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Em grupos de discussão no Facebook, que reúnem pessoas que gostam  muito de ler e de viajar, surgiu o tema dos livros de viagem. Diria que são duas as categorias. A dos livros de viagem propriamente ditos, ou os diários de viagem, que relatam viagens, percursos, trilhas. E outra dos livros que nos levam a viajar por  culturas diferentes.  Como leitora e viajante contumaz, gosto muito dos dois tipos.

Pois esta primeira categoria de livros me lembrou muito do Daniel Piza, um cara sensacional que, infelizmente, foi embora muito cedo deste nosso mundo. Tenho muita saudade dos textos do Daniel, um cara extremamente culto e bastante maduro para a idade, que escrevia textos sempre muito ponderados.

Há um do Daniel, em especial, que tirei do jornal O Estado de S. Paulo e pendurei junto a outros textos queridos no meu mural no escritório. Este texto, do qual recortei sem querer a data, foi escrito por ocasião da Copa do Mundo na África do Sul em 2010 e chama-se O vento do mundo.

Como sempre, um baita texto do Daniel. Do qual divido com vocês algumas passagens.

“É uma expressão que li no jornalista H.L. Mencken, “to feel the wind of the world on your face”, quando falava da necessidade do jornalista e escritor  de ver as coisas por si próprio, de se mexer e viver experiências que não fazem parte de suas origens sociais e/ou geográficas.”

“…qualquer pessoa só terá a ganhar se sair do seu mundinho, abrindo a cabeça para outras realidades, ainda que incômodas. Somos condicionados de muitos modos pela criação que tivemos, o que significa que precisamos nos recriar para nos ver melhor, e nada como ter contato com outras classes e culturas para perceber os condicionamentos.”

“A boa narrativa de viagem não é escrita com facilidade. O escritor precisa vencer boa parte dos preconceitos e fazer um novo encontro entre a sua subjetividade e aquilo que objetivamente viu e viveu; precisa combinar o pessoal e o informativo, o ponto de vista e o desprendimento, a crônica e o ensaio.”

Daniel Piza, no texto, indica uma série de livros de viagem bacanas. São eles:

    • Ébano, de Riszard Kapuscinsky: “Kapuscinsky viajou décadas por quase todos os cantos da África, e essa coletânea é a melhor introdução ao seu trabalho.”
    • O Safári da Estrela Negra, de Paul Theroux: “Theroux conta uma viagem inacreditável que fez: desceu do Cairo até a Cidade do Cabo, nos mais variados meios de transporte, conversando sempre com os habitantes.”
    • Sir Richard Francis Burton, de Edward Rice: “biografia do explorador e erudito Sir Richard Francis Burton, uma narrativa poderosa de sua busca pela foz do Nilo e sua conversão ao islamismo”.
    • Arabian Sands, de William Thesinger: “Thesinger virou lenda com suas viagens e seu estilo; sua obra mais famosa, Arabian Sands, é estudada em todos os cursos do gênero”. (sem tradução para o português)
    • Journey without maps, relato de Graham Greene sobre a Libéria. (sem tradução para o português)
    • African Diary, de Bill Bryson. (sem tradução para o português)

Claro que estes livros foram para a minha loooonga lista de livros para ler. Paul Therox é bastante conhecido e já foi recomendado por muita gente. Bill Bryson é um escritor do qual já li outros livros e gosto muito.

Mas este assunto ainda rende muita conversa. Nas próximas semanas, uma lista compilada por mim e por amigos de bons livros de viagem. E, mais para frente, recomendações também de livros que viajam por outras culturas, tão bacanas para ler antes de ir para algum lugar.

Saudades, Daniel.

 

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Ainda criança, já com alma de viajante e “mal-acostumada” pelos meus avós e meus pais a gostar de viajar, meu sonho era ter um globo terrestre. Ganhei um de aniversário e a brincadeira predileta era rodar o globo de olhos fechados e colocar o dedo em algum lugar dele:  era para lá que seria minha próxima viagem. Tive a sorte de me casar com outra alma viajante e aventureira, também um apaixonado por mapas, atlas, bandeiras e História. Dei de presente para o meu viajante, há alguns anos quando ele montou o escritório novo, um mapa-múndi de parede. Sabia que era algo que ele ia gostar.

Também, pudera: ter um mapa-múndi na parede é sonho de muitos viajantes.  Já pensou quantas viagens e quantas conversas vão surgir ao redor dele? E foi assim que outro dia esta conversa sobre mapas-múndi apareceu no Facebook, coincidentemente na mesma semana, em um grupo de viagens e em seguida em uma foto postada pela Carla Portilho, viajante de carteirinha e que tem um blog muito bacana, o Idas e Vindas.

Foi dando as ideias de mapas de parede para a Carla que resolvi dividi-las como todos vocês.

Os mapas são todos importados. Não achei, no Brasil, nenhum local que venda mapas de parede pronta-entrega. Se alguém souber, nos conte. Mesmo nos EUA, de onde são minhas sugestões, todos os mapas são vendidos somente pela internet. Para quem vai viajar, o ideal é encomendar seu mapa e pedir para entregar no hotel ou na casa de algum amigo que more lá. Ou achar alguém que se prontifique a trazer um tubo de papelão com seu mapa na mão 🙂

Vale a pena anotar os endereços abaixo, pois são presentes bacanas e que não custam muito caro. A Amazon tem a melhor seleção de mapas-múndi de parede. Mas você também vai encontrá-los na Pottery Barn e na Wall Spirit, além de uma versão infantil na Toys “R” Us.

AMAZON

Aqui a Amazon indica os mapas de parede mais vendidos. Selecionamos os mais bacanas entre eles:

World Classic Wall Map

Versão mais recente do mapa geopolítico elaborado pelos cartógrafos da National Geographic. Tamanho aproximado: 110 x 76 cm. É um adesivo laminado, fácil de limpar e prático: dá para fazer anotações com canetas a base de água e limpar/apagar depois. Preço: US$24.99.

World Wall Map Deluxe Laminated (M Series Map of the World)

Mapa geopolítico elaborado pela tradicional editora especializada em mapas, atlas e livros didáticos Rand McNally. Indica as latitudes e longitudes e os nomes dos países e das principais cidades. É o maior deles. Tamanho aproximado: 127 x 81 cm. Também um adesivo laminado, fácil de limpar e prático. Preço: US$24.95.

World Executive Wall Map Laminated (World Maps) (National Geographic)

Outro mapa da National Geographic, só que este, em tons sépia, imita um mapa antigo. Tamanho aproximado: 116 x 76 cm. Também um adesivo laminado. Preço: US$24.99.

Illustrated Map of the World for Kids (Children’s World Map) (Wall Map, Laminated)

Muito bacana para crianças, este mapa vem com a superfície laminada e plastificada e permite que se escreva nele com caneta marcadora ou qualquer caneta a base de água. Vem com centenas de ilustrações de animais, monumentos históricos, navios e barcos; além de rios, montanhas e nomes de países e capitais. Da editora Akros. Tamanho aproximado: 100 x 70 cm. Preço: US$19.99.

