Viewing entries in the category restaurantes

Sempre reluto em fazer posts com indicações de restaurantes. Porque eles abrem e fecham, entram e saem de moda, melhoram e pioram. E assim fica difícil fazer um post que seja mais atemporal, como eu gosto. Abri honrosas exceções para Buenos Aires e abrirei também para Nova York, já que muita gente me pede indicações de lugares para comer nesta cidade.

Assim, resolvi fazer um apanhado de sugestões para almoçar e para jantar. O post de hoje é da hora do almoço.  Sugestões variadas, que caibam em diversos gostos e bolsos também. Lugares visitados por mim e por amigos que foram à cidade.

Aproveitem!

RESTAURANTES

Estas sugestões são para aqueles que não abrem mão de sentar e almoçar com mais calma ~$$ ~, descansando da correria do dia em Nova York.  O Balthazar, no Soho, não tem erro.  O ambiente é agradável e é sempre gostoso para comer uma salada ou um prato rápido. Gosto especialmente de pedir o steak tartar. Outra boa opção no bairro é o Le Pain Quotidien, com sanduíches e pratos rápidos feitos com ingredientes orgânicos e super frescos.

Um lugar gostoso vizinho ao Soho para comer uma boa massa e de sobremesa provar o melhor cheesecake / ricotta tart que já comi na vida é o Pepolino. Conheci este restaurante através da @Marcie14 e quase sempre que vou a Nova York gosto de voltar lá por esta sobremesa divina. Gostei tanto dela que fiz até a minha versão da receita em casa, publicada aqui. 🙂 Para um bom hambúrguer ou outro prato de carne na mesma vizinhança, fique com o Blue Ribbon, um favorito local.

Nas vizinhanças, no Lower East Side, a tradicional Kat’z Deli onde Harry encontrou Sally 🙂 Peça o sanduíche de pastrami, clássico.

Mais para cima, na região da Union Square, dois outros lugares onde não tem erro comer: o Union Square Cafe e o Blue Water Grill, gostoso para comer peixes e frutos do mar.  São ótimos lugares para jantar, também.

Chegando a Times Square, os restaurantes que mais agradam às crianças: o Hard Rock Cafe e o Planet Hollywood.

Quase no Central Park, dois museus bacanas têm bons restaurantes para almoçar. O primeiro deles, o The Modern, fica no MoMA e é bonito, gostoso e caro.  O segundo, o Robert, fica no Museum of Arts and Design e é um achado da @carmemsil e da @anamdo, com sua vista para o Central Park e um menu executivo que fica abaixo dos 30 dólares.

No Uptown, um lugar muito bacana que também conheci através da @Marcie14, o E.A.T.  Uma mistura de mercadinho gourmet com restaurante, pouco frequentado por turistas, tem várias opções de sopas, saladas e sanduíches, tudo caprichado e gostoso. E, de lambuja, você pode encontrar o Paul McCartney almoçando do seu lado, como foi o nosso caso 😀

MERCADOS GOURMET

Já falei destes dois mercados neste post, mas eles aparecem aqui porque são uma tremenda alternativa para quem não quer gastar muito em um restaurante, mas ainda quer comer  muuuuuito bem e, de quebra, visitar banquinhas de comidas e produtos gourmet variados. O primeiro deles, já bem conhecido dos brasileiros que vão a Nova York, é o Eataly. Mistura de mercado, feira e restaurante, é uma delícia passear e comer neste lugar. Há uma variedade grande de ofertas e a comida é muito gostosa, feita com os ingredientes à venda nas barraquinhas do local. Outro lugar para comer bem é o Plaza Food Hall. Escondido no subsolo do Plaza Hotel na beira do Central Park, é uma grande ‘praça de alimentação chique’, onde é possível comer de sushi a hambúrguer, passando por ostras frescas e massas. Ao lado, diversas banquinhas de doces divinos. Vale a experiência de comer pelo menos uma vez em um destes lugares.

FASTFOOD

Existe ‘vida inteligente’ nos fastfoods de Nova York: o Così.  De Downtown a Midtown, há diversas unidades deste local gostoso e charmoso. Para mim, o melhor fastfood da cidade. As saladas são uma delícia e ótima pedida para um dia de calor e pressa. Prove a Signature Salad, minha predileta, com folhas verdes, uva, pera, cranberries secas, pistaches e gorgonzola, acompanhada de vinagrete de sherry.

