fomos para o aeroporto junto com outras pessoas. Passamos pela policia esperamos e voamos para Johanesburg.”

JOANESBURGO

17 de julho

“5 h e 30 min já estava acordado, mas meus avós não. Só desci 7 horas para tomar café da manhã. Nossa guia a sra. Maria nos levou para a mina de ouro. Vimos ela parte por parte, o filme, as casas, a mina, os brinquedos e como o ouro é feito. Voltamos para o hotel e almoçamos e passeamos no shopping. Comprei um conjunto de rolhas do Big 5 para os meus pais. Jantamos depois no restaurante do hotel onde pedi um hamburger. Cheguei ao quarto e já fui dormir.”

“Este foi meu primeiro diário de viagens, espero fazer outros!”

BRUNO

Share

Neste post na semana passada contei como surgiu a ideia da viagem pela África do Sul do meu filho Bruno com os avós, quando estava com 10 anos de idade, em julho de 2008. Aqui, trechos do seu diário de viagem sobre o safári fotográfico em uma reserva no Kruger National Park.

As fotos e textos (literais) são do próprio Bruno.

GAME RESERVE NO KRUGER PARK

7 de julho de 2008

“Nosso desafio era encontrar os Big Five. Já tínhamos achado três: o rinoceronte primeiro, depois o búfalo e por último o leopardo. Fomos lanchar. Uma comida boa! Continuamos a explorar e encontramos vários tipos de animais como lebre, hipopótamos, macaquinhos, lagartos, impalas e kudus. Voltamos super felizes. Até a próxima.”

8 de julho de 2008

“Acordei com uma batida na porta. TOC! TOC. Fomos para o café da manhã, escovamos os dentes e saímos às 8h. Vimos alguns bovídeos e achamos uma girafa, ela se escondeu no meio de uma árvore. Só deu para ver o pescoço. Bem depois demos de cara com um leopardo. Observamos bem, mas depois de pouco tempo o veículo quebrou. Não vimos o leopardo, mas bem atrás de nós, estava um leão esperando uma presa. Tivemos que entrar em outro carro e só depois vimos. Ficamos espantados! Na volta estávamos passando do lado do rio quando de repente apareceram três elefantes do lado do rio. Completamos os Big Five. A noite chegou e estávamos em busca de um búfalo, no meio do caminho apareceu uma hiena e enquanto tirava as fotos o búfalo apareceu, foi fantástico. Voltamos, jantamos no Boma e agora vou dormir. Adeus.”

 

9 de julho de 2008

“A voz do meu avô me acordou, dizendo que estava na hora de levantar. Quando saí para o game queria ver o elefante, coisa que não foi fácil de achar. Vimos o búfalo, o leopardo, o leão e o rinoceronte. Amei todos! Novamente faltando o elefante. Procuramos e encontramos. Antes achava ele o mássimo, mas quando vi de perto não achei tão legal. Chegou a hora do almoço, tudo normal, só pedi um chá que não gostei. A tarde chegaram mais 2 integrantes. Danx, o pai e Ariela, a filha. Vieram a Inglaterra e são muito simpáticos. Já que eles eram novos, paramos para ver animais mais simples como impalas e kudus. Mais tarde vimos um grupo de girafas e depois do lanche da tarde um de elefantes. Na volta vimos um carro parado olhando alguma coisa e ficamos curiosos para saber o que era. Vimos um grupo de leões com filhotes, foi facinante. Jantamos no Boma e filmamos as dançarinas.”

10 de julho de 2008

“Acordei muito sonolento, mas mesmo assim fui para o passeio. Logo no começo, vi três mães leoas cuidando dos filhotes, foi imprecionante, na hora do almoço, fiz um prato que um vegetariano não iria gostar. Vimos grandes bichos à tarde. Grandes mesmo! E a noite vimos animais pequenos como esquilos ou castores. Jantamos no Boma, comemos carne de kudu e carneiro, quiche de queijo, sopa de cogumelo e legumes. Dormi rapidinho, pois estava com muito sono.”

11 de julho de 2008

“Subi para tomar café da manhã e saímos. No passeio vimos: girafas com filhotes, uma manada gigantesca de búfalos, zebras com filhotes e quatro hienas comendo ossos de uma girafa que um leão tinha matado. Foi uma manhã ótima e se despedir do Mala Mala não foi fácil, tinha gostado tanto. Voamos do Mala Mala para Johanesburg e de lá para Cape Town.”

