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Outro dia no Twitter falamos sobre as whoopie pies, um doce de tradição Amish que vem ganhando popularidade nos EUA e no mundo. A cada dia aparecem mais receitas diferentes deste ‘sanduíche’ de dois biscoitos macios recheados originalmente com marshmallow. Seriam os whoopies a nova ‘febre’ das guloseimas depois dos cupcakes?Este fio de meada levou-me, nesta viagem a Nova York, a fugir dos cupcakes e experimentar guloseimas – e propostas – diferentes. Já tinha postado no ano passado sobre três tradições na cidade, o Lindy’s cheesecake, os cupcakes da Magnolia Bakery e o arroz doce da Rice to Riches. Nesta nova empreitada gulosa segui as dicas do blog do David Lebovitz e visitei dois lugares lá indicados: a BabyCakes e a Doughnut Factory. Duas ‘bibocas’, lugares apertados e de decoração simples, fora do circuito turístico da cidade, mas com delícias inesquecíveis. Dependendo do horário, prepare-se para enfrentar a fila.

BabyCakes

“Em uma cidade dominada pelos cupcakes transbordando de açúcar, farinha de trigo e manteiga, aqueles que estão de dieta sentem-se deixados de fora. A BabyCakes especializa-se em doces sem glúten, sem lactose, sem ovos e sem soja”. Nas palavras da Erin McKenna, criadora da BabyCakes, a ideia desta mini-doceria é justamente oferecer delícias alternativas, ou seja, doces gostosos mas feitos com ingredientes naturais e orgânicos e direcionados às pessoas que tem alergias ou restrições alimentares a glúten, lactose, caseína, ovos e açúcar refinado.

Na BabyCakes não se usa açúcar branco nem adoçantes artificiais. Os doces são feitos quase sempre com agave, néctar extraído de um cacto mexicano, com alto teor de doçura e índice glicêmico baixo, que pode ser consumido até por diabéticos. São muito usadas a farinha de espelta e as farinhas livres de glúten como a farinha de arroz e a de grão-de-bico. As gorduras utilizadas nos doces são o óleo de canola e o óleo virgem de coco.

Assim que você entra na BabyCakes, vem a pergunta: “Você tem alguma restrição alimentar?” Com base na resposta apresentam os doces disponíveis naquele dia que atendem as suas restrições. Escolhi um cookie sandwich sem glúten, sem lactose, sem ovos e sem soja, feito com açúcar mascavo e cacau, recheado com creme de morangos orgânicos. O melhor que já comi na vida!

Doughnut Plant

Vai aí um donut (ou doughnut) de chocolate Valrhona? Pois na Doughnut Plant tem. E tem de creme brulée (provei, uma delícia), de peanut butter & blackberry jelly (muito bom também) e por aí vai. Diferentes, leves, macios, fresquíssimos e deliciosos. Feitos com geléias de fabricação própria, sem gorduras trans, sem conservantes e sem sabores artificiais.

A Doughnut Plant é uma criação de Mark Israel, neto de padeiro que aproveitou a receita do avô para iniciar em Nova York uma fabriqueta de donuts. No início, Mark virava noites para produzir os donuts para lugares famosos da cidade como o Dean&Delucca e o Balducci’s, entre outros. Produzia de noite e logo cedo saía de bicicleta para entregar a produção. Logo a fama dos donuts do Mark se espalhou pela cidade, ele abriu o próprio ponto no Lower East Side e hoje tem até lojas no Japão. Este ano, inaugura um segundo ponto na cidade de Nova York no Chelsea Hotel.

Difícil escolher o que provar. Vá em grupo para poder provar diferentes sabores, vale a pena.

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Há vida inteligente após a Gap, a Abercrombie&Fitch e a Victoria Secret. Muito além do Zabar’s, do Whole Foods e do Dean&Deluca. São os mercados ou feiras livres de Nova York. Lindos, coloridos e variados, valem a visita mesmo que você dificilmente consiga trazer mais do que alguns temperos ou biscoitos embalados. Dá vontade de embarcar com os tomates, pimentões e abóboras, e até de trazer umas lagostas do Maine na mala de mão 😉

Union Square Market

Este mercado é apenas um entre as 50 feiras livres – 27 delas só em Manhattan – que são organizadas e montadas semanalmente na região pelo Greenmarket Farmers Market, programa abraçado pela organização sem fins lucrativos GrowNY. O Greenmarket tem duas missões: a primeira é promover a agricultura regional, dando oportunidade aos pequenos fazendeiros e famílias de Nova Jersey, Pennsylvannia, Nova York e Nova Inglaterra de vender direto ao consumidor o que é cultivado e produzido localmente. A segunda missão é garantir à população destas regiões o acesso a produtos mais frescos e nutritivos.

