Bolar uma viagem com crianças é relativamente fácil, já que os pequenos em último caso acabam fazendo o que os pais querem. Com adolescentes a coisa muda de figura. Primeiro porque eles pesquisam sobre os locais e têm vontade própria, que precisa ser respeitada. E segundo porque nesta idade (lembram?) os amigos são tudo na vida. Ou seja, bolar uma viagem em família – sem os amigos! – para adolescentes requer mais desafios. Mas com um pouco de planejamento em conjunto é possível fazer viagens bacanas, que acabam sendo oportunidades incríveis para os pais de adolescentes curtirem seus filhos. A gente passeia junto, almoça e janta junto, sempre pensando no interesse de todos. E no fim damos boas risadas e eles curtem muito os passeios 🙂

Em 2012 fizemos esta viagem à Espanha, na qual pela primeira vez os meninos puderam exercer sua independência e se virar nos passeios, além de palpitarem nos roteiros. Foi uma viagem muito boa.

E fazia tempo que não saíamos todos juntos, por uma série de motivos, principalmente por conta da mudança para São Paulo no final do ano. Enfim, resolvemos pegar o feriado da Páscoa e embarcar para Belo Horizonte, onde aproveitamos para fazer um pit stop em Inhotim.

Em Belo Horizonte

Belo Horizonte foi uma boa surpresa. Aproveitamos muito o Mercado Central, que ficava a uma distância curta do hotel,  e os meninos adoraram provar as comidas, ver os bichos e sapear pelas lojas de artesanato no piso superior do Mercado. Além dos doces, cafés, pimentas e queijos, até com um berrante nós voltamos na mala 😛

Na Praça da Liberdade fizemos dois passeios muito interessantes, uma dobradinha de museus, o Memorial Minas Vale e o Museu das Minas e do Metal. Cada um a sua maneira, os dois museus valeram muito.

Fechamos BH com um passeio que não pode faltar na família: uma visita ao estádio do Mineirão, que foi recentemente reformado.

O Memorial Minas Vale

Eles curtiram muito o Memorial, onde cada sala aborda de forma diferente uma temática da história e da cultura de Minas Gerais. Esta forma de exposição é ótima para manter o interesse deles. Assim, há desde uma sala que conta em vídeos a trajetória da construção das estradas no estado de Minas Gerais até uma caverna, passando por uma maquete de uma vila mineira, pelos bonecos do Giramundo e por uma réplica da Casa da Ópera de Vila Rica. É muito gostoso ver que cada filho se empolga com algo diferente, de acordo com a idade, o momento de vida e a personalidade deles. Surpreendi-me com o interesse do meu filho de 14 anos pela história do escritor Guimarães Rosa, contada em vídeo pela filha dele, na sala A Família Mineira.  Eu também adorei este depoimento, de emocionar. O filho menor gostou do filme na sala das Vilas Mineiras e da Minas Rupestre, onde dá para brincar com as luzes dentro de uma caverna.

Se você quiser conhecer o Memorial em mais detalhes, a Camila do Viaggiando fez um post bem completo sobre ele, aqui.

O Museu das Minas e do Metal

Em seguida fomos ao Museu das Minas e do Metal. Muito bem cuidado, este museu tem tanto exposições como atividades interativas.  Eles adoraram o jogo de trading de commodities agrícolas, no qual era possível comprar e vender boi, algodão, açúcar, feijão, milho e outros, viajando pelos anos deste século e do século passado, de modo a comprar barato e vender caro e assim ganhar mais moedas de ouro. O Bruno está estudando os elementos químicos na escola e adorou o jogo da Tabela Periódica, no qual era possível  ‘arrastar’ elementos para observar aqueles que reagiam entre si, formando compostos químicos. O Theo se encantou com o Chão de Estrelas, um ‘telescópio ao contrário’ que mostra as pedras do chão ampliadas, bem como a coleção de pedras do geólogo Djalma Guimarães.

Espaço TIM de Conhecimento

Outro lugar bacana para crianças e adolescentes, que fica próximo ao Memorial Minas Vale e ao Museu das Minas e do Metal é o Espaço TIM de Conhecimento. Não tivemos tempo de ir, mas caso alguém se interesse em visitar, o Viaggiando conta a respeito dele aqui.

O Mineirão

O Mineirão, ou melhor dizendo o Estádio Governador Magalhães Pinto, foi o último passeio de Belo Horizonte. Nele há um pequeno museu do futebol –  desapontador para quem conhece o Museu do Futebol em São Paulo –  mas que vale se acompanhado da visita ao estádio do Mineirão, onde dá para bater uma bolinha rápida na sala de aquecimento, ver os vestiários e banheiros recém-reformados e sentar na tribuna e nos camarotes para ver o gramado. Mas, atenção: a visita guiada aos finais de semana vai só até às 13 horas e os ingressos se esgotam rapidamente. É bom chegar cedo para evitar filas e não perder o passeio. No feriado da Páscoa enfrentamos uma fila enorme e uma muvuca no local, mas os funcionários garantiram que a confusão era provisória, por conta da reforma das bilheterias que estava para terminar. Mas é bom se garantir.

O passeio em Inhotim

Nós passamos um dia em Inhotim, fazendo um bate e volta de Belo Horizonte. De carro, a viagem dura uma hora. Diria que para adolescentes um dia de passeio é a conta certa. Eles têm energia para andar o parque todo, não cansam, não querem sentar para almoçar por horas e não fazem o tipo contemplativo de jardins 🙂 Nós chegamos no parque na hora da abertura, por volta das 9h30, já com ingressos e transporte comprados pela internet. Usamos o carrinho de golfe para ir aos locais mais distantes e o restante fizemos a pé. Deu pra ver tudo. É claro que Inhotim está cada vez maior, ouvi lá que eles pretendem abrir uma galeria nova a cada dois meses, mas o atual número de galerias e obras está de bom tamanho para um dia de passeio com pré-adolescentes e adolescentes.

Aqui também é muito gostoso ver como cada um curtiu da sua maneira. O Bruno adorou a galeira Mata, onde o Theo ficou vários minutos sentado (não queria ir embora!) escutando as línguas extintas ou em risco de extinção. Os dois gostaram bastante da Cosmococa, eu adorei as instalações “sonoras”, enfim, é uma delícia passear e trocar estas experiências com eles 🙂

 

Nas próximas semanas contarei mais do Mercado Central e  de Inhotim, dando mais detalhes de como fazer uma visita mais produtiva a estes locais. Até lá 😀

 OBS. As fotos foram tiradas sem flash por imposição dos locais visitados, razão da nitidez prejudicada.

