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Perto de Nova York, Washington também tem programas legais para as crianças. Desde os passeios ao ar livre até os museus, as duas cidades fazem uma boa dobradinha para uma viagem bacana.

MUSEUS

A Fundação Smithsonian é de tirar o chapéu. Maior complexo de museus e centros de pesquisa do mundo, só em Washington tem 19 museus e galerias e ainda o zoológico, que ficam abertos o ano todo (só fecham nos dias 25 e 31 de dezembro) e cuja entrada é gratuita. A maioria dos museus está no National Mall, lado a lado ao longo da Independence Ave, o que facilita muito ir a pé de um ao outro. Muitos dos museus têm ainda jardins lindos e com atrações interessantes como esculturas, exposições de plantas e borboletas, pista de patinação no inverno, etc. Entre os museus, os mais legais para as crianças são o Natural History Museum e o Air and Space Museum. Todos os museus funcionam das 10h às 17h30. Ah! Recomendo aos pais que forem levar seus filhos aos museus Smithsonian que assistam junto com as crianças, antes de viajar, o filme Uma Noite no Museu 2 🙂 Outra dica! Dêem uma paradinha nas lojinhas dos museus, estão aí compras que valem a pena: jogos educativos, globos terrestres, comida de astronauta, livros bacanas e outras coisitas mas.

Air and Space Museum

Além das diversas naves espaciais, foguetes, mísseis e aviões originais e réplicas, as exibições permanentes do museu são didáticas e super atraentes mesmo para crianças pequenas e que não falam inglês. O cinema Imax, o planetário e o simulador de vôo servem como boas distrações para dar uma paradinha entre as exibições do museu. Programa imperdível, em especial para os meninos.

Natural History Museum

As crianças vão amar os bichos empalhados em seus habitats e costumes, a baleia gigante no setor dos bichos marinhos, os esqueletos de dinossauros, os insetos; enfim, atrações legais não faltam neste museu, que também tem um cinema Imax.

Se sobrar tempo, visite também o American History Museum (entre outros objetos da cultura popular americana, uma casa de bonecas com 800 itens agrada as meninas) e o American Indian Museum(os meninos adoram as ocas, armas e instrumentos indígenas).

 

Outros museus que não fazem parte da Fundação Smithsonian

National Gallery of Art

Vizinha aos museus Smithsonian, a National Gallery é para as crianças mais velhas ou mesmo para as pequenas, que vão gostar dos móbiles de Alexander Calder e de outras obras modernas. Fecha apenas nos dias 25 de dezembro e 1º de janeiro e funciona das 11h às 18h. Ao lado do prédio, um jardim de esculturas e a pista de patinação no gelo, que funciona de novembro a março e faz sucesso com as crianças.

Spy Museum

Mais para crianças maiores, o Spy Museum é um museu com atrações interativas que mostra a vida, os objetos e as ações dos espiões, em especial da época da Guerra Fria. O museu oferece tours de espionagem pela cidade com ex-agentes, de dia e de noite. Recomenda-se comprar os ingressos com antecedência. Mais informações sobre preços, datas e horários de funcionamento no site do museu. Em tempo: esta foi uma das lojas de museu mais legais onde já fui! Reserve um tempo para dar uma olhada na coleção de livros e filmes de espionagem, objetos vintage, gadgets de viagem, brinquedos e outros.

PASSEIOS AO AR LIVRE

Tour pelos prédios, monumentos e memoriais

Mesmo que a realidade americana seja muito diferente da nossa, vale a pena levar as crianças maiores para conhecer os memoriais e entender um pouco mais da cultura, neste caso militar e política, dos americanos. Como alguns lugares são mais longe e quase sempre é difícil estacionar perto dos memoriais e prédios públicos, o ideal é fazer este tour com alguma empresa especializada. Mas também é possível alugar um carro por um dia para ir de um ponto a outro e usar os bolsões de estacionamento, ou então – alternativa mais cara mas que compensa em alguns casos – combinar o passeio com um taxista, que pode levar a família de um ponto a outro.

Minha sugestão é começar pelo Arlington National Cemetery, o cemitério dos heróis de guerra, onde dá para visitar o túmulo dos Kennedy e ver a troca da guarda. Em seguida, pegar o carro e passar pelo Pentágono, onde hoje há um memorial para as vítimas do 11 de Setembro. Cruzando o rio, a próxima parada é o Lincoln Memorial. A partir daí, dá para ir a pé até o Vietnam Veterans Memorial e o Korean War Veterans Memorial. Pegar o carro novamente e estacionar vizinho ao Thomas Jefferson Memorial. De lá, ir a pé ao Franklin Delano Roosevelt Memorial, um dos mais interessantes e completos. A visita termina no National World War II Memorial, bem em frente ao Washington Monument.

Além destes, é interessante passar pelo Capitólio e pela Casa Branca. É possível visitar algumas dependências do Capitólio e da Casa Branca; porém, depois do 11 de Setembro, as exigências aumentaram e é necessário reservar previamente online a visita. No caso da Casa Branca, com não menos que 30 dias de antecedência.

Duck Tour

O passeio por Washington em um veículo anfíbio “Duck” da Segunda Guerra Mundial é um dos mais populares na cidade. O tour sai da Union Station, diariamente e de hora em hora, entre 10h e 16h. Durante 90 minutos, passa pelos pontos mais interessantes da cidade, andando por terra e pelo rio. Vale a pena! Como é muito procurado, é interessante comprar os bilhetes com antecedência pela internet. Infelizmente não funciona entre novembro e março.

National Zoo

Como o zoológico é bem grande, o ideal para quem tem crianças pequenas é programar a visita e ir direto aos bichos que mais interessam. Os mais populares são os pandas gigantes, gorilas, elefantes, orangotangos, leões e tigres. Uma réplica da floresta Amazônica também agrada bastante os pequenos visitantes. Entre os meses de abril e outubro, abre diariamente das 10h às 18h. De novembro a março, fecha às 16h30.

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Nova York é uma cidade muito legal não só para adultos como para crianças também. Fiquei impressionada com a disposição dos meus filhos de andar a pé, de querer descobrir novidades, de se encantar com a diversidade de pessoas e coisas nas ruas. Programa perfeito para todas as idades! Aqui, assim como neste post sobre Londres, procuro mostrar os programas infantis mais compatíveis com o frio, já que visitar uma cidade do Hemisfério Norte no verão ou no inverno são experiências totalmente diferentes. Boa viagem 🙂

Statue of Liberty/Wall Street Bull

A Estátua da Liberdade é aquele típico monumento que é mais bonito visto de longe do que de perto rsrs… Além disto, a fila para pegar o barco para a Liberty Island é grande e no frio e no vento fica ainda mais desconfortável. Se você fizer mesmo questão de ir até lá, recomendo comprar o ingresso com antecedência online.

Bem perto do local onde se pega o barco para a Estátua da Liberdade fica o Charging Bull (ou Wall Street Bull) no Bowling Park. Dizem que dá sorte esfregar os chifres do touro 🙂 De qualquer jeito, tirar fotos na frente e atrás do touro foi uma diversão para as crianças.

Empire State/vitrines da Lord & Taylor/Bryant Park

Subir no Empire State é um programa vintage que mesmo para as crianças é legal. Principalmente para mostrar a elas os principais pontos da cidade, vistos de cima. É conveniente comprar os ingressos online com antecedência para evitar as filas. Depois de descer do Empire State, vire à esquerda na Quinta Avenida e ande seis quarteirões (curtinhos!) até o Bryant Park, para uma sessão de patinação no gelo no Citi Pond. Neste local normalmente não tem fila para patinar e os pais podem ficar dentro de um lugar fechado, quentinhos, assistindo as crianças por uma parede de vidro que dá direto na pista. Ao lado, uma feirinha de presentes e comidas. No lado que dá para a Sexta Avenida, uma curiosidade: a estátua de José Bonifácio de Andrada e Silva.

No caminho entre o Empire State e o Bryant Park, as vitrines de Natal da loja Lord & Taylor batem muitas outras vitrines famosas do pedaço mais badalado do Midtown.


American Museum of Natural History/Hayden Planetarium/Central Park/Metropolitan Museum

O Museu de História Natural é sem dúvida o museu que mais vai agradar as crianças – em especial o hall dos mamíferos, o dos fósseis de dinossauros e o da cultura, que mostra a vida humana no tempo e no espaço. Vale a pena também assistir a uma exibição no Hayden Planetarium, no mesmo complexo.

Este museu fica ‘grudado’ no lado oeste do Central Park entre as ruas 77 e 81 e, se o tempo ajudar, é legal dar uma volta no parque para conhecê-lo. No lado sudeste do parque, entre as ruas 62 e 63, tem o Wollman Rink, pista de patinação no gelo que é bem popular. Perto tem outras duas atrações legais para crianças, o Central Park Zoo e o Carrossel.