POTTERY BARN

Jumbo World Map Mural

É um mapa topográfico e não geopolítico. São oito adesivos que unidos formam o mapa, gigante, que ocupa uma boa parede. O bacana deste mapa é que pode ser colocado de três formas diferentes na parede e assim enfatizar/centralizar as Américas, a Europa/África ou a Ásia. Também um adesivo laminado, fácil de limpar e prático. Preço: US$199. Tem preço em reais (bem salgado!), para entrega no Brasil: R$476,10.

TOYS “R” US

FAO Schwarz Big World Map

Mapa infantil, mas que não deixa de ter seu charme e de ser uma ideia bacana para dar de presente para crianças. Não é adesivo. Possui ganchos para pendurar na parede de forma fácil e pode ser transportado em uma malinha própria. Vem com 60 imãs para a criança brincar de “colar” nos lugares certos, com nomes de países, cidades e bichos. Tamanho aproximado: 180 x 120 cm. Preço: US$79.99.

WALL SPIRIT

Site especializado em adesivos, vende um mapa-múndi estilizado, só com os contornos, mais decorativo mesmo. Dá para escolher entre 30 cores diferentes e  tamanhos entre 60 x 30 cm e 238 x 120 cm. Se quiser, dá para enfeitar/marcar lugares no mapa com cristais Swarovski! Preços a partir de US $39,95.

Agora é só escolher o seu 😀

Em tempo: depois de publicado este post, a @Marcie14 me sugeriu incluir nele a Studio Decore, uma opção nacional de adesivos de mapa-múndi. O preço é um pouco mais salgado do que dos mapas mostrados acima, mas pode compensar para quem não tem a possibilidade de comprar fora e trazer para cá. Obrigada Marcie 🙂 A Mirelle Siqueira, do blog 13 Anos Depois…, também sugeriu a loja europeia Maps International, que vende online mapas lindíssimos. Confiram estas outras alternativas também!

 

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Como já contei neste post, desta vez nosso tempo em Nova York era muito curto e tivemos que escolher entre as dezenas de opções de comidas de rua na cidade. Assim, ficamos com aquelas que estavam mais próximas do nosso hotel e aproveitamos um final de semana corrido para provar as delícias de alguns dos carrinhos da região.

No Midtown a meca da comida de rua é a Sexta Avenida, em especial as esquinas entre as ruas 43 e 56. Neste pedaço estão estacionados alguns dos carrinhos mais famosos da cidade.

Selecionei alguns entre os mais citados e/ou premiados pelo público nos últimos anos, seguindo indicações do Vendy Awards e de outros guias como o Yelp. Infelizmente, por ser pleno verão e época de férias na cidade, muitos carrinhos não estavam funcionando. Se puder escolher, vá em outra época.

Ficamos sem provar os previamente selecionados El Rey del Sabor,  Daisy May BBQ,  Jamaican Dutchy,  Hallo Berlin e   Carnegie John’s.

Mas conseguimos experimentar as delícias do Trini-Pak Boys, do Kwik Meal, do Byriani, do Moshe’s Falafel, do Kim’s Aunt Kitchen e, claro, do Famous Halal Guys.

Aproveitem e comam conosco 🙂

TRINI-PAK BOYS

Comecei meu tour gastronômico de rua justamente na esquina direita da rua 43 com a Sexta Avenida, no carrinho dos Trini-Pak Boys. Os donos são um casal, ela de Trinidad & Tobago e ele do Paquistão. A mistura de cozinhas deu certo aqui. Escolhi o prato de resistência, o Pakistani chicken and rice plate, cujo molho de pimenta tem toques da cozinha de Trinidad, e adorei. Arroz basmati sequinho, frango desfiado e muito bem temperado por cima, um molho de iogurte campeão e um pouco de molho de pimenta. Preço:  US$ 4,00 por um prato que serve uma pessoa. Uma surpresa, não esperava tanta gustosura de tão pouca belezura.  Eles também têm alguns “especiais do dia”, que podem ser um curry ou um chicken tikka masala, que ficarão na vontade. É bom chegar cedo porque formam-se filas e as comidas acabam 🙂

KWIK MEAL

Em seguida provei a comida do Kwik Meal, na esquina esquerda da rua 45 com a Sexta. Interessante que, aqui, são dois carrinhos com o mesmo nome, mas só no que está mais perto da esquina – e que coincidentemente tem mais filas – trabalha um chef  “de verdade”, que frequentou escolas de gastronomia e trabalhou no Russian Tea Room, o Mohammed Rahman, vindo de Bangladesh. Dá para sentir seu “grau de celebridade”, já que ele adora posar para as eventuais fotos dos gulosos na fila. Diz o chef do Kwik Meal que seu lamb gyro  não é feito com carne processada de cordeiro como no tradicional shawarma, mas com cubos de cordeiro marinados em um molho de iogurte com papaya verde, cominho e sementes de coentro, entre outros temperos. Provei o lamb gyro e estava mesmo muito bom, cordeiro bem macio e saboroso. Por US$ 9,00 um prato que serve duas pessoas.

BYRIANI

Na esquina seguinte, no mesmo ponto, fica o Byriani, especializado em comida indiana. O dono, Meru Sikder, também vindo de Bangladesh, foi cozinheiro no restaurante do hotel Hilton de New Jersey por oito anos e serve uma comida com ingredientes frescos e de qualidade, tentando replicar a comida de rua das cidades indianas. Eles são famosos pelos kati, que são uma espécie de “taco indiano” feito com pão chapati. Uma delícia mesmo, por US$ 4,00 cada.

 MOSHE’S FALAFEL E KIM’S AUNT KITCHEN

Atravessando a Sexta Avenida, do outro lado da rua 46, ficam o Moshe’s Falafel e o Kim’s Aunt Kitchen. O primeiro, como o próprio nome diz, especializado em falafel, estes deliciosos bolinhos fritos feitos com massa de grão de bico. Não tive coragem de provar o sanduichão gigante de pão pita recheado com salada e vários falafel e fui na mini porção de cinco unidades de falafel. Uma delícia. Crocantes, sequinhos, macios por dentro, acompanhados por um delicioso molho tahini, por apenas US$ 3,75.

Ao lado, o Kim’s Aunt Kitchen é um latino especializado em fish & chips 🙂  Escolhi o linguado frito com batatas fritas e embora as batatinhas estivessem ótimas, o peixe estava um pouco encharcado de gordura. Uma pena, pois percebia-se que era peixe fresco mesmo. Preço: US$ 6,50 um prato que serve bem uma pessoa.

DICA:  Seguindo pela rua 46, quase chegando na Quinta Avenida, à direita tem uma praça com mesinhas, cadeira e bancos que é ótima para quem vai se aventurar na comida de rua e quer saboreá-la com um pouco mais de conforto.