Semana que vem tem mais 🙂

Share

Já falei neste post que meus filhos hoje são ‘quase adolescentes’ e os programas em viagens mudaram um pouco. E foi justamente o que aconteceu em Madri.

Enquanto Barcelona é uma cidade menor, mais plana e mais fácil de caminhar e tem muitas atrações interessantes para um público mais infantil, Madri é mais ‘espalhada’ e não tem o trio ‘aquário-zoológico-parque de diversões’.  Assim, o forte aqui foi mesmo a inserção na cultura local: os meninos provaram comidas novas, bateram papo em ‘portunhol’ com os taxistas e fizeram suas comprinhas de souvenirs e camisetas do Real Madrid por conta própria, tentando se fazer entender. Foi muito bacana vê-los em ação 🙂

Enfim, fizemos programas variados em Madri, misturando comida, futebol, cultura e até passeio de bicicleta no parque para quebrar um pouco o ritmo da viagem.

Museus

Fomos a três museus, o Museo Nacional del Prado, o Museo Thyssen-Bornemisza e o Museo Reina Sofia. Seguimos as regras de visitas a museus com crianças e deixamos um museu para cada dia, ficando poucas horas (no máximo duas) em cada um deles. Também procuramos fazer um planejamento para que o roteiro não ficasse cansativo e abrangesse o que mais chamaria a atenção dos meninos. O Thyssen é menos interessante para crianças  e pode ser deixado de lado. No Museu do Prado seguimos o roteiro do Guia do Museu do Prado da Patricia do Turomaquia e isto fez a diferença. No Reina Sofia, procuramos ver os Dalis, Matisses e Mirós e em especial o Guernica e os demais estudos do quadro feitos pelo Picasso. Na mesma sala dos estudos, há um vídeo que mostra a guerra in loco e ilustra bem a realidade que levou Picasso a realizar estas obras. Foi a parte que eles mais gostaram (e nós também!).

Passeio a pé com cultura e gastronomia

Fomos de metrô até o Palacio Real e de lá viemos andando até o hotel, que ficava próximo ao Museu do Prado. Os meninos gostaram do Palacio Real, que mostra bem como vivia a realeza da época. Visitamos a Catedral de la Almudena (nada especial, nem vale a pena entrar) em frente e viemos caminhando pela Calle Mayor até o Mercado de San Miguel, onde almoçamos. Em seguida passeamos pela Plaza Mayor, onde os artistas de rua (na realidade tristes palhaços toscos, mas eles curtiram :-)) distraíram os meninos. Fomos à Chocolateria San Gines tomar chocolate quente com churros e continuamos andando até a Puerta del Sol, outra praça com artistas de rua, onde está a estátua d’ El Oso y el Madroño (O Urso e o Arbusto). De lá, entre uma loja e outra de souvenirs, viemos caminhando pela Calle de Alcalá até o hotel. Infelizmente deixamos de ver o Monasterio de las Descalzas Reales, que fica a um quarteirão da San Gines. Vale mais a pena deixar de lado a Catedral de la Almudena e fazer este passeio no lugar dela.

Passeio de bicicleta

Ao redor do Parque del Retiro há diversos pontos de aluguel de bicicletas. Nós alugamos as nossas no quiosque da Urban Biking no posto de gasolina no Paseo de la Infanta Isabel, bem próximo da estação de metrô do mesmo nome e da estação de trem Atocha. As bicicletas são novas e estão em boas condições, só que neste local não há bicicletas infantis, apenas cadeirinhas para acoplar nas bicicletas de adultos, para crianças bem pequenas. Do posto de gasolina tem uma pequena mas íngreme subida até a entrada do parque, onde é gostoso passear. No centro do parque tem um lago onde há patos e peixes e dá para alugar um barquinho a remo e passear um pouco.

Estádio de futebol do Real Madrid

O tour pelo estádio Santiago Bernabéu, do Real Madrid, não podia faltar. O museu é incrível! Há painéis que contam o a história do time, fotos de todos os jogadores do Real Madrid até hoje, todos os uniformes usados, os troféus que o clube ganhou, as chuteiras dos jogadores. O tour também passa pela tribuna de honra, pelas salas de imprensa, pelos vestiários dos jogadores e até ao lado do campo, onde as crianças puderam inclusive sentar no banco de reservas 🙂 Não precisa nem dizer que eles adoraram!