 

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Para quem não deixava passar uma semana sem post novo, ando muito relapsa. As férias de um mês de blog, que costumo tirar no final do ano, estenderam-se por mais de dois meses. Mas há motivo.

As novidades constantes da cidade de São Paulo, para onde nos mudamos no início de dezembro passado, assim como o maior contato com a família e os amigos daqui andam drenando minha energia – de forma positiva 🙂

Estamos muito felizes por voltar para casa. E quando nos perguntam se já cansamos do trânsito, da violência e das enchentes, dizemos que ainda não cansamos da família, dos amigos, dos ótimos cinemas, dos restaurantes e botecos diferentes, de passear pela Liberdade e pela Paulista, de visitar as feirinhas de artesanato e comida, de sapear pelas livrarias, de andar a pé pelo nosso bairro. Meu carrinho de feira novo tem aumentado sua quilometragem dia a dia.

Enfim, a volta ao blog é com uma receita tão simples, saudável e gostosa que quis reparti-la com os leitores. A ideia surgiu de uma conversa entre duas amigas no Twitter.  A @zelblog postou um vídeo de um molho de espinafre com modus operandi diferente do bom e velho ‘espinafre cozido e batidinho’ que uso. As folhas de espinafre cru são colocadas diretamente na panela e ficam lá até murcharem. Bem prático. Adaptei minha receita a este modus operandi diferente e acrescentei o coentro, novidade que vi no mesmo vídeo. A receita original usa queijo de cabra, aqui em casa fiz com ricota pois o queijo de cabra não agrada a todos. Façam. Fica uma delícia!

Massa com molho de ricota, espinafre e ervas

250 g de massa
1 xíc (chá) de ricota amassada com garfo (bem apertada na xícara)
4 col (sopa) de iogurte natural
4 col (sopa) de suco de limão
2 col (chá) de melado de cana
4 col (sopa) de salsinha bem picada
1 col (chá) de sal
4 xíc (chá) de folhas de espinafre (apertadas na xícara)
2 col (sopa) de coentro bem picado
queijo parmesão para polvilhar a gosto

Ponha a massa para cozinhar enquanto prepara o molho. Em seguida coloque numa panela funda a ricota, o iogurte, o suco de limão, o melado, a salsinha e o sal. Ligue o fogo e mexa até derreter e misturar. Diminua o fogo um pouco e acrescente o espinafre. Não se assuste com a quantidade, ele vai murchar! Mexa sempre até o espinafre murchar, desligue o fogo, acrescente o coentro e misture bem. Pronto! Escorra a massa, misture ao molho e polvilhe o parmesão. Delícia 😛

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Sou simplesmente enlouquecida por polvo. E sempre que há polvo no menu considero seriamente pedi-lo. Já comi pratos com polvo excelentes em São Paulo. Acredito que os melhores tenham sido no Chou, no Sal Gastronomia e no Epice. Também comi um bom polvo no Adega Santiago. Mas foi em Portugal, em Óbidos, que comi um polvo a lagareiro inesquecível. Não tem jeito: faz parte da magia de um bom prato – assim como de um bom vinho – o lugar onde os provamos.

Tudo isto para contar que num sábado de preguiça, antecipando nossa volta definitiva a São Paulo, fizemos um almoço de família onde o prato principal foi este risoto de polvo. Adaptado de uma receita de arroz de polvo dada pela Helena M., amiga da minha mãe. O legal desta receita é que ela é relativamente descomplicada. Mexer com polvo não é fácil, há cozinheiros que têm seus truques, mas nem sempre os cozinheiros de final de semana como eu conseguem por em prática alguns dos macetes. Esta receita qualquer um pode fazer, não têm muito mistério e fica muito gostosa. E vamos a ela 🙂

Risoto de polvo

1 polvo de aproximadamente 2 kg
1 1/2 xícara (chá) de vinho tinto
2 folhas de louro
2 cebolas grandes
2 colheres (sopa) de azeite
1/2 xícara (chá) de vinho branco
1 xícara (chá) de arroz arborio
4 tomates sem pele e sem sementes
1 xícara (chá) de ervilhas congeladas
1/2 pimenta dedo-de-moça picada bem fininho e sem as sementes
1 a 2 colheres (chá) de sal
1 a 2 colheres (sopa) de manteiga sem sal

Compre um polvo congelado, já limpo e sem a cabeça.  Coloque-o em uma panela de pressão com o vinho tinto, uma cebola cortada ao meio e as folhas de louro. Deixe o polvo cozinhar por 10 minutos depois que iniciar a fervura. Desligue o fogo e espere 20 minutos antes de abrir a panela. Retire o polvo, espere esfriar um pouco, passe na água corrente e corte-o em pedaços da largura de um dedo. Retire a cebola e o louro e reserve o líquido do cozimento. Isto pode ser feito com certa antecedência e deixar só o preparo do risoto para a hora de comer.

Coloque o líquido do cozimento para ferver. Deixe em fogo bem baixo para não esfriar. Numa panela colocar o azeite e refogar uma cebola bem picadinha. Juntar o arroz arborio, mexer por um minuto e colocar o vinho branco. Deixar e vaporar. Abaixar o fogo e cozinhar o arroz, sem parar de mexer, colocando aos poucos o líquido quente. Se precisar, juntar um pouco de água fervente até o arroz ficar cozido. Faltando alguns minutos para isto juntar os tomates, a ervilha e o sal. Assim que o arroz estiver pronto, juntar o polvo e a pimenta dedo-de-moça. Misturar delicadamente, desligar o fogo e juntar a manteiga. Mexer mais um pouco e servir.

Em tempo: o Rosmarino agora entra em férias, merecido descanso depois da mudança. Voltaremos à programação normal no ano que vem.  Boas festas a todos!
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Como muitos dos nossos leitores já sabem, após cinco anos morando em Ribeirão Preto estamos voltando para São Paulo no final do ano.  Uma nova fase, com novos desafios da cidade grande com seu trânsito, poluição, maior violência. Mas também com grandes compensações, como a proximidade da família e de muitos dos antigos amigos.

Enfim, nesta toada me dei conta outro dia de que não escrevi sequer um post sobre Ribeirão Preto.  Resolvi então corrigir esta lacuna e me despedir desta cidade contando sobre aquilo que achei mais gostoso por aqui. O meu melhor de Ribeirão Preto, do pão à pizza, ou ao chocolate 😀 Aproveitem.

