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Já falei outras vezes de como eu gosto do livro do David Lebovitz, o Ready for Dessert. Recentemente postei aqui no blog o bolo de canela com cobertura de maple, peras e amêndoas em lascas, super campeão em textura e sabor. Pois este outro bolo do livro me conquistou pela foto. Bem escuro, bem úmido, bem denso, quase caramelado. E bem ‘gengibrento’, do jeito que eu gosto. A quantidade de especiarias que vai nele assusta. Assim, se você tem receio de não agradar ou de ‘queimar a boca’, faça como eu e coloque metade da quantidade que o David Lebovitz recomenda na receita para a canela em pó, o cravo moído e a pimenta-do-reino moída. Achei que assim o ‘tempero’ ficou perfeito. Adaptei um pouco a receita também nas quantidades, uniformizando as medidas em xícaras. Ainda assim, com um pouco menos de gengibre e de especiarias do que a receita original, continua sendo um bolo ‘de gente grande’. E perfeito para os adoradores de gengibre. O bolo é daqueles que basta comer uma fatia para ficar satisfeito. Mas eu gostei tanto dele que comi logo duas fatias grossas 🙂

Bolo de gengibre, melado e especiarias

100 g de gengibre fresco descascado e ralado
1 xíc (chá) de melado
1 xíc (chá) de açúcar
1 xíc (chá) de óleo
2 ½ xíc (chá) de farinha de trigo
½ col (chá) de canela em pó
¼ col (chá) de cravo moído
¼ col (chá) de pimenta-do-reino preta moída
1 xíc (chá) de água
2 col (chá) de bicarbonato de sódio
2 ovos

Pré-aqueça o forno a 180ºC. Unte e enfarinhe uma forma de buraco no meio. Numa vasilha grande comece misturando o açúcar, o melado e o óleo. Reserve. Em uma panelinha ferva a água, desligue o fogo e misture na água fervente o bicarbonato de sódio. Junte à mistura de óleo e açúcar e mexa para incorporar. Junte o gengibre ralado e misture para incorporar também. Peneire junto a farinha de trigo, a canela, o cravo moído e a pimenta-do-reino moída. Junte à mistura líquida, aos poucos, para não empelotar. Adicione os ovos, um a um, misturando bem com um fouet ou batedor. Coloque a massa com cuidado na forma de bolo. A massa fica líquida mesmo. Leve ao forno por 30 a 40 minutos ou até o palito sair limpo.

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Como acontece com todo blogueiro de comida pelo menos uma vez senão várias na vida, Murphy deu o ar da graça e essa semana só teve receita boa + foto ruim e receita meia-boca + foto apetitosa.  São casos em que prefiro nem postar. E decidi então publicar esta receita de madeleines, pois mesmo sendo tema requentado no mundo dos blogs de gastronomia, representa a equação perfeita da receita ótima + foto linda  (+ momentânea falta de modéstia da blogueira que vos escreve rsrs…)

Esta receita é da Dorie Greenspan e fiquei com vontade de fazê-la quando a vi no blog Halal Mama da minha amiga Katia.

Madeleines

2/3 xícara (chá) de farinha de trigo
¾ colher (chá) de fermento em pó
pitada de sal
½ xícara (chá) de açúcar
raspas da casca de 1 limão
2 ovos grandes, em temperatura ambiente
2 colheres (café) de essência de baunilha
100 g de manteiga sem sal, derretida e fria
açúcar de confeiteiro para polvilhar

Misture a farinha, o fermento e o sal e reserve. Trabalhando em uma tigela, esfregue o açúcar e as raspas de limão com a ponta dos dedos até o açúcar ficar úmido e perfumado. Leve à batedeira o açúcar com os ovos e bata até a mistura ficar fofinha e esbranquiçada. Junte a essência de baunilha e bata só para misturar. Tire da batedeira e acrescente os ingredientes secos, incorporando-os à massa. Em seguida, incorpore delicadamente a manteiga derretida. Cubra a vasilha com filme plástico e leve a massa à geladeira por pelo menos 3 horas. Pode até deixar de um dia para o outro. Na hora de assar, pré-aqueça o forno em 180ºC. Unte e enfarinhe as forminhas de madeleines e coloque a massa, deixando meio centímetro de espaço nas beiradas porque a massa cresce. Asse por 10 a 15 minutos, dependendo do seu forno. As madeleines devem ficar quase douradas, mas não escuras. Espere esfriar para desenformar. Para servir, polvilhe-as com açúcar de confeiteiro.

