As principais cidades da Toscana – e imperdíveis na minha opinião – são San Gimignano, Siena e Firenze.

San Gimignano

San Gimignano é a menor das três cidades e dá facilmente para um dia ou mesmo uma tarde de passeio. Estacione e entre pela Porta San Giovanni e siga nesta via até a igreja de Santo Agostino. No caminho, tome um café ou um sorvete na Piazza della Cisterna – aliás, o melhor sorvete que tomei na Itália desta vez. Continue até a Piazza del Duomo e visite a catedral da cidade, a Collegiata. Ao lado da igreja, uma feirinha de ‘pulgas’ bacaninha. Suba na Torre Grossa para uma vista linda da cidade e dos arredores. Outros passeios na cidade: Galeria Gagliardi e Museo della Tortura, para quem curte. San Gimignano tem muitas lojinhas ‘gourmets’ de queijos, frios, massas, molhos, azeites e vinhos. Como nós ficamos em um hotel com quarto com cozinha equipada, aproveitamos para comprar uma massa, um molho e um bom queijo parmesão e brincar de cozinheiros no hotel mesmo 🙂 Ou então fique por lá mesmo: San Gimignano é uma cidade perfeita para curtir o fim de tarde e o anoitecer.

(E as frutas vermelhas? Provei groselhas frescas pela primeira vez na vida. E as cerejas?? Praticamente todos os dias comprávamos cerejas e comíamos de baciada. Para quem está acostumado com cerejas a preço de ouro no Brasil, um paraíso. No caminho da volta para o hotel, achamos ainda uma cerejeira carregada de frutas e paramos o carro para comer cereja no pé.)

Siena

Siena, para mim, é uma mini Firenze e vale a pena passar ao menos uma noite lá para curtir o entardecer e anoitecer. Se puder, fique em um hotel dentro da cidade e aproveite para andar a esmo, explorando ruas, becos e vielas. Cada hora do dia o sol bate de uma forma nas paredes de pedra e assim a cidade ora tem cores frescas, ora tem cores douradas, uma lindeza.

A praça principal, Il Campo, é impressionante. Visite o Palazzo Pubblico, um palácio gótico que tem salas lindas e onde acontecem muitos casamentos :o) Suba na Torre del Mangia para ter uma vista incrível da cidade e dos campos ao redor. O Duomo de Siena é das igrejas mais bonitas da região, imperdível. Visite também o Battistero atrás do Duomo e se tiver tempo o Museo della Opera Metropolitana. Dentro dele há um mirante que não é tão alto como a Torre del Mangia mas oferece também uma vista bem bonita da cidade. Na frente do Duomo, a igreja de Santa Maria della Scala é muito interessante, principalmente pelas recentes escavações feitas debaixo da igreja. Há capelas e salas do antigo hospital com afrescos lindos, uma igreja subterrânea, corredores e um pátio descobertos recentemente. Gostamos muito da Pinacoteca Nazionale, que por ser um museu pequeno e vazio permite que apreciemos as obras muito mais de perto e com muito mais calma que nos grandes museus. De resto explore os detalhes das portas e outras surpresas que aparecem na cidade.

A cidade tem muitas lojinhas de cerâmicas, gravuras, souvenirs e também lojas de roupas, sapatos e bolsas para quem está na vibe ‘shopping’. Tomamos um sorvete maravilhoso na Grom e comemos doces típicos muito bem feitos na Nalinni. Em Siena fica a Enoteca Italiana, único wine bar ‘público’ da Itália, dentro da fortaleza dos Médici. Degustamos vinhos e depois jantamos na Enoteca e não achamos nada de especial. Comemos muito melhor na pizzaria Il Pomodorino, frequentada mais por locais do que por turistas.

A 20 km de Siena fica Monteriggioni, uma microcidade medieval que, como diz o guia Frommer’s, “nem Disney faria melhor”. Um cidadezinha de duas ruas, cercada por muralhas e por torres, está tão bem preservada que sua foto é uma das que mais ilustra os cartões postais da Toscana. A cidade foi imortalizada na “Divina Comédia” de Dante Alighieri, que fala de suas 14 torres. Muita gente gosta, mas nós não achamos graça em Monteriggioni, que parece mesmo uma ‘Disney’ para turista ver. E bem mais bonita de longe do que por dentro.