Mistura de fastfood com comida de rua, outro muito bom é o Shake Shack. Com alguns endereços espalhados na cidade, mesmo com poucas mesas geralmente ao ar livre, vale a pena tentar provar um dos hambúrgueres mais aclamados pelo público.

STREET FOOD

Costumo dizer que comer na rua, não só em Nova York como em outros lugares, é só para os fortes 🙂 Isto porque a comida geralmente vem numa embalagem plástica nada atraente, dificilmente você vai encontrar um lugar para sentar com conforto e apreciar seu prato. Ou seja, é ideal para quem não liga para estes ~pequenos ~ detalhes e vai comer comida de qualidade por um preço muuuuito bom. Tanto nos caminhões – food trucks – como nos carrinhos de rua – food carts – há inúmeras surpresas agradáveis. Testei alguns food carts famosos e tradicionais no Midtown nesta última viagem. Semana que vem, conto mais para vocês sobre esta experiência 🙂

E as suas sugestões para almoçar em Nova York, quais são?

 

Share

Comemos muito bem na Toscana. Pratos simples ou sofisticados, quase sempre deliciosos. Mas alguns restaurantes se destacaram na viagem. Uns pela comida, outros pelo ambiente e outros ainda pelas inovações e criatividade. E é sobre eles que vou contar.

O sofisticado: Albergaccio di Castellina (em Castellina in Chianti)

Fomos ao Albergaccio di Castellina atraídos pela sua ‘uma estrela’ no guia Michelin e porque ele coincidentemente ficava na cidade do nosso hotel. E valeu a pena, embora o preço tenha sido meio salgado pela dita estrela.

>Um lugar lindo, charmoso, tranquilo, agradável sem ser luxuoso, com serviço impecável. Almoçamos na varanda do restaurante um menu da estação, que foi uma pausa merecida no roteiro do vendaval das vinícolas. O Albergaccio é um restaurante de comida típica toscana, que aproveita os ingredientes da estação e valoriza os produtos locais. Seus menus mudam sempre e são compostos por variedades de pratos tradicionais com o toque especial dos donos, Sonia e Francesco.

Nosso menu, que tinha o poético nome de “Sapori, colori e profumi della Primavera”, tinha quatro pratos: para começar um tartar de vitela Chianina, perfumado com gengibre, parmesão e alcachofras. Como primeiro prato um spaghetti com aspargos selvagens sobre um fondue de queijo parmesão com um toque de açafrão. Como segundo prato, uma caçarola de coelho ao vinho, alho e alecrim, com alcachofras grelhadas e seu fígado ao Vin Santo. Por fim, um creme brulée com morangos flambados. Pães da casa e um mini minestrone no couvert, mini docinhos com o café.

O tradicional: Antica Trattoria La Toppa (em San Donato in Poggio)

A Antica Trattoria La Toppa está aqui por ter representado um dos melhores momentos ‘emotivos-gastronômicos’ da viagem. Uma noite em que estávamos super cansados por mais de três horas de viagem e passeios em vinícolas, fomos mesmo porque o restaurante tinha sido muito recomendado por um casal de franceses gourmets amigos do Jacques e principalmente porque havia sido reservado com antecedência. E foi a melhor coisa que fizemos.

Engraçado que o salão do restaurante estava completamente vazio. Em compensação, as mesas na rua (sim, porque não há calçadas em San Donato in Poggio, mas ruas estreitas onde os poucos carros dividem o espaço com os pedestres e as lambretas) estavam lotadas. Fomos agraciados com um clima muito ameno numa noite linda, com a atmosfera perfeita da iluminação do La Toppa sobre as pedras e as construções antigas da cidade.

Fomos recebidos muito calorosamente pelo dono do restaurante e por seu filho, que descreveu os pratos que a mãe preparou naquele dia. E não que a comida era deliciosa? Começamos com uma variedade de massas, entre as quais o típico pici al cinghiale, um pappardelle con funghi e o me-lhor ravióli de espinafre e ricota que já comi na vida, regado a um simples molho de manteiga e sálvia. Como prato principal, porco assado com batatas ao alecrim e espinafre refogado. Também um dos melhores pratos da viagem. Foi uma noite impecável, perfeita e que deixou saudades, em todos os sentidos. Quem passar pela região do Chianti, não deixe de ir ao La Toppa.

