Muito já se falou sobre Inhotim. Assim, quem quiser relatos detalhados das alternativas de transporte e de opções para se hospedar durante este passeio, sugiro dar uma lida neste post do Viaje na Viagem. Aqui vou dar minhas dicas de como aproveitar melhor o passeio com estes viajantes curiosos, incansáveis e que vivem em busca de aventuras: os filhos adolescentes.
Quando ir?
Inhotim é um museu ao ar livre, logo a gente se locomove a pé por todo o parque, mesmo aproveitando o transporte nos ‘carrinhos de golf’ em alguns trechos. Claro que no verão fica mais difícil e sofrido caminhar no calor. O ideal é ir entre os meses de março e outubro.
Quanto tempo ficar?
Como já disse neste post, acho que um dia de Inhotim com adolescentes é suficiente. Eles têm energia para andar e ver tudo, não param quietos, passam rapidamente por aquilo que não chama sua atenção e ficam mais tempo em algumas obras somente. Não querem parar para fazer um lauto almoço e preferem mesmo um cachorro-quente ou uma pizza. Também não fazem o tipo contemplativo de jardins e pássaros 😀 Assim, por mais que eles gostem, a novidade se esgota em um dia mesmo.
Onde ficar?
Até porque optamos por ficar um dia apenas em Inhotim, achamos melhor nos hospedarmos em Belo Horizonte. Em BH há uma oferta muito maior de hotéis com bom custo-benefício. A hospedagem perto do parque é mais cara e mais precária. Vale a pena mesmo para quem está fazendo um passeio mais preguiçoso, curtindo o campo. Ou pra quem está vindo de outra cidade, como por exemplo de Tiradentes, e vai fazer uma parada no caminho em Inhotim antes de seguir para Belo Horizonte. Os meus adolescentes curtiram muito ficar em BH e visitar o Mineirão, os museus, o Mercado Central. Não nos arrependemos da decisão.
Como ir?
Com mais gente (éramos quatro) acaba valendo a pena alugar um carro para ir a Inhotim. De carro são 60 km e levamos cerca de uma hora para ir e uma hora para voltar. No site do Instituto Inhotim há um mapa explicando como chegar e suas instruções funcionam direitinho. O caminho pela BR381 é o mais rápido e a estrada é boa. Mesmo o trecho sem asfalto já perto do parque não oferece grandes complicações. No local há um amplo estacionamento.
O que vestir e o que levar?
É fundamental usar um sapato confortável. A gente anda o dia inteiro, mesmo! É bom levar um chapéu ou boné, óculos escuros, muito filtro solar e, para os mais sensíveis, repelente de insetos. E roupa de banho e toalha! Não vou dizer porque, é surpresa 🙂 O ideal é ter apenas uma mochila para o mais forte carregar nas costas os pertences de todos, incluindo chave do carro, documentos, carteira, filtro solar, repelente, garrafinha de água, máquina fotográfica, toalha, etc. Se tiver previsão de chuva é bom levar capa de chuva para os adolescentes e guarda-chuva portátil e levinho para os adultos. Mas se a previsão não falar em chuva não se preocupe, porque em Inhotim há guarda-chuvas para empréstimo em todas as galerias, que servem muito bem para uma emergência.
O que e onde comer?
Há restaurantes muito gostosos em Inhotim, porém, seguindo a vontade dos meninos e com a agenda apertada, optamos por um almoço rápido de pizza no meio do caminho. A pizza e o cachorro-quente são gostosos e os locais com mesinhas simples são agradáveis. Lembrem-se que optar por um dos restaurantes significa voltar, às vezes de longe, usando o carrinho ou caminhando, o que pode atrasar bastante o passeio de apenas um dia.
Como visitar o parque?
O parque é para ser visitado a pé, mas como o local é bem amplo e há um trecho de subida, há a possibilidade de pagar para usar o transporte em ‘carrinhos de golf’ (carros elétricos abertos) em alguns trechos apenas. Pelos caminhos estão galerias fechadas que contêm uma ou mais salas/obras e também obras ao ar livre. Há lindos jardins, sempre com bancos ou mesas com cadeiras para descanso. O ideal é pegar o mapa do local e seguir as trilhas uma de cada vez, curtindo o que há pelo caminho. Há banheiros e lanchonetes por todo o parque.
Para otimizar nossa visita compramos os ingressos pela internet, já com o transporte nos ‘carrinhos de golf’ incluído. Chegamos ao parque na hora da abertura, às 9h30, e saímos às 17h, meia hora antes do fechamento. Para quem vai ficar só um dia no parque, é fundamental: a) chegar cedo e b) comprar o direito de usar o transporte do parque para chegar mais rapidamente nas obras mais afastadas.
Afinal, o que ver em Inhotim?
Quando resolvemos ir a Inhotim, seguimos o conselho de familiares e amigos e não pesquisamos nada sobre o acervo do parque. No máximo alguma coisa sobre a criação de Inhotim, a origem do nome, etc. E valeu a pena! Acredito que as surpresas são essenciais para dar um colorido à visita ao parque, especialmente com adolescentes curiosos e que buscam experiências surpreendentes 🙂 Se quiser mesmo saber mais, os blogs Viaggiando, Vambora! e Turomaquia dão informações detalhadas sobre as obras que compõem o acervo.
Mesmo sendo a favor das surpresas, é interessante destacar por alto aquilo que agradou mais e o que agradou menos os adolescentes. Na opinião dos meninos, não dá para perder as galerias do Doug Aitken, da Mata (eles adoraram a última sala de vidro e o filme que mostra as línguas já extintas ou em extinção), a Cildo Meirelles, a Valeska Soares, a galeria da Praça e a preferida de todas, a Cosmococa. Também curtiram muito o jardim e a piscina de alfabeto da Marilá Dardot e o telescópio da Dominique Gonzalez-Foerster. A área do lago atrás da Recepção foi deixada por último e considerada pelos meninos o trecho mais sem graça. A galeria do Miguel Rio Branco, é sempre bom lembrar, é imprópria para crianças.
Mais não digo porque as experiências dos adolescentes, assim como dos adultos e até das crianças, varia muito. Melhor não estragar as surpresas. Vá sem preconceito, explore tudo e aproveite muito 😀