O Metropolitan é outro museu ‘grudado’ no Central Park, do lado leste, entre as ruas 80 e 84. Também é um bom programa para um dia de frio. As crianças gostam de ver as exposições do Egito Antigo e as armaduras medievais, entre outras.

Se estiver frio demais, o jeito é ir ao Loeb Boathouse, restaurante dentro do parque, que tem uma vista linda para o lago. Infelizmente, o aluguel de bicicletas no parque não funciona durante o inverno.

Intrepid Sea, Air & Space Museum

Uma das atrações que meus filhos mais gostaram, o Intrepid é um antigo porta-aviões da Segunda Guerra Mundial que foi transformado em museu. As crianças vão adorar ver um navio deste porte por dentro, entrar no Concorde e em um submarino nuclear. Com atrações interativas, agrada bastante.

Madame Tussauds Museum

Assim como o museu de Londres, o Madame Tussauds de Nova York faz muito sucesso com as crianças. Para os pais, o melhor negócio é respirar fundo e enfrentar com paciência a ‘muvuca’ e a lotação desde museu. Imprescindível comprar os ingressos com antecedência.

Children’s Museum

Mais propriamente um grande e sofisticado playground, o Children’s Museum é um museu muito legal para crianças pequenas, verdadeiro coringa em um dia de muito frio ou de chuva. Porém, é nestes dias que ele fica mais lotado. Não vale a pena levar seus filhos se eles tiverem mais de seis anos de idade.

Times Square/Rockfeller Center

Na Times Square e no Rockfeller Center ficam algumas das lojas mais legais para as crianças. Na Sétima Avenida com a rua 45 fica a Toys R Us, atualmente a loja de brinquedos mais completa de Manhattan. Alguns quarteirões para cima, na Broadway com a rua 48, ficam as duas lojas dos chocolates mais populares dos EUA: a M&M Store e a Hershey’s Store. Andando um quarteirão até a Sexta Avenida, chega-se ao Rockfeller Center, onde ficam as lojas da Nintendo World e Lego Store, também muito bacanas para as crianças. A pista de patinação no gelo do Rockfeller Center é muito charmosa mas fica absolutamente lotada, impossível até mesmo de andar perto dela. Também no Rockfeller Center fica o Top of the Rock Observation Deck, de onde é possível ver a cidade de cima. Se você não foi ao Empire State e ainda quer uma experiência do tipo, compre online os ingressos e aproveite a vista.

Fifth Avenue

Na Quinta Avenida a atração para os pequenos também fica por conta das lojas. Comece pela American Girl, na esquina com a rua 49. Por uma pequena fortuna, mãe e filha podem passar uma tarde na loja, com refeição, sessão de fotos, vale para gastar nos produtos da loja e souvenirs incluídos. Entre as ruas 49 e 50, as vitrines de Natal da Saks são bonitinhas. Na NBA Store, na esquina com a rua 52, é a vez dos meninos se divertirem com as cestas de basquete. No caminho, as lojas da Hollister, da Abercrombie e a Nike Town atraem os adolescentes. Na esquina com a rua 59, as duas mais transadas: a de brinquedos FAO Schwarz e a Apple Store.

Musicais

Por fim, não dá para perder os shows da Broadway e “Off-Broadway”. O ideal é escolher o que for mais compatível com a idade dos seus filhos, respeitando-se também o domínio da língua inglesa. Levamos os nossos ao Blue Man Group, Off-Broadway dos mais tradicionais, e eles adoraram. Os musicais Mary Poppins, The Adams Family, Spider Man e The Lion King estão atualmente entre os mais populares para as crianças. Mas o ideal é consultar o site e comprar os ingressos com antecedência.

 

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Londres é, provavelmente, a melhor capital europeia para levar os filhos. Mesmo no inverno, no frio, há uma infinidade de coisas divertidas e interessantes para fazer. Para aqueles que querem sair do circuito Disney e começar a dar um sabor de ‘viagem de gente grande’ para os filhos, Londres é ótima porta de entrada.

Duas boas dicas antes de partir para as atrações. É tentador comprar um tour tipo ‘hop on hop off’, aquele em que se sobe e desce em vários pontos da cidade nos ônibus turísticos de dois andares. Caímos na tentação e não achamos uma boa experiência. Os ônibus levam horas para chegar nos pontos, as crianças ficam impacientes, além da gente passar frio e ficar sob a chuva em diversos locais. E perde-se tempo. Vale mais a pena pegar um ônibus de linha entre alguns pontos turísticos para as crianças curtirem o segundo andar de um double deck bus e de resto locomover-se pela cidade de metrô ou táxi.

Em vários lugares oferecem-se ‘tickets casados’ ou pacotes com entradas para várias atrações da cidade, que valem por 24 ou 48 horas ou até mais. Achamos que também não compensa. É uma papelada para guardar e eventualmente perder. E crianças são imprevisíveis. Podem ficar cansadas, com sono ou com fome e pausas inesperadas vão atrapalhar uma programação muito rígida. Fora outros imprevistos, como a criança desistir de um passeio por medo, como aconteceu conosco nas London Dungeons.

Museus

Madame Tussauds Wax Museum


O grande problema deste museu é que é absolutamente LOTADO. Ou seja, o lance é comprar os ingressos previamente pela internet ou pelo telefone 44 (0) 871 894 3000 e ‘pular’ boa parte da fila. E, mesmo assim, preparar-se para a multidão lá dentro. Quanto mais cedo, melhor. É cheio, é de gosto duvidoso, mas as crianças adoram. E o que a gente não faz por elas? O museu abre às 9h30 durante a semana e às 9h nos finais de semana e nos feriados escolares britânicos. Crianças menores de 4anos não pagam, entre 4 e 16 anos pagam £24 e adultos £28.

Natural History Museum

Muito bacana para levar as crianças. Elas amam especialmente os animais empalhados e os esqueletos de dinossauros. O museu é grande, assim o ideal é pegar o folheto das exibições permanentes e preparar um roteiro que passe pelas atrações que mais despertam interesse nas crianças, já que depois de duas ou três horas elas começam a ficar cansadas. A entrada é gratuita e o museu abre todos os dias a partir das 10h. Nos finais de semana há filas para entrar.

British Museum

Também muito legal para levar as crianças. O museu é grande, assim o ideal é pegar o folheto das exibições permanentes e preparar um roteiro que passe pelas atrações que mais agradam as crianças, como as múmias (imperdíveis) e as grandes estátuas gregas, egípcias e assírias. O folheto do museu também indica os objetos de maior interesse, como por exemplo a Pedra da Rosetta, e sua exata localização no museu. Vale a pena aqui perder um tempinho para programar a visita. A entrada é gratuita e o museu abre todos os dias a partir das 10h.

Imperial War Museum, HMS Belfast e Churchill War Rooms

Este museu não faz parte do circuito tradicional turístico londrino, mas é interessante para as crianças, especialmente meninos, que gostam de ver armas e objetos de guerra. Os pequenos amam ver os grandes tanques e aviões de guerra e entrar numa trincheira ‘de verdade’. Os maiores vão se impressionar com as galerias dedicadas à Primeira Guerra Mundial, à Segunda Guerra Mundial e ao Holocausto. O Imperial War Museum tem entrada franca e abre todos os dias a partir das 10h. Se sobrar tempo, o HMS Belfast e os Churchill War Rooms também são instalações que fazem parte do museu, mas estão em locais separados. O HMS Belfast é um antigo navio de guerra e os War Rooms são o abrigo subterrâneo de onde Churchill trabalhou no final da Segunda Guerra Mundial. Ambos atrativos para crianças e adultos também.

Outros museus interessantes, se sobrar tempo

Science Museum

London Aquarium

Passeios

London Eye

Imperdível para as crianças. A volta completa na roda gigante mais charmosa do mundo leva 30 minutos e lá de cima a vista é linda e dá para identificar vários pontos da cidade. A fila é bem grande e o ideal é comprar as entradas previamente pela internet. Crianças de 4 anos não pagam, entre 4 e 15 anos pagam £8.55 e adultos £16.15. Há uma opção mais cara que ‘pula’ parte da fila, normalmente de 30 minutos para quem compra online. Abre diariamente a partir das 10h.

Tower of London

Passeio interessante no qual se pode ver como era a vida ‘medieval’ em Londres. Há salas de armas, armaduras e escudos com atrações interativas, sala medieval mobiliada, a masmorra, a sala com as jóias da Coroa. Um Beefeater acompanha os turistas e conta as histórias ‘horripilantes’ da época medieval. O passeio perde parte da graça para quem não fala inglês, mas mesmo assim vale a visita. Abre de sexta a sábado às 9h e de domingo a segunda às 10h. Dá para comprar tickets online mas normalmente não há filas. Crianças de menos de 5 anos não pagam, de 5 a 16 anos pagam £10.45 e adultos pagam £18.70.