No site da associação há mais informações sobre como tudo começou, onde acontecem as feiras, quem são os produtores, etc. E os programas da GrowNY vão além. Ajudam a montar hortas e jardins comunitários em locais vazios nas vizinhanças, trabalham para estimular a reciclagem e organizar programas de coleta, oferecem programas de educação e treinamento em ações ecológicas. É muito, muito legal, mesmo.

O Union Square Market é a maior das feiras e o mercado-modelo do Greenmarket. São mais de 140 produtores participando, todas às 2ªs, 4ªs, 6ªs e sábados, entre 8h e 18h, na Union Square. Grande parte da produção é orgânica. É lá que muitos chefs badalados de Nova York vão bem cedo fazer compras pros seus restaurantes. E no mercado tem sempre degustações e demonstração de receitas, é só acompanhar o calendário no site. Atenção: no mercado não são aceitos cartões de crédito, apenas dinheiro vivo.

Outono, época das abóboras, um espetáculo à parte.

Uma amostra grátis de lavanda para perfumar o dia de todos que passam por lá.

Grand Central Market

Outro estilo de mercado, mas igualmente fantástico. Imaginem a alta rotatividade – e logo o frescor – dos alimentos em um mercado onde passam milhares de pessoas todos os dias. Pois este mercado fica dentro da estação de trem Grand Central na rua 42, em Manhattan. Bonito, limpo, compacto, fácil; tem produtos de qualidade, desde frutas, legumes e verduras até queijos, temperos e pratos prontos. Acho que seu eu morasse em NY e tivesse que comute todo dia por esta estação, ia falir rapidamente… rsrsrs!

O mercado da Grand Central é o único em Nova York que tem a Penzey’s Spices, excelente para comprar temperos, com boa variedade e preços razoáveis.

Também fica lá uma barraca da Murray’s Cheese e outra da Pescatore, que vende os mais incríveis peixes e frutos do mar. É de babar.

No site do mercado tem a lista completa dos fornecedores do Grand Central Market, vale dar uma olhada. Abre todos os dias, durante a semana das 7h às 21h, aos sábados das 10h às 19h e aos domingos das 11h às 18h. Passa lá!

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Como diria o Edu Luz, Nova York tem vários ‘sex shops’ ótimos 😉 E mesmo que seja só para encher os olhos e não para esvaziar a carteira, vale a pena andar por estes lugares. Comidinhas e objetos lindos, coloridos e diferentes. Aqui, os meus escolhidos nesta viagem: Williams-Sonoma, Sur La Table, Mackenzie-Childs, Anthropologie e Dean & Deluca – para vocês também se deliciarem.

WILLIAMS-SONOMA

A Williams Sonoma é provavelmente a loja de artigos de cozinha mais sofisticada de Nova York. Não é a loja mais barata para comprar gadgets de cozinha, mas ainda assim vale uma visita. São dois endereços, um no East Side e outro no Columbus Circle. Se você for ao segundo endereço não deixe de dar um pulo no Whole Foods, supermercado super bacana, com uma variedade grande de produtos naturais e orgânicos,  no subsolo do centro de compras onde fica a loja da Williams Sonoma. E dá para escolher a sua Le Creuset preferida 😉

O melhor da loja: uma forma da Le Creuset, com duas partes que se encaixam, própria para fazer tarte tatin.

SUR LA TABLE

Um pouco mais descolada do que a Williams Sonoma, a Sur La Table também é uma loja muito legal de gadgets de cozinha. Como ela fica no Soho, dá para incluir no mesmo passeio uma ida a Dean & Deluca e a Anthropology.

Os melhores da loja: uma estufa elétrica para temperos que pode ficar dentro da sua cozinha, chova ou faça sol…

… e estes óculos para cortar cebola sem choro!

MACKENZIE-CHILDS

A loja inteira parece uma casa de bonecas e é fácil passar desapercebida por ela. Mas não tem como não amar estas louças fofas e as mesas prepradas para o chá. Dá a impressão que a Alice no País das Maravilhas vai surgir a qualquer momento.