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Conversávamos no Twitter sobre intercâmbio de receitas. E a @DanielaAF contou um caso ótimo. Na sala de espera do consultório da terapeuta ofereciam sempre café com um pedaço de pamonha de forno. Um dia ela pediu a receita para a secretária. E a fofa disse que não dava porque a receita ‘era só dela’ 😉

Quem nunca passou por isto? Mais comum ainda são aqueles que não querem dar a receita, mas não conseguem ser tão sinceros. Faz uns meses pedi uma receita e a pessoa me enrolou, fingiu que não ouviu, prometeu, não cumpriu. Enfim, estou esperando a receita até hoje rsrs…

Acho engraçado quem não dá receita. Cozinhar não é uma ciência exata e receitas iguais dificilmente resultam em pratos idênticos. Cada um tem uma mão diferente, os equipamentos de cozinha e a qualidade dos ingredientes também variam muito. E vamos combinar que o mundo está aí no Google dentro do nosso computador né? E que trocar receitas é um hábito saudável de dar e receber!

Claro que há casos e casos. Entendo perfeitamente que alguém que comercializa um determinado produto não queira divulgar sua receita. Ou alguém que dá uma aula de cozinha para ensinar um prato não queira passar esta receita para frente de qualquer jeito. São honrosas exceções. Há outros motivos para receitas não serem divulgadas, embora sejam compartilhadas. Uma vez pedi para a @cozinhadeideias uma receita de um pudim de castanhas, que era segredo de família. Ela me respondeu: “Oi Lu! Segue a receitinha, mega de família, do caderno mais amarelado de todos! Só queria te pedir pra não divulgar porque apesar de ridiculamente fácil, é uma coisa de valor afetivo mesmo e quem sabe ainda publico um livro de receitas, né? Espero que você goste! Depois me conte. Bjs”. Não foi de uma delicadeza ímpar? 🙂

Tenho o maior prazer em dividir receitas com quem gosta de cozinhar e fico feliz quando alguém me conta que fez uma receita ‘minha’ e gostou. Só implico mesmo quando as receitas são divulgadas com texto e fotos minhas. E sem mencionar meu nome. Aí fica feio não?

E a pamonha de forno é para a Dani.

Pamonha de forno

4 xíc (chá) de milho verde fresco
1 ½ xíc (chá) de açúcar
2 xíc (chá) de leite
2 ovos
4 col (sopa) de maisena
1 col (sopa) de fermento
50 g de manteiga
1 pitada de sal

Pré-aquecer o forno a 160ºC. Untar uma forma quadrada ou retangular média. Bater todos os ingredientes no liquidificador. Despejar a massa na forma e levar para assar por 45 minutos.

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A @liliantrigo e a @fezoca estavam no Twitter ontem falando sobre avós. Me deu uma saudade das minhas… Curti muito minhas avós, cada uma a sua maneira.

Minha avó paterna viajava muito, conheceu o mundo todo junto com meu avô, juiz de direito já aposentado. Os dois são uma lição interessante para muita gente que acha que “depois de velho” não se faz mais nada. Foi só depois do meu avô se aposentar e de criarem os seis filhos que eles começaram a viajar, sem falar uma palavra de idioma estrangeiro, sem ter qualquer experiência no ramo! E minha avó Olga sempre tinha histórias interessantes para contar. Trazia para nós, de todas as viagens, uma boneca vestida com os trajes típicos do lugar que ela visitava. Temos estas bonecas até hoje, uma coleção linda. E foi com eles que comecei a pegar o gosto pelas viagens 🙂