London Bridge e London Dungeons

Com um mix de atrações estilo parque de diversões e rides que misturam museu de horrores com casa mal-assombrada, tanto a London Bridge como a London Dungeons têm experiências interativas assustadoras que servem mais para crianças maiores. Se seus filhos tiverem menos de 8 anos, nem vale a pena perder tempo nestes passeios. Para crianças maiores é um prato cheio! Abre diariamente a partir das 10h e também é recomendável comprar tickets online, que têm 50% de desconto. Na porta, adultos pagam £23 e crianças até 15 anos £17.

Outros

Loja de brinquedos
A Hamleys é a loja de brinquedos mais legal de Londres, com três andares de brinquedos de todos os tipos, vale a visita!

Musicais
Há musicais muito legais para crianças em Londres e o site oficial dos teatros londrinos tem uma página dedicada aqueles que são próprios para os pequenos.

Saint Paul’s Cathedral
Um passeio diferente que vale a pena para quebrar a rotina dos demais programas. A igreja é tão grande e imponente que impressiona. Dá para subir no domo e também andar pelas whispering galeries, onde há pequenos buracos na parede que dizem poder transmitir a voz das pessoas.

PS. Se for levar as crianças para Londres no verão, não dá para perder algumas outras atrações. Em especial o London Zoo, um das zoológicos mais legais que visitei. Também vale o Kew Gardens e o Hampton Court Palace. Ah! Um pouco mais longe, mas vale a visita pros pequenos, a Legoland em Windsor.

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Mas por que diferentes? Bem, primeiro porque são de fato fazendas que foram transformadas em hotéis e não vice-versa, como a gente vê muito por aí. Segundo, porque têm história e personalidade; terceiro, porque se localizam numa região muito bonita do Estado, na Serra de Brotas. E quarto, mas não menos importante, porque são hotéis-fazenda geridos pelos próprios donos, que moram por lá mesmo e estão sempre presentes, dando uma atenção e um carinho especiais aos hóspedes. Mais ainda, são hotéis-fazenda relativamente pequenos, onde não tem ‘muvuca’ na hora das refeições, na piscina e nos passeios. Se você quer descansar, curtir a Natureza e ainda mostrar aos filhos como é a vida numa fazenda, vem pra cá 🙂

Primavera da Serra

A Primavera da Serra é o resultado do sonho e do trabalho do Ataliba e da Alice, dois paulistanos que resolveram mudar de vida e transformaram um pedaço de terra de uma ex-fazenda de cana de açúcar num paraíso. Os dois, que são simpaticíssimos e super alto astral, contam como chegaram lá há anos e com o tempo foram restaurando prédios antigos, refazendo a mata e trazendo os bichos de volta. O Ataliba é jipeiro e construiu na fazenda uma trilha e uma pista de testes para jipes e o passeio de jipe com ele é um das atrações imperdíveis do hotel. Faça!

As crianças pequenas adoram o antigo terreiro de café cheio de bicicletas, bem de frente ao restaurante onde os pais podem comer sossegados. De manhã cedo, o programa é ir ao estábulo tirar leite da vaca e tomá-lo com café, achocolatado, mel ou canela. Depois do café, uma caminhada até a cachoeira cai bem. À tarde, as crianças vão pescar no laguinho da fazenda, onde fazem um piquenique. A piscina, o parquinho com uma mini-tirolesa e a brinquedoteca também distraem os pequenos. Não há recreação formal, mas o tio Ratinho leva a criançada nos passeios e na pescaria, dando aos pais uma oportunidade de descansar um pouco.

A comida é caseira, variada e gostosa. Os horários das refeições são bem adequados às crianças, tudo cedo. Há quartos no prédio principal do hotel e também chalés um pouco mais distantes, com ótima acomodação para famílias, já que são antigas casas de colonos e têm dois ou até três quartos, uma salinha, um banheiro espaçoso, chuveiro com boiler, quintal com varal para roupas molhadas e uma varanda agradável para colocar uma rede. O caminho a pé dos chalés à sede da fazenda leva 5 minutos e passa pela vista do vale, pelo túnel de trepadeiras e flores e pela ponte sobre a cachoeira, onde de manhã aparecem os macacos-pregos. Lindo!

Bom para quem gosta de cavalos e para crianças maiores: Fazenda Bela Vista

A Bela Vista é a fazenda do Pedroca, uma figura ímpar, que fez história cavalgando pelo Brasil e que vale a pena conhecer. Citado no Guiness Book como o recordista mundial de Cavalgada de Longa Distância e um dos 130 maiores viajantes a cavalo do mundo, o Pedroca é um gentleman, cheio de histórias para contar. E mesmo hoje aos 78 anos de idade ainda sai a cavalo com os hóspedes quase que diariamente. Tanto o Pedroca como seus familiares estão sempre na fazenda recebendo os hóspedes como se fossem visitas queridas. É uma delícia conversar com eles e ouvir as histórias da fazenda e da região.

A Bela Vista é um programão para quem gosta de cavalgar. Na fazenda há um plantel de excelentes cavalos manga-larga e são feitos passeios diários e longos a cavalo, por trilhas, rios e cachoeiras que cortam a mata nativa da região, que é muito bonita. À tarde, a criançada joga bola e pingue-pongue e aproveita a piscina. Não há recreação formal, mas as crianças maiores brincam muito bem. Há muitos bichos e é uma atração à parte ver os macacos-prego e os quatis vindo buscar comida perto da sede. Na Bela Vista a vida é bem tranqüila e é possível tomar café da manhã tarde, almoçar tarde e jantar tarde. A comida é caseira e muito gostosa.

Os chalés são simples, mas ainda assim amplos e acomodam bem as famílias com dois ou três quartos, banheiro, sala e cozinha. Mas há chalés reformados e outros mais antigos, com banheiros que deixam a desejar. Não há TV nos quartos. A ideia é criar mesmo um clima de fazenda. Muitos estrangeiros hospedam-se na Bela Vista e a maioria dos hóspedes é muito fiel e frequenta o local há mais de 10 anos.

Passeios perto dos hotéis-fazenda, para quem vai ficar mais do que um final de semana ou feriado

Turismo de aventura em Brotas

Brotas é um lugar muito legal para adultos e crianças e oferece muitas aventuras ‘radicais’. Vale uma visita! Há rafting e mini-rafting para as crianças pequenas, tirolesa para todas as idades, arvorismo, rapel, passeios em cachoeiras, entre outros. Uma das boas agências na cidade que oferece os melhores passeios é a Eco&Ação. Tudo com seriedade e segurança. Em breve post sobre Brotas e o turismo de aventura.

Fábrica de Laticínios Búfalo Dourado

O Laticínio Búfalo Dourado, um dos pioneiros na fabricação de laticínios de búfalo no Brasil, localiza-se na Fazenda Santa Eliza, vizinha da cidade de Dourado, na região de Brotas. Ambos hotéis podem agendar visitas às instalações da Búfalo Dourado. De manhã é interessante observar a produção por janelas da fábrica, bem como degustar as muzzarellas produzidas. À tarde, dá para acompanhar a ordenha das búfalas.

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O Rio de Janeiro é um destino muito bacana para levar os filhos. Junta programas turísticos ‘lúdicos’ e passeios que envolvem contato com a Natureza, esportes e brincadeiras. Uma combinação divertida e perfeita.

Duas dicas podem tornar uma viagem para o RJ com crianças mais legal e tranquila. A primeira é evitar as excursões turísticas vendidas nos hotéis e flats e organizar-se para fazer os passeios de táxi mesmo, respeitando os horários e o cansaço dos seus filhos. As excursões, além de pesarem no bolso para a família toda, são demoradas e burocráticas. Imaginem as crianças cheias de energia para chegar no Bondinho e o ônibus ou van da excursão parar em mais três ou quatro hotéis pelo caminho…

A segunda dica, uma vez que você vai fugir da ‘máfia’ das excursões, é chegar cedo. Isto porque quem não faz parte de uma excursão precisa entrar nas filas, e elas normalmente são imensas.

Há hotéis para todos os gostos e bolsos no Rio de Janeiro. Mas uma vez que você opte por este esquema de fazer os passeios por sua conta, o ideal é ficar em um hotel ou flat entre Copacabana e Leblon. Leblon e Ipanema ainda têm a vantagem adicional de serem bairros onde se pode caminhar com certa tranquilidade, inclusive à noite. No Leblon, em especial, encontram-se muitos dos restaurantes e bares mais legais do Rio. Dá para sair para jantar a pé e ainda tomar um sorvete com as crianças antes de voltar ao hotel para dormir. E dá para dar uma voltinha no shopping, entrar em uma boa livraria, tomar um café…

Bondinho/Pão de Açúcar

Um dos dois (o outro é o Cristo Redentor, claro) principais programas turísticos do Rio de Janeiro. De fato imperdível. O passeio de bondinho é emocionante, as vistas de cima do morro da Urca e do Pão de Açúcar são lindas e a criançada ainda se diverte com os bondinhos antigos e com as lojinhas de badulaques. Não deixe de mostrar a eles os aviões pousando e levantando vôo no aeroporto Santos Dumont, em frente. A bilheteria abre às 8h e o primeiro bondinho entre a Praia Vermelha e a Urca sai às 8h10. Chegando até às 9h você não enfrenta grandes filas. A partir daí, as filas começam a apertar. O bilhete adulto custa R$ 44,00, crianças entre 6 e 12 anos pagam R$ 22,00 e crianças até 6 anos não pagam. O pagamento deve ser feito em dinheiro ou cartão de crédito/débito. Mais informações no site oficial do Bondinho do Pão de Açúcar ou pelo tel (21) 2461-2700. Abre diariamente.