 

53TH & 6 AVE E FAMOUS HALAL GUYS

 A jornada gastronômica terminou na provavelmente mais movimentada esquina da comida de rua novaiorquina, da Sexta Avenida com a rua 53. Na esquina do lado esquerdo, dois carrinhos. Um deles, o mais próximo da esquina e sem nome, é reconhecido pela boa comida e pelo slogan “Different. Tasty. Delicious.” Do lado direito, o carrinho de comida mais famoso da cidade, os chamados Famous Halal Guys.  As filas neste lugar são absolutamente gigantescas, mas a qualidade da comida é controversa. Há gente que não acha nada demais e outros que endeusam os pratos deste carrinho. Pesquisei a respeito e, na realidade, os verdadeiros Famous Halal Guys só ficam neste ponto após às 7 horas da noite. Antes, é outra turma que ocupa o mesmo pedaço.

Assim, como era de dia, resolvemos ficar com a comida do lado esqurdo da rua mesmo 🙂 Se a comida nesta esquina é melhor do que as dos outros locais não sei, mas que os caras são bons de marketing, isto são. Os cozinheiros/vendedores de rua mais simpáticos que encontramos.  Provamos o combo de chicken and lamb rice, que por US$ 6,00 servia bem uma pessoa. Era  gostoso.

Enquanto isto, a fila do outro lado para provar a comida dos “falsos” Halal Guys ia crescendo… 😀

 Do que gostei mais? Acho que do Trini-Pak, mas talvez por ter sido o primeiro, a surpresa que tirou o ranço de que comida de rua é sem graça e sem sabor. Mas também adorei os falafel crocantes, quentinhos e sequinhos do Moshe’s Falafel. E os cubos de cordeiro do Kwik Meal. E o pão macio e fresquíssimo do Byriani. 

Ùltimas recomendações para quem quer se aventurar neste mundo da comida de rua novaiorquina:

  • melhor ir acompanhado se quiser provar vários pratos ou a comida de vários carrinhos. Com raras exceções, as porções são bastante grandes.
  • leve dinheiro trocado para facilitar a vida deles – e a sua também.
  • cuidado com os molhos apimentados – os hot sauces – todos têm e eles são parte importantíssima do seu prato. Porém, peça sempre para colocarem só um pouco, ao lado do prato, pois os molhos são bem fortes e podem arruinar sua refeição.
  • bole uma estratégia prévia de onde vai comer, seja na praça na rua 46 ou mesmo em outro parque, e vá rápido para seu local de piquenique para a comida não esfriar 🙂

 Aproveite. E venha me contar suas experiências depois!

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 Semana passada teve post com sugestões de lugares bacanas para almoçar em Nova York. Entre restaurantes, mercados gourmet e fastfood, faltou contar para vocês das minhas recentes experiências com a comida de rua novaiorquina. Para começar, algumas informações úteis sobre o assunto.

Só para os fortes 😀

Costumo dizer que comida de rua é só para os fortes.  Isto porque é a comida “BB” –  boa e barata, mas nada bonita. Comer na rua normalmente significa comer ao ar livre e muitas vezes em pé ou sentado num canto ou banco de praça. E receber talheres e um prato de plástico ou isopor. Porém, para quem topa a parada, há um mundo de sabores incríveis e uma comida de alta qualidade por um preço bem justo.

Fazia tempo que eu queria provar as comidas de rua de Nova York, muito além dos onipresentes cachorros-quentes e pretzels das esquinas. E fui pesquisar a respeito. A comida de rua em Nova York, que tem até site exclusivo,  é tão respeitada que é objeto de resenhas em revistas e guias como o Zagat. Existe até mesmo um concurso para eleger as melhores comidas de rua, o Vendy Awards. E um app só para ela 😀

Food carts x food trucks

Há uma diferença entre os food carts e os food trucks. Os primeiros, mais tradicionais, são carrinhos relativamente pequenos que ficam estacionados em um mesmo ponto. Os food trucks, ou caminhões-restaurantes, normalmente estacionam em lugares diferentes a cada dia e oferecem uma estrutura e um menu mais elaborados. Hoje são uma febre, até por conta do reality show televisivo “The Great Food Truck Race”.

O que é halal food

Muita gente se pergunta o que é este termo, halal, que aparece em muitos dos carrinhos na cidade. Halal em árabe significa “permitido” ou “autorizado”. É o termo usado na religião islâmica para identificar as roupas, comidas, comportamentos e outros elementos que estão de acordo com os preceitos desta religião. É equivalente ao termo kosher da religião judaica. Em Nova York, os carrinhos de rua em sua maioria são halal e vendem comidas que respeitam os seguintes preceitos: sem carne de porco ou produtos derivados dela, sem carne de animais carnívoros, sem carne de animais mortos sem obedecer às regras corretas de abate, entre outros.

Onde comer

Há carrinhos de comida espalhados por toda Nova York. Alguns lugares, no entanto, concentram os carrinhos mais conceituados e que oferecem comida além dos simples cachorros-quentes e pretzels. Assim, há focos de comida de rua de qualidade em Downtown, no Midtown, no Queens e no Brooklin.

Como nosso tempo nesta última viagem era limitado, tivemos que reduzir nossas escolhas e decidimos provar as comidas de rua apenas no Midtown, em especial ao longo da Sexta Avenida, uma das mecas de comida de rua na cidade. Infelizmente, por ser verão e época de férias, muitos dos carrinhos que havíamos escolhido neste local não estavam abertos.

Também ficamos apenas com as comidas salgadas, deixando de fora com dor no coração o Wafels and Dinges e o Big Gay Ice Cream. Por fim, também ficaram para outra oportunidade lugares reconhecidos e recomendados que ficavam longe do Midtown: o Sigmund’s Pretzels na frente do Metropolitan, que estava fechado, sobre o qual a @AilinAleixo falou aqui; o Rafiq’s, indicação da @MaBibas e os food trucks recomendados pela @tanpereyra.

Mas ainda assim provamos muita coisa boa! Semana que vem tem mais 🙂

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Sempre reluto em fazer posts com indicações de restaurantes. Porque eles abrem e fecham, entram e saem de moda, melhoram e pioram. E assim fica difícil fazer um post que seja mais atemporal, como eu gosto. Abri honrosas exceções para Buenos Aires e abrirei também para Nova York, já que muita gente me pede indicações de lugares para comer nesta cidade.

Assim, resolvi fazer um apanhado de sugestões para almoçar e para jantar. O post de hoje é da hora do almoço.  Sugestões variadas, que caibam em diversos gostos e bolsos também. Lugares visitados por mim e por amigos que foram à cidade.

Aproveitem!