Minha avó materna foi uma das pessoas mais amorosas, tolerantes e doces que já conheci na vida. Esposa de médico pediatra, suas atitudes e a maneira de ver a vida refletem-se até hoje no comportamento da família, muitíssimo unida. Vi poucas famílias como a da minha mãe, na qual tanta gente tão diferente convive junto e sempre bem. E este legado de bondade e tolerância da minha avó procuro seguir também na minha vida. Assim como o gosto para cozinhar, que também veio dela. Boas lembranças da macarronada ao sugo e do bolo “de Iguape”, feito com farinha de arroz, delícia que já tentei e não consigo fazer igual. Das tardes em que, assim que chegávamos, ela ligava no ‘empório’ e vinha um menino de bicicleta trazer pão francês e queijo mineiro fresquinho para acompanhar o café. Mas… voltando ao bolo 🙂

Lembrei da minha avó materna quando fiz este bolo na semana passada. A receita é antiga, eu devia ter uns 15 anos de idade quando a recortei de uma revista, que acho que era uma Cláudia Cozinha. Assei o bolo e levei na casa dos meus avós. Todos amaram. E a minha avó Jurema disse: “minha filha, não dê esta receita para ninguém, este fica sendo o seu bolo especial, aquele que todos vão pedir para você fazer!”  Já se passaram mais de 20 anos e os tempos mudaram, hoje o gostoso é justamente compartilhar com as pessoas as nossas receitas queridas. Tenho certeza que minha avó amada concordaria, ainda mais sendo quem ela era.

Espero que gostem do “meu” bolo. É um bolo fofinho com perfume de maçãs e canela, uma delícia mesmo.

Fiquem, vai ter bolo 😀

Bolo de maçã segredo de vó

100 g de manteiga à temperatura ambiente
1 xíc (chá) de açúcar branco
½ xíc (chá) de açúcar mascavo bem apertado na xícara
3 ovos
2 ¾ xíc (chá) de farinha de trigo
1 col (chá) de canela em pó
1 col (chá) de fermento em pó
1 col (chá) de bicarbonato de sódio
½ xíc (chá) de leite
2 xíc (chá) de maçã descascada ralada no ralo grosso, bem apertada na xícara
1 col (chá) de baunilha
1 xíc (chá) de passas ou nozes picadas grosseiramente (opcional)

Pré-aquecer o forno a 180ºC. Untar e enfarinhar uma forma de bolo de buraco no meio. Misturar a farinha de trigo, a canela, o fermento e o bicarbonato e reservar. Bater a manteiga e o açúcar, acrescentar os ovos um a um. Parar de bater e juntar as maçãs raladas e a baunilha. Acrescentar a mistura de farinha alternadamente com o leite. Mexer só para misturar. Adicionar as nozes e despejar a massa na forma. Assar por 30 minutos ou até o palito sair ‘limpo’.

Em tempo: esta luva de pegar coisas quentes é da Ana Sinhana, que faz muitas coisas lindas!

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Este foi o ME-LHOR risoto que eu já fiz. Inclusive na opinião do marido, que achou meu prato ‘digno de restaurante’ rsrsrs… Acabou tão rápido e todo mundo comeu tanto que fiquei me achando.

A ideia de fazê-lo surgiu na semana passada, quando veio nirá sem querer na sacola de verduras orgânicas. E para descobrir o que era aquilo? Uma rápida pesquisa no Google decifrou o enigma e com a ajuda dos universitários, vulgo Twitter, cheguei, entre outras sugestões, esta receita de risoto de nirá e shitake da chef Morena Leite que foi preparada pela Iliane. Na minha versão coloquei menos manteiga, mais shoyo e mais nirá, e acrescentei o gergelim preto para dar uma ‘crocância’. Também usei caldo de carne ao invés de caldo de frango, pois acho que os cogumelos são melhor realçados pelo sabor da carne. Ficou uma coisa de bom. Se eu fosse você, experimentaria urgente.