Cristo Redentor/Corcovado

Há duas maneiras de visitar o Cristo Redentor: de táxi + van ou de trem. O trem, que sai do Cosme Velho, é um bonde que sobe o morro do Corcovado em trilhos no meio da mata tropical. Lá em cima, basta subir as escadas ou mesmo pegar o elevador para chegar ao Cristo. É muito mais divertido e sai mais barato, já que quem sobe de táxi é obrigado a fazer o último trecho numa van que ainda vai custar R$ 20 por pessoa. Mas o grande inconveniente do trem é que as filas são gigantescas. Em finais de semana e feriados, às 9h as filas já têm duração de duas horas. Assim, o ideal é chegar até às 8h30. Quem chega às 8h e pega o primeiro bondinho, das 8h30, encontra um Cristo Redentor com pouca gente, muito mais legal para olhar a vista e tirar fotos. Mas se você não gosta de acordar tão cedo, tem uma alternativa: comprar os bilhetes do Trem do Corcovado online aqui. Mas atenção: os bilhetes online só são vendidos para um único horário do dia, às 18h30. Os bilhetes para ida e volta no Trem do Corcovado custam R$ 36,00 por pessoa. Crianças até 5 anos no colo não pagam. Mais informações no site oficial do Trem do Corcovado ou pelo tel (21) 2558-1329. Abre diariamente.

Parque Lage

O Parque hospeda a Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Antigo engenho de açúcar do Brasil Colonial, pertencia a Antonio Salema, governador do Rio de Janeiro, que em 1660 vendeu a propriedade à família Rodrigo de Freitas Mello. No século XIX um nobre inglês comprou parte das terras e contratou um paisagista inglês para projetar um jardim nos moldes europeus. A chácara passou por outras mãos e em 1920 foi comprada pelo empresário Henrique Lage, que mandou construir nela uma réplica de um palazzo romano, além de reformular parte do projeto paisagístico. Enfim, o Parque Lage é legal para a criançada porque abriga, além do jardim que faz parte da Floresta da Tijuca, ruínas do antigo engenho de açúcar ali existente, inclusive com a interessante ‘lavanderia dos escravos’; uma gruta artificial e um aquário incrustados nas pedras, além de trilhas e um parquinho infantil. De lambuja, é possível pegar algumas das performances dos alunos da Escola de Artes Visuais. O parque abre diariamente das 9h às 17h e a visita é gratuita. Mais informações no site da Escola de Artes Visuais do Parque Lage ou pelo tel (21) 3257-1819.

 

Jardim Botânico

O Jardim Botânico é um passeio muito legal. São trilhas passando por diferentes árvores e ecossistemas, como o da floresta amazônica e o da restinga. O único senão, principalmente com crianças pequenas, é que o parque é grande e é preciso andar um bocado para ver tudo. Assim, escolha as atrações mais interessantes e procure se informar bem, pois infelizmente o parque não distribui um mapa e não sugere trilhas aos visitantes. Não perca o bromeliário, o orquidário, a estufa de plantas insetívoras (ou carnívoras) e o Jardim dos Sentidos, feito para deficientes visuais. No Sítio Arqueológico Casa dos Pilões há escavações arqueológicas e objetos encontrados nelas. Atrás do portal das ruínas da antiga fábrica de pólvora há uma representativa coleção de plantas medicinais que são utilizadas de forma terapêutica no Brasil. Se sobrar tempo e disposição, visite o jardim japonês, o roseiral e o lago das vitórias-régias. Aberto diariamente, o horário de visitação é das 8h às 17h. O ingresso custa R$ 5,00 por pessoa. Crianças até 7 anos não pagam. Mais informações no site do Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro ou pelo tel (21) 3874-1808.

Forte de Copacabana

As crianças, principalmente os meninos, adoram o Forte de Copacabana e o Museu Histórico do Exército. Na parte externa do Forte, há diversos canhões nos quais as crianças podem subir, mexer e tirar fotos. A vista da praia de Copacabana é bonita e dá para apreciá-la das mesas do terraço na frente da Confeitaria Colombo. Dá para tomar café da manhã ou almoçar por lá, numa boa. No museu, dentro do forte, há uma exposição do levante do Forte de Copacabana e é possível ver como funcionava um forte por dentro com suas salas de máquinas, dormitórios, enfermaria, salas de armamentos, almoxarifado, etc. Atenção: uma das poucas atrações no Rio de Janeiro que não abre diariamente. Funciona de terça a domingo e aos feriados das 10 às 18h. Crianças entram de graça e adultos pagam R$ 4,00. Só aceita pagamento em dinheiro. Mais informações no site do Forte de Copacabana ou pelo tel (21) 2287-3781.

Submarino-Museu Riachuelo

Construído em 1973 na Inglaterra, o Submarino Riachuelo foi incorporado à Armada brasileira em 1977, participou da batalha naval de junho de 1865 entre a esquadra paraguaia e a esquadra brasileira sob o comando do Almirante Barroso e foi aposentado após 20 anos de operação. Assim como no Forte, é possível visitar seus compartimentos e conhecer parte do armamento, máquinas e equipamentos diversos. A ambientação com manequins que retratam o dia-a-dia de um submarino dá uma real noção de como era a vida da tripulação na época. Aos sábados e domingos, às 14h30 e 16h, há espetáculos teatrais para o público infantil que lembram, de forma divertida, fatos e personalidades marcantes da história marítima brasileira. Após a sessão, as crianças participam com os atores de uma oficina de arte, na qual realizam atividades sobre temas relacionados à Marinha. Atenção: também não abre às segundas-feiras, funcionando de terça a domingo das 12h às 17h. A entrada é franca. Mais informações no site do Submarino-Museu Riachuelo ou pelo tel (21) 2233-9165.

Estádio do Maracanã

Programa imperdível para os meninos. Uma pena que, como o estádio está em obras para a Copa do Mundo no Rio de Janeiro em 2014, parte do Maracanã está fechada para visitação. Ainda assim, é possível a criançada se divertir. Logo na entrada há a calçada da fama, onde estão eternizados 100 pares dos pés dos maiores craques do futebol mundial como o Rei Pelé, Zico, Garrincha, Rivelino e Ronaldo Fenômeno. Há painéis ilustrativos da história da construção, dos principais jogos e dos shows de música que aconteceram no estádio. Em seguida, um elevador leva o visitante ao 6º andar, onde se tem uma vista panorâmica do estádio, incluindo a parte interna da tribuna de honra. Ao final, um museu com uniformes, bolas e mais painéis fotográficos. A parte da visitação que foi desativada até 2014 inclui o acesso aos vestiários utilizados pelos jogadores e à sala de aquecimento, com gramado sintético e baliza; e a entrada no próprio campo, onde o carioca Márcio Pereira da Silva, vestido com o uniforme da seleção brasileira, faz malabarismos com bolas de diversos tipos e tamanhos. Aberto à visitação diariamente, das 9h às 17h, inclusive feriados. Nos dias de jogos, no entanto, a visitação é encerrada cinco horas antes doinício da partida. A entrada inteira custa R$ 20,00, mas como o estádio está em reformas e uma parte do programa de visitação não é feito, o preço atual foi baixado para R$ 10,00. Visitação completa no Maracanã agora só depois da Copa do Mundo de mesmo. Mais informações no site da Suderj ou pelo tel (21) 2334-1627.

Passeio na Lagoa Rodrigo de Freitas

Passeio super gostoso para relaxar e quebrar um pouco a programação turística na cidade. Para quem tem disposição, ideal para fechar um fim de tarde. A ciclovia, que dá a volta na Lagoa, tem 7,5 km e é possível alugar bicicletas para adultos e crianças pedalarem juntos, num percurso que leva de 30 a 40 minutos. Em volta da Lagoa há quadras esportivas, parquinhos infantis e quiosques para um lanche e ou uma água de coco. Também dá para andar de pedalinho na Lagoa. A vista é linda. O único senão é evitar os horários de pico, principalmente o período entre 9h30 e 12h30 nos finais de semana. Mas, mesmo nestes horários, a diversão é garantida.

