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Mas por que diferentes? Bem, primeiro porque são de fato fazendas que foram transformadas em hotéis e não vice-versa, como a gente vê muito por aí. Segundo, porque têm história e personalidade; terceiro, porque se localizam numa região muito bonita do Estado, na Serra de Brotas. E quarto, mas não menos importante, porque são hotéis-fazenda geridos pelos próprios donos, que moram por lá mesmo e estão sempre presentes, dando uma atenção e um carinho especiais aos hóspedes. Mais ainda, são hotéis-fazenda relativamente pequenos, onde não tem ‘muvuca’ na hora das refeições, na piscina e nos passeios. Se você quer descansar, curtir a Natureza e ainda mostrar aos filhos como é a vida numa fazenda, vem pra cá 🙂

Primavera da Serra

A Primavera da Serra é o resultado do sonho e do trabalho do Ataliba e da Alice, dois paulistanos que resolveram mudar de vida e transformaram um pedaço de terra de uma ex-fazenda de cana de açúcar num paraíso. Os dois, que são simpaticíssimos e super alto astral, contam como chegaram lá há anos e com o tempo foram restaurando prédios antigos, refazendo a mata e trazendo os bichos de volta. O Ataliba é jipeiro e construiu na fazenda uma trilha e uma pista de testes para jipes e o passeio de jipe com ele é um das atrações imperdíveis do hotel. Faça!

As crianças pequenas adoram o antigo terreiro de café cheio de bicicletas, bem de frente ao restaurante onde os pais podem comer sossegados. De manhã cedo, o programa é ir ao estábulo tirar leite da vaca e tomá-lo com café, achocolatado, mel ou canela. Depois do café, uma caminhada até a cachoeira cai bem. À tarde, as crianças vão pescar no laguinho da fazenda, onde fazem um piquenique. A piscina, o parquinho com uma mini-tirolesa e a brinquedoteca também distraem os pequenos. Não há recreação formal, mas o tio Ratinho leva a criançada nos passeios e na pescaria, dando aos pais uma oportunidade de descansar um pouco.

A comida é caseira, variada e gostosa. Os horários das refeições são bem adequados às crianças, tudo cedo. Há quartos no prédio principal do hotel e também chalés um pouco mais distantes, com ótima acomodação para famílias, já que são antigas casas de colonos e têm dois ou até três quartos, uma salinha, um banheiro espaçoso, chuveiro com boiler, quintal com varal para roupas molhadas e uma varanda agradável para colocar uma rede. O caminho a pé dos chalés à sede da fazenda leva 5 minutos e passa pela vista do vale, pelo túnel de trepadeiras e flores e pela ponte sobre a cachoeira, onde de manhã aparecem os macacos-pregos. Lindo!

Bom para quem gosta de cavalos e para crianças maiores: Fazenda Bela Vista

A Bela Vista é a fazenda do Pedroca, uma figura ímpar, que fez história cavalgando pelo Brasil e que vale a pena conhecer. Citado no Guiness Book como o recordista mundial de Cavalgada de Longa Distância e um dos 130 maiores viajantes a cavalo do mundo, o Pedroca é um gentleman, cheio de histórias para contar. E mesmo hoje aos 78 anos de idade ainda sai a cavalo com os hóspedes quase que diariamente. Tanto o Pedroca como seus familiares estão sempre na fazenda recebendo os hóspedes como se fossem visitas queridas. É uma delícia conversar com eles e ouvir as histórias da fazenda e da região.

A Bela Vista é um programão para quem gosta de cavalgar. Na fazenda há um plantel de excelentes cavalos manga-larga e são feitos passeios diários e longos a cavalo, por trilhas, rios e cachoeiras que cortam a mata nativa da região, que é muito bonita. À tarde, a criançada joga bola e pingue-pongue e aproveita a piscina. Não há recreação formal, mas as crianças maiores brincam muito bem. Há muitos bichos e é uma atração à parte ver os macacos-prego e os quatis vindo buscar comida perto da sede. Na Bela Vista a vida é bem tranqüila e é possível tomar café da manhã tarde, almoçar tarde e jantar tarde. A comida é caseira e muito gostosa.