 

Share

Antes de começar a falar das atrações e do nosso roteiro turístico pela cidade de Barcelona, umas poucas palavrinhas…

Já fiz vários posts de viagens para crianças aqui no blog. Porém, na hora de fazer o de Barcelona, pensei cá comigo que talvez seria melhor dizer “Barcelona para quase adolescentes”. Meus filhos cresceram 🙂

Por que digo isto? Porque pela primeira vez em viagem percebemos que o Bruno e o Theo, com 13 e 9 anos respectivamente, começaram a curtir programas diferentes, como provar comidas novas ou andar a esmo pela cidade observando pessoas, paisagens, arquitetura e arte. Claro que para eles – que ainda são crianças! – o melhor programa disparado em Barcelona foi assistir o jogo do Barça contra o Valencia em Camp Nou. Mas desta vez fizemos muito mais programas culturais, como o circuito Gaudi e o Museu Picasso – em detrimento de programas mais infantis que teríamos escolhido há alguns anos,  como o zoológico e o aquário.

Assim, este post fala do roteiro que nós fizemos, adequado a meninos adolescentes. Com sugestões e observações para quem tem filhos menores e quer incluir opções mais infantis na visita à Barcelona.

De mais a mais, Barcelona é uma cidade excelente para levar crianças. Das cidades europeias onde estivemos, acho que só perde para Londres e Paris mesmo.

O que fizemos em Barcelona

Circuito Gaudí

Uma das características mais marcantes de Barcelona é sem dúvida a arquitetura do Gaudí. Ela está presente principalmente na igreja da Sagrada Família, no Parc Güell, na casa Batlló e na Casa Milá. De cara nos causa estranheza, pelo exagero de formas e cores e excesso de informações, mas nada como um passeio guiado pelas principais obras do Gaudí para sentir sua genialidade e se apaixonar pelos seus trabalhos.

Sim, o cara era genial. Pois é fácil perceber que as realizações no mundo da arte, da arquitetura, da gastronomia e outros são quase sempre inspirados em referências passadas. Aí, de vez em quando, aparece alguém que realmente cria algo novo, inédito. Este foi o Gaudí. Um arquiteto que naquela época começou a praticar a sustentabilidade, usando cacos de louças para decorar suas peças; que criou apartamentos funcionais que economizavam energia. E que fez os móveis de madeira mais confortáveis que já vi. Tudo prático, funcional e a cereja do bolo: lúdico 🙂

Sagrada Família

Adoramos esta igreja, e as crianças também. Depois de ter visitado muitas igrejas góticas pelo mundo, é imperdível ver como Gaudí transformou este estilo. A leveza, a sustentação das colunas internas como árvores com galhos e folhas, a iluminação natural e abundante, as esculturas expressivas, tudo bárbaro 🙂 Faça o tour com o áudio-guia que fica muito mais interessante.

Casa Milà (ou La Pedrera)

O bacana aqui é que havia um áudio-guia em português e até um especial para as crianças, que apontava curiosidades do interesse deles. O Theo adorou!

Casa Batlló

Assim como na Casa Milà, havia um áudio-guia em português e até um especial para as crianças. A concepção toda da casa como o fundo do mar encanta as crianças (e os adultos também) 🙂

OBS. Bem ao lado da Casa Milà, tem uma loja bacana com coisas de casa, brinquedos, móveis e objetos de decoração de design, a Vinçon, vale uma paradinha.

Parc guell

O parque nos decepcionou um pouco. Mas a Casa Museu Gaudí tem os móveis do Gaudì e dentro do parque (poucas) escultoras interessantes. Vá mesmo se seus filhos forem pequenos, se o tempo estiver bom se e você quiser fazer um piquenique por lá.

Barrio Gotico e Museu Picasso

Ruas estreitas como a carrer del Bisbe com suas gárgulas e a ‘ponte dos suspiros’, cheias de lojinhas gourmet e de souvenirs;  a bonita Plaça Réial com suas palmeiras, a Plaça Saint Jaume, a Plaça del Rey bem medieval, as ruínas romanas de uma muralha na carrer de la Tapineria, a Catedral de Barcelona (ou Basilica de Santa Eulàlia), o Museu Picasso.