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Outro dia no Twitter falamos sobre as whoopie pies, um doce de tradição Amish que vem ganhando popularidade nos EUA e no mundo. A cada dia aparecem mais receitas diferentes deste ‘sanduíche’ de dois biscoitos macios recheados originalmente com marshmallow. Seriam os whoopies a nova ‘febre’ das guloseimas depois dos cupcakes?Este fio de meada levou-me, nesta viagem a Nova York, a fugir dos cupcakes e experimentar guloseimas – e propostas – diferentes. Já tinha postado no ano passado sobre três tradições na cidade, o Lindy’s cheesecake, os cupcakes da Magnolia Bakery e o arroz doce da Rice to Riches. Nesta nova empreitada gulosa segui as dicas do blog do David Lebovitz e visitei dois lugares lá indicados: a BabyCakes e a Doughnut Factory. Duas ‘bibocas’, lugares apertados e de decoração simples, fora do circuito turístico da cidade, mas com delícias inesquecíveis. Dependendo do horário, prepare-se para enfrentar a fila.

BabyCakes

“Em uma cidade dominada pelos cupcakes transbordando de açúcar, farinha de trigo e manteiga, aqueles que estão de dieta sentem-se deixados de fora. A BabyCakes especializa-se em doces sem glúten, sem lactose, sem ovos e sem soja”. Nas palavras da Erin McKenna, criadora da BabyCakes, a ideia desta mini-doceria é justamente oferecer delícias alternativas, ou seja, doces gostosos mas feitos com ingredientes naturais e orgânicos e direcionados às pessoas que tem alergias ou restrições alimentares a glúten, lactose, caseína, ovos e açúcar refinado.

Na BabyCakes não se usa açúcar branco nem adoçantes artificiais. Os doces são feitos quase sempre com agave, néctar extraído de um cacto mexicano, com alto teor de doçura e índice glicêmico baixo, que pode ser consumido até por diabéticos. São muito usadas a farinha de espelta e as farinhas livres de glúten como a farinha de arroz e a de grão-de-bico. As gorduras utilizadas nos doces são o óleo de canola e o óleo virgem de coco.

Assim que você entra na BabyCakes, vem a pergunta: “Você tem alguma restrição alimentar?” Com base na resposta apresentam os doces disponíveis naquele dia que atendem as suas restrições. Escolhi um cookie sandwich sem glúten, sem lactose, sem ovos e sem soja, feito com açúcar mascavo e cacau, recheado com creme de morangos orgânicos. O melhor que já comi na vida!

Doughnut Plant

Vai aí um donut (ou doughnut) de chocolate Valrhona? Pois na Doughnut Plant tem. E tem de creme brulée (provei, uma delícia), de peanut butter & blackberry jelly (muito bom também) e por aí vai. Diferentes, leves, macios, fresquíssimos e deliciosos. Feitos com geléias de fabricação própria, sem gorduras trans, sem conservantes e sem sabores artificiais.

A Doughnut Plant é uma criação de Mark Israel, neto de padeiro que aproveitou a receita do avô para iniciar em Nova York uma fabriqueta de donuts. No início, Mark virava noites para produzir os donuts para lugares famosos da cidade como o Dean&Delucca e o Balducci’s, entre outros. Produzia de noite e logo cedo saía de bicicleta para entregar a produção. Logo a fama dos donuts do Mark se espalhou pela cidade, ele abriu o próprio ponto no Lower East Side e hoje tem até lojas no Japão. Este ano, inaugura um segundo ponto na cidade de Nova York no Chelsea Hotel.

Difícil escolher o que provar. Vá em grupo para poder provar diferentes sabores, vale a pena.

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Há vida inteligente após a Gap, a Abercrombie&Fitch e a Victoria Secret. Muito além do Zabar’s, do Whole Foods e do Dean&Deluca. São os mercados ou feiras livres de Nova York. Lindos, coloridos e variados, valem a visita mesmo que você dificilmente consiga trazer mais do que alguns temperos ou biscoitos embalados. Dá vontade de embarcar com os tomates, pimentões e abóboras, e até de trazer umas lagostas do Maine na mala de mão 😉

Union Square Market

Este mercado é apenas um entre as 50 feiras livres – 27 delas só em Manhattan – que são organizadas e montadas semanalmente na região pelo Greenmarket Farmers Market, programa abraçado pela organização sem fins lucrativos GrowNY. O Greenmarket tem duas missões: a primeira é promover a agricultura regional, dando oportunidade aos pequenos fazendeiros e famílias de Nova Jersey, Pennsylvannia, Nova York e Nova Inglaterra de vender direto ao consumidor o que é cultivado e produzido localmente. A segunda missão é garantir à população destas regiões o acesso a produtos mais frescos e nutritivos.

No site da associação há mais informações sobre como tudo começou, onde acontecem as feiras, quem são os produtores, etc. E os programas da GrowNY vão além. Ajudam a montar hortas e jardins comunitários em locais vazios nas vizinhanças, trabalham para estimular a reciclagem e organizar programas de coleta, oferecem programas de educação e treinamento em ações ecológicas. É muito, muito legal, mesmo.

O Union Square Market é a maior das feiras e o mercado-modelo do Greenmarket. São mais de 140 produtores participando, todas às 2ªs, 4ªs, 6ªs e sábados, entre 8h e 18h, na Union Square. Grande parte da produção é orgânica. É lá que muitos chefs badalados de Nova York vão bem cedo fazer compras pros seus restaurantes. E no mercado tem sempre degustações e demonstração de receitas, é só acompanhar o calendário no site. Atenção: no mercado não são aceitos cartões de crédito, apenas dinheiro vivo.

Outono, época das abóboras, um espetáculo à parte.

Uma amostra grátis de lavanda para perfumar o dia de todos que passam por lá.

Grand Central Market

Outro estilo de mercado, mas igualmente fantástico. Imaginem a alta rotatividade – e logo o frescor – dos alimentos em um mercado onde passam milhares de pessoas todos os dias. Pois este mercado fica dentro da estação de trem Grand Central na rua 42, em Manhattan. Bonito, limpo, compacto, fácil; tem produtos de qualidade, desde frutas, legumes e verduras até queijos, temperos e pratos prontos. Acho que seu eu morasse em NY e tivesse que comute todo dia por esta estação, ia falir rapidamente… rsrsrs!

O mercado da Grand Central é o único em Nova York que tem a Penzey’s Spices, excelente para comprar temperos, com boa variedade e preços razoáveis.

Também fica lá uma barraca da Murray’s Cheese e outra da Pescatore, que vende os mais incríveis peixes e frutos do mar. É de babar.

No site do mercado tem a lista completa dos fornecedores do Grand Central Market, vale dar uma olhada. Abre todos os dias, durante a semana das 7h às 21h, aos sábados das 10h às 19h e aos domingos das 11h às 18h. Passa lá!

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Nossa Turma do Vinho visitou a vinícola Villa Francioni, em São Joaquim, na serra catarinense. Lá fomos muito bem recebidos pela Daniela Freitas e pela Raquel, e nos surpreendemos positivamente com a grandeza e seriedade do negócio. Tentarei passar um pouco da impressão que tivemos na visita, que foi muito bacana!

A primeira coisa que se nota na vinícola Villa Francioni é o compromisso, senão a obsessão mesmo, com a qualidade. Desde a escolha das mudas, passando pelas instalações modernas e sofisticadas, até chegar no produto final engarrafado. Não é para menos. A Villa Francioni é antes de tudo o resultado de um sonho de um homem empreendedor, Manoel Dilor de Freitas, bem sucedido empresário e dono do grupo Cecrisa, que queria produzir em Santa Catarina um vinho de qualidade.

A suntuosidade da construção impressiona logo de cara. Não pelo luxo, mas pelo tamanho e funcionalidade: um prédio de quase 4,5 mil metros quadrados com seis níveis/andares, desenhado desta forma para facilitar o escoamento da produção pelo fluxo gravitacional. Lembrei nesta hora da vinícola do Esporão, em Portugal, construída da mesma forma. A iluminação natural foi privilegiada na construção e pouca iluminação artificial é necessária, deixando o ambiente fresco e agradável. Com exceção do piso, desenvolvido pela Cecrisa especialmente para a vinícola, todos os tijolos, materiais de acabamento do prédio e móveis são de demolição ou de segunda mão. Com seus vãos livres, vitrais e corrimões de ferro batido, a vinícola já recebeu o apelido de ‘catedral do vinho’. É um prédio bonito, mesmo.

De uma parede de vidro no prédio vê-se parte dos 26 hectares de vinhedos que ficam em São Joaquim (os restantes 24 hectares estão localizados na cidade de Bom Retiro), todos com ‘capas de chuva’ para se protegerem da geada e da neve. Na Villa Francioni são cultivadas seis variedades de uvas tintas e duas brancas. Na sua obsessão pela qualidade, a vinícola só vinifica uvas de sua própria produção. Em 2010, pretendem chegar à produção de 250 mil litros de vinho.