Os chalés são simples, mas ainda assim amplos e acomodam bem as famílias com dois ou três quartos, banheiro, sala e cozinha. Mas há chalés reformados e outros mais antigos, com banheiros que deixam a desejar. Não há TV nos quartos. A ideia é criar mesmo um clima de fazenda. Muitos estrangeiros hospedam-se na Bela Vista e a maioria dos hóspedes é muito fiel e frequenta o local há mais de 10 anos.

Passeios perto dos hotéis-fazenda, para quem vai ficar mais do que um final de semana ou feriado

Turismo de aventura em Brotas

Brotas é um lugar muito legal para adultos e crianças e oferece muitas aventuras ‘radicais’. Vale uma visita! Há rafting e mini-rafting para as crianças pequenas, tirolesa para todas as idades, arvorismo, rapel, passeios em cachoeiras, entre outros. Uma das boas agências na cidade que oferece os melhores passeios é a Eco&Ação. Tudo com seriedade e segurança. Em breve post sobre Brotas e o turismo de aventura.

Fábrica de Laticínios Búfalo Dourado

O Laticínio Búfalo Dourado, um dos pioneiros na fabricação de laticínios de búfalo no Brasil, localiza-se na Fazenda Santa Eliza, vizinha da cidade de Dourado, na região de Brotas. Ambos hotéis podem agendar visitas às instalações da Búfalo Dourado. De manhã é interessante observar a produção por janelas da fábrica, bem como degustar as muzzarellas produzidas. À tarde, dá para acompanhar a ordenha das búfalas.

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O Rio de Janeiro é um destino muito bacana para levar os filhos. Junta programas turísticos ‘lúdicos’ e passeios que envolvem contato com a Natureza, esportes e brincadeiras. Uma combinação divertida e perfeita.

Duas dicas podem tornar uma viagem para o RJ com crianças mais legal e tranquila. A primeira é evitar as excursões turísticas vendidas nos hotéis e flats e organizar-se para fazer os passeios de táxi mesmo, respeitando os horários e o cansaço dos seus filhos. As excursões, além de pesarem no bolso para a família toda, são demoradas e burocráticas. Imaginem as crianças cheias de energia para chegar no Bondinho e o ônibus ou van da excursão parar em mais três ou quatro hotéis pelo caminho…

A segunda dica, uma vez que você vai fugir da ‘máfia’ das excursões, é chegar cedo. Isto porque quem não faz parte de uma excursão precisa entrar nas filas, e elas normalmente são imensas.

Há hotéis para todos os gostos e bolsos no Rio de Janeiro. Mas uma vez que você opte por este esquema de fazer os passeios por sua conta, o ideal é ficar em um hotel ou flat entre Copacabana e Leblon. Leblon e Ipanema ainda têm a vantagem adicional de serem bairros onde se pode caminhar com certa tranquilidade, inclusive à noite. No Leblon, em especial, encontram-se muitos dos restaurantes e bares mais legais do Rio. Dá para sair para jantar a pé e ainda tomar um sorvete com as crianças antes de voltar ao hotel para dormir. E dá para dar uma voltinha no shopping, entrar em uma boa livraria, tomar um café…

Bondinho/Pão de Açúcar

Um dos dois (o outro é o Cristo Redentor, claro) principais programas turísticos do Rio de Janeiro. De fato imperdível. O passeio de bondinho é emocionante, as vistas de cima do morro da Urca e do Pão de Açúcar são lindas e a criançada ainda se diverte com os bondinhos antigos e com as lojinhas de badulaques. Não deixe de mostrar a eles os aviões pousando e levantando vôo no aeroporto Santos Dumont, em frente. A bilheteria abre às 8h e o primeiro bondinho entre a Praia Vermelha e a Urca sai às 8h10. Chegando até às 9h você não enfrenta grandes filas. A partir daí, as filas começam a apertar. O bilhete adulto custa R$ 44,00, crianças entre 6 e 12 anos pagam R$ 22,00 e crianças até 6 anos não pagam. O pagamento deve ser feito em dinheiro ou cartão de crédito/débito. Mais informações no site oficial do Bondinho do Pão de Açúcar ou pelo tel (21) 2461-2700. Abre diariamente.