MELHOR BOLO SIMPLES

Basta entrar numa Casa de Bolos e o aroma dos bolos recém-assados já deixa qualquer um com água na boca. O lugar é muito simples, mas não tem ‘bolinho de vó’ mais fresquinho e gostoso na cidade do que os da Casa de Bolos. A qualquer hora do dia tem sempre um bolo quentinho acabado de sair do forno para deliciar a gente. Desde os bolos simples, como de laranja, de fubá, de cenoura coberto de chocolate; até as especialidades da casa como o bolo Luís Felipe e o delicioso bolo de banana com uva passa, um dos meus prediletos. Preço bom e justo. Na rua Chile 1421, no Jardim irajá (e mais dois endereços no Centro e na Av. da Saudade).

MELHOR BOLO DE FESTA

Para mim não tem bolo mais gostoso para comemorar uma ocasião especial do que o bolo mousse de chocolate da Iceland. A massa é leve, o recheio é substancioso sem ser pesado e ele é doce na medida certa, o que é raro no mundo dos bolos com muitos recheios e coberturas. Não é à toa que é o carro-chefe da casa e seu bolo mais vendido. Mas tem outros muito gostosos, como o Brigadeiro Chic, o Sem Preconceito e o bolo de Nozes com Baba de Moça. Preço super justo pela qualidade. E dá para facilitar a vida encomendando pelo telefone. Na avenida Nove de Julho 1614, no Jardim América.

MELHOR DOCE

O campeão neste quesito é uma tradição na cidade: os mousses leves, aerados e deliciosos da Mousse Cake. Carro-chefe da casa, que começou como doceria e hoje oferece um extenso cardápio de pratos salgados e algumas sobremesas, os mousses ainda são o que há de melhor lá. Antigamente havia a opção de pedir a “degustação de mousses”, que vinha em cinco ou seis potinhos, de sabores variados. Não sei porque tiraram a opção do cardápio. É possível pedir uma porção inteira (enorme, que dá para duas pessoas) ou meia-porção, ideal. Meus preferidos são o mousse de chocolate branco com gotas de chocolate ao leite e o de chocolate ao leite com amêndoas ou com damascos. Na rua João Penteado 1481, no Jardim América (e outros quatro endereços na cidade).

MELHOR CHOCOLATE

Para quem não mora na cidade pode até parecer estranho que os chocolates ganhem uma categoria só para eles. Mas Ribeirão Preto, mesmo com o calor escaldante que faz aqui, tem uma tradição de chocolaterias gourmet. Entre elas a Desejo & Sabor e a Le Sofiah, que têm uma boa variedade de docinhos e chocolates. Mas ainda é a Le Bonbon que figura no topo da lista dos melhores chocolates da cidade. Um dos mais famosos é o Igloo, bombom de chocolate ao leite com recheio de marshmellow. Meu predileto é o Carré D’Abricot, um pãozinho de mel com especiarias e recheio de geleia de damascos, coberto com um mix de chocolates. Na rua João Penteado 2560, no Jardim América.

MELHOR SUCO

Gosto dos sucos da Laranjalima no Shopping Ribeirão, mas não batem para mim os sucos super gostosos e no tamanho ideal (500 ml) para matar a sede da casa de sucos de origem paulistana Suco Bagaço, que tem uma unidade dentro do Novo Shopping. Não é à toa que há sempre filas, o suco feito na hora é fresquíssimo e muito bom. Experimente o de abacaxi com gengibre e laranja, meu preferido.

MELHOR SALGADO

Não há nada muito sofisticado ou diferente neste quesito na cidade. As salgaderias são simples, tradicionais e sem grandes salamaleques. Mas ainda acho que a melhor delas é a Castro Salgaderia, que têm salgados quentinhos a qualquer hora e que ainda oferece por encomenda mini salgadinhos, de boa qualidade e bom preço. Meus filhos adoram o enroladinho de salsicha, a coxinha e a bolinha de queijo. Para um lanche rápido ou para encomendar para uma festa, não tem erro. Na rua Bernardino de Campos 734, no Centro (e em outros endereços).

MELHOR SANDUÍCHE

Gosto muito dos sanduíches caprichados e com ingredientes de boa qualidade do Serjão Lanches. Os meus preferidos são os baurus com picanha, alcatra ou baby beef, mas gosto também dos beirutes. Para quem não fica sem um bom hambúrguer, prove o barbecue burger. O lugar é despojado mas confortável e o atendimento atencioso. Na avenida João Fiúsa 1297, no Sumaré.

MELHOR PÃO

Esta é uma categoria bem difícil. Não consegui eleger uma única padaria, já que várias das que frequento têm suas especialidades e delícias. Se for para escolher apenas uma, ficaria com a Villa Padoca (rua Thomaz Nogueira Gaia 1174, no Jardim Irajá) pelo ‘conjunto da obra’.  Há uma variedade grande de pães e muitos deles são gostosos, como o levíssimo pão de azeite, o denso e saboroso pão de campanha e outros como o pão de cenoura, o pão francês integral. Mas não posso deixar de  fazer uma menção honrosa à City Pão, que faz disparada a melhor chipa de Ribeirão Preto.  A City Pão tem também um bom pão francês e um pãozinho de nozes e passas que me agrada. E, por fim mas não em último lugar, o pão francês mais consumido aqui em casa, sempre fresquinho e gostoso, da Irajá Frios.

MELHOR PIZZARIA

Para mim nenhuma pizza da cidade bate a da Famosa Pizza, que inclusive já deixou muitos de nossos amigos paulistanos de queixo caído. O ambiente é gostoso, o serviço atencioso e a pizza muito caprichada, feita com ingredientes de qualidade em combinações bem saborosas. Para os que não ficam sem calabresa, a pizza Estrela (ou Madonna) é muito boa. Minha preferida é a Ousada (ou Carmem Miranda), que leva berinjela e pimentão assado e marinado e azeitonas pretas.  Na avenida Wladimir Meirelles Ferreira 1466, no Jardim Botânico.

MELHOR JAPONÊS

O mais tradicional e dos mais antigos – se não for o mais – restaurante japonês de Ribeirão Preto, o Mirai é imbatível. Mesmo longe de São Paulo e do litoral, o peixe é fresco e de qualidade e até as ostras frescas chegam por lá, todas as terças-feiras. Há pratos clássicos e alguns diferentes e interessantes. Se você curte as novidades, peça o Combinado do Chefe, sempre com combinações criativas e gostosas.  O lugar é tranquilo e agradável e o serviço atencioso. Na rua Ondibecte Silveira 293, no Jardim Macedo (e em outros dois endereços nos shoppings Ribeirão e Novo Shopping).