A produção é impecável. Cada faixa de terra recebeu um manuseio específico para cada qualidade de uva. A colheita é totalmente manual. Em seguida, todos os passos da produção são acompanhados pela equipe do laboratório, que vai formando um banco de dados com os melhores procedimentos. Nota-se também a preocupação com o investimento na contratação de bons profissionais e na apresentação do produto final nas garrafas.

Outra história bonita é a dos nomes da vinícola e de seus vinhos. Dilor de Freitas, com a convicção de que ‘por trás de todo grande homem existe uma grande mulher’, homenageou sua esposa colocando na vinícola o sobrenome italiano da família dela, Francioni. Seu vinho de base, o Joaquim, é também uma homenagem à cidade que acolheu o negócio; o Francesco é dedicado ao primeiro imigrante italiano da família Francioni a chegar no Brasil. Já o Michelli homenageia o patriarca que ficou na Itália.

Hoje, a Villa Fracioni coloca sete vinhos no mercado: os tintos Joaquim, Francesco, Villa Francioni e Michelli, todos assemblagens; um Rosé multivarietal e dois brancos Sauvignon Blanc e Chardonnay, estes três últimos com o rótulo Villa Francioni. Estão estudando ainda o lançamento no mercado de um vinho branco de sobremesa e dois espumantes extra-brut, rosé e branco.

Experimentamos todos os vinhos da Villa Francioni e gostamos especialmente do Sauvignon Blanc e do Francesco. O Michelli, do qual compramos algumas garrafas para o jantar, foi o maior destaque, muito equilibrado e com personalidade, gostoso mesmo. O único senão fica, ainda, por conta do preço. Tamanha qualidade tem obviamente um custo, especialmente em um país que não tem tradição vinífera. Acreditamos que no futuro, com ganho na escala e na experiência, a vinícola Villa Francioni – assim como demais vinícolas brasileiras sérias – poderá tornar seus vinhos competitivos com os vinhos da mesma faixa de preço chilenos e argentinos.

É possível agendar uma visita à vinícola Villa Francioni através dos telefones (49) 3233.2451, 3233.3713 ou 3233.1918. O custo da visita, R$ 20,00 por pessoa, é abatido na compra dos produtos da vinícola. As visitas podem ser feitas de quarta a domingo, nos horários das 10h, 13h30min e 15h30min.

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Gramado lembra cinema, já que todo ano em agosto a cidade hospeda o Festival de Cinema, já na sua 38ª edição. Também é destino manjado para casais em lua-de-mel e para viagens românticas. Parques lindos, paisagens incríveis, hotéis e restaurantes charmosos, além do que dá para dar uma esticadinha em Bento Gonçalves e visitar as vinícolas do Vale dos Vinhedos e fazer o Caminho das Pedras dos imigrantes italianos, roteiro bem interessante.

Mas nem todo mundo imagina como Gramado e Canela são legais para levar as crianças! Em novembro e dezembro, especialmente, a cidade promove o Natal-Luz, com desfiles e apresentações diárias de peças e musicais que remetem ao Natal. No resto do ano, mesmo sem o Natal-Luz, ainda tem muita coisa bacana para as crianças fazerem nestas duas cidades. Para quem tem filhos pequenos, vale a pena!

Parque natural

O melhor para as crianças é o Parque do Caracol, onde fica a Cascata do Caracol, queda livre de 131 metros, linda mesmo. Além das trilhas e de um elevador panorâmico para ver a cascata de outro ângulo, há um trenzinho que leva as crianças até uma mini-aldeia dos imigrantes italianos e alemães. As crianças também se divertiram catando pinhões na mata. A 500 metros dali tem o Teleférico de Canela, um passeio de 20 minutos que permite ver a Cascata do Caracol e a Cascata do Vale da Lageana. Dá para passar a manhã entre os dois programas. O único senão é que só dá para fazer este passeio em dias de sol mesmo.


Parques temáticos

Aldeia do Papai Noel

As principais atrações são a Casa do Papai Noel e a Fábrica de Brinquedos. Além delas há outras atrações menores, como a Árvores dos Desejos, a Casinha dos Três Porquinhos, a Capela e até um alojamento para hospedagem de Papais Noéis do Brasil todo. Também é possível ver renas de verdade. A Casa do Papai Noel, uma casa em estilo bávaro construída em 1940, toda montada como se Papai Noel morasse lá, é lindinha mesmo. E Papai Noel está lá de chinelos para receber as crianças. A fábrica também tem detalhes interessantes para olhar. Dá para dar uma volta no jardim, andar de trenzinho e ver as demais atrações do parque em uma manhã ou tarde, no máximo. Passeio recomendado para dias de sol.

Mini Mundo

O Mini Mundo promete ‘miniaturas do mundo todo’, mas na verdade concentra-se mesmo em miniaturas de construções alemãs. Tem um pouco do Sul do Brasil, de Minas Gerais e até o Aeroporto de Bariloche, mas o forte mesmo é Alemanha, tudo 24 vezes menor do que o tamanho real. Não deixa de ser bonitinho e curioso. São milhares de pequenos detalhes, como a noiva saindo da igreja no colo do noivo, uma festa de aniversário num jardim, as filmagens de Rapunzel no castelo. Pegue o jornalzinho e acompanhe as ‘notícias,’ procurando os protagonistas delas nas miniaturas. O parque é pequeno e dá para ver tudo em duas horas no máximo. Como tudo é descoberto, é melhor fazer o passeio em dias de sol.

Parque de diversões

Alpen Park

O Alpen Park é programa para um dia inteiro. E escolha um dia de tempo bom, do contrário perde-se muito da graça do local. Algumas atrações têm filas, como o trenó; e outras têm horários rígidos, como o passeio de quadriciclo. Assim, o ideal é chegar relativamente cedo e se organizar para poder aproveitar. Dói no bolso, mas vale a pena. As atrações radicais mais legais são o trenó, o quadriciclo e a tirolesa, que aliam a aventura às paisagens lindas do local. Fora isto há cavalgada, cinema 4D, o Mistério da Monga e outras pequenas atrações.


Museus infantis

Mundo a Vapor

Surpreendente, foi ótimo programa para um dia de chuva. A maior parte do museu é dedicada a espaços com usinas e fábricas em miniatura, que mostram os diversos tipos de energias – a vapor, humana, animal, hidráulica, eólica, etc. Uma mini fábrica de papel produz papel na hora, que as crianças levam de lembrança para casa. Monitores explicam os processos. Há diversas máquinas a vapor montadas no local. Do outro lado, uma sala e uma oficina dos imigrantes alemães, montadas com cenários, fotos e até algumas peças originais. Passeio para algumas horas, ótimo para dias de chuva.

Museu de cera Dreamland

Tudo bem que as figuras de cera são bem ‘meia-boca’, algumas ruins e outras mais ou menos. Mas os cenários são bem legais e compensam as figuras. Tem um saloon, um barco pirata e até uma sala do terror. A última figura de cera é um momento de mau-gosto: Lady Di no banco de trás de um ‘carrão’… 🙂 Ainda assim, é diversão na certa para as crianças, principalmente em dias de chuva. Em duas horas no máximo dá para ver todo o museu.

Hollywood Dream Cars

Um museu de automóveis clássicos antigos, principalmente da década de 50, todos conservados e funcionando. Ao lado, serviço de aluguel de um superesportivo – entre eles carros Ferrari, Porsche, Corvette ou Mustang, para dirigir ou passear de carona, por preços nada convidativos. O museu é pequeno, dá para ver tudo em menos de uma hora, a não ser que as crianças estejam acompanhadas de um adulto ficcionado pelo assunto!

Outras atrações

Maria Fumacinha

Não é um trem, mas uma jardineira, aquele ônibus/bonde sem vidros nas janelas. A Maria Fumacinha sai de meia em meia hora do centro de Gramado, bem na frente do relógio com termômetro, ao lado da Catedral. Paga-se ao entrar. A Maria Fumacinha faz um passeio de uma hora e meia mais ou menos, passado pelos bairros mais bonitos da cidade e parando no Lago Negro, onde há pedalinhos para as crianças brincarem.


Comilanças e guloseimas

Gramado também tem gastronomia para as crianças!

Primeiro, elas vão adorar as fábricas de chocolate espalhadas pela cidade. A maioria delas tem degustações e alguns brinquedos para as crianças. A melhor delas, a Caracol, tem um tour que mostra o maior coelho de chocolate do mundo e a fabricação das ‘ramas’ ao vivo, bem como cenários contando a história do chocolate e até algumas pequenas esculturas deste material. No fim, gasta-se o ‘ingresso’ na enorme loja de chocolates da fábrica.

As galeterias são ideais para almoçar. Todas têm praticamente o mesmo cardápio, no qual reina o galeto, que é divino mesmo. A Giuseppe (Rua Garibaldi, 23 – tel. (54) 30360007) é uma das mais tradicionais. A refeição começa com o capeletti in brodo, em seguida são servidos o galeto e outras carnes como lingüiça e costela, tudo acompanhado de salada verde, salada de batatas e polenta frita. Se quiser, há a opção de pedir uma massa com molho. Agrada crianças e adultos também.