RESTAURANTES

Estas sugestões são para aqueles que não abrem mão de sentar e almoçar com mais calma ~$$ ~, descansando da correria do dia em Nova York.  O Balthazar, no Soho, não tem erro.  O ambiente é agradável e é sempre gostoso para comer uma salada ou um prato rápido. Gosto especialmente de pedir o steak tartar. Outra boa opção no bairro é o Le Pain Quotidien, com sanduíches e pratos rápidos feitos com ingredientes orgânicos e super frescos.

Um lugar gostoso vizinho ao Soho para comer uma boa massa e de sobremesa provar o melhor cheesecake / ricotta tart que já comi na vida é o Pepolino. Conheci este restaurante através da @Marcie14 e quase sempre que vou a Nova York gosto de voltar lá por esta sobremesa divina. Gostei tanto dela que fiz até a minha versão da receita em casa, publicada aqui. 🙂 Para um bom hambúrguer ou outro prato de carne na mesma vizinhança, fique com o Blue Ribbon, um favorito local.

Nas vizinhanças, no Lower East Side, a tradicional Kat’z Deli onde Harry encontrou Sally 🙂 Peça o sanduíche de pastrami, clássico.

Mais para cima, na região da Union Square, dois outros lugares onde não tem erro comer: o Union Square Cafe e o Blue Water Grill, gostoso para comer peixes e frutos do mar.  São ótimos lugares para jantar, também.

Chegando a Times Square, os restaurantes que mais agradam às crianças: o Hard Rock Cafe e o Planet Hollywood.

Quase no Central Park, dois museus bacanas têm bons restaurantes para almoçar. O primeiro deles, o The Modern, fica no MoMA e é bonito, gostoso e caro.  O segundo, o Robert, fica no Museum of Arts and Design e é um achado da @carmemsil e da @anamdo, com sua vista para o Central Park e um menu executivo que fica abaixo dos 30 dólares.

No Uptown, um lugar muito bacana que também conheci através da @Marcie14, o E.A.T.  Uma mistura de mercadinho gourmet com restaurante, pouco frequentado por turistas, tem várias opções de sopas, saladas e sanduíches, tudo caprichado e gostoso. E, de lambuja, você pode encontrar o Paul McCartney almoçando do seu lado, como foi o nosso caso 😀

MERCADOS GOURMET

Já falei destes dois mercados neste post, mas eles aparecem aqui porque são uma tremenda alternativa para quem não quer gastar muito em um restaurante, mas ainda quer comer  muuuuuito bem e, de quebra, visitar banquinhas de comidas e produtos gourmet variados. O primeiro deles, já bem conhecido dos brasileiros que vão a Nova York, é o Eataly. Mistura de mercado, feira e restaurante, é uma delícia passear e comer neste lugar. Há uma variedade grande de ofertas e a comida é muito gostosa, feita com os ingredientes à venda nas barraquinhas do local. Outro lugar para comer bem é o Plaza Food Hall. Escondido no subsolo do Plaza Hotel na beira do Central Park, é uma grande ‘praça de alimentação chique’, onde é possível comer de sushi a hambúrguer, passando por ostras frescas e massas. Ao lado, diversas banquinhas de doces divinos. Vale a experiência de comer pelo menos uma vez em um destes lugares.

FASTFOOD

Existe ‘vida inteligente’ nos fastfoods de Nova York: o Così.  De Downtown a Midtown, há diversas unidades deste local gostoso e charmoso. Para mim, o melhor fastfood da cidade. As saladas são uma delícia e ótima pedida para um dia de calor e pressa. Prove a Signature Salad, minha predileta, com folhas verdes, uva, pera, cranberries secas, pistaches e gorgonzola, acompanhada de vinagrete de sherry.

Mistura de fastfood com comida de rua, outro muito bom é o Shake Shack. Com alguns endereços espalhados na cidade, mesmo com poucas mesas geralmente ao ar livre, vale a pena tentar provar um dos hambúrgueres mais aclamados pelo público.

STREET FOOD

Costumo dizer que comer na rua, não só em Nova York como em outros lugares, é só para os fortes 🙂 Isto porque a comida geralmente vem numa embalagem plástica nada atraente, dificilmente você vai encontrar um lugar para sentar com conforto e apreciar seu prato. Ou seja, é ideal para quem não liga para estes ~pequenos ~ detalhes e vai comer comida de qualidade por um preço muuuuito bom. Tanto nos caminhões – food trucks – como nos carrinhos de rua – food carts – há inúmeras surpresas agradáveis. Testei alguns food carts famosos e tradicionais no Midtown nesta última viagem. Semana que vem, conto mais para vocês sobre esta experiência 🙂

E as suas sugestões para almoçar em Nova York, quais são?

 

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Neste post  contei como surgiu a ideia da viagem pela África do Sul do meu filho Bruno com os avós, quando estava com 10 anos de idade, em julho de 2008.

Neste post está a primeira parte da viagem, que conta do safári em uma reserva no Kruger National Park.

Aqui, para vocês, os passeios em Cape Town, em Victoria Falls na Zâmbia/Zimbabue e em Johannesburg.

As fotos e textos (literais) são do próprio Bruno.

 

CIDADE DO CABO

12 de julho

“Acordei 7 h e 30 min e com sono desci para o café da manhã. Me espantei de tanta coisa que vi. Tinha: frutas, pães doces e salgados, cereais, todo tipo de sucos, leite, iogurte e geleia. Só que também tinham coisas estranhas como: salmão, frutas em conserva, sushi, feijão e até carnes. Depois de muito tempo nosso guia veio nos buscar. Seus pais eram portugueses, nasceu na Angola, foi criado no Brasil e mora em Cape Town. Primeiro levou a gente para um centrinho de vendas, depois fomos de barco até a ilha das focas. Achei que não tinha graça, pois não havia visto foca nenhuma, mas de repente apareceram mais de 100 focas m cima de uma pedra. Fiquei impressionado! Na volta fiquei na parte de baixo do barco, dava para ver dentro dágua. Chegamos logo na marina. Seguimos para o Cabo da Boa Esperança onde vimos lindas paisagens. Subimos de bondinho elétrico até a parte de cima. Lá vimos um grande farol já desligado e a ponta do cabo. Comemos em um restaurante horrível.”

13 de julho

Fomos para a Table Mountain e quando estávamos entrando na fila o homem disse: – A montanha está fechada. Foi uma pena que não entramos, mas fomos para o aquário. Lá eu vi: caranguejos, lagostas, estrelas do mar, moréias gigantes, pexes microscopicos, água-vivas, tubarões e até pinguins! Comemos de jantar carne de avestruz e voltamos para o hotel.”

ZÂMBIA/ZIMBABUE

14 de julho

“Acordei ás 4 horas da manhã, já me arrumei e sai para o aeroporto de Capetown sem tomar café. Peguei um avião para Johanesburg de uma companhia que não conhecia. Um vôo ótimo, chegamos lá às 7 horas. Uma moça nos guiou para a área dos vôos internacionais. O vôo partiu às 10 h e 20 min, demorou 2 h. Chegamos em Livingstone, fomos para o hotel e partimos para as cataratas Victoria Falls. Foi uma alegria só, as cataratas eram magníficas e tinham um arco-íris fixo. Voltamos para o hotel e fomos jantar em um restaurante ótimo. Chegamos mortos de sono e fomos dormir rapidinho.”