MELHOR ÁRABE

Este é um dos segredos bem guardados da cidade. Há outros lugares que servem e vendem delícias da cozinha árabe em Ribeirão Preto, mas nenhum com a qualidade da Casa Salim. Desde as deliciosas esfihas folhadas e as abobrinhas em tiras marinadas até os pratos de frango e cordeiro, supimpas mesmo. O lugar é acanhado, pequeno e apertado, mas as donas estão sempre lá e a qualidade dos ingredientes utilizados e da comida é imbatível, tanto para um almoço durante a semana como para levar para casa. Na rua Pedro Merino 220, no Jardim Irajá.

MELHOR CHURRASCARIA

A churrascaria-rodízio Coxilha dos Pampas tem muitos fás na cidade, mas eu ainda prefiro o Ancho. Lugar bonito, com decoração charmosa, carnes super selecionadas e bons acompanhamentos. A carta de vinhos é  completa e oferece boas alternativas. Para um almoço de final de semana e para jantar também. Na avenida João Fiúsa 2040, no Jardim Canadá.

MELHOR RESTAURANTE

A ideia inicial era eleger a melhor massa da cidade. Mas não acredito que há em Ribeirão Preto um restaurante de massas ou um prato de massa que seja realmente imperdível. Tem gente que vai protestar e vai mencionar a Gondola do restaurante La Cucina de Tullio Santini. Vale mais pela fama do que pelo sabor. Se você é curioso, prove  🙂 Ou fique nos antipastos, uma boa opção por lá. Porém, se for para eleger um restaurante apenas na cidade, fico com o Flor de Sal Bistrô, o mais completo no conjunto de quesitos boa comida, boa oferta de bebidas, bom serviço, bom ambiente e preço justo. Na rua Floriano Peixoto 1463, no Boulevard.

MELHOR ALMOÇO RÁPIDO

Meu almoço rápido preferido na cidade nasceu, curiosamente, como um anexo dentro de uma loja de presentes. O Mabruk tem poucas mesas e um menu enxuto de especialidades árabes oferecidas em um buffet, no qual é tudo bem gostoso e caprichado. Na rua Cerqueira Cesar 1556, no Jardim Sumaré.

Por fim, uma menção honrosa a outro segredo da cidade do qual gosto: o Tokyo Restaurante, que serve comida japonesa e chinesa por quilo, boa e honesta. No Tokyo o ambiente não é dos mais simpáticos, com sua decoração kitsch, mesas um pouco apertadas e cadeiras um tanto desconfortáveis, mas vale a pena conhecê-lo pela variedade de pratos, muitos deles bem gostosos. Na avenida Nove de Julho 1194, no Boulevard.

Um agradecimento especial às amigas que me ajudaram a “desempatar” alguns quesitos: Daniela M. , Marcia S., Claudia M., Marcia T., Carla C. da S. e Elisa C. 😀

 

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ESTUDO DO CASO

Diálogo 1, no raio-X da Polícia Federal, Aeroporto de Ribeirão Preto:

” – Tem bolas nestas sacolas?

– Tem sim, bolas de futebol, presentes de Natal para meus afilhados da Creche e Núcleo Sócio Educativo Cantinho da Criança…

– Mas não pode embarcar na TAM com a bola cheia, tem que murchar… se fosse outra companhia, a Gol, aí poderia… Você tem que voltar lá no check-in da TAM para eles murcharem as bolas…”

Diálogo 2, balcão de check-in da TAM, Aeroporto de Ribeirão Preto:

” – Boa tarde, estava embarcando e a policial me mandou voltar aqui para murchar estas bolas, pois a TAM não permite embarcar no avião com as bolas cheias. É isto mesmo?

– Sim, não pode. Você tem que despachá-las.

– Mas não é só murchar? E onde está escrita esta regra que eu nunca soube dela??

– São ordens da companhia, minha senhora. Eu não sei murchar bolas, a senhora sabe?

– Não sei, mas na verdade não importa, eu sou totalmente a favor de seguir regras, mas queria saber onde está a regra! Aqui no folheto que fica no check-in não está escrito nada sobre bolas!

– Mas são ordens da companhia, minha senhora, e se a senhora não despachar as bolas AGORA, VAI PERDER O VOO (com a cara já bem fechada).

-… despacha, então. Obrigada, mas queria deixar registrado meu protesto, pois é preciso que as diretrizes sobre o que pode ou não embarcar com o passageiro dentro do avião sejam mais claras!”

(E fui embora, lógico, porque nosso direito e vontade de reclamar estão infelizmente limitados pela conveniência da nossa viagem…)

Diálogo 3, dentro do avião da TAM, de Ribeirão Preto para São Paulo:

” – Desculpe, com licença, meu lugar é aí na janela, é que estou atrasada, mas tive um probleminha para embarcar com bolas de futebol…

– Ah, meu filho teve um problema para embarcar com a raquete de tênis! Viemos do Rio de Janeiro e lá ele pode embarcar com ela, mas agora de Ribeirão Preto a São Paulo, teve que despachá-la na última hora!”

Ou seja, como vocês podem perceber, esta questão do que pode ou não pode embarcar com o passageiro dentro do avião é uma nuvem cinza de regras reais/inventadas/abusadas pelos mais diversos funcionários das companhias aéreas e do setor de raio-X da Polícia Federal. Nestas, o passageiro fica perdido, sem saber muitas vezes como agir e, em alguns casos, sem o final “feliz” como foi o meu nesta viagem.