O café colonial é outra opção que enche os olhos das crianças. Os adultos já não acham tanta graça naquela ‘montoeira’ de comidas, mais quantidade do que qualidade mesmo. Mas os pequenos adoram ‘almoçar’ salgadinhos, pães, frios, bolos e doces. No fim, ainda tem um buffet com mais de 20 tipos de sobremesas – entre bolos, tortas, doces e sorvetes. Se tiver coragem de encarar a comilança, uma boa opção é o Café Colonial Gramado.

Mas o programa gastronômico mais legal foi mesmo a sequência de fondues. Vários restaurantes em Gramado oferecem esta refeição de três fondues, começando pelo de queijo, passando pelo de carne e finalmente chegando no de chocolate. O de queijo, bem tradicional, tem pãozinho e batatinhas para mergulhar no queijo cremoso. O de carne é o mais legal: é colocada na mesa uma chapa de pedra, com o fogo embaixo, e as crianças mesmo escolhem seus pedaços de carne e colocam na chapa para assar. Com crianças pequenas, é recomendável pedir ao restaurante que retire a carne de porco e deixe apenas a de vaca e frango. Assim elas podem se esbaldar em preparar as receitas, já que as carnes vêm acompanhadas de mais de 15 potinhos de molhos, os mais variados. No fim, um fondue de chocolate com frutas variadas fecha supimpamente a refeição. Uma delícia mesmo! Gostamos muito do La Gruyère (rua João Petry, 74 – tel. (54) 32867272). Outro lugar legal é o Gasthof Edelweiss (rua da Carriere, 1119 – tel. (54) 32861861).

Boa viagem 🙂

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Uma das coisas mais legais de viajar são as surpresas que surgem pelo caminho, como uma paisagem quase quadro de Monet, que encontramos na saída da vinícola Herdade do Esporão em Portugal. Ou um restaurante charmoso com uma comida deliciosa e um atendimento caloroso, que ninguém indicou, mas que você achou apenas virando uma esquina. Os exemplos são muitos. Quem viaja, seja perto de casa, pelo Brasil ou pelo mundo, certamente tem suas histórias para contar.

Uma das pequenas surpresas da recente viagem a Portugal foi a feira da cidade de Estremoz, onde paramos para almoçar no caminho entre Évora e Óbidos. Descobrimos naquela manhã que, aos sábados, Estremoz hospeda uma feira super legal, que junta alimentos, produtos agrícolas e objetos usados e antigos, tudo no mesmo local. Um dos programas simpáticos para fazer no Alentejo.

E feira em Portugal tem o quê?

  • Tem animais vivos, frutas, verduras, legumes e… antiguidades. Tudo junto.
  • Tem senhores e velhinhos vestidos quase todos com a mesma roupa: calça de tecido, camisa de botões e de manga comprida e boina.
  • Tem cabeça de bacalhau.
  • Tem promoção de $1,99 nas barraquinhas de antiguidades.
  • Tem disco do Robertão para vender.

Produtores rurais trazem para a praça principal da cidade, a Rossio Marquês de Pombal, sua produção de queijos frescos e vinhos; mais verduras, legumes e frutas; galos, galinhas, patos e coelhos…

Atentem para o ‘uniforme’ de quase todos os senhores que frequentavam a feira 🙂

Foi a primeira vez que vi cabeças de bacalhau.

Que lindos e delicados os aspargos bravos, deu vontade de trazer para o Brasil.

Móveis e badulaques, tinha até promoção de 1,99 (ou um pouco mais, em euro!)

E até o Robertão estava a venda lá 😀

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Dois leigos, mas apaixonados por vinhos, começando uma viagem a Portugal pela região do Alentejo, provavelmente a segunda região vinícola mais importante do país depois do Douro. Resultado: entre os passeios, vamos às vinícolas!

Pesquisamos muito e ficamos com Adega da Cartuxa e com a Herdade do Esporão. A Cartuxa foi escolhida por ser uma vinícola antiga e tradicional, do grupo Fundação Eugénio de Almeida (FEA), que engarrafa o famoso Pêra Manca, um dos vinhos portugueses mais conhecidos e admirados. A Herdade do Esporão foi escolhida pelo contraste, já que se trata talvez da maior vinícola da região, além de ser dona dos vinhos Esporão, também muito conceituados no mercado.

Para quem tiver tempo, outras vinícolas interessantes no Alentejo que ficaram na vontade: as tradicionais Herdade do Mouchão e Herdade Perdigão, a moderna João Portugal Ramos e a artesanal Quinta do Mouro.

Adega da Cartuxa

Visitamos o prédio histórico da Adega Cartuxa–Quinta do Valbom, vizinha ao Convento dos Cartuxos, e que fica no local do antigo refeitório dos jesuítas que lecionavam na Universidade de Évora nos séculos XVI e XVII. É nesta sede antiga que descansam os grandes vinhos da FEA, como o Cartuxa e o Pêra Manca, tanto nos barris de carvalho como nas garrafas. Lá também é feita a visita e a degustação de vinhos e azeites.

Curioso que os vinhos nos barris descansam escutando canto gregoriano… Depois, no silêncio das caves, estes mesmos vinhos descansam nas garrafas. A arquitetura de paredes grossas e corredores laterais às grandes salas, faz com que a temperatura dentro do prédio seja praticamente constante, variando por volta dos 21º C.

Também foi legal saber que a produção vinícola da Adega da Cartuxa, assim como os demais negócios agropecuários da FEA, tem seus lucros revertidos para projetos de educação, artes e restauração do patrimônio histórico e arquitetônico da região.

Para fazer a visita na Adega da Cartuxa, escrevemos para a Enoturismo Cartuxa, que nos respondeu indicando os três tipos de visitas oferecidos pela adega:
– Visita Cartuxa – inclui visita à adega e uma prova de 3 vinhos da FEA, preço de 7,5 euros por pessoa;
– Visita São Bruno – inclui visita à adega e uma prova de 3 vinhos escolhidos pelo cliente de toda a gama da FEA, a escolha poderá ser feita a partir do site. Preço de 20 euros por pessoa;
– Visita Sto. Inácio de Loyola – inclui visita à adega e uma prova de 5 vinhos escolhidos pelo cliente de toda a gama da FEA, a escolha poderá ser feita a partir do site. Preço de 30 euros por pessoa.

Valeu a pena! O atendimento e a organização na Adega Cartuxa foram perfeitos. Provamos os vinhos escolhidos, desarrolhados na nossa frente, junto com uma degustação de três azeites produzidos pela FEA. Foi um dos passeios mais legais da viagem. E ainda deu para comprar alguns dos vinhos degustados no preço especial da vinícola.

Herdade do Esporão

A Herdade do Esporão foi uma experiência totalmente diferente! Lugar enorme, paisagens magníficas, uma sede linda e uma linha de produção de vinhos gigantesca. Quem já viu ou já tomou o Monte Velho ou o Alandra? Pois é, são produzidos lá na Herdade do Esporão.

Fizemos aqui a visita como manda o figurino, desde as plantações de uvas, passando pela fabricação propriamente dita, o descanso em barril, o engarrafamento, o repouso das garrafas nas caves e a rotulagem e embalagem dos vinhos.

Entre curiosidades da Herdade do Esporão está a plantação de tremoço no meio dos parreirais para ajudar no equilíbrio dos nutrientes do solo.

Outra coisa interessante que pouca gente deve saber é que o processo de vinificação dos vinhos Garrafeira – Private Selection, um pequeno volume perto dos outros rótulos produzidos na Herdade do Esporão, é feito separadamente e ainda envolve, hoje, a maceração das uvas pela pisa a pé! Olha a escadinha ao lado destes tanques… é aí mesmo.

Na Herdade do Esporão também é conveniente agendar a visita. Porém, mesmo enviando email duas vezes para o endereço indicado no site, não obtivemos resposta. O jeito foi telefonar (tel. +351 266 509 280) para confirmar a visita. O atendimento ao público na Herdade do Esporão foi correto, mas não caloroso como na Adega Cartuxa.

Há alternativas de visitas a escolher. A visita básica com a degustação de um vinho a escolha da casa não tem custo. Há degustações de rótulos da casa, oferecidas lá mesmo no bar/restaurante da sede da vinícola. São diversas opções, com preços variados, a partir de 15 euros por pessoa.

Na saída, uma surpresa: um quadro de Monet ao vivo. Um olival da Herdade do Esporão, onde as oliveiras repousam em um tapete de flores do campo roxas. Lindo demais!

A propósito, comprar vinhos nas vinícolas é o melhor negócio para conseguir bons preços. Se não for possível, outra boa opção são as ‘garrafeiras’, ou seja, lojas de vinhos, de preferência nas pequenas cidades. A melhor que encontramos foi o Restaurante e Garrafeira A Casa (Praça 25 de abril, 51-52, tel. +351 262 590 120) em Alcobaça. Em Lisboa, além do Club Gourmet do El Corte Inglés, encontramos os melhores preços e o melhor atendimento na Manuel Tavares, Lda. Mercearias Finas (Rua da Betesga 1A e 1B, Rossio, tel. +351 213 424 209).