15 de julho

“Acordei 5 horas da manhã e fui para a recepsão. O café da manhã todo embalado e nós esperando o Guideon chegar. Ele chegou na hora certinha, 6 h. Tomamos café da manhã dentro do carro e fomos para a alfândega, pois íamos passar da Zâmbia para o Zimbábue para fazer um passeio de elefantes! Veio outro homem nos levar para a fazenda, porque o Guideon tinha outras coisas para fazer. Logo os elefantes chegaram e eu fui correndo para a plataforma para ser o primeiro. Montei no mesmo elefante que minha avó e meu avô foi sozinho. Depois que nós voltamos peguei um pouco de comida e dei para o elefante! Voltamos para a Zâmbia. No hotel almoçamos no bufet. Fomos para o centro de atividades pegar um ônibus para o passeio de barco. Vimos vários hipopótamos, jacaré e dois elefantes na água. O barco era super confortável e fiquei brincando de corrida de barco com o que estava do nosso lado. Jantei no hotel e fui direto para a cama.”

16 de julho

“Bem tarde acordamos e ficamos no quarto um tempão, comi pouco no café da manhã. Depois de escovar os dentes e se arrumar dessemos  para pegar o DVD dos elefantes. Na recepsão tinha um bando de pessoas tocando tambores e dançando. Ficamos sabendo que o vice-presidente ia estar lá, junto com um monte de ministros. Depois de todos os ministros terem chegado passaram muitos policias e por fim o vice-presidente chegou. Foi um tumulto só, os fotógrafos se matando para tirar fotos dele e os guardas não deixavam ninguém chegar perto dele. Fomos para o aeroporto junto com outras pessoas. Passamos pela policia esperamos e voamos para Johanesburg.”

JOANESBURGO

17 de julho

“5 h e 30 min já estava acordado, mas meus avós não. Só desci 7 horas para tomar café da manhã. Nossa guia a sra. Maria nos levou para a mina de ouro. Vimos ela parte por parte, o filme, as casas, a mina, os brinquedos e como o ouro é feito. Voltamos para o hotel e almoçamos e passeamos no shopping. Comprei um conjunto de rolhas do Big 5 para os meus pais. Jantamos depois no restaurante do hotel onde pedi um hamburger. Cheguei ao quarto e já fui dormir.”

“Este foi meu primeiro diário de viagens, espero fazer outros!”

BRUNO

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Neste post na semana passada contei como surgiu a ideia da viagem pela África do Sul do meu filho Bruno com os avós, quando estava com 10 anos de idade, em julho de 2008. Aqui, trechos do seu diário de viagem sobre o safári fotográfico em uma reserva no Kruger National Park.

As fotos e textos (literais) são do próprio Bruno.

GAME RESERVE NO KRUGER PARK

7 de julho de 2008

“Nosso desafio era encontrar os Big Five. Já tínhamos achado três: o rinoceronte primeiro, depois o búfalo e por último o leopardo. Fomos lanchar. Uma comida boa! Continuamos a explorar e encontramos vários tipos de animais como lebre, hipopótamos, macaquinhos, lagartos, impalas e kudus. Voltamos super felizes. Até a próxima.”

8 de julho de 2008

“Acordei com uma batida na porta. TOC! TOC. Fomos para o café da manhã, escovamos os dentes e saímos às 8h. Vimos alguns bovídeos e achamos uma girafa, ela se escondeu no meio de uma árvore. Só deu para ver o pescoço. Bem depois demos de cara com um leopardo. Observamos bem, mas depois de pouco tempo o veículo quebrou. Não vimos o leopardo, mas bem atrás de nós, estava um leão esperando uma presa. Tivemos que entrar em outro carro e só depois vimos. Ficamos espantados! Na volta estávamos passando do lado do rio quando de repente apareceram três elefantes do lado do rio. Completamos os Big Five. A noite chegou e estávamos em busca de um búfalo, no meio do caminho apareceu uma hiena e enquanto tirava as fotos o búfalo apareceu, foi fantástico. Voltamos, jantamos no Boma e agora vou dormir. Adeus.”

 

9 de julho de 2008

“A voz do meu avô me acordou, dizendo que estava na hora de levantar. Quando saí para o game queria ver o elefante, coisa que não foi fácil de achar. Vimos o búfalo, o leopardo, o leão e o rinoceronte. Amei todos! Novamente faltando o elefante. Procuramos e encontramos. Antes achava ele o mássimo, mas quando vi de perto não achei tão legal. Chegou a hora do almoço, tudo normal, só pedi um chá que não gostei. A tarde chegaram mais 2 integrantes. Danx, o pai e Ariela, a filha. Vieram a Inglaterra e são muito simpáticos. Já que eles eram novos, paramos para ver animais mais simples como impalas e kudus. Mais tarde vimos um grupo de girafas e depois do lanche da tarde um de elefantes. Na volta vimos um carro parado olhando alguma coisa e ficamos curiosos para saber o que era. Vimos um grupo de leões com filhotes, foi facinante. Jantamos no Boma e filmamos as dançarinas.”

10 de julho de 2008

“Acordei muito sonolento, mas mesmo assim fui para o passeio. Logo no começo, vi três mães leoas cuidando dos filhotes, foi imprecionante, na hora do almoço, fiz um prato que um vegetariano não iria gostar. Vimos grandes bichos à tarde. Grandes mesmo! E a noite vimos animais pequenos como esquilos ou castores. Jantamos no Boma, comemos carne de kudu e carneiro, quiche de queijo, sopa de cogumelo e legumes. Dormi rapidinho, pois estava com muito sono.”

11 de julho de 2008

“Subi para tomar café da manhã e saímos. No passeio vimos: girafas com filhotes, uma manada gigantesca de búfalos, zebras com filhotes e quatro hienas comendo ossos de uma girafa que um leão tinha matado. Foi uma manhã ótima e se despedir do Mala Mala não foi fácil, tinha gostado tanto. Voamos do Mala Mala para Johanesburg e de lá para Cape Town.”

Semana que vem tem mais 🙂

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Sim, eu sei que ir a San Telmo  domingo de manhã em Buenos Aires ganha estrelinha dourada de ‘programa turisboca’, além de uns três ou quatro cocares na classificação ‘programa de índio’. Mas a verdade é que eu adoro este rolê 🙂

Primeiro por conta da Feria de San Telmo propriamente dita, que é um mix de feirinha do Bixiga e da Benedito Calixto deles.  Com barracas de antiguidades e também de bugigangas, montadas em um espaço ao ar livre, a feira é uma delícia para quem gosta de olhar e garimpar objetos antigos/retrô/vintage.  E é por aqui que começo meu passeio.