Risoto de shitake, nirá e gergelim preto

1 cebola bem picada
3 col (sopa) cheias de manteiga sem sal (aproximadamente 75g)
200g de arroz arborio
50 ml de saquê
750 ml de caldo de carne caseiro fervente
200 g de shitake cortado em tiras
4 col (sopa) de nirá picado
1 col (sopa) de gergelim preto
2 col (sopa) de molho de soja (shoyo)
sal

Em uma frigideira funda, coloque uma colher de sopa de manteiga e salteie o shitake. Tampe e deixe em fogo baixo por alguns minutos para amolecer. Desligue o fogo e junte o nirá, uma colher de sopa de molho shoyo e o gergelim preto. Reserve. Numa panela funda, coloque uma colher de sopa cheia de manteiga e refogue a cebola picada até amolecer. Coloque o arroz arborio e envolva-o no refogado. Mexa por um minuto e coloque o saquê. Deixe evaporar, sempre mexendo. Vá juntando o caldo, aos poucos, cozinhando e sempre mexendo o arroz, no fogo baixo. Quando estiver quase pronto – deve levar entre 15 e 20 minutos – junte o refogado de shitake ao arroz, misture e mexa por uns dois minutos. Desligue o fogo e junte mais uma colher de sopa de shoyo e uma colher de sopa de manteiga. Acerte o sal: eu coloquei mais meia colher de chá de sal, mas o meu caldo caseiro não era salgado.

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Estou em uma fase in love com dois gostosões do pedaço gourmet: o David Lebovitz e o Ottolenghi :-)Vontade mesmo de dar uma de Julie Powel e fazer todas as receitas destes livros deliciosos. Uma das receitas que fiz recentemente e da qual gostei muito foi este bolo com canela na massa e cobertura ‘invertida’ de maple e peras.

Na receita original do livro Ready for Dessert – My Best Recipes, o David Lebovitz coloca mais canela na massa do bolo e usa avelãs na cobertura. Usei metade da quantidade de canela sugerida. E como não sou grande fã de avelãs em doces (exceção seja feita ao creme de avelãs com chocolate, claro) coloquei amêndoas em lascas, levemente tostadas. Combinaram muito bem com as peras.  Ficou um bolo muito macio e úmido, gostoso mesmo.

Bolo de canela com cobertura de maple, peras e amêndoas

cobertura
1/3 xíc (chá) de maple syrup (colocaria 1/2 xíc da próxima vez)
1/4 xíc (chá) de açúcar mascavo
1/3 xíc (chá) de amêndoas em lascas levemente tostadas
4 peras portuguesas descascadas e cortadas em fatias finas

massa
1 1/2 xíc (chá) de farinha
1 col (chá) de fermento em pó
1 col (chá) de canela em pó
1/2 col (chá) de sal
100 g de manteiga sem sal a temp. ambiente
1/2 xíc (chá) de açúcar demerara
1/4 xíc (chá) de açúcar mascavo
1/2 col (chá) de essência de baunilha
2 ovos
1/2 xíc (chá) de leite

Pré-aquecer o forno a 180ºC. Começar pela cobertura. Em uma forma redonda de 23 cm de diâmetro juntar o maple syrup e o açúcar mascavo. Misturar e levar ao fogo baixo até borbulhar. Contar um minuto, mexendo sempre, e desligar o fogo. Espalhar uniformemente sobre a calda na forma as amêndoas em lascas. Por cima, arrumar as fatias de peras. Reservar. Fazer a massa: bater o açúcar mascavo, o açúcar demerara e a manteiga até ficar fofo e esbranquiçado. Juntar a baunilha e os ovos, um a um, batendo bem. Desligue a batedeira e peneire sobre a massa os ingredientes secos: farinha, fermento, canela e sal. Coloque metade do leite e misture até incorporar. Junte o restante do leite e misture. Coloque delicadamente a massa sobre as peras na forma e leve ao forno por 40 minutos ou até o bolo assar. Retire e deixe esfriar um pouco. Para desenformar, passe a faca na lateral da forma. Desenfome com cuidado.