Vale mais a pena visitar, perto de Siena, a Abazzia de Monte Oliveto Maggiore. Esta abadia fica a 36 km de Siena e, se você tiver tempo, passe por lá. O lugar é lindo e por estar ainda em funcionamento tem toda uma atmosfera de calma e tranquilidade. O claustro tem afrescos lindos, a biblioteca é interessante e ainda de lambuja vimos um dos monges preparando o almoço dos monges no refeitório. Na antiga cantina, um senhor muito simpático nos mostrou a antiga adega onde se armazenavam vinhos, azeites e alimentos, explicando ainda como era feita a captação de água para o mosteiro.

Firenze

Firenze tem tanta, mas tanta coisa para ver que nossos dois dias inteiros na cidade não foram suficientes. Assim, diria que o imperdível, para mim, são os seguintes passeios: Piazza della Signoria com Uffizi e Palazzio Vecchio, Ponte Vecchio e Palazzo Pitti, Piazza del Duomo com o Duomo, o Battistero e a Campanille (torre do sino); a Chiesa di San Lorenzo não tanto pela igreja mas pelas Cappelle Medicee e pela Biblioteca Medicea Laurenziana; e a Galleria dell’ Accademia. Outros passeios interessantes: Chiesa di Santa Maria Novella, Chiesa di Santa Croce, San Marco e o Palazzo Medici-Ricardi.

Tanto o Uffizi como a Accademia tem filas imensas. O ideal é comprar os ingressos antecipadamente pela internet, com reserva de horário marcado. Dá para comprar com reserva também nos próprios locais, a qualquer hora. Mas vale a pena para quem curte arte. Fomos ao Uffizi logo de manhã cedo, quando o museu é mais vazio. Na Galleria dell’ Accademia está o Davi original e sim, valeu a pena vê-lo e não ficar só com a réplica, achamos o original muito mais bonito e de quebra vimos as esculturas inacabadas de Michelangelo.

O Palazzo Pitti é lindo e bem completo. Há a Galleria Palatina, os quartos do palácio que rivalizam com Versalhes, o Giardino di Boboli. Como estávamos hospedados no centro histórico, passamos pela Ponte Vecchio a caminho do Palazzo Pitti. Linda! Repare nos cadeados presos nas ferragens da fonte: diz a lenda que dá pra amarrar bem o amor ali :o) Hoje em dia é proibido colocar novos cadeados no local, sob pena de uma multa altíssima.

O Duomo também tem filas imensas, Vá cedo! E não perca o Battistero na frente, mais vazio. As capelas mediceias na San Lorenzo são incríveis. Se conseguir, pois o horário é apertado, visite a Biblioteca. Perto da igreja de Santa Maria Novella fica a Farmacia Santa Maria Novella, que vale uma visita. Além de ser um museu e ter salas antigas preservadas, vende os produtos da marca, que são deliciosos. Perto, tem o Mercado Central para quem gosta deste tipo de programa.

Por último mas não menos importante, se estiver de carro ao entrar na cidade é obrigatório passar pelo mirante da Passeggiata ai Colli. A Piazzale Michelangiolo tem, de longe, a melhor vista da cidade. Imperdível mesmo. Se der tempo, visite a igreja de San Miniato al Monte no mesmo local.

Em Firenze comemos muito bem na Trattoria dei Quattri Leoni. Outros restaurantes indicados: Trattoria Za Za e Paoli. Tomamos um sorvete divino na Cantina del Gelato.

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12 Comentários
  1. Ai que vontade que dá…

  2. Lu, eu tb fui na Abazzia de Monte Oliveto Maggiore !!! Lindo la !

    Deu saudade da Toscana c esses teus posts !!!

  3. Ai, saudadíssimas da Toscana!!!!

  4. Com direito a casório e tudo, muito lindo 🙂

  5. Lu, vamos para a Toscana em setembro. Lendo seu comentários fico com água na boca….. bjs

  6. Excelente reportagem, das zonas de Itália que visitei foi a que gostei mais, mas não consegui ver tudo 🙂 um sitio a voltar 🙂

  7. Lu, delicia de post. Muito accurate.

  8. Pronto! Acabei de viajar com você pela Toscana! Onde eu pago a passagem?
    Parabéns. Posts perfeitos de uma viagem linda!

  9. Oi,estou encantada com seu blog…tudo explicadinho,pretendo fazer essa viagem e gostaria de saber se dá para ir sem carro,tem alguma condução pra percorrer,ou tem guia para nos levar?obrigada e parabéns !

    • Oi Marta! Em todas estas cidades dá para chegar de trem, é bem tranquilo. E dentro delas dá para caminhar. Pode ir sem carro, sim. Apenas escolha uma cidade-base para se hospedar, bem central, como Firenze. De lá dá para ir a todos estes lugares 🙂 Boa viagem!

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