Um domingo em San Telmo

Chego na esquina da Defensa com a Humberto I por volta das 10h e  a  já está fervilhando de gente. Depois de perambular por algumas barracas da Feria de San Telmo, escolho mais um item para a minha coleção de xícaras de café. Não tem lugar melhor para achar uma xicrinha antiga bacana do que nestas feirinhas. Em seguida, experimento uns chapéus lindos numa loja ao lado da feira.

Tomo um café com alfajor no Havanna e continuo descendo a rua Defensa, aproveitando para curtir os artistas de rua.

Mais à frente, quase chegando na rua Carlos Calvo, paro para visitar o Mercado de San Telmo (que inclusive funciona todos os dias das 10h às 20h e é uma ótima opção para quem não vai ficar em Buenos Aires no domingo de manhã para a feira ao ar livre).  Só o prédio do mercado, construído em 1897, já vale uma visita. Dentro, mais lojinhas de antiguidades, brechós, açougue, floricultura e banca de frutas. Vale a pena dar um pulinho lá.

Na esquina da Defensa com a rua Estados Unidos paro novamente, desta vez para tomar um sorvete de dulce de leche no Freddo.  Seguindo pela Defensa,  a feira de antiguidades vai se transformando numa feira de artesanato. Ao lado e ao redor, lojas de artesanato e de objetos divertidos, galerias de arte, mais lojinhas de antiguidades.

Mais a frente, na esquina da Defensa com a rua Chile, uma surpresa: Mafalda, sentada em um banquinho, espera os turistas para fotos 🙂 Ao lado, o prédio onde viveu seu criador, Quino, e do outro lado da rua a banca de jornais tão presente nas tirinhas desta personagem ultrabacana (fotos gentilmente cedidas pela Lena Maximo).

Fotos: Maria Helena Maximo

Finalmente, hora do almoço. Optamos pela Brasserie Petanque, onde os pratos em geral estavam gostosos. A exceção foi mesmo um risoto meio sem graça. Fique nos pratos de origem francesa que você se dará melhor lá. Outra boa opção, para quem quer se esbaldar numa carne argentina, é a churrascaria La Brigada. Ou senão fique com a comida de rua, ótimas empanadas vendidas em tabuleiros ou um choripán, o cachorro-quente argentino, que vem com chorizo e molho chimichurri.

E foi-se um domingo 😀

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Já contei aqui que Palermo Soho virou meu point preferido em Buenos Aires. Uma delícia ficar caminhando à toa e olhar as vitrines  deste bairro, que concentra o tipo de loja que adoro: sem muito status e marca,  mas cheia de charme e criatividade. Tem muita loja de bolsas de couro, de sapatos e de roupas femininas. Também de acessórios como chapéus, bijuterias, xales e echarpes. Entre elas, coisas bonitas e outras um tanto modernas demais para o meu gosto. Mas o bacana mesmo são as lojas de decoração e de objetos, com bastante coisa diferente. A seguir, algumas das lojas de que mais gostei.

Capital

Bacaninha esta loja de objetos divertidos e inusitados, na linha da Pylones, mas com um toque ainda mais irreverente. Difícil sair de lá de mãos vazias 🙂 Na rua Honduras, nº 4958.

Infinitas Sensaciones

Na rua Honduras, nº 4659, fica esta outra loja bem diferente de objetos de decoração, com bastante coisa inspirada em artistas modernos e contemporâneos. Lindos lustres, luminárias, almofadas e pôsters.

Paul

Loja de decoração muito bonita, elegante e cara, mas que vale a pena visitar. A entrada da loja é meio acanhada, mas vá até o fundo para chegar aos vários ambientes, inclusive uma unidade da Tealosophy, com chás diferentes e gostosos. Na rua Gorriti, nº 4865.

Trippin Store

Outra loja de objetos de decoração descolados. Tem roupas, sapatos e bolsas, mas o bacana mesmo são as câmeras fotográficas Lomo, os toys, os cadernos com capas decoradas e os adesivos para colar nos notebooks, entre outros.

Sabater Hermanos

Sou suspeita porque as lojas de sabonetes, assim como as de velas, estão entre as minhas prediletas 🙂 Mas esta é uma delícia de lojinha de uma fábrica herdada por quatro irmãos, que fazem com o maior capricho sabonetes de todas as cores, formatos e aromas. Não dá para resistir às pétalas de sabonetes, aos bonequinhos, trenzinhos, estrelas e corações . Na rua Gurruchaga, nº 1821.

Libros del Pasaje

Tudo bem que Buenos Aires tem a Ateneo, uma das livrarias mais  interessantes que já vi. Mas livraria é o que não falta na cidade e em Palermo tem a Libros del Pasaje, que é bonita, variada e tem um café super simpático nos fundos. Na rua Thames, nº 1762.

Papelera Palermo

A papelaria mais charmosa de Buenos Aires tem hoje dois endereços diferentes. Na rua Honduras, nº 4912, fica a Palermo de Colección, que vende objetos retrôs/vintage/antigos. De brinquedos e jogos a selos, livros e gravuras. Na rua Cabrera, nº 5227, fica a papelaria propriamente dita, onde há lindos papéis, cadernos, blocos, álbuns e artigos de escritório à venda. No mesmo local funcionam cursos de desenho, pintura, encadernação, caligrafia e outros. Vale a pena dar uma passadinha nos dois endereços.

Reina Batata

Loja charmosa de coisas de cozinha, não vivo sem elas 🙂 Na Reina Batata, tudo bonito e de bom gosto. Só o atendimento deixou um pouco a desejar. Na rua Gurruchaga, nº 1859.

Mundo Dinámico

Loja de brinquedos e jogos com brinquedos educativos criativos e diferentes. Uma perdição para as mães e pais de filhos pequenos. Na rua Gurruchaga, nº 1889.

Fraternity

Fantástica esta loja de roupas estampadas  com personagens antigos de quadrinhos e desenhos animados, bem como com bandas e cantores de rock. Eu quase trouxe uma camiseta com a Penélope Charmosa, foi por pouco 🙂 Na rua Armenia, nº 1898.

La Merceria

Na rua Honduras, nº 4799, aquele tipo de loja que a gente adora entrar e xeretar. Um monte de bijuterias, óculos, chapéus, lenços lindos, echarpes, flores para por no cabelo. Além disto tem roupas, bolsas e carteiras, velas perfumadas, quinquilharias em geral. Não deixe de ir no segundo andar da loja, onde ficam as promoções 🙂

Isadora

Loja de bijuterias e acessórios com preço bom, na linha da Accessorize, mas mais baratos. Achei lindas pulseiras de couro trançadas com penduricalhos, por módicos 5 pesos cada 🙂 Se você gosta de acessórios, parada obrigatória. Na rua Armenia, nº 1789. Há outras  lojas Isadora pela cidade.