AS REGRAS

Conforme regulamentação da IATA ( International Air Transport Association), em linhas gerais, não podem ser transportados como bagagem de mão:

  • líquidos e sólidos inflamáveis – inclusive combustíveis, tintas, solventes, fósforos e isqueiros – é permitida uma unidade de isqueiro, que deverá ser carregada junto ao passageiro);
  • explosivos – inclusive munições e fogos de artifício;
  • corrosivos – inclusive baterias derramáveis, água sanitária, amônia, limpadores de fornos, limpadores multiuso, etc.;
  • radiativos;
  • venenosos, tóxicos ou substâncias infecciosas;
  • armas – inclusive armas de fogo, armas de caça, réplicas ou imitações perfeitas de armas, armas de”paintball”, armas de mergulho, espingarda de ar comprimido, pistola esportiva de partida, pistola de sinalização, dispositivo capaz de gerar corrente elétrica (dispositivo de choque);
  • gases comprimidos – inclusive aerossóis, butano, garrafas de oxigênio, garrafas de mergulho, garrafas de gás para campismo, etc.;
  • objetos cortantes ou perfurantes – inclusive tesouras, facas, alicates, canivetes, garfos, estiletes e navalhas.
Quanto aos líquidos em geral, as regras mais recentes são bem específicas e atendem as determinações da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI). Resumidamente, os líquidos (incluindo também géis, pastas, cremes e aerossóis) têm que ser transportados em frascos com quantidade igual ou inferior a 100 ml, em embalagem transparente e completamente vedada, com capacidade máxima de um litro ou 20 x 20 centímetros. A única exceção são as bebidas e perfumes lacrados e adquiridos depois do portão de embarque e da inspeção no raio-X da Polícia Federal.
NA PRÁTICA
Na hora do embarque, porém, a coisa complica um pouco. Pois além das regras terem que ser interpretadas por pessoas com cabeças e treinamentos diversos, as próprias companhias aéreas têm suas particularidades. A Aerolineas Argentinas, por exemplo, não deixa embarcar no avião com agulhas de tricô e lixas de unha de metal. A GOL  fala sobre material esportivo, mas é silente sobre raquetes de tênis e bolas de futebol e normalmente permite seu embarque.  Pelo telefone com a TAM, fui informada de que as bolsas de futebol não podem embarcar porque entram na categoria de “gases comprimidos”!
O QUE COSTUMA DAR PROBLEMA
  • BOLAS ESPORTIVAS CHEIAS. Assim como aconteceu comigo, mais gente já embarcou e já foi barrada com bolas de futebol cheias. Outras passaram batido. A Andrea Massei Rossi veio de Orlando para São Paulo com uma bola cheia e ninguém reclamou. A Renata Luppi passou com a bola cheia tranquilamente na inspeção do aeroporto de Miami, mas foi barrada na conexão em Manaus. Ou seja, melhor não arriscar e levá-las vazias mesmo.
  • BEBIDAS E PERFUMES ADQUIRIDOS NO FREE SHOP. Outro item que dá muito pano pra manga. Quando o destino é único, tudo bem. Mas quando é preciso desembarcar para pegar uma conexão, cada aeroporto tem suas próprias regras. Nas conexões domésticas dentro do Brasil é difícil dar algum problema. Via de regra o passageiro pode levar até 5 litros de bebida (em recipientes com capacidade de até 1 litro) com não mais que 70% de graduação alcoólica por volume e com lacre de fábrica. Mas é bom se informar antes quando se tratar de voos internacionais.  O Maurício Novaes contou que  viu funcionários do aeroporto de Joanesburgo jogarem no lixo garrafas de bebidas adquiridas por passageiros no Duty Free do Aeroporto de Cape Town, na conexão para voar de volta ao Brasil.
  • BENGALAS, MULETAS, ANDADORES E CADEIRAS DE RODA. Pela regra, devem ser transportadas obrigatoriamente na cabine de passageiros. Mas a regra também diz que poderão ser “transportadas no compartimento de bagagem da aeronave quando suas dimensões, ou as da aeronave, bem como os aspectos de segurança inviabilizarem seu transporte no interior da cabine de passageiros”. Ou seja, na prática a companhia faz o que quer.
  • OBJETOS QUE PODEM PARECER ARMAS. Este é o xis da questão das bagagens de mão, pois a interpretação do que pode ser usado como arma ou ferir é muito particular. Há diversas histórias, até engraçadas. A Luciana Godoy demorou para convencer o funcionário do aeroporto de Paris ~ este lugar tão gourmet ~ que seu porta-azeite de vidro e ponta de metal não era uma arma mortal. Mas outras pessoas não tiveram tanta sorte. A Sut-Mie Guibert teve que deixar para trás um garfinho de bebê, daqueles de pontas redondas; o Sandro Marques perdeu seu marcador de livros de metal, com ponta rombuda; a Sylvia Urquiza ficou sem uma pipa de bambu, a Carla Corrêa da Silva ficou sem um prendedor de cabelo de plástico, daqueles tipo “piranha” ou “bico de pato” e o Paulo Aguiar ganhou: apreenderam sua fita crepe, supostamente algum tipo de arma 😀 Ou seja, neste quesito infelizmente o que vale é a “lua do funcionário”, como disse a Marcie 🙂
ISTO PODE!
  • Mamadeiras e alimentos infantis industrializados (quando bebês e crianças estiverem viajando).
  • Medicamentos essenciais acompanhados de prescrição médica (deverá possuir o nome do passageiro para ser confrontado com o que consta no cartão de embarque).
  • Medicamentos essenciais que não necessitam de prescrição médica (colírio, solução fisiológica para lentes de contato, etc., desde que não excedam 120m1 ou 4oz).
  • – Insulina e líquidos (incluindo sucos especiais ou gel) para passageiros diabéticos acompanhados de prescrição médica desde que não excedam 148 ml (ou 5 oz).
  • Cosméticos sólidos (batons, protetor labial ou desodorante em bastão, etc.).
  • Aparelhos eletrônicos (laptop, câmera fotográfica, jogo portátil, celular, etc.).
 E pensar que eu sou do tempo em que todo voo que vinha da Bahia tinha uns 3 ou 4 berimbaus viajando junto com os passageiros 🙂
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Hoje inauguramos uma nova seção no Rosmarino e Outros Temperos, os Guias Úteis, que vão ajudar os leitores a enfrentar menos perrengues em suas viagens 🙂  Começamos pelos remédios. Para  falar sobre isto, convidei uma profissional que entende muito do assunto, a enfermeira obstetriz especialista em saúde da família e saúde mental, Fernanda Papa de Campos. Com vocês, a palavra da Fernanda:

Chegou a hora da diversão, vamos viajar!

Entre os cuidados que devemos ter antes de embarcar está o preparo de uma boa necessaire de medicamentos que podem ser úteis durante nosso lazer, pois não são todos os lugares que vendem remédios sem receita médica ou que encontraremos uma farmácia por perto.

Primeira regra que gosto de lembrar sempre: não esqueça dos remédios que você faz uso contínuo, ou seja, aquele que você toma todos os dias e não pode ficar sem. Seja ele para a tireoide, pressão alta, depressão, diurético, artrite, enfim… seu organismo está “acostumado” e não pode de uma hora para outra ficar sem os chamados medicamentos de uso diário.