O bairro gótico é uma delícia para caminhar e tem surpresas pelo caminho, como a loja de mágicas El Rey de la Magia e a Papabubble, que faz balas de todos os tipos, na hora. Mas o Museu Picasso foi o ponto alto deste passeio. Reservamos o tour guiado em inglês, que acontece somente aos domingos às 11h e valeu a pena. Você foge das filas e faz um tour que conta a história do começo da carreira do Picasso através de suas obras, culminando com a pintura “As Meninas” e os estudos deste quadro. O tour não é longo e não cansa as crianças, os meninos gostaram muito.

Se ainda sobrou tempo, dê um pulinho no Museu de Xocolata.

Las Ramblas e Mercado de La Boqueria

Las Ramblas nada mais são que duas avenidas largas com um canteiro central igualmente largo, que liga o centro da cidade à beira do mar e onde dá para andar a pé e observar um pouco da vida  turística 😀 de Barcelona. Achamos o Barrio Gotico mais interessante, mas Las Ramblas tem um passeio imperdível: o mercado de Sant Josep, ou simplesmente La Boqueria. Eu adoro mercados e procuro visitá-los em todos lugares onde vou, mas este foi o mercado mais legal onde já fui até hoje! E as crianças adoraram ver os diferentes animais marinhos e as partes de bichos como cabeças de carneiro, porquinhos inteiros, etc. E se deliciaram como os sucos e com as barracas de doces, fantásticas.

Castelo de Montjuic e Refugio 307

O castelo de Montjuic é uma fortificação antiga no alto de uma colina e o barato para as crianças é subir de teleférico, o que dá uma boa quebrada nos passeios culturais. Lá em cima, uma bela vista da cidade. Ao pé do morro, no começo da carrer Nou de La Rambla, fica o Refugio 307, passeio interessante para os mais velhos. Agendamos um tour (só existe em espanhol) e visitamos este abrigo construído pela população do bairro de Poble Sec para proteção contra os ataques aéreos durante a Guerra Civil Espanhola. O passeio dura uma hora e o túnel não é longo, mas vale pela explicação sobre a guerra e sobre o comportamento da população na época. O filho mais velho gostou, o menor não 🙂

Últimas observações

Viajamos no inverno e estava frio para andar à beira do mar. Se o clima ajudar, há boas opções de passeios para crianças nesta área. É legal caminhar pela Barceloneta, pelo Porto Olímpico e eventualmente visitar o Aquàrium e o Museu Marítim. O Parc Zoològic, um pouco mais longe da praia, é outro bom passeio.

Por fim, outra opção bacana para quem não vai no inverno é o Parc d’Atraccions de Tibidabo, um parque de diversões à moda antiga que pode agradar bastante aos pequenos. Fica um pouco longe da cidade, há mais ou menos 12 km das Ramblas, mas pode ser outro bom programa de dia inteiro para quebrar os passeios culturais na cidade. Curiosidade: as cenas do filme “Vicky Cristina Barcelona”  em um parque de diversões foram feitas aqui 🙂

 

Share

Muita gente torce o nariz quando digo que incluo, sempre que possível, museus nas programações de viagem com os filhos. Tem desde pais que acham que criança só gosta de praia, piscina, parque de diversões e compras até aqueles que fazem muxoxo dizendo que nós vamos aos museus porque queremos, e não por eles.

É claro que nós gostamos de museus, mas nossas viagens com os filhos são preparadas de acordo com os interesses deles em primeiro lugar. E os museus estão lá porque achamos que eles vão gostar. E eles gostam! Até hoje (quase) não erramos 🙂

Assim, aqui vão algumas dicas para quem viaja com os filhos, quer incluir museus e fazer destes um passeio divertido. Vamos lá.

 Existe museu de todo tipo

A gente sabe mas às vezes esquece que museu não é só de arte ou história 🙂 Pesquise bem os museus existentes no local para onde você vai, levando em conta a idade, o sexo e a maturidade do seu filho. Nós, por exemplo, temos dois meninos pré-adolescentes e aprendi que eles gostam muito de coisas assustadoras, armas e artefatos de  guerra, bichos, esportes e meios de transporte. Ou seja, os museus que fizeram mais sucesso até hoje foram o Museu do Futebol em São Paulo-SP, o Museu da TAM em São Carlos-SP, o Imperial War Museum  em Londres, o Air and Space Museum e o Natural History Museum em Washington e o Intrepid em Nova York.  Obs. menção (des)honrosa seja dada aos museus de cera, que são uma maravilha para as crianças e normalmente o terror  dos pais, principalmente pelas longas filas e salas lotadas. Muna-se de paciência e vá, eles adoram 🙂