Cristo Redentor/Corcovado

Há duas maneiras de visitar o Cristo Redentor: de táxi + van ou de trem. O trem, que sai do Cosme Velho, é um bonde que sobe o morro do Corcovado em trilhos no meio da mata tropical. Lá em cima, basta subir as escadas ou mesmo pegar o elevador para chegar ao Cristo. É muito mais divertido e sai mais barato, já que quem sobe de táxi é obrigado a fazer o último trecho numa van que ainda vai custar R$ 20 por pessoa. Mas o grande inconveniente do trem é que as filas são gigantescas. Em finais de semana e feriados, às 9h as filas já têm duração de duas horas. Assim, o ideal é chegar até às 8h30. Quem chega às 8h e pega o primeiro bondinho, das 8h30, encontra um Cristo Redentor com pouca gente, muito mais legal para olhar a vista e tirar fotos. Mas se você não gosta de acordar tão cedo, tem uma alternativa: comprar os bilhetes do Trem do Corcovado online aqui. Mas atenção: os bilhetes online só são vendidos para um único horário do dia, às 18h30. Os bilhetes para ida e volta no Trem do Corcovado custam R$ 36,00 por pessoa. Crianças até 5 anos no colo não pagam. Mais informações no site oficial do Trem do Corcovado ou pelo tel (21) 2558-1329. Abre diariamente.

Parque Lage

O Parque hospeda a Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Antigo engenho de açúcar do Brasil Colonial, pertencia a Antonio Salema, governador do Rio de Janeiro, que em 1660 vendeu a propriedade à família Rodrigo de Freitas Mello. No século XIX um nobre inglês comprou parte das terras e contratou um paisagista inglês para projetar um jardim nos moldes europeus. A chácara passou por outras mãos e em 1920 foi comprada pelo empresário Henrique Lage, que mandou construir nela uma réplica de um palazzo romano, além de reformular parte do projeto paisagístico. Enfim, o Parque Lage é legal para a criançada porque abriga, além do jardim que faz parte da Floresta da Tijuca, ruínas do antigo engenho de açúcar ali existente, inclusive com a interessante ‘lavanderia dos escravos’; uma gruta artificial e um aquário incrustados nas pedras, além de trilhas e um parquinho infantil. De lambuja, é possível pegar algumas das performances dos alunos da Escola de Artes Visuais. O parque abre diariamente das 9h às 17h e a visita é gratuita. Mais informações no site da Escola de Artes Visuais do Parque Lage ou pelo tel (21) 3257-1819.

 

Jardim Botânico

O Jardim Botânico é um passeio muito legal. São trilhas passando por diferentes árvores e ecossistemas, como o da floresta amazônica e o da restinga. O único senão, principalmente com crianças pequenas, é que o parque é grande e é preciso andar um bocado para ver tudo. Assim, escolha as atrações mais interessantes e procure se informar bem, pois infelizmente o parque não distribui um mapa e não sugere trilhas aos visitantes. Não perca o bromeliário, o orquidário, a estufa de plantas insetívoras (ou carnívoras) e o Jardim dos Sentidos, feito para deficientes visuais. No Sítio Arqueológico Casa dos Pilões há escavações arqueológicas e objetos encontrados nelas. Atrás do portal das ruínas da antiga fábrica de pólvora há uma representativa coleção de plantas medicinais que são utilizadas de forma terapêutica no Brasil. Se sobrar tempo e disposição, visite o jardim japonês, o roseiral e o lago das vitórias-régias. Aberto diariamente, o horário de visitação é das 8h às 17h. O ingresso custa R$ 5,00 por pessoa. Crianças até 7 anos não pagam. Mais informações no site do Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro ou pelo tel (21) 3874-1808.

Forte de Copacabana

As crianças, principalmente os meninos, adoram o Forte de Copacabana e o Museu Histórico do Exército. Na parte externa do Forte, há diversos canhões nos quais as crianças podem subir, mexer e tirar fotos. A vista da praia de Copacabana é bonita e dá para apreciá-la das mesas do terraço na frente da Confeitaria Colombo. Dá para tomar café da manhã ou almoçar por lá, numa boa. No museu, dentro do forte, há uma exposição do levante do Forte de Copacabana e é possível ver como funcionava um forte por dentro com suas salas de máquinas, dormitórios, enfermaria, salas de armamentos, almoxarifado, etc. Atenção: uma das poucas atrações no Rio de Janeiro que não abre diariamente. Funciona de terça a domingo e aos feriados das 10 às 18h. Crianças entram de graça e adultos pagam R$ 4,00. Só aceita pagamento em dinheiro. Mais informações no site do Forte de Copacabana ou pelo tel (21) 2287-3781.