O completo: Taverna Banfi (em Montalcino)

SelecionamosLa Taverna do Castello Banfi para o almoço na volta da vinícola Biondi Santi Tenuta Greppo. E foi uma escolha super acertada. Além dos dois restaurantes (Il Ristorante, ‘estrelado’ e mais sofisticado e La Taverna, mais despojada), Banfi tem um castelo histórico restaurado que fica em um jardim bonito, uma vinícola, uma adega e uma balsameria (onde ficam armazenados os vinagres balsâmicos), um museu de objetos de vidro antigos e uma boa enoteca com guloseimas e vinhos a bons preços.

Ambos os restaurantes em Banfi são muito procurados e tivemos que reservar – e pagar uma parte – antes de irmos para a Itália. A Taverna envia opções de menus de três, quatro ou cinco pratos para escolha antecipada.

>Depois de um aperitivo na enoteca fomos para o restaurante, onde foi servido o menu de quatro pratos, acompanhados dos vinhos Banfi. De entrada um flan de ricota e abobrinha ao molho de queijo pecorino, um prato de textura delicada e muito sabor, delicioso mesmo. Acompanhou um vinho muito gostoso, o Centine Bianco 2010. Como primeiro prato, um fusilli caseiro com aspargos e lingüiças, acompanhado de um Rosso di Montalcino 2009. Em seguida, porco assado com batatas ao alecrim que rivalizou com o prato do La Toppa, com o Brunelo di Montacino do Castello. De sobremesa, a que foi eleita a melhor da viagem, uma Pinolata Senese, torta recheada com creme de baunilha e coberta com pinoli, acompanhada do FloruS Moscadello di Montalcino 2008. Refeição memorável. A vinícola é bastante turística, mas vale a pena considerar o Castello Banfi em um roteiro de viagem a Toscana.

O diferente: Antica Macelleria Cecchini (em Panzano in Chianti)

A refeição mais curiosa, mas não menos deliciosa da viagem, foi no Dario+, restaurante que abre para o almoço no segundo andar de um dos açougues mais badalados do mundo gastronômico, a Antica Macelleria Cecchini do açougueiro Dario Cecchini.

A Macelleria Cecchini é hoje um ponto turístico: sábado pela manhã e Dario está lá, recebendo os clientes – e as dezenas de turistas – no seu açougue na cidadezinha de Panzano in Chianti. Difícil ver alguém com tanta paixão pelo que faz. Alegre, bem humorado, carismático. Dario recebe as pessoas com música italiana e chamando-as para dentro do açougue, cumprimentando todos e servindo nacos de porchetta que ele vai fatiando na hora, junto com pão, azeitonas, salame, pasta de lardo e um copo de vinho Chianti. Quando o açougue esvazia um pouco, Dario conversa e responde às dúvidas dos clientes/turistas.

Dario herdou o negócio do seu pai Tullio, que herdou do seu avô também Dario e este do bisavô, Luigi. Mas o Dario neto explica que embora tenha herdado o negócio da família e venha de uma geração de antigos açougueiros, ele é ‘um açougueiro dos tempos de hoje’. Daí surgiu a ideia dos restaurantes. É através deles que Dario melhor conceitua seu trabalho. Nas palavras dele: “Não sou um chef ou um cozinheiro, mas um açougueiro que cozinha. Desta forma, explico melhor e com mais resultado o meu trabalho”.

Ele tem três propostas diferentes no seu restaurante, que funciona no segundo andar do açougue e cujo caminho para chegar a ele passa por dentro do açougue propriamente dito. Durante o dia, funciona o Dario+, que serve dois menus de almoço. À noite, funciona no mesmo local, em dias e horários alternados, a Officina della Bistecca, quando Dario serve a famosa bistecca Fiorentina e outros pratos peso-pesados de carne e o Sollo Ciccia, quando é servido um menu de comida caseira da cozinha ‘da família’. À noite, convém reservar lugar no restaurante. No almoço já é mais tranqüilo, chegamos cedo e não tivemos problemas para sentar imediatamente.

A ideia do Dario+ é oferecer comida boa a preço justo. O primeiro menu brinca com a ideia de um ‘fast food bom’ e o segundo procura mostrar as especialidades do açougue. No menu Dario + ele serve um hambúrguer suculento de 250 g, acompanhado de batatas ao forno com sálvia e alho, uma salada e um pão crocante e fresquíssimo. No menu Accoglienza, quatro variedades de carnes: o sushi di Chianti, um tartar; o tonno Del Chianti que é uma carne de porco desfiada e bem temperada que supostamente ‘lembra’ atum, a porchetta em cubos e o cosimino, almôndegas em cubos com um molhinho picante. Tudo muito saboroso!

Share
< 1 2