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Estou chovendo no molhado publicando este bolo aqui no Rosmarino. É que além dele ter sido inicialmente publicado no Serious Eats, também foi postado pela @MariaRe no blog Fogão Azul, um dos meus preferidos (dêem uma olhadinha neste molho assado de tomates e neste calzone para ter uma ideia das gostosuras da Maria Rê).

Mas é que este bolo é tão, tão gostoso – e tão, tão diferente – que não podia deixar de mostrá-lo de novo – para quem ainda não viu 🙂

Os brasileiros não têm muito o hábito de comer grão-de-bico, mas incluí-lo na alimentação vale a pena pelas propriedades deste grão. Rico em nutrientes e fibras, combate a depressão e, assim como a lentilha e o espinafre, é uma excelente fonte de ácido fólico para as grávidas 🙂 Façam, façam, façam!

Ah… fiz mudanças mínimas na receita: dobrei a quantidade de fermento em pó e usei açúcar demerara. Um detalhe: o meu ficou com pequeninos pedaços de grão-de-bico na massa. Dá para ju-rar que é castanha. Bem interessante.

Bolo de grão-de-bico com chocolate

2 xíc (chá) de grão-de-bico cozido
140 g de chocolate meio amargo
4 ovos
½ col (chá) de essência de baunilha
½ xíc (chá) de açúcar demerara (pode ser açúcar cristal)
1 col (chá) de fermento em pó
½ col (chá) de sal

Pré-aquecer o forno a 180°C. Untar e enfarinhar uma forma de bolo inglês (na receita original polvilha-se com cacau em pó ao invés de farinha de trigo). Cortar o chocolate em pedaços pequenos e derreter no microondas. Bater no processador o grão-de-bico, os ovos e a baunilha, até formar um purê (cerca de 1 minuto). Adicionar o açúcar, o fermento e o sal e bater mais um pouco (cerca de 20 segundos). Juntar o chocolate derretido e misturar bem até homogeneizar. Despejar essa mistura na forma untada e colocar no forno pré-aquecido por cerca de 50 minutos ao até o palito sair limpo.

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Nunca imaginei que pepino e gorgonzola ‘ornassem’ tanto rsrs… Comi uma salada que juntava estes dois ingredientes, em um restaurante em São Paulo na véspera do Natal. Estava tão boa que decidi fazer uma versão dela para o Reveillon. Todo mundo gostou e o ‘pratão’ de salada acabou em um minuto, sinal de que agradou mesmo. Os sabores do pepino e do queijo gorgonzola vão muitíssimo bem juntos. E, seguindo os conselhos da @Faby_Zanelati de incluir um ‘crocantezinho’ na salada, escolhi as lascas de amêndoas torradas. Ficou uma delícia. Refrescante, cremosa e crocante ao mesmo tempo, uma salada ótima para qualquer hora 🙂

 

Salada de alface, pepino, gorgonzola e lascas de amêndoas torradas

1/2 maço de alface
3 pepinos japoneses
80 g de queijo gorgonzola
4 a 6 col (sopa) de amêndoas em lascas
sal, azeite e limão

Pré-aquecer o forno a 180º C. Lavar, rasgar a alface e forrar o fundo da saladeira com as folhas. Lavar e cortar o pepino em cubinhos, com casca e tudo. Temperar com azeite, limão e sal e deixar escorrer um pouco. Enquanto isto, colocar as amêndoas em lascas em uma assadeira e levar ao forno alto, por cerca de 10 minutos. Sacudir a assadeira na metade do tempo. Amassar o queijo gorgonzola com um garfo. Montar a salada: sobre as folhas, jogar os cubinhos de pepino. Por cima colocar o queijo esmigalhado e por fim polvilhar com as lascas de amêndoas.