Mesmo os museus menos lúdicos valem a pena

Não dá para ficar apenas nos museus mais lúdicos. Pais que gostam de museus em geral já podem engajar os filhos na Arte e na História. E os museus de arte e históricos têm, sim, atrações que interessam a eles. Por exemplo, o British Museum tem a seção de múmias, que meus filhos adoraram.  No Metropolitan há uma seção de cavalos e cavaleiros em armaduras completas e muitas espadas. Eles também gostaram das grandes esculturas  antigas nestes dois museus.

Mas levar criança em museu de arte requer um planejamento cuidadoso. É importante que os pais façam uma pré-seleção de algumas obras importantes/interessantes do museu para visitar e façam uma lição de casa antes de ir ao museu. Na hora da visita, o ideal é fazer o percurso direto por estas obras e explicar pra as crianças conceitos, ideias e curiosidades. Esta foi a nossa estratégia para a visita ao Museu do Prado. Nossa lição de casa, neste caso, foi o Guia do Museu do Prado da Patricia do blog Turomaquia, que recomendo muito.  Outra ideia:  se os pais dominam a língua do local, muitas vezes vale a pena pegar um tour guiado, que normalmente não dura mais do que uma ou duas horas. Os pais podem dar uma ajudinha nas traduções e o passeio fica mais dinâmico.

Lojinha de museu é muito bacana

Lojinha de museu é muito legal e eles curtem tanto quanto a gente!  Normalmente há brinquedos e livros diferentes das lojas normais e é uma ótima maneira de lembrar depois das obras que eles viram no museu. Deixe-os explorar as lojinhas e levar uma lembrança para casa. E vai dar mais vontade de visitar outros museus no futuro. A melhor loja de museu que já vi na vida foi a do Spy Museum em Washington. Se passar por lá, não perca, divertida para crianças e adultos também!

Paradas para descanso e comida são obrigatórias

Sou daquelas capazes de andar 4 ou 5 horas em um museu sem descanso 🙂 Mas criança é diferente. Eles cansam muito mais rápido e ficam entediados. Assim, o ideal no caso dos museus maiores é dar uma parada para ir ao banheiro, tomar alguma coisa, fazer um lanche sentados. E depois continuar o passeio pelo  museu. O Marcio do blog Janela Laranja, que tem bastante experiência de viagens com criança pequena,  lembrou também que é importante, no caso dos pequenos que são bem menos flexíveis, respeitar os horários de fome e sono.

Brincar no museu pode sim

Quando digo brincar, não quero dizer brincar com as obras do museu e nem brincar de pega-pega ou esconde-esconde pelos seus corredores 🙂

Muitos museus hoje em dia são interativos ou têm atrações e brincadeiras para as crianças. O Museu do Futebol, a Estação Ciência (não sei quais as condições em que se encontra hoje, mas meus filhos aproveitaram muito há alguns anos) e o Espaço Catavento em São Paulo são bons exemplos de museus interativos. Muitos museus nos EUA permitem que as crianças entrem em espaçonaves e outros artefatos. Os museus Smithsonian em Washington tem cinemas I-Max que passam filmes em 3D relacionados ao tema em exposição, além de simuladores de voo e outras brincadeira interativas. Respire fundo, abra a carteira novamente e entre na fila do brinquedo. Faz parte do show!

No caso das crianças pequenas, o Marcio do Janela Laranja deu a ótima ideia de levar brinquedos ao museu. Quando a criança cansa, os pais podem dar uma paradinha para ela brincar com algo que já está familiarizada. E de lambuja os pais podem revezar. Um fica com a criança brincando e o outro passeia no museu. O museu também pode virar cenário de brincadeiras. Quando o Marcio levou a filha de 3 anos ao Espaço Catavento, em São Paulo, depois da visita o lugar virou cenário de brincadeiras: “O jardim do museu Catavento fica no antigo Palácio das Indústrias. Não deu outra, depois de visitar o museu ficamos brincando que lá era o palácio das princesas. Resumindo, a visita do museu vira uma grande brincadeira, com muita coisa nova e interessante para eles verem”.