Vale uma observação importante: leve sempre junto aos medicamentos controlados, principalmente os de tarja preta, a cópia da receita médica (pode ser em português) e se for ficar muito tempo fora e tiver que levar uma quantidade maior, distribua entre as malas, tire das embalagens e leve receita médica compatível com o número de comprimidos que você está levando para que não vire uma dor de cabeça na sua viagem.

Antes da listinha básica gostaria de chamar atenção para algumas outras medidas preventivas antes de sair em férias:

  • vacine-se contra gripe, pois você estará  protegido em até 70% contra as principais gripes existentes mundo a fora. Lembre-se que deve ser vacinado um mês antes do embarque!
  • procure saber se para o destino que você irá é obrigatório alguma outra vacina como por exemplo a da febre amarela, se for vacine-se 15 dias antes e leve o comprovante com você. (O FAQ da Anvisa esclarece as dúvidas e dá mais orientações sobre como proceder no caso da exigência da vacina de febre amarela)
  • se você vai para uma região com muitos mosquitos, veja com seu médico se é indicado tomar vitamina B antes de embarcar, pois ajuda muito a não ser picada, é um excelente repelente!

Agora vamos a uma listinha básica de medicamentos que não podem faltar na sua necessaire, vou colocar por classe de medicamentos e não nomes comerciais, ok?

Procurem sempre orientação médica, pois SOMENTE o médico é capacitado para prescrever qualquer remédio!

Faça uso de medicamentos que você já tenha feito antes, não deixe para experimentar novos medicamentos em viagem, pois pode ser perigoso!

Vamos da cabeça aos pés!

  • Analgésico para dor de cabeça;
  • antitérmico para febre;
  • colírio para uso após banho de piscina e mar;
  • colírio para conjuntivite ( este precisa de receita médica, pois contém antibiótico);
  • gotas para o ouvido (este precisa de receita médica, pois contém antibiótico);
  • descongestionante nasal tópico;
  • remédio para afta se você tem propensão para ter, pois fora do Brasil não são vendidos sem prescrição médica;
  • antitussígeno (pode ser xarope ou gotas, as gotas são mais fáceis de carregar);
  • antibiótico (este precisa de receita médica), se for passar mais de 15 dias fora leve dois tipos, costumamos orientar a levar um que seja mais específico para doenças da cintura para cima ( problemas respiratórios) e outro da cintura para baixo (infecção urinária). Faça os cálculos para não faltar remédio e peça orientação ao seu médico de quais você deve levar;
  • antialérgico;
  • antiemético (contra enjôo);
  • relaxante muscular;
  • antiespasmódico ( para cólica intestinal e de estômago), fundamental em viagem, pois a alimentação é totalmente alterada;
  • antiácido e/ou remédio para dor de estômago;
  • antidiarreico se seu médico recomendar;
  • caixinha de Band Aid.

Devo levar pomadas? Lembre-se que pomadas podem abrir e melecar toda a mala, logo se tiver alguma de uso específico tudo bem, caso contrário você estará coberta com o arsenal acima.

Muitos acharão um exagero, mas antes prevenir do que atrapalhar uma viagem ou se desesperar em plenas férias!

Se precisar de algum outro medicamento fora desta imensa lista é porque a coisa ficou mais séria, logo lembrem-se de fazer seguro viagem… você pode precisar dar um pulinho no pronto socorro.

Como última lembrança: se for fazer uma necessaire para os filhos jovens não esqueça de colocar preservativos e se sua filha usa anticoncepcional, coloque uma cartela extra na necessaire.

Boa viagem a todos!

Enjoy!

Fernanda Papa de Campos, enfermeira obstetriz, especialista em saúde da família e saúde mental.

Proprietária da NANTU Ensino e Saúde (empresa de prevenção e promoção da saúde)

Tel para contato: (11) 9 9992.8500

email: nantuconsultoria@gmail.com

https://www.facebook.com/groups/nantuconsultoria/

 

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Fiquei muito feliz com o convite da Daniela Falcão, Diretora de Redação da revista Vogue, para escrever uma pequena crônica para esta revista sobre minha experiência de sair da cidade grande  e vir morar no interior.  Conto um pouco  sobre os desafios e surpresas que encontrei, sobre aquilo que aprendi a gostar e do que sempre senti falta.

A Vogue de novembro está incrível e ainda dá muitas dicas de moda, gastronomia e cultura de Ribeirão Preto e de outras cidades do interior de São Paulo: Araçatuba, Campinas e Campos de Jordão. É o “Brasil no Brasil” na Vogue, não percam 😀

Clique na foto para abri-la em tamanho maior e ler o texto na íntegra.

 

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Na semana passada, o Theo contou da parte da sua viagem com os avós a Veneza. Hoje, ele conta sobre Firenze, Pisa e Lucca 🙂

 

7/7/12 – 5º dia e primeiro em Firenze

“Saímos com uma lancha para a piazzale Roma e pegamos um trem para Firenze. Chegamos e fomos para o hotel. Do hotel nós fomos ao mercado e fui embora para a ponte Vechio onde vimos várias casas vendendo bugigangas e aí vimos a réplica do Davi de Michelangelo. Voltamos para o hotel jantamos e dormimos”.

8/7/12 – 6º dia

“Neste dia fomos ao museu Academia onde se encontra o verdadeiro Davi de Michelangelo. Vimos a parte musical do museu onde tinha os primeiros pianos e tinha também três Estradivarius e etc. O Davi era perfeito em sua mão havia os músculos, veias, cartilagens e etc. Era magnífico. No resto da tarde voltei ao hotel e: ZZZZ e acabei o meu livro”.

9/7/12 – 7º dia

“Hoje fomos a Pisa e Lucca. Primeiro em Pisa fomos a famosa torre para olhala de perto então em seguida fomos ao batisterio que tem uma acustica perfeita. Logo andamos mais um pouco e fomos subir a torre de Pisa (mas só eu e minha avó). Quando chegamos ao topo vovó ficou meio tonta e sentou, então eu dei uma volta pelo topo da torre… isso. Em Lucca almoçamos e fomos andar de bicicleta na muralha que foi muito legal. E minha avó caiu quando estava descendo a muralha de bicicleta. E é isso”.

10/7/12 – 8º dia

“Hoje nós fomos passear no palazzo Pitti, foi legal e tudo mais. A tarde descansei e saímos para passear rapidinho. Fomos jantar no restaurante Buca Mario onde comi um macarrão com tartufo tão bom que foi a coisa que mais gostei de comer na minha vida… tão bom que parecia um presente dos deuses. Até logo e tchau”.