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E eu tirei férias… e o blog também 🙂 Para uma quase obssessiva-compulsiva, não foi fácil tomar a decisão de deixar o Rosmarino à deriva por algumas semanas, mais exatamente o período do meu inferno astral, entre o Natal e o final de janeiro. Coincidências à parte 😉 foi bom para recarregar as baterias e ter ânimo para escrever de novo. Entre o vai-e-volta de Ribeirão Preto para São Paulo, teve ainda a viagem para Washington e Nova York (sobre a qual postarei futuramente aqui), uma ou duas receitas novas que não ficaram dignas de nota e o resto das comidinhas de festas foi repeteco de outros carnavais mesmo.

Voltei com mais uma sopa fria, das quais sou muito, muito fã. Esta receita é ligeiramente adaptada de uma do David Tanis que está no livro A Platter of Figs and Other Recipes. Bati os olhos nela e fiquei com vontade de fazê-la, não só por gostar de beterrabas, mas também porque a sopa é rosa e linda né? 🙂 Além de ser um prato nutritivo e pouco calórico, o que casa muitíssimo bem nesta época pós-festas de final de ano.

Ah! Servi minha sopa rosa em copinhos reciclados, aqueles de Nutella. Ideia ecológica e super charmosa.

Sopa fria de beterraba (Cold Pink Borscht)

700 g de beterrabas
8 xíc (chá) de água
2 dentes de alho fatiados
2 cebolas fatiadas
1 folha de louro
½ col (chá) de coentro em pó
3 cravos
¼ col (chá) de pimenta de Caiena
1 col (sopa) de açúcar
2 col (chá) de vinagre de Jerez
1 col (sopa) de azeite
1 col (chá) de sal
1 pote de iogurte integral (200 g)
para finalizar o tempero, mais 1 col (chá) de sal, ¼ col (chá) de pimenta de Caiena e 1 col (chá) de vinagre de Jerez (fica a seu gosto)

Descascar e fatiar as beterrabas, levar ao fogo numa panela grande com a água, o alho, as cebolas, o louro, o coentro, os cravos, a pimenta de Caiena, o açúcar, o vinagre, o azeite e o sal. Assim que ferver, reduzir o fogo e cozinhar por 15 minutos ou até as beterrabas ficarem macias. Esperar esfriar um pouco e bater no liquidificador. Adicionar o iogurte. Misturar para incorporar. A textura deve ser de um milk shake ralo. Corrigir os temperos a seu gosto. Eu coloquei mais 1 colher (chá) de sal, ¼ colher (chá) de pimenta de Caiena e 1 colher (chá) de vinagre de Jerez. Servir em pequenos copinhos.

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Um dos lugares mais gostosos onde comi na última viagem ao Rio de Janeiro foi o Celeiro. Além das saladas super diferentes e saborosas, provei quiches e pãezinhos frescos e crocantes, umas massas levinhas, tudo muito bom mesmo. Neste restaurante praticamente todas as verduras e legumes são orgânicos. Os grãos, quase sempre integrais. E tudo com muita bossa e ênfase nos temperinhos. Não resisti, passei numa livraria no Leblon e trouxe para casa o livro “Saladas” do Celeiro. Veio mesmo a calhar, pois tenho tentado fazer saladas nutritivas e criativas todas às noites para o jantar.

Uma das saladas que fiz recentemente foi a de ‘carne seca com abóbora assada ao molho balsâmico’. A minha versão dela tem pequenas mudanças nas quantidades, mas a mistura de sabores continua perfeita. Também optei por usar azeite em vez de óleo de girassol/milho e a abóbora cabotcha no lugar da abóbora vermelha (baiana) indicada na receita. Adoro a cabotcha porque ela é bastante substanciosa, cheia de fibras e bem pouco calórica.