Outras estratégias de sucesso

Muito importante: lembre-se de deixar o mais interessante para o fim! Assim, quanto maior for o cansaço, mais bacanas ficam as atrações a ser visitadas. Outra coisa: não se atenha (muito) ao planejamento. Já houve ocasiões em que achei que meus filhos gostariam de algo e eles acharam chato. Pule logo esta parte e siga em frente, sem dó. Por fim: museu com criança, pela minha experiência, não dura mais do que 2 ou 3 horas. Eles cansam mesmo! A programação deve levar em conta este período de estada total no museu, mesmo para aqueles museus enormes e com vários andares.

E aproveitem! Museu é uma ótima ocasião para os pais brincarem e interagirem com os filhos 🙂

Share

A seguir, detalhes dos passeios com duração de uma manhã ou uma tarde em Cape Town e arredores.

Robben Island

O passeio à Robben Island, prisão onde ficou Nelson Mandela, é muito disputado e convém comprar os ingressos com certa antecedência. No inverno dá para comprar um ou dois dias antes, no verão é melhor comprar pela internet antes de viajar. Dá para fazer este passeio em uma manhã ou uma tarde. O local da saída é no próprio Waterfront e fomos a pé do hotel até lá.

É impressionante o conhecimento e o comprometimento dos guias neste passeio. Quem não fala inglês infelizmente perde muito. Com crianças, o ideal é que um adulto fique ao lado para traduzir algumas das explicações fornecidas pelos guias. Primeiro o barco leva todos à ilha. Lá o grupo é dividido em alguns ônibus, cada um com um guia. Nosso guia, de origem indiana, era um excelente orador, um homem culto e comprometido com trabalhos sociais e representação em organismos internacionais de proteção às liberdades e direitos humanos. O ônibus chega à prisão propriamente dita e lá um ex-prisioneiro explica articuladamente e em detalhes a vida cotidiana naquela prisão. Visitamos as celas, o pátio e voltamos para pegar o barco para voltar à costa. Há um museu para visitar no local da saída do barco. Almoçamos no Waterfront e pegamos um táxi para a Table Mountain.

Table Mountain

Fizemos este passeio em uma tarde. Fomos e voltamos de táxi e compramos os ingressos no local na hora. Este esquema funcionou bem e saiu mais em conta do que contratar um tour guiado. A única preocupação aqui é que no inverno, em dias de muito vento, o bondinho fecha. Assim, convém pedir ao pessoal do hotel para ligar e checar se naquele dia há passeio antes de sair. E tente planejar sua ida a Table Mountain seguindo a previsão do tempo, geralmente funciona.

Passeio lindíssimo. Assim como no Pão de Açúcar no Rio de Janeiro, há um bondinho suspenso que leva ao alto do morro. O bondinho aqui é redondo e vai girando durante a subida para que as pessoas dentro dele possam ver todas as paisagens que se descortinam abaixo. O grande lance em cima da montanha é que seu topo é achatado (o ‘tampo’ da Mesa) e dá para andar bastante a pé, efetivamente fazer trilhas entre as pedras, caminhos e a vegetação da montanha. Em cada curva um ângulo diferente da paisagem, é uma experiência incrível. As crianças adoraram ficar pulando nas pedras e simulando escaladas, foi uma diversão à parte. Aproveite e tente achar um dassie, animalzinho que vive em cima da montanha e embora seja pequeno, seu parente mais próximo é o elefante 🙂

Two Ocean Aquarium

O Two Ocean Aquarium fica no Waterfront e dá para visitá-lo a qualquer hora. O passeio geralmente dura entre uma e duas horas. Embalamos a visita ao aquário com o passeio pelo Waterfront. Logo ao lado do aquário, uma vista linda da Table Mountain e a Nobel Square com as estátuas dos quatro sul-africanos que ganharam o Prêmio Nobel na sua luta pela paz e pela democracia: Albert Lithuli (1960), Desmond Tutu (1984), FW de Klerk (1993) e Nelson Mandela (1993). Mais a frente, lojinhas de badulaques e demais atrações distraem as crianças depois do passeio. Há cantores, dançarinos, engolidores de fogo, palhaços, etc. Uma televisão gigante mostra jogos de futebol, rugby e hóquei. Dá para comer alguma coisa, tomar um sorvete, comprar cartões postais (os meus filhos adoram!) e ainda dar um pulo no shopping center.