Submarino-Museu Riachuelo

Construído em 1973 na Inglaterra, o Submarino Riachuelo foi incorporado à Armada brasileira em 1977, participou da batalha naval de junho de 1865 entre a esquadra paraguaia e a esquadra brasileira sob o comando do Almirante Barroso e foi aposentado após 20 anos de operação. Assim como no Forte, é possível visitar seus compartimentos e conhecer parte do armamento, máquinas e equipamentos diversos. A ambientação com manequins que retratam o dia-a-dia de um submarino dá uma real noção de como era a vida da tripulação na época. Aos sábados e domingos, às 14h30 e 16h, há espetáculos teatrais para o público infantil que lembram, de forma divertida, fatos e personalidades marcantes da história marítima brasileira. Após a sessão, as crianças participam com os atores de uma oficina de arte, na qual realizam atividades sobre temas relacionados à Marinha. Atenção: também não abre às segundas-feiras, funcionando de terça a domingo das 12h às 17h. A entrada é franca. Mais informações no site do Submarino-Museu Riachuelo ou pelo tel (21) 2233-9165.

Estádio do Maracanã

Programa imperdível para os meninos. Uma pena que, como o estádio está em obras para a Copa do Mundo no Rio de Janeiro em 2014, parte do Maracanã está fechada para visitação. Ainda assim, é possível a criançada se divertir. Logo na entrada há a calçada da fama, onde estão eternizados 100 pares dos pés dos maiores craques do futebol mundial como o Rei Pelé, Zico, Garrincha, Rivelino e Ronaldo Fenômeno. Há painéis ilustrativos da história da construção, dos principais jogos e dos shows de música que aconteceram no estádio. Em seguida, um elevador leva o visitante ao 6º andar, onde se tem uma vista panorâmica do estádio, incluindo a parte interna da tribuna de honra. Ao final, um museu com uniformes, bolas e mais painéis fotográficos. A parte da visitação que foi desativada até 2014 inclui o acesso aos vestiários utilizados pelos jogadores e à sala de aquecimento, com gramado sintético e baliza; e a entrada no próprio campo, onde o carioca Márcio Pereira da Silva, vestido com o uniforme da seleção brasileira, faz malabarismos com bolas de diversos tipos e tamanhos. Aberto à visitação diariamente, das 9h às 17h, inclusive feriados. Nos dias de jogos, no entanto, a visitação é encerrada cinco horas antes doinício da partida. A entrada inteira custa R$ 20,00, mas como o estádio está em reformas e uma parte do programa de visitação não é feito, o preço atual foi baixado para R$ 10,00. Visitação completa no Maracanã agora só depois da Copa do Mundo de mesmo. Mais informações no site da Suderj ou pelo tel (21) 2334-1627.

Passeio na Lagoa Rodrigo de Freitas

Passeio super gostoso para relaxar e quebrar um pouco a programação turística na cidade. Para quem tem disposição, ideal para fechar um fim de tarde. A ciclovia, que dá a volta na Lagoa, tem 7,5 km e é possível alugar bicicletas para adultos e crianças pedalarem juntos, num percurso que leva de 30 a 40 minutos. Em volta da Lagoa há quadras esportivas, parquinhos infantis e quiosques para um lanche e ou uma água de coco. Também dá para andar de pedalinho na Lagoa. A vista é linda. O único senão é evitar os horários de pico, principalmente o período entre 9h30 e 12h30 nos finais de semana. Mas, mesmo nestes horários, a diversão é garantida.

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Nossa Turma do Vinho visitou a vinícola Villa Francioni, em São Joaquim, na serra catarinense. Lá fomos muito bem recebidos pela Daniela Freitas e pela Raquel, e nos surpreendemos positivamente com a grandeza e seriedade do negócio. Tentarei passar um pouco da impressão que tivemos na visita, que foi muito bacana!