Salada de rúcula, carne seca e abóbora assada
(adaptada do livro “Saladas” do Celeiro)

½ kg de carne seca
1 ½ kg de abóbora cabotcha
½ xic (chá) de cebola bem picadinha
2 col (sopa) de azeite
1 maço de rúcula

molho
¼ xíc (chá) de vinagre balsâmico< 2 col (sopa) de azeite extravirgem ½ col (sopa) de sal 1/3 xíc (chá) de manjericão picado 1/3 xíc (chá) de cebolinha picada Corte a carne seca em cubos, lave-a e deixe-a de molho por uma hora para tirar um pouco do sal. Coloque-a para cozinhar em panela de pressão, com água suficiente para cobri-la, por 30 minutos ou até ficar macia. Escorra e deixe esfriar. Desfie a carne retirando as gorduras. Refogue a cebola em uma col (sopa) de azeite até dourar. Junte a carne seca à cebola e refogue mais um pouco. Reserve. Você pode fazer esta parte um dia ou algumas horas antes de preparar a salada. Pré-aqueça o forno a 180ºC. Descasque e corte a cabotcha em cubos. Coloque os cubos de abóbora numa assadeira misturados com uma col (sopa) de azeite e leve ao forno por 30 minutos ou até dourar. Cuidado para não deixar a abóbora ficar muito cozida e mole, senão ela vai desmanchar na hora de misturar a salada. Enquanto isso, prepare o molho: numa vasilha grande misture o vinagre balsâmico, o azeite, o sal, o manjericão e a cebolinha. Misture a abóbora e a carne seca ao molho. A rúcula pode ser rasgada e misturada à salada ou então colocada feito uma ‘cama de folhas’ na vasilha de servir, com a salada por cima. Fica a seu critério. Eu fiz das duas formas já.

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Sou daquelas aquarianas típicas que desde pequena quer salvar a Humanidade e fazer justiça. Que tenta viver ecológica e organicamente. E que dificilmente se deixa seduzir por grifes e modas. Prefiro gastar meus petrodólares viajando, comendo e bebendo 😉

Mas se tem uma coisa que desperta meus surtos consumistas são os badulaques de cozinha… shame on me, eu sei. Enfim, adoro uma forma de bolo nova, cortadores de biscoito diferentes e ‘inutilidades’ como um termômetro para doces, uma faca de cerâmica, etc. Entre os badulaques mais legais que comprei na última viagem está a forma de bundt cake. Para quem não conhece, é esta forma de bolo cheia de ‘gominhos’ da foto acima. Aquela forma da minha cena predileta do filme Casamento Grego, na qual a mãe americana leva para a mãe grega um bolo que ela chama de bundt e que a outra não entende o que é de jeito nenhum. Depois de muitos agradecimentos, o bolo volta para a mesa como ‘cachepot’, com um vaso de flores enfiado no ‘buraco’ do meio. Não me perguntem porque, mas eu ri histericamente desta cena. Humor gastronômico…

Esta receita de bolo veio no livrinho da fabricante da forma de bundt cake. Fazia tempo que eu estava procurando uma receita de bolo bem macio com cobertura de caramelo. Esta foi a receita mais legal que eu fiz. Vamos lembrar que americano é exagerado e tive que reduzir o açúcar (sim, tinha mais 1/2 xícara de chá na receita!) e a manteiga (a receita original pedia 200 g!), mas mesmo assim o bolo ficou maravilhoso. Fofinho, macio, com gostinho amanteigado e de baunilha. Combinou imensamente com a cobertura de butterscotch– que eu traduziria livremente para cobertura de ‘bala de caramelo’. Combinação dos deuses.

Bolo amanteigado com cobertura de butterscotch

150 g de manteiga em temperatura ambiente
1 xíc (chá) de açúcar refinado
1 xíc (chá) de açúcar de confeiteiro
6 ovos
3 xíc (chá) de farinha de trigo
1 xíc (chá) de creme de leite
1 col (chá) de essência de baunilha
1 col (sobremesa) de fermento em pó

Pré-aqueça o forno a 180ºC. Unte e enfarinhe a forma. Na batedeira, junte a manteiga com os açúcares e bata até a mistura ficar fofa e clarear. Adicione os ovos, um a um, batendo sempre. Adicione alternadamente o creme de leite e a farinha de trigo previamente misturada com o fermento. Bata na velocidade baixa só para misturar. Coloque a baunilha, misture e coloque a massa na forma. Leve ao forno por 45 minutos ou até o palito sair limpo.


cobertura de butterscotch

1 xíc (chá) de açúcar refinado<
1/3 xíc (chá) de manteiga
1 xíc (chá) de creme de leite
1/2 xíc (chá) de glucose de milho
1/2 col (chá) de essência de baunilha

Levar todos os ingredientes ao fogo alto até ferver. Abaixar o fogo e cozinhar mexendo sempre até a mistura reduzir e escurecer um pouco. Leva cerca de 20 minutos.