 

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Neste post expliquei como surgiu a ideia dos diários de viagens dos meus filhos.

Nestes posts, meu filho Bruno conta como foi sua viagem para a África do Sul, Zâmbia e Zimbábue.

Agora chegou a vez do Theo, que em julho passado foi para a Itália com os avós, contar um pouco de como foi sua viagem. Todos os textos – literais – são do próprio Theo e as fotos em que ele não aparece também. Esperamos que gostem 🙂

 

Diário de viagem do Theo – Itália

 03/07/12 – 1º dia 

“Hoje nós chegamos em Frankfurt (Alemanha) e pegamos a conexão para Veneza. Chegamos aqui as 6:00. Pegamos um taxi e depois pegamos um barco para o hotel. Nos arrumamos e fomos jantar no Café Florian.  No café que jantamos tinha música: violino, flauta, piano, violão selo e sanfona. Era muito legal, principalmente a sobremesa… petit gateou.”

 04/07/12 – 2º dia 

“ Hoje acordei cansado mas logo ja me recuperei. Logo depois do café fui passear de gôndola… estava um calor que nem aproveitei direito. Depois do passeio fui almoçar, comi um ravioli muito bom. Depois de almoçar fomos andando entrando em lojas e coisa e tal passamos pela ponte de Rialto e quando estávamos voltando passamos na Piazza de San Marco onde tinha a igreja e o palazzo Ducalle e o leão de San Marco. Resolvemos tomar um café eu pedi um suco de limão. Só que esse suco era limão espremido puro e não deu para beber. Voltamos para o hotel saímos pra jantar e é isso”.

 

05/07/12 – 3º dia 

“Hoje nós fomos a Murano. Chegamos e já começamos a ver vidro, e vimos como o vidro é fabricado e tudo isso… mas nesse passeio você tem que gostar bastante de vidro pois no museu do vidro só se vê vidro, vidro vidro vidro… vidro… vidro. E lojinhas com vidro. E mais lojinhas com vidro. Foi legal mas na verdade não sou tão fã de vidro, mas gostei”.

 06/07/12 – 4º dia e último em Veneza

“Este é o meu último dia em Veneza. Fizemos um tour pelo palácio Ducalle. Passeamos pela ponte dos Suspiros foi muito legal tomamos um bom gelato e ai voltamos para o hotel fazendo nosso último passeio de gôndola. Fomos jantar no Hard Rock mas estava lotado jantamos num lugarzinho e depois voltamos ao Café Florian para tomar sobremesa e ouvir a orquestra foi legal e triste ao mesmo tempo adeus Veneza adeus gôndola adeus tudo de bom e legal que vi aqui espero voltar um dia”.

 Semana que vem tem mais 🙂

 

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Fizemos uma viagem enogastronômica incrível para a Toscana no ano passado. Entre passeios, almoços e degustações de vinhos, aproveitamos para fazer uma aula de culinária típica. A receita mais básica da aula foi uma das mais gostosas, a vera bruschetta italiana 🙂

Uma boa bruschetta é um prato muito simples,  mas delicioso.  E apesar de ser fácil de fazer, existem alguns macetes que tornam a bruschetta mais fresquinha e mais saborosa. Esta é a versão da Rita, que nos deu a aula deliciosa de culinária na Toscana. Foi ela que me ensinou o “trucão” de esfregar o alho no pão depois de assado. A bruschetta é muito versátil, serve como aperitivo em um dia de calor, é ótima para acompanhar sopas frias ou quentes e serve até como uma refeição completa.

O ideal é preparar o molho de tomates da cobertura com duas horas de antecedência e deixá-lo repousar para que os sabores dos temperos penetrem bem nos cubos de tomate e assim se intensifiquem. Eu deixo na geladeira por uma hora e meia e mais 20 minutos em temperatura ambiente, enquanto preparo o pão. Este molho de tomates crus é também perfeito para servir sobre uma massa. Basta acrescentar bolinhas de mussarela e seu jantar está prontíssimo 😀

Molho de tomates crus

750 g de tomates maduros (de preferência orgânicos)
1/4 xíc (chá) de azeite
2 dentes de alho espremidos
¼ maço de manjericão (só as folhas)
pitada de pimenta-do-reino
1 col (chá) de sal

Tirar a pele e as sementes dos tomates e picá-los em cubinhos. Juntar o azeite, o alho espremido, o manjericão, a pimenta-do-reino e o sal.  Deixar na geladeira por pelo menos uma hora.

Usar um bom pão italiano fresco, no formato de bengala. Fatiar este pão na espessura de 1 cm. Colocar as fatias em uma assadeira, uma ao lado da outra, e pincelar com um azeite de boa qualidade. Levar ao forno pré-aquecido a 180ºC por 10 a 15 minutos. O pão deve ficar levemente dourado, não tostado. Assim que tirar do forno, esfregar alho cru (descascado e inteiro mesmo!) nas fatias de pão. Deixar esfriar um pouco e cobrir com uma boa colherada do molho de tomates crus. Enfeitar com manjericão e servir.

Deu saudade da Toscana. E deu água na boca aqui 🙂 

 

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Conversávamos na semana passada no Twitter sobre vinhos e como muitas vezes é difícil lembrar de um determinado vinho – na hora tão inesquecível – que tomamos em algum lugar por este mundo afora. São tantas informações para guardar que muitas delas acabam se perdendo mesmo. No meu caso, as etílicas são as primeiras 🙂 Tenho amigas que viajam e anotam absolutamente tudo da viagem. Hotéis, quanto custaram as diárias, todos os restaurantes, bares e cafés onde foram, o que comeram, quanto pagaram. Preços de passeios, mapas detalhados. Não tenho esta disciplina e depois sofro por isto.

Comecei a fotografar os vinhos para lembrar depois. Mas ainda assim os rótulos se perdiam no tempo e no espaço.  Até que a ideia de fotografar rótulos foi aperfeiçoada por esta descoberta muito útil para catalogar vinhos em viagens: o aplicativo – gratuito –  para iPhone, iPod, iPad e para Android, Vivino Wine Scanner.

O funcionamento do Vivino é muito simples. Ele  é basicamente um scanner de rótulos de vinhos, que reconhece os vinhos escaneados e armazena os rótulos em um álbum, que fica guardado tanto no seu dispositivo como no website deles, e no qual você pode acrescentar informações como a data e o local onde tomou o vinho e que nota deu, entre outras.