Calma Chicha

Um monte de tapetes, almofadões e colchas. Objetos de decoração, pastas, carteiras e bolsas.  Muita coisa em couro. Não fez muito minha cabeça, mas como tem seus fãs, veio pra lista também. Na rua Honduras, nº 4909.

OBS. Muitas lojas não permitem fotos no seu interior. Por isto muitas fotos apenas de fachadas.

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Foi em Palermo Soho e arredores, nosso point em Buenos Aires, que aproveitamos muito os restaurantes, cafés, confeitarias e afins.

No La Cabrera matamos nossa vontade de uma boa carne argentina. No Crizia, lugar bonito e com ambiente gostoso,  comemos um prato delícia, a Bondiola de cerdo braseada con chutney de mango, nada mais do que o corte de carne de porco que está na moda hoje em São Paulo, a copa lombo. Esta do Crizia, com uma textura de desmanchar na boca, só não era absolutamente perfeita porque carregava um pouquinho demais no “doce” do agridoce. Ainda assim, um prato para repetir outras vezes.

Infelizmente não tivemos tempo de ir a outros restaurantes recomendados no mesmo bairro por amigos brasileiros gourmets, como o Tegui, o Casa Cruz, o Green Bamboo e o Sudestada. E o Mott  e o Bar 6  para um almoço mais caprichado. Se tiver tempo, não deixe de ir.

Mas foram as casas de chá/café e as confeitarias e sorveterias que mais chamaram a atenção. Nossa preferida foi a Nucha, na rua Armenia, nº 1540, um espaço amplo mas aconchegante, com um café bem tirado, blends de chás diferentes e saborosos, tostadas de queso y jamón simples e deliciosas e doces de encher os olhos e o coração. A Nucha, ainda por cima, tem wifi grátis e sem senha 🙂 Se você é fã de chás, não deixe de provar o Deep Africa, um blend com Rooibos e toques cítricos. Na Nucha comi o melhor alfajor caseiro de Buenos Aires.

 Adorei a La Salamandra na rua El Salvador, nº 4761, autodenominada La Salamandra Dulce de Leche & Mozzarella Bar. Pode ser melhor do que isto? Uma delícia os produtos do lugar, que serve de café da manhã, passando por almoço, ao lanche da tarde. Até para quem vai tomar só um café ou um capuccino, uma surpresa: uma colher de doce de leite “de brinde” para degustar 🙂 Foi o café com atendimento mais atencioso de todos. E para ser ainda mais simpático, tem wifi livre. Junto com o Havanna, ótimo lugar para comprar lembrancinhas gourmet de viagem.

 Sim, sei que hoje há unidades do Havanna Café  espalhadas por São Paulo e pelo Sul do Brasil, mas em Buenos Aires está à venda o meu doce predileto deles, os Havannets, que não existem no Brasil. Na loja de Palermo Soho, na rua Armenia, nº 1788, dá para comprar este e outros produtos como os famosos alfajores Havanna e ainda tomar um café bem tirado.

Fiz o teste dos helados de dulce de leche e provei amostras de três famosas sorveterias portenhas: a Freddo, a Un’Altra Volta  e a Persicco. Na rua Honduras, nº 4990, fica a filial da Persicco  de Palermo Soho. Foi o sorvete campeão de sabor, mas o lugar com um dos piores atendimentos da cidade. Se tiver paciência, respire fundo e vá comprar sua ficha no caixa e agüentar a fila. Se quiser comparar com o sorvete do Freddo, também muito bom, ande dois quarteirões até a filial deste da rua Armênia, nº 1618. O Un’ Altra Volta, para mim, ficou na lanterna.

 Na rua Armenia, nº 1810 fica a Muu Lecheria. Fui à Muu por conta de algumas resenhas deste local, mas não vale uma visita mais demorada. Decoração e cardápio (adaptado ao menu portenho) das antigas lanchonetes americanas dos anos 50/60, a Muu de fato é uma graça de lugar. Mas para os paulistanos que têm a Lanchonete da Cidade, entre outras com a mesma proposta, não acrescenta nada. Fique com a Nucha ou com a La Salamandra mesmo.

 Para a Muma’s Cupcakes na rua Malabia, nº 1680, vale o mesmo. Esta lojinha estreita e apertada especializada em cupcakes lembra as similares de Nova York. Aberta em 2009, diz ser a pioneira neste tipo de loja na América Latina. De fato bons, gostosos e bonitos cupcakes, mas o excesso de oferta deste bolinho em São Paulo tira um pouco da graça do local para nós. Vá se você for super fã deles.

 Outro casa de chá/café lindinha é a Pierina Tea House, na rua Gurruchaga, nº 1875. Com cara de casinha de bonecas, tem doces que fazem fama, como o bolo de cenoura estilo americano, a chocotorta e os whoopies de doce de leite, além dos chás caprichados. Serve do café da manhã ao lanche do fim de tarde. A @cozinhadeideias esteve lá e aprovou!

Foi tão pouco tempo em Buenos Aires que acabei deixando escapar e não consegui fazer uma visitinha ao El Último Beso. Mas fica aqui a menção para que vocês não comam esta barriga! Um restaurante/bar/café com decoração inspirada no filme italiano de mesmo nome e com clima super romântico, tem mesas também ao ar livre em um pátio e  uma lojinha de roupas modernetes e objetos de decoração super fofos.

LAST BUT NOT LEAST… 🙂

Palermo que nos perdoe, mas nossa melhor refeição em Buenos Aires não foi lá e sim em San Telmo, no La Vineria de Gualterio Bolivar, onde tivemos um jantar memorável com um menu degustação sensacional. Foram 15 pratos em 4 horas, que passaram voando diante das surpresas de comer e de beber e da companhia da querida @cozinhadeideias e sua mãe.

Em tempo: na Recoleta, um bom lugar para almoçar é o Sottovoce, restaurante de massas, risotos e outros pratos italianos, bem gostoso. Para jantar, o Fervor, com excelentes frutos do mar. Na região de Puerto Madero, o Chila, fora do circuito turístico, foi o campeão de votos.

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Como já contei aqui, fazia seis anos que não ia a Buenos Aires. E não sei por que cargas d’água nunca tinha ido a Palermo. Desta vez optamos por ficar em Palermo Soho e este se tornou nosso bairro preferido na cidade. Ideal para quem não é mais turista de primeira viagem na capital argentina.

O bairro na realidade chama-se Palermo Viejo, mas hoje é informalmente dividido em dois “mini-bairros”, separados pela linha do trem: Palermo Soho, onde estão as lojas, hotéis e cafés moderninhos e Palermo Hollywood, onde fica a maior parte dos bares, restaurantes e baladas, chamado assim por ser o bairro preferido dos cineastas portenhos 🙂

No começo achei Palermo Soho uma mistura de Vila Madalena com Baixo Jardins, bairros paulistanos descolados. Mas o bairro também tem um quê de “centrinho de Campos de Jordão”, especialmente por ser plano e cercado de plátanos, aquelas árvores semelhantes (ou iguais?) às maple trees, o que dá um ar de clima temperado ao local.