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O fio da meada desta torta de ricota foi puxado no Twitter pelo @marvila e pela @penelophy, saudosistas de um cheesecake que tinham comido com a @Marcie14 no restaurante Pepolino em Nova York. Falaram tanto do tal cheesecake que eu armazenei os dados na minha ‘memória gastronômica’ 😉 E também fiquei babando no cheesecake do Pepolino que eles publicaram aqui no Cozinheiros de Primeira Viagem.

Depois, já em Nova York, minha irmã um dia volta de um jantar com as amigas falando maravilhas de um cheesecake que ela tinha comido… por acaso o do Pepolino 🙂 Claro que foi lá que marquei meu almoço com a @Marcie14. De sobremesa, ELE. Apesar de ser um cheesecake, ou uma torta de queijo como diríamos no Brasil, não é feita com cream cheese e sim com ricota. Receita italiana, não americana. Confesso que sou uma apaixonada por cheesecakes, mas esta torta de ricota me ganhou. Massa deliciosa, recheio leve, não muito doce, saborosa, desmancha na boca. A textura dela é totalmente diferente do cheesecake típico, muito mais levinha e aerada, menos densa, mas ainda cremosa. Só fazendo e provando mesmo.

Obs. A receita original rende duas tortas. Assim, fiz meia receita. Também adaptei as medidas para as nossas. E diminui um tiquinho a manteiga da massa. Por fim, mexi no tempo de forno. Meu forno é muito quente e a temperatura mínima dele ainda é forte. Fique de olho, pois é fácil deixar a torta queimar.

Ricotta tart (do Pepolino)

massa
½ xíc (chá) de açúcar
150 g de manteiga em temperatura ambiente
1 gema de ovo
2 xíc (chá) de farinha de trigo

recheio
500 g de ricota
1/2 xíc (chá) de açúcar
2 ovos grandes
½ col (chá) de essência de baunilha
1 xíc (chá) de creme de leite fresco
açúcar de confeiteiro para polvilhar

Faça a massa primeiro. Na vasilha da batedeira junte o açúcar, a manteiga e a gema de ovo. Bata até ficar ‘branquinho’. Adicione a farinha, uma xícara de cada vez, e bata devagar só para misturar. Ou misture delicadamente com as mãos mesmo. A massa fica macia. Forme uma bola com a massa, achate-a e embrulhe-a em filme plástico. Leve à geladeira por 40 minutos antes de usar. Após este tempo, ligue o forno a 250ºC. Retire a massa da geladeira e abra-a com o rolo entre duas ‘folhas’ de filme plástico (achei a massa quebradiça e difícil de manusear, mas aí vai da competência de cada um rsrsrs!). Forre o fundo e os lados de uma forma redonda de fundo desmontável de 23 cm de diâmetro. Deixe ‘um dedo’ sobrando na altura da forma. Faça o recheio: leve à batedeira a ricota, o açúcar, os ovos, a essência de baunilha e o creme de leite fresco. Bata só até misturar. Jogue o recheio na massa e leve para assar. Atenção: asse na temperatura alta (250ºC) por 10 minutos e em seguida diminua para 150ºC. A minha levou mais 40 minutos para assar, mas a receita original mandava ficar no forno por 1 hora e 10 minutos. Cuidado para não queimar! A torta está boa quando palito sair seco e não quando o recheio endurecer. Espere esfriar, desenforme e polvilhe açúcar de confeiteiro na hora de servir.

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