Mas tem mais: quando você escaneia o rótulo de um vinho usando o Vivino, ele automaticamente compara o vinho com quase 650 mil vinhos registrados na sua base de dados de vinhos e vinícolas do mundo inteiro e fornece informações  básicas sobre aquele vinho: de qual região e vinícola é (e a localização dela no mapa), a composição das uvas e as notas dadas a ele por outros usuários do programa, por exemplo.  E se o programa não reconhecer o vinho, ele informa que sua equipe de pesquisa vai procurar e voltar com as informações sobre ele dentro de alguns dias. Eu nunca passei por esta situação, mas usuários do programa dizem que dá certo, sim. O legal é que ele funciona offline também: dá para escanear os vinhos e depois com o acesso a internet completar o ‘reconhecimento’ da garrafa. E dá para escanear também fotos de rótulos  tiradas antes da instalação do programa.

E assim como nas redes sociais, seu álbum de rótulos pode ser compartilhado com outros amigos que também usem o Vivino. Ele, inclusive, procura os amigos que usam o aplicativo entre seus amigos no Facebook, se você quiser.

Assista no YouTube como funciona o Vivino

Não é bacana? 🙂

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Neste post comecei a falar sobre literatura de viagem e inclui uma lista de livros de viagem indicados pelo jornalista e escritor falecido, Daniel Piza.

Em seguida, na blogagem coletiva organizada pelo grupo Viaje na Leitura do Facebook, relacionei minhas leituras e recomendações de diários de viagens.

Mas há muito mais relatos de viagem que estão na minha lista de desejos. Compilei, abaixo, dicas de amigos viajantes de outros bons diários de viagem. Agradeço às viajantes e blogueiras @camilanavarro do Viaggiando,  @Marcie14 do Abrindo o Bico@pbicudo do Big Trip@reinforzato do Direto de Paris e @viajantete do Escapismo Genuíno pelas indicações. Vem com a gente!

A LISTA DE DESEJOS

DAVID BYRNE – Diários de Bicicleta

É ele mesmo, o ex-integrante do grupo Talking Heads. David Byrne há 30 anos optou pela bicicleta como seu meio de transporte principal e desde os anos 80 a usa no seu dia a dia, tanto em Nova York onde mora como nas cidades por onde faz shows. Para isto, quando viaja, leva uma bicicleta dobrável na mala 🙂 No livro ele conta das pedaladas em Londres, Sydney, Manila, São Francisco e Buenos Aires, além de Nova York. Indicação da Tete Lacerda. Não dá mesmo vontade de ler?

AIRTON OIRTZ – Expresso para a Índia

Foi a Renata Inforzato que me “apresentou” ao Airton Ortiz, um dos mais profícuos escritores brasileiros de diários de viagem.  Explorador, aventureiro, fotógrafo e escritor profissional, Airton Ortiz desde 1997 viaja pelo mundo e escreve sobre suas jornadas. Entre 1999 e 2007 escreveu nove livros, muitos deles premiados,  que vão da África a Amazônia, passando pela Índia, Egito e outros. Além do Expresso para a Índia, outros livros dele: Aventura no topo da África, Na Estrada do Everest, Pelos caminhos do Tibete, Cruzando a Última Fronteira,  Travessia da Amazônia, Egito dos faraós e Na trilha da Humanidade.

MICHELLE WEISS E ROY RUDNICK – Mundo por Terra

Uma indicação da Tete Lacerda, o  livro Mundo por Terra – Uma fascinante volta ao mundo de carro é um relato da viagem do casal Roy e Michelle, uma volta ao mundo de carro, cruzando 5 continentes, 60 países e 160.733 km, em 1.033 dias.  Interessante que o Mundo por Terra virou um projeto ainda maior, pelo qual o casal de viajantes dá palestras e faz exposições fotográficas de suas viagens. Depois da volta ao mundo, fizeram ainda uma expedição pelos desertos do Atacama e Uyuni, pela Transamazônica e pelo Paraguai, Bolívia e Peru.

FRANCES MEYES – Um ano de viagens

Li o Sob o sol da Toscana, mas confesso que achei um pouco arrastado demais. As melhores partes do livro são as receitas mesmo 🙂  Mas fiquei com mais vontade de ler o Um ano de viagens, no qual a norte-americana Frances Mayes conta da viagem que fez com o marido, Ed, pela Espanha, Portugal, França, Ilhas Britânicas, Turquia, Grécia, sul da Itália e norte da África. Este foi outra indicação da Tete Lacerda.

MARK TWAIN – The Innocents Abroad

Quando seus textos publicados em jornais norte-americanos começaram a se tornar populares, Mark Twain foi contratado pelo jornal Sacramento Union para produzir relatos das viagens que realizava. A primeira delas foi a bordo do barco a vapor Ajax, na sua viagem inaugural para o Havaí, chamado na época de Ilhas Sandwich. Em 1867 foi contratado por outro jornal, que custeou sua viagem ao Mediterrâneo, um cruzeiro com duração de cinco meses a bordo do navio Quaker City.  A viagem resultou no livro The Innocents Abroad, publicado em 1869. Uma indicação da Marcie Pellicano. Este livro não foi publicado no Brasil, mas há uma versão em português publicada em Portugal, chamada A viagem dos inocentes.

PAUL THEROUX – O safári da estrela negra

Não faltaram indicações de leitura dos livros do Paul Theroux: a Renata Inforzato, a Camila Navarro e a Paula Bicudo leram e recomendaram os livros deste que é um dos grandes escritores de diários de viagens do mundo. O safári da Estrela Negra é o relato de uma viagem do Cairo à Cidade do Cabo, pelo trajeto do rio Nilo, passando pelo Sudão, Etiópia, Quênia e Uganda, terminando na África do Sul. Viajando de trem, canoa e caminhão, Theroux mostra um retrato muito interessante da África.

N’ O grande bazar ferroviário, que é na verdade uma grande viagem de trem em veículos tão diferentes como um trem caindo aos pedaços na Índia e o trem-bala no Japão,  Theroux sai de Londres e passa pela Itália, Iugoslávia, Bulgária e Turquia. De lá atravessa o Irã, o Afeganistão e o Paquistão para chegar à Índia. Em seguida pega um trem na Birmânia e passa pela Tailândia, Malásia, Cingapura, Camboja e Vietnã. A viagem termina nos trens-bala do Japão e em um último trajeto pelo Expresso Transiberiano, cruzando o interior da União Soviética.  Demais, não é? 😀

Outro livro no qual Theroux narra uma viagem de trem, passando pela Rota da Seda, é o Trem fantasma para a Estrela do Oriente.

 

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