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Foram tantas as aventuras que renderam bons quilos a mais… mais para mim e menos para o Mike, claro 🙂 Mas posso dizer que aproveitamos ao máximo, fazendo desta viagem a Portugal uma experiência cultural mas também enogastronômica. Com recomendações, causos e curiosidades para contar.

E PARA COMEÇAR, APERITIVOS

Quase em todos restaurantes portugueses, assim que sentamos à mesa, são colocados os aperitivos. No mínimo pão, manteiga e azeitonas. A atitude mais sensata, pelo menos na maioria das vezes, é recusá-los. Isto porque eles pesam – no estômago (já que os pratos individuais são geralmente muito fartos) – e no bolso também. N’O Fialho em Évora, por exemplo, só o pratinho de presunto cru (maravilhoso, diga-se de passagem) acrescentou 15 euros (!) na conta final. Abaixo, uma típica mesa farta de aperitivos.

PRATO PRINCIPAL

No interior do país há muitos, muitos mesmo, restaurantes que são tocados pelo marido (que serve as mesas) e pela esposa (que geralmente fica na cozinha). Em Lisboa, cidade grande, isto já muda. E é uma delícia ser recebido e servido pelo dono, que vai dizer quais são os pratos do dia e vai saber indicar um bom vinho. Basta dizer quanto você quer gastar e do que gosta e a indicação vem certeira. E eles fazem questão de saber, ao final da refeição, se realmente gostamos do prato servido.

A maior figura da viagem encontramos no restaurante A Maria (Rua João de Deus, 12, tel +351 268 431 143), em Alandroal, cidade próxima a Évora no Alentejo. Fomos tão bem recebidos e a comida era tão boa que voltamos lá no dia seguinte! Seu Cândido nos rendeu boas risadas. Primeiro nos disse que alguns clientes brasileiros lhe tinham dito que o restaurante dele era melhor do que um ‘famoso de São Paulo, um tal de Aquarius’ (não seria Antiquarius?!?), depois nos disse que estava feliz pois um descendente de portugueses estava ‘a disputar a Presidência do Brasil, o Manoel Serra’ (não seria José Serra?!?). No primeiro dia recusei a sobremesa e disse que não podia engordar. Na saída, ele me pegou pelo braço e olhou nos meus olhos bem sério e disse: ‘A senhora não está gorda, pare com isto!’ Eu quase acreditei 🙂 Sua esposa, a Maria, vinha à mesa ao final da refeição e contava como fazia os pratos. Que borrego (cordeiro) maravilhoso… No segundo dia ela me convenceu a comer sobremesa, me levou atrás do balcão e me fez colocar a mão no Bolo Rançoso para ver como ainda estava quente, recém-saído do forno 🙂 E não me arrependi, que bolo divino… Se estiver em Évora, vale muuuito a pena ir a Alandroal e comer no A Maria.

O borrego (cordeiro) em apresentação super tradicional e ‘rústica’ no restaurante A Maria em Alandroal…

… E o borrego (cordeiro) em uma apresentação super moderna do restaurante Alma, em Lisboa.

Também comemos muito bem no Alma, em Lisboa, que foi uma indicação do @bronza, ‘amigo tuiteiro’. Confesso que ficamos surpresos no início, pois o Alma não tinha aquele ambiente ‘legítimo português’ – sendo o tipo de restaurante que, depois que você entra, poderia estar em Lisboa, Nova York ou São Paulo (atentem para a luminária – que fica girando e parece uma nuvem de verdade). Mas a cozinha do conceituado chef português Henrique Sá Pessoa é uma interpretação moderna da tradicional cozinha portuguesa. Há vários menus-degustação legais, mas quisemos escolher os pratos um a um. Além do borrego ‘moderníssimo’ da foto acima, comemos entradinhas deliciosas e um bom polvo; e uma das sobremesas da noite entrou na lista das melhores da viagem, o arroz doce perfumado com baunilha, creme de pera e raspas de chocolate negro. O vinho Alento, que tomamos no Alma, foi uma das grandes (e boas) ‘enosurpresas’ da viagem.

O outro restaurante digno de nota da viagem foi O Alcaide, na cidade de Óbidos. Também um restaurante familiar, o dono entendia muitíssimo de vinhos e tinha uma carta de vinhos enorme, que além dos rótulos vinha recheada de poemas e ditados sobre a bebida 🙂 A indicação do vinho, safra de 2003, foi a dedo e agradou muito. Aqui comemos o melhor prato da viagem, um fantástico polvo a lagareiro. O bacalhau recheado com queijo da Serra e acompanhado de maçãs e castanhas assadas estava divino também. O único senão do lugar foi a falta de boas sobremesas portuguesas.

PAUSA PARA UM CAFÉ

A MELHOR hora do dia. Os portugueses páram (e nós também parávamos) para o café com um docinho à tarde. O café quase sempre é excelente, bem tirado e ‘farto’, e não é tão caro como em outros países da Europa (cortava o coração tomar um espresso na Itália, às vezes ‘um dedo’ de café por 4 euros!). Bons segredos para aproveitar os melhores doces: primeiro, pastelaria cheia – onde há rotatividade e os doces são mais fresquinhos (e não dá para fazer como em Ribeirão Preto, onde a atendente da padaria avisa que aquele doce é do dia anterior…) e segundo, escolher o doce mais típico do lugar – geralmente mais fresco ainda.

A Pastelaria Conventual Pão de Rala (R Cicioso 47, tel. +351 266 707 778) em Évora foi uma das primeiras doces surpresas. Lugar bem escondidinho e fora de mão, mas uma jóia. O doce típico da região, o Pão de Rala (pão recheado com amêndoas e doce de gila, espécie de abóbora) e o Mel e Nozes (bolo de panquecas recheado de creme de ovos com mel e nozes) tinham acabado de sair do forno e estavam divinos.

Fiquei pensando neste nome tão diferente, ‘pão de rala’, que não tem a ver com nenhum dos ingredientes envolvidos na sua receita. E me veio à cabeça que talvez este nome possa ter origem no pão challah, considerando que o Alentejo abrigou uma grande população judaica, ali instalada desde o período da ocupação muçulmana. Quem sabe meus ‘amigos tuiteiros’ professores de gastronomia @aureateodoro, @BergamoM e @Gourmandise ou as amigas portuguesas do Facebook – Ameixa, Alcina e Helena – possam trazer uma luz ao tema 🙂

Os travesseiros de Sintra e os pastéis de Cruz Alta, junto com os pastéis e as queijadinhas de Sintra, também ficaram entre os melhores doces, na divina pastelaria Café A Piriquita (Rua das Padarias, 1, tel. + 351 219 230 626) em Sintra.

Last but not least, os melhores pastéis de nata de Portugal, na pastelaria Pastéis de Belém, ao lado do Mosteiro dos Jerônimos em Lisboa. Estes pastéis agradam tanto os ‘locais’ como os turistas e são bem famosos, pelo que o lugar está sempre muito cheio. A melhor hora é pela manhã, bem cedo, quando os turistas ainda não chegaram e os ‘locais’ estão tomando seu primeiro café com pastel de nata do dia. Depois, mais tarde, tem que ter paciência para enfrentar fila e empurra-empurra. Mas compensa, e muito. Estávamos ‘trucando’ que aquele pastel de nata seria melhor do que outros que comemos. Pois ele é! Fresquíssimo, massa folhada fininha e crocante, recheio quente e saboroso, doce na medida certa. Vale a pena.

E o ranking completo da viagem a Portugal…

Melhores restaurantes:
A Maria, em Alandroal
O Alcaide, em Óbidos
Alma, em Lisboa

Melhores pratos:
Borrego assado com batatas d’A Maria
Polvo a Lagareiro d’O Alcaide
Leitão assado a moda de Covões no Martinho da Arcada de Lisboa

Melhores sobremesas:
Manjar das Chagas do restaurante da Pousada D. João IV em Vila Viçosa
Bolo Rançoso d’A Maria em Alandroal
Arroz doce perfumado com baunilha, creme de pera e raspas de chocolate negro do Alma em Lisboa

Melhores doces:
Pastel de Nata do Pastéis de Belém em Lisboa
Pão de Rala da Pastelaria Conventual Pão de Rala em Évora
Travesseiros de Sintra d’A Periquita em Sintra

Melhores vinhos tintos:
Cartuxa Reserva 2006
Pera Manca 2005
Alento Luis Louro 2006
Quinta dos Roques Reserva 2007
Quinta do Portal 2003

Melhores vinhos brancos:
Pera Manca 2007
Esporão Private Selection 2008
Fournier Père & Fils Sancerre 2007

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