A primeira coisa que se nota na vinícola Villa Francioni é o compromisso, senão a obsessão mesmo, com a qualidade. Desde a escolha das mudas, passando pelas instalações modernas e sofisticadas, até chegar no produto final engarrafado. Não é para menos. A Villa Francioni é antes de tudo o resultado de um sonho de um homem empreendedor, Manoel Dilor de Freitas, bem sucedido empresário e dono do grupo Cecrisa, que queria produzir em Santa Catarina um vinho de qualidade.

A suntuosidade da construção impressiona logo de cara. Não pelo luxo, mas pelo tamanho e funcionalidade: um prédio de quase 4,5 mil metros quadrados com seis níveis/andares, desenhado desta forma para facilitar o escoamento da produção pelo fluxo gravitacional. Lembrei nesta hora da vinícola do Esporão, em Portugal, construída da mesma forma. A iluminação natural foi privilegiada na construção e pouca iluminação artificial é necessária, deixando o ambiente fresco e agradável. Com exceção do piso, desenvolvido pela Cecrisa especialmente para a vinícola, todos os tijolos, materiais de acabamento do prédio e móveis são de demolição ou de segunda mão. Com seus vãos livres, vitrais e corrimões de ferro batido, a vinícola já recebeu o apelido de ‘catedral do vinho’. É um prédio bonito, mesmo.

De uma parede de vidro no prédio vê-se parte dos 26 hectares de vinhedos que ficam em São Joaquim (os restantes 24 hectares estão localizados na cidade de Bom Retiro), todos com ‘capas de chuva’ para se protegerem da geada e da neve. Na Villa Francioni são cultivadas seis variedades de uvas tintas e duas brancas. Na sua obsessão pela qualidade, a vinícola só vinifica uvas de sua própria produção. Em 2010, pretendem chegar à produção de 250 mil litros de vinho.

A produção é impecável. Cada faixa de terra recebeu um manuseio específico para cada qualidade de uva. A colheita é totalmente manual. Em seguida, todos os passos da produção são acompanhados pela equipe do laboratório, que vai formando um banco de dados com os melhores procedimentos. Nota-se também a preocupação com o investimento na contratação de bons profissionais e na apresentação do produto final nas garrafas.

Outra história bonita é a dos nomes da vinícola e de seus vinhos. Dilor de Freitas, com a convicção de que ‘por trás de todo grande homem existe uma grande mulher’, homenageou sua esposa colocando na vinícola o sobrenome italiano da família dela, Francioni. Seu vinho de base, o Joaquim, é também uma homenagem à cidade que acolheu o negócio; o Francesco é dedicado ao primeiro imigrante italiano da família Francioni a chegar no Brasil. Já o Michelli homenageia o patriarca que ficou na Itália.

Hoje, a Villa Fracioni coloca sete vinhos no mercado: os tintos Joaquim, Francesco, Villa Francioni e Michelli, todos assemblagens; um Rosé multivarietal e dois brancos Sauvignon Blanc e Chardonnay, estes três últimos com o rótulo Villa Francioni. Estão estudando ainda o lançamento no mercado de um vinho branco de sobremesa e dois espumantes extra-brut, rosé e branco.

Experimentamos todos os vinhos da Villa Francioni e gostamos especialmente do Sauvignon Blanc e do Francesco. O Michelli, do qual compramos algumas garrafas para o jantar, foi o maior destaque, muito equilibrado e com personalidade, gostoso mesmo. O único senão fica, ainda, por conta do preço. Tamanha qualidade tem obviamente um custo, especialmente em um país que não tem tradição vinífera. Acreditamos que no futuro, com ganho na escala e na experiência, a vinícola Villa Francioni – assim como demais vinícolas brasileiras sérias – poderá tornar seus vinhos competitivos com os vinhos da mesma faixa de preço chilenos e argentinos.

É possível agendar uma visita à vinícola Villa Francioni através dos telefones (49) 3233.2451, 3233.3713 ou 3233.1918. O custo da visita, R$ 20,00 por pessoa, é abatido na compra dos produtos da vinícola. As visitas podem ser feitas de quarta a domingo, nos horários das 10h, 13h30min e 15h30min.