No quadrilátero formado pelas ruas Jose Antonio Cabrera, Malabia, Costa Rica e Thames estão concentradas as lojas mais bacanas de roupas femininas e masculinas, acessórios, bolsas e sapatos, na grande maioria marcas desconhecidas de designers e artistas modernos. Há também lojas de decoração e objetos de casa e cozinha, papelarias e livrarias. Em quase todas as quadras, docerias e cafés charmosos. Isto sem falar das ruas com suas fachadas estilosas, que vão de casas chiques e modernas a street art dos grafites e vitrines criativas. Dá para se perder por horas em torno destas ruas e dos arredores.

A Plaza Cortázar, na realidade uma rotatória no cruzamento da Honduras com a Serrano, bomba nos finais de semana com barracas que vendem roupas e acessórios moderninhos e barzinhos no seu entorno, onde artistas também mostram seus trabalhos.

Já a Plaza Palermo Viejo, um quadrilátero entre as ruas Malabia, Costa Rica, Armenia e Nicaragua, é um pedaço de verde e tranqüilidade durante a semana e hospeda uma feirinha de artesanato aos sábados pela manhã.

Para se perder e curtir verdadeiramente Palermo Soho, o ideal é ficar nos hotéis-boutiques ou B&Bs pequenos e modernos da região, como o Mine, o Blue Soho, o Own ou ainda o Hotel Querido (sobre o qual o Ricardo Freire e a Mari Campos falam aqui e aqui) e o Boho Rooms (sobre o qual a Lu Malheiros comenta aqui). Ficamos no Mine e gostamos muito. O serviço super atencioso e a decoração charmosa compensaram o quarto um pouco pequeno. Uma dica para quem for se hospedar em Palermo é escolher sempre um quarto com janelas que dêem para os fundos, pois o bairro é naturalmente  barulhento à noite.

Semana que vem, um pouco das lojinhas mais bacanas e das comidinhas mais gostosas de Palermo para vocês 🙂

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Difícil falar de Buenos Aires, uma cidade tão querida dos brasileiros que acaba tendo turistas de primeira, de segunda e de enésima viagem, como os chamados Vibanas  🙂   Para cada um deles uma Buenos Aires diferente, que vai dos passeios turísticos mais típicos como Caminito e La Boca até os passeios para PhDs viajantes como a Feria de Mataderos e a milonga em La Glorieta.

Como turistas de quarta viagem, que não iam a Buenos Aires há seis anos, optamos por fazer passeios bem turísticos dos quais ainda não nos cansamos, como a Feria de San Telmo, até passeios #Vibanasvibe como as caminhadas preguiçosas por Palermo Soho, que virou nosso bairro predileto na cidade. É sobre estes passeios que falarei nas próximas semanas.

Por ora, algumas impressões e dicas para quem vai a Buenos Aires, seja pela primeira ou pela enésima vez 🙂

Planeje roteiros a pé e caminhe

Buenos Aires é muito propícia a caminhadas. Vale a pena planejar antes de viajar circuitos a pé pela cidade. Isto porque a cidade é bem plana e bem arborizada, as distâncias no circuito turístico não são grandes e quase sempre há um lugar gostoso e charmoso para dar uma paradinha pelo caminho e tomar um café ou comer uma empanada ou um docinho, ou ainda tomar um sorvete. Os únicos senões são os cocôs de cachorro e o lixo espalhado em alguns locais. Buenos Aires infelizmente tem grau 8,5 na “escala Higienópolis” de armadilhas caninas. Além disto, reflexo da crise ou da falta de políticas de reciclagem, muita gente remexe os sacos e lixeiras para coletar lixo reciclável. Ou seja, o resultado são sacos de lixo rasgados e muita coisa espalhada pelo chão. Fique atento aos obstáculos 🙂

Cuidado com os táxis

Obviamente este é um conselho que vale para muitas, senão todas, cidades turísticas. Mas além das corridas com taxímetros adulterados ou desligados e dos caminhos mais longos do que o necessário, Buenos Aires inova com o golpe da nota falsa de pesos argentinos. Funciona da seguinte maneira: você dá uma nota de 50 pesos para pagar a corrida e o taxista devolve-a dizendo que a nota é falsa. Aconteceu com duas pessoas enquanto estávamos na cidade. Num dos casos a nota tinha sido tirada do caixa eletrônico do Citibank e a chance de ser realmente falsa era muito remota. Provavelmente o taxista trocou-a. No outro caso, a pessoa havia marcado a nota entregue e questionou o taxista. A polícia foi chamada e até boletim de ocorrência foi feito. Ou seja, cuidado. Se for passar uma nota de 50 ou de 100 pesos no táxi, procure marcar a nota, fotografá-la com o celular ou ficar de olho no que o taxista faz.

Está tudo muito caro

Buenos Aires já foi uma cidade barata para os brasileiros. Mas a inflação argentina vem diminuindo esta vantagem. Ou seja, não vá com muita sede ao pote porque está tudo muito caro sim, de corridas de táxi a refeições. Não vale a pena ir a Buenos Aires para fazer compras, como aconteceu em anos passados. Mesmo os vinhos têm que ser bem escolhidos, já que no caso de vinhos argentinos conhecidos e vendidos no Brasil muitas vezes os preços são praticamente os mesmo pagos no free shop brasileiro.

En efectivo sólo

Muitos lugares em Buenos Aires hoje só aceitam pagamento em dinheiro. Mais um reflexo da crise, muitos não querem arcar com a taxa dos cartões de crédito. Nas lojas o cartão  foi aceito sempre, mas nos táxis e em muitos dos bares e restaurantes, só dinheiro vivo mesmo. Assim, vale a pena trocar um pouco mais de dinheiro no próprio aeroporto de Ezeiza.  A melhor taxa que encontramos foi do real para o peso diretamente,  no Banco de La Nación Argentina que fica  à direita depois da saída da área de desembarque.  Na área interna do aeroporto o Real estava cotado a 1,98 pesos argentinos e no Banco de La Nación o câmbio, mais favorável, era de de 2,20 pesos argentinos por R$1,00.

Comer, beber, viver

Ainda é muito bom comer e beber em Buenos Aires. De uma simples empanada ou medialuna, passando pelos sorvetes e alfajores até as famosas carnes, têm muito restaurante bacana e gostoso na cidade, em todas as faixas de preços. Vale a pena pesquisar lugares antes de viajar e planejar suas refeições de acordo com os passeios/locais que serão visitados. O mesmo vale para os vinhos. Quem gosta de beber um bom vinho deve aproveitar e experimentar propostas diferentes que não existem no Brasil, ou grandes vinhos pontuados por um valor menor do que o encontrado aqui.

Vibana ou não, Buenos Aires é um programa legal para os brasileiros. E para nós vai  deixar boas lembranças de passeios e jantares memoráveis 😀

 

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