Hermanus Whale Watching

Ficamos inicialmente na dúvida se faríamos o passeio para ver as baleias em Hermanus ou o passeio para mergulhar com os tubarões, White Shark Diving. O passeio para ver os tubarões fica a duas horas de Cape Town, apenas maiores de 10 anos podem mergulhar dentro das jaulas para ver os tubarões de perto e, mesmo com a roupa apropriada, a água é congelante. Mas se a vontade de mergulhar com os tubarões for muito grande, vá assim mesmo pois as crianças vão gostar de passear de barco para ver as focas, os pingüins e até golfinhos e baleias se estiver na temporada (entre maio e setembro). Aqui há uma lista de perguntas freqüentes muito útil para quem pensa em fazer o passeio para mergulhar com os tubarões brancos.

Nós optamos pelas baleias por ser um passeio mais apropriado para crianças pequenas. A cidade fica a uma hora e meia de Cape Town. No local, há uma breve explicação sobre as baleias e o passeio de barco, que contorna a costa na busca pelos animais. As baleias não se aproximam muito do barco e ficam com o corpo todo imerso. O que se vê são jatos de água e os rabos quando saltam. Mais uma vez, assim como no safári, observar animais na Natureza não é como ir a um parque de diversões e isto deve ficar bem claro para as crianças. Podem aparecer muitas ou poucas baleias. Um passeio muito tranquilo pode desapontar e cansar as crianças muito pequenas. E lembre-se que a temporada das baleias é entre maio e setembro, ou seja, não acredite num tour que ofereça este passeio fora desta temporada.

Share

A seguir, um pouco dos dois passeios de dia inteiro que fizemos nos arredores da Cidade do Cabo e as nossas impressões a respeito.

Cape Peninsula Tour

Um dos passeios mais legais em Cape Town. Sai por volta das 9h da manhã e retorna à cidade no final da tarde. É possível alugar um carro e fazer o mesmo trajeto, mas preferimos contratar um tour guiado pela facilidade logística (caminhos, locais de estacionamento e de compra de ingressos), pelas explicações do guia sobre os lugares e para não nos preocuparmos com a ‘mão inglesa’ na direção do carro. Éramos 8 pessoas, assim compensou pegar um tour só para o nosso grupo, em uma van. Diversas operadoras fazem o passeio. Fizemos com a African Eagle e achamos muito bom.

O passeio contorna a costa e as paisagens são lindas. Há paradas estratégicas pelo caminho que agradam bastante às crianças. A primeira delas é em Hout Bay, onde é possível fazer um passeio de barco à ‘ilha das focas’. Depois, uma parada em uma fazenda de avestruzes onde dá para alimentar as aves e ver ainda vários babuínos. Em seguida Cape Point, onde há um bondinho em trilhos para subir à montanha. Lá, vistas lindas e a descida a pé na volta. Neste local é o almoço (que é bem fraquinho por sinal). Seguindo, o passeio chega ao propriamente dito Cabo da Boa Esperança. O caminho da volta é pelo Jardim Botânico Kirstenbosch e depois por Simon’s Town, onde fica a colônia de pinguins em Boulders Beach. Fique atento pois a maioria dos ingressos de passeios de barco, bondinho e o almoço não estão incluídos no valor cobrado pela operadora do tour.

Wine Tour

Outro passeio de dia inteiro, também fizemos com a operadora African Eagle e gostamos bastante. Para quem curte vinhos e tem receio de fazer este passeio por não ser do interesse das crianças, pode considerá-lo. Há atrações para crianças no caminho e elas não ficam entediadas.

O tour passa por três regiões vinícolas vizinhas, Stellenbosch, Paarl e Franschoek. Logo no início do passeio, no Spier Wine Estate, há um parque de guepardos, Cheetah Outreach, onde dá para ver os guepardos de perto e segurar um filhotinho no colo. Ao lado, no Eagle Encounters, é possível ver aves de grande porte, assistir apresentações com elas e segurar uma coruja nas mãos. Em Stellenbosch há um passeio pelo centro histórico, uma degustação de vinhos e queijos e um museu de brinquedos e miniaturas que é uma graça. Perto dali, entre Stellenbosch e Paarl, tem o Butterfly World, um borboletário e museu de insetos. Depois, mais uma degustação de vinhos em Paarl e em Franschoek, que também é um centro histórico. Se o tempo ajudar, as crianças vão curtir um piquenique no almoço.

Share
1 2 >