ANTHROPOLOGIE

A Anthropologie é minha loja predileta em Nova York. Vende roupas, objetos de casa e bijuterias, tudo super descolado. E a decoração é quase sempre bem original e diferente, como estes avestruzes de papel reciclado, um charme total.
Eles conseguem montar a decoração sempre com um mix lindo de estampas e cores.

DEAN & DELUCA

O Dean & Deluca no Soho é um supermercado luxuoso onde a gente encontra quase tudo o que quiser de comidas do dia-a-dia e diferentes. Balcões de carnes, peixes, queijos e pães; prateleiras completas de temperos, azeites, chás e chocolates. Frutas e verduras fresquinhas e no fundo alguns objetos de cozinha.

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Estive recentemente em Nova York e em Chicago. Nova York não foi novidade, mas valeu como sempre pela incrível mistura de pessoas e coisas diferentes que a gente encontra por lá. Bati muita perna, inclusive por lugares onde ainda não tinha ido com calma, como os bairros do Chelsea e do West Village, e repeti como sempre faço um dos museus, desta vez o MoMA. Também tivemos a oportunidade de sair para jantar com um casal simpatíssimo que conheci via Twitter, a @Marcie14 e o Ciro.

Tem muito para falar sobre o que vi e comi em Nova York. Mas vou começar pela sobremesa 🙂 A seguir, os meus doces prediletos da viagem. Enjoy!

NEW YORK-STYLE CHEESECAKE

A lista de doces delícias começa pelo mais antigo e tradicional. Dizem que o cheesecake do Lindy’s , uma receita da família do Leo “Lindy” Lindermann, originou o NewYork-style cheesecake, provavelmente o mais famoso e mais imitado cheesecake do mundo. A receita nasceu no restaurante Lindy’s original, que abriu em NY nos anos 20, depois fechou, reabriu, e hoje pertence ao grupo Riese Restaurants. O Lindy’s fica perto da Times Square. Nunca comi o original, a versão moderna é mais controversa, principalmente pelo preço (US$ 8 a fatia!), mas posso dizer que de fato é uma de-lí-cia.

Para os entusiastas desta sobremesa, outros lugares em NY famosos por servir um excelente cheesecake: Carnegie Deli, Junior’s, The Cheesecake Factory e Magnolia Bakery (ver abaixo).

CUPCAKES

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A Magnolia Bakery, confeitaria pequena e com cara de casa da gente no West Village (hoje ela tem mais duas filiais em Manhattan), praticamente dispensa apresentações. Cupcakes estão super na moda em NY, e os da Magnolia Bakery são as estrelas entre os bolinhos. A Carrie e a Miranda já apareceram em um episódio de Sex and The City devorando cupcakes na Magnolia Bakery e até a Suri (Katie Homes/Tom Cruise) foi fotografada em uma sequência de fotos fofas em uma revista da moda, se lambuzando e se deliciando com seu cupcake de chocolate de lá :-p

Tem época em que a fila na porta dobra o quarteirão, não é à toa que eles colocaram lá dentro um aviso limitando o número de cupcakes por pessoa!

Não peguei fila, mas no tempo em que fiquei lá olhando, tirando fotos e saboreando meu cupcake de banana e cobertura de caramelo e meu cheesecake de limão, foram embora em segundos três fornadas de cupcakes! Na Magnolia comi o MELHOR cheesecake de limão da minha vida. Este não tem nem foto, pois quando fico assim emocionada esqueço da máquina – quando lembrei já tinha comido quase todo e a foto ia sair muito feia.

Os cupcakes da Magnolia vêm assim em uma caixinha fofa com 6 buracos de papelão para encaixar os bolinhos e não deixá-los cair.

ARROZ DOCE? COMO ASSIM?

Pois é… não é que tem arroz doce em NY e é super cool? Chamado por eles de rice pudding (de fato, é mais um pudim cremoso de arroz do que arroz doce em si, já que a textura é de um creme com alguns grãos de arroz no meio), ele vem puro ou misturado em vários sabores, com coberturas também variadas à escolha, no Rice to Riches no Soho.

São quatro tamanhos (sendo que o pequeno para uma pessoa já é uma porção enorme, como quase todas nos EUA) e no site eles prometem entregar em qualquer lugar dos Estados Unidos de um dia para o outro!

O que eu provei, de French Toast com uma cobertura de pedacinhos de bolo, era uma delícia. Para os adoradores de arroz doce, como eu, um prato cheio 🙂 Levei um “para viagem” para o Mike e ele amou, devorou em alguns segundos.

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