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Gramado lembra cinema, já que todo ano em agosto a cidade hospeda o Festival de Cinema, já na sua 38ª edição. Também é destino manjado para casais em lua-de-mel e para viagens românticas. Parques lindos, paisagens incríveis, hotéis e restaurantes charmosos, além do que dá para dar uma esticadinha em Bento Gonçalves e visitar as vinícolas do Vale dos Vinhedos e fazer o Caminho das Pedras dos imigrantes italianos, roteiro bem interessante.

Mas nem todo mundo imagina como Gramado e Canela são legais para levar as crianças! Em novembro e dezembro, especialmente, a cidade promove o Natal-Luz, com desfiles e apresentações diárias de peças e musicais que remetem ao Natal. No resto do ano, mesmo sem o Natal-Luz, ainda tem muita coisa bacana para as crianças fazerem nestas duas cidades. Para quem tem filhos pequenos, vale a pena!

Parque natural

O melhor para as crianças é o Parque do Caracol, onde fica a Cascata do Caracol, queda livre de 131 metros, linda mesmo. Além das trilhas e de um elevador panorâmico para ver a cascata de outro ângulo, há um trenzinho que leva as crianças até uma mini-aldeia dos imigrantes italianos e alemães. As crianças também se divertiram catando pinhões na mata. A 500 metros dali tem o Teleférico de Canela, um passeio de 20 minutos que permite ver a Cascata do Caracol e a Cascata do Vale da Lageana. Dá para passar a manhã entre os dois programas. O único senão é que só dá para fazer este passeio em dias de sol mesmo.


Parques temáticos

Aldeia do Papai Noel

As principais atrações são a Casa do Papai Noel e a Fábrica de Brinquedos. Além delas há outras atrações menores, como a Árvores dos Desejos, a Casinha dos Três Porquinhos, a Capela e até um alojamento para hospedagem de Papais Noéis do Brasil todo. Também é possível ver renas de verdade. A Casa do Papai Noel, uma casa em estilo bávaro construída em 1940, toda montada como se Papai Noel morasse lá, é lindinha mesmo. E Papai Noel está lá de chinelos para receber as crianças. A fábrica também tem detalhes interessantes para olhar. Dá para dar uma volta no jardim, andar de trenzinho e ver as demais atrações do parque em uma manhã ou tarde, no máximo. Passeio recomendado para dias de sol.

Mini Mundo

O Mini Mundo promete ‘miniaturas do mundo todo’, mas na verdade concentra-se mesmo em miniaturas de construções alemãs. Tem um pouco do Sul do Brasil, de Minas Gerais e até o Aeroporto de Bariloche, mas o forte mesmo é Alemanha, tudo 24 vezes menor do que o tamanho real. Não deixa de ser bonitinho e curioso. São milhares de pequenos detalhes, como a noiva saindo da igreja no colo do noivo, uma festa de aniversário num jardim, as filmagens de Rapunzel no castelo. Pegue o jornalzinho e acompanhe as ‘notícias,’ procurando os protagonistas delas nas miniaturas. O parque é pequeno e dá para ver tudo em duas horas no máximo. Como tudo é descoberto, é melhor fazer o passeio em dias de sol.

Parque de diversões

Alpen Park

O Alpen Park é programa para um dia inteiro. E escolha um dia de tempo bom, do contrário perde-se muito da graça do local. Algumas atrações têm filas, como o trenó; e outras têm horários rígidos, como o passeio de quadriciclo. Assim, o ideal é chegar relativamente cedo e se organizar para poder aproveitar. Dói no bolso, mas vale a pena. As atrações radicais mais legais são o trenó, o quadriciclo e a tirolesa, que aliam a aventura às paisagens lindas do local. Fora isto há cavalgada, cinema 4D, o Mistério da Monga e outras pequenas atrações.


Museus infantis

Mundo a Vapor

Surpreendente, foi ótimo programa para um dia de chuva. A maior parte do museu é dedicada a espaços com usinas e fábricas em miniatura, que mostram os diversos tipos de energias – a vapor, humana, animal, hidráulica, eólica, etc. Uma mini fábrica de papel produz papel na hora, que as crianças levam de lembrança para casa. Monitores explicam os processos. Há diversas máquinas a vapor montadas no local. Do outro lado, uma sala e uma oficina dos imigrantes alemães, montadas com cenários, fotos e até algumas peças originais. Passeio para algumas horas, ótimo para dias de chuva.

Museu de cera Dreamland

Tudo bem que as figuras de cera são bem ‘meia-boca’, algumas ruins e outras mais ou menos. Mas os cenários são bem legais e compensam as figuras. Tem um saloon, um barco pirata e até uma sala do terror. A última figura de cera é um momento de mau-gosto: Lady Di no banco de trás de um ‘carrão’… 🙂 Ainda assim, é diversão na certa para as crianças, principalmente em dias de chuva. Em duas horas no máximo dá para ver todo o museu.

Hollywood Dream Cars

Um museu de automóveis clássicos antigos, principalmente da década de 50, todos conservados e funcionando. Ao lado, serviço de aluguel de um superesportivo – entre eles carros Ferrari, Porsche, Corvette ou Mustang, para dirigir ou passear de carona, por preços nada convidativos. O museu é pequeno, dá para ver tudo em menos de uma hora, a não ser que as crianças estejam acompanhadas de um adulto ficcionado pelo assunto!

Outras atrações

Maria Fumacinha

Não é um trem, mas uma jardineira, aquele ônibus/bonde sem vidros nas janelas. A Maria Fumacinha sai de meia em meia hora do centro de Gramado, bem na frente do relógio com termômetro, ao lado da Catedral. Paga-se ao entrar. A Maria Fumacinha faz um passeio de uma hora e meia mais ou menos, passado pelos bairros mais bonitos da cidade e parando no Lago Negro, onde há pedalinhos para as crianças brincarem.


Comilanças e guloseimas

Gramado também tem gastronomia para as crianças!

Primeiro, elas vão adorar as fábricas de chocolate espalhadas pela cidade. A maioria delas tem degustações e alguns brinquedos para as crianças. A melhor delas, a Caracol, tem um tour que mostra o maior coelho de chocolate do mundo e a fabricação das ‘ramas’ ao vivo, bem como cenários contando a história do chocolate e até algumas pequenas esculturas deste material. No fim, gasta-se o ‘ingresso’ na enorme loja de chocolates da fábrica.

As galeterias são ideais para almoçar. Todas têm praticamente o mesmo cardápio, no qual reina o galeto, que é divino mesmo. A Giuseppe (Rua Garibaldi, 23 – tel. (54) 30360007) é uma das mais tradicionais. A refeição começa com o capeletti in brodo, em seguida são servidos o galeto e outras carnes como lingüiça e costela, tudo acompanhado de salada verde, salada de batatas e polenta frita. Se quiser, há a opção de pedir uma massa com molho. Agrada crianças e adultos também.

O café colonial é outra opção que enche os olhos das crianças. Os adultos já não acham tanta graça naquela ‘montoeira’ de comidas, mais quantidade do que qualidade mesmo. Mas os pequenos adoram ‘almoçar’ salgadinhos, pães, frios, bolos e doces. No fim, ainda tem um buffet com mais de 20 tipos de sobremesas – entre bolos, tortas, doces e sorvetes. Se tiver coragem de encarar a comilança, uma boa opção é o Café Colonial Gramado.

Mas o programa gastronômico mais legal foi mesmo a sequência de fondues. Vários restaurantes em Gramado oferecem esta refeição de três fondues, começando pelo de queijo, passando pelo de carne e finalmente chegando no de chocolate. O de queijo, bem tradicional, tem pãozinho e batatinhas para mergulhar no queijo cremoso. O de carne é o mais legal: é colocada na mesa uma chapa de pedra, com o fogo embaixo, e as crianças mesmo escolhem seus pedaços de carne e colocam na chapa para assar. Com crianças pequenas, é recomendável pedir ao restaurante que retire a carne de porco e deixe apenas a de vaca e frango. Assim elas podem se esbaldar em preparar as receitas, já que as carnes vêm acompanhadas de mais de 15 potinhos de molhos, os mais variados. No fim, um fondue de chocolate com frutas variadas fecha supimpamente a refeição. Uma delícia mesmo! Gostamos muito do La Gruyère (rua João Petry, 74 – tel. (54) 32867272). Outro lugar legal é o Gasthof Edelweiss (rua da Carriere, 1119 – tel. (54) 32861861).

Boa